NOSSO VIZINHO ACRE CONFIRMA 21 CASOS DE CORONA VÍRUS. É UM RISCO PARA RONDÔNIA E TODA A REGIÃO

Artigo editado em: 24 de março de 2020

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A terça-feira marcou mais dois casos do corona vírus em Porto Velho. São cinco no total, até agora. Não foram divulgados mais detalhes pela Sesau. Não se sabe a gravidade deles. Já nos primeiros três casos, os contaminados não foram atingidos com aquela força praticamente mortal, quando ela toma conta de organismos de idosos. As medidas tomadas, tanto pelo governo federal quanto pelo Estado, em Porto Velho unidos à estrutura organizada pela Prefeitura, ao menos até agora demonstram que a doença não chegou entre nós com a agressividade com que avança em outras regiões. Inclui-se aí, entre os locais onde o número de contaminados aumentou muito, nosso vizinho Acre. Aí mora o perigo, porque nossa ligação com os vizinhos que já registraram bem mais de duas dezenas de casos, continua normal, como se nada estivesse acontecendo. No meio da terça-feira, a Secretaria de Saúde do Acre anunciou 21 casos confirmados de corona vírus. Três já tiveram positivo por contraprova, enquanto os outros 18, positivos no primeiro exame, aguardam nova avaliação no Instituto Evandro Chagas. Entre os últimos quatro confirmados, há um servidor público de 70 anos e um dirigente de cooperativa, de 81 anos,  que correm enorme risco. Enquanto isso, estamos atuando na fronteira com o Mato Grosso, em Vilhena e na fronteira com a Bolívia, em Guajará Mirim, embora nessa área as ações sejam mais de vigilância federal. Não há ou ao menos não havia informação da Sesau rondoniense, se estamos bloqueando nossa região fronteiriça com o Acre, em função do grande número de casos lá registrados.

Rondônia precisa continuar com todos os cuidados, como nossas autoridades têm feito até agora. Todos estão envolvidos profundamente na batalha para impedir que o vírus chegue aqui com números assustadores. O governador Marcos Rocha, por exemplo, chegou a ficar 28 horas seguidas sem dormir, no período entre a preparação e a assinatura do decreto de calamidade pública. O secretário Fernando Máximo não tem dormindo mais que três horas por noite. Em todos os níveis – incluindo-se aí a bancada federal, que confirmou ontem a liberação de 22 milhões de reais em emendas, tudo para combate ao corona vírus – estamos lutando contra esse mal terrível, que pegou toda a Humanidade no contrapé. Os decretos de calamidade pública, tanto o do Governo quanto o da Prefeitura da Capital, são medidas drásticas, mas necessárias, para proteção da nossa população. Há um sacrifício generalizado, para que sejamos poupados da expansão da doença. Por isso, fiquemos de olho no Acre. Não podemos permitir que fronteiras sem a devida fiscalização, possam trazer a doença dos nossos vizinhos.

DEPUTADOS E A NOTA DE REPÚDIO

Desde 2007, os deputados de Rondônia não recebem jeton por participação em sessões extraordinárias. Em 2015, a decisão, que já funcionava na prática, foi incluída na Constituição do Estado. Portanto, convocados durante as férias parlamentares ou em qualquer outra ocasião – como o foram pelo Executivo, para discussão e votação dos projetos que culminaram com a decretação de calamidade pública, por parte do Governo – os deputados não recebem absolutamente nada a mais do que seus vencimentos normais. Por isso a revolta do presidente Laerte Gomes e todos os seus pares, por notícias e comentários falsos, afirmando que cada deputado tinha ganho mais ou menos 50 mil reais por cinco sessões extras que realizaram na semana passada. A resposta foi dura! A Assembleia divulgou nesta terça, Nota de Repúdio contra o advogado e radialista Caetano Neto, que teria criado a Fake News. No texto, em nome de todos os parlamentares, a ALE avisa que “que tomará medidas judiciais na área criminal e cível cabíveis para responsabilizar o radialista e comentaristas, o programa e a emissora pela criminosa veiculação de Fake News.”

REFAZ MANTERÁ MILHARES DE EMPREGOS

Por falar em Assembleia, tanto o Parlamento quanto o governo rondoniense mereceram elogios, em nota oficial, assinada por representantes de mais de 15 entidades empresariais, pelo apoio à proposta de ampliar o período de negociações e facilitar as condições para o Refaz, beneficiando empresas de todos os tamanhos A decisão é de extrema importância não só para as empresas, mas igualmente para a manutenção de milhares de empregos, destaca o documento. Parte do texto afirma: “Todos juntos, vimosa público, agradecer ao Governador Coronel Marcos Rocha e seus secretários; ao Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Laerte Gomes e aos demais deputados estaduais, por terem atendido uma das demandas por nós solicitada:  a prorrogação do Refaz por mais 90 dias, reduzindo o valor da entrada de 20 por cento, para 5 por cento  para empresas que já tiveram parcelamento anterior, e por falta de condições financeiras foram excluídas, facilitando assim aos pequenos e microempresários, que nesse momento de angústia e dificuldade financeiros possam aderir.”

CONTRA BOATOS E INFORMAÇÕES FALSAS

Podem participar do sistema de parcelamento qualquer empresa, seja micro, pequena, media ou grande, até o limite de 200 milhões. Isso, segundo as entidades de empresários que assinam o documento, “resguarda a atividade produtiva de todos os setores, promovendo a manutenção de milhares de empregos”. Na nota, ainda, um esclarecimento: “Nossa manifestação visa esclarecer a sociedade em geral, contra notícias que estão sendo divulgadas nas redes sociais e alguns sites de notícias, de maneira tendenciosa, como se a medida fosse direcionada apenas aos grandes empresários de Rondônia”. Lembram, os líderes empresariais, que empresas de rodos os tamanhos serão beneficiadas com a renegociação.  O texto acrescenta que “as organizações do setor empresarial, signatárias desta Carta Aberta, também  concordam com esta união em torno do Plano de Ação Emergencial em andamento. Afirma que “vamos todos, unidos e comprometidos, vencer essa batalha contra os efeitos nocivos no novo Convid-19”.

FORAM  28 HORAS SEM DORMIR

Foram 28 horas seguidas sem dormir. Direto. Até que a exaustão chegou, com um sono rápido de três horas. Depois, tudo de novo!  Foi mais ou menos essa a rotina do governador Marcos Rocha, embora as 28 horas sem parar, tenham sido um recorde, durante a crise do corona vírus. Vários dos seus secretários estão também no mesmo ritmo, como o da saúde, Fernando Máximo, que tem dormido uma média diária de três a quatro horas e do chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves. Mas, claro, não só são eles. Há grande número de secretários e servidores; médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem que estão trabalhando muito mais do que o normal, tentando ao menos amenizar a inacreditável crise do corona vírus, que atingiu a todo o Planeta, praticamente. São horas e horas seguidas de reuniões, planejamentos, debates, discussões, remanejamento, rumos e troca de rumos, numa situação em que jamais de imaginaram que enfrentaríamos. Ficar em casa e se cuidar é uma forma de homenagear todos os que estão trabalhando para nós. Quando mais cuidados tivermos, mais valerá a pena a dedicação e os esforços que todas essas pessoas têm feito, para tentar nos proteger.

MAIS 102 MILHÕES NA LUTA CONTRA O VÍRUS

No meio de tantas más notícias, por causa do corona vírus, surge algo positivo. O presidente Jair Bolsonaro acatou pedido do Governo de Rondônia, autorizando que nos próximos seis meses, Rondônia não pague os 17 milhões/mês da dívida do Beron. Isso significa que ficarão nos cofres do Estado, nada menos do que 102 milhões de reais, para serem aplicados na luta contra o vírus assassino. A dívida do Beron já foi paga pelo menos duas vezes, mas mesmo assim continua sendo cobrado com juros pornográficos, cobrados pela União. O Supremo havia prometido votar ação rondoniense pedindo o fim da dívida, mas até hoje o caso não entrou na pauta. O presidente do STF, ministro Dias Tóffoli, havia prometido colocar na pauta a votação do Beron no início do ano. Não o fez. Mas, nos próximos 180 dias, a dívida ficará suspensa. É pouco, mas já é um começo.

MARIANA RECOMENDA SOLIDARIEDADE

“Comércios essenciais como os supermercados permanecerão abertos. Da mesma forma, a distribuição de mercadorias para abastecê-los. Portanto, como já foi esclarecido pelo Ministério da Agricultura, o Brasil não corre o risco de desabastecimento. Não há motivos para lotarmos os mercados, formando aglomerações e contrariando as orientações de prevenção contra o corona vírus. Pior que isso é fazer estoque de produtos sem necessidade, o que, além de tudo, pode gerar muito desperdício. Sejamos conscientes e solidários. Só vá ao supermercado se for sozinho e em real necessidade”. A orientação, de grande bom senso, foi publicada nas redes sociais,  é da médica e deputada federal Mariana Carvalho, a todos os rondonienses e brasileiros.  É sempre bom lembrar o número crescente de casos e de mortes em todo o país. Em apenas 24 horas, subiu de 34 para 46 o número de mortos. Já são mais de 2.200  casos confirmados. Portanto, é sempre bom a gente dar crédito a conselhos como esses.

SEM CORTE DE ENERGIA POR 90 DIAS

Até que enfim a Aneel decidiu ser uma agência reguladora que também pensa no consumidor. Alvíssaras! Sempre ao lado das empresas, dessa vez, em função da crise do corona vírus, a Aneel anunciou a proibição do corte de fornecimento de energia elétrica de consumidores inadimplentes pelo prazo de 90 dias. Decidiu ainda que a distribuidora – em Rondônia é a Energisa – “deverá priorizar os atendimentos de urgência e emergência, com o restabelecimento do serviço em caso de interrupção ou de suspensão por inadimplência, assim como  os pedidos de ligação ou aumento de carga para locais de tratamento da população e os que não necessitem de obras para efetivação”. Várias outras medidas foram tomadas, inclusive a que autoriza as empresas a não realizarem atendimentos presenciais e que possam enviar as contas de consumo mensais através da internet, ao e-mail do consumidor. O recibo deve ter código de barras, para facilitar a vida do consumidor na hora de pagar. Enfim, nesses tempos de corona vírus, até milagres como esses, em que a Aneel defende o consumidor, estão acontecendo.

PERGUNTINHA

Afinal de contas, você já se acostumou a ficar trancado dentro de casa ou ainda está sofrendo por não poder sair para a rua e continuar sua vida normal?

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