Artigo editado em: 5 de janeiro de 2021
Receita (com o perdão do trocadilho!) para pegar idiota. Primeiro passo: não atenda mais ninguém pessoalmente. Só através de agendamento pela internet, mas tem que ser num site que às vezes funciona e às vezes não funciona. Faça o panaca perder horas atrás de informações. Crie um sistema em que ele precise ter imensa paciência, até que consiga uma data e um horário para ser atendido. Segundo passo: sem que ninguém saiba, a não ser quem possa de deslocar até a sede (onde ninguém é atendido, a não ser por agendamento) e coloque um micro cartaz, com letras minúsculas e um número de telefone que ninguém atende, anunciando que o atendimento presencial está suspenso. Terceiro passo: faça uma pegadinha, para que o otário saiba com quem está lidando. Marque um dia e horário para ele, exatamente num feriado municipal, embora seja uma instituição federal, não tenha chance alguma de conseguir o que precisa. Faça-o de bobo outra vez, mantendo a agenda como se ela fosse ser cumprida. Para tripudiar mais ainda, mande uma mensagem anônima, sem remetente, sem qualquer indicação que é sua, escrevendo que “não haverá expediente, considerando feriado estadual no dia 04 e municipal no dia 05 de 01 de 2021”. Deixe o otário ficar pensando se essa mensagem é sua mesmo ou de quem seria, já que é anônima. Faça-o levantar cedo, para que ele fique preocupado em não perder o horário de agendamento, porque ele foi avisado no site que, caso não comparecer, só poderá pedir outra data para ser atendido em duas semanas. Pronto! Em resumo, é assim que se faz o contribuinte de idiota, gozando da cara dele, fazendo-o perder tempo enorme e, claro, não resolvendo o problema, que geralmente precisa de resposta urgente. Ninguém brinca com o fisco, mas a Receita Federal adora fazer o contribuinte de otário, na hora de atendê-lo.
A petulância, a prepotência, a forma abusada e desrespeitosa com que a Receita Federal atende os contribuintes (o caso relatado acima, apesar de parecer uma invenção doentia, é a mais pura verdade e aconteceu realmente!), mostra muito bem como parte do serviço público brasileiro, trata aqueles que pagam seus gordos salários. Além de enfrentar filas enormes, horas de espera, com senhas que parecem não ter fim, quando há o atendimento presencial, agora, no período da pandemia, tudo piorou muito, nos serviços do órgão, em Porto Velho. É algo inacreditável que em plena era da tecnologia, ela esteja sendo usada contra quem paga seus impostos e quer viver na legalidade. Com a “pegadinha” do agendamento para um dia em que não haverá atendimento e sem sequer dar qualquer explicação plausível ao seu patrão, ou seja, aquele que a sustenta com seus impostos e paga todos os seus altos gastos, a Receita é de Primeiro Mundo para cobrar, mas pior do que de Terceiro Mundo para prestar serviços. Até quando vamos suportar esse absurdo? É uma vergonha!
ROCHA E MARCOS ROGÉRIO: DOIS NOMES CERTOS PARA 2022
Para a política, já é 2022! A corrida presidencial já começou, acirrada, com as candidaturas de Jair Bolsonaro e João Dória já postas. Claro que vem uma dezena de nomes por aí, incluindo gente tenebrosa como Ciro Gomes, Guilherme Boulos e o Cabo Daciolo. Lula certamente não estará na disputa, porque tem hoje e terá, ainda, na eleição, a ojeriza de grande parte do povo brasileiro. Em Rondônia, não há como negar: algumas das prováveis candidaturas também já são conhecidas para o Governo, embora, claro, muitos outros nomes ainda vão surgir. Marcos Rocha está fazendo um trabalho, em todas as áreas, de olho no segundo mandato. Estradas, regularização fundiária, forte combate à corrupção e pagamentos feitos religiosamente, tanto ao funcionalismo quanto a fornecedores, estão no pacote de realizações que servirão para serem apresentadas à população, na disputa daqui a menos de dois anos. Marcos Rogério também está no páreo. Sempre esteve, aliás, desde que se elegeu como o senador mais votado, há dois anos. Usará não só sua atuação de resultados no Senado, mas, também como Rocha, mostrará suas credenciais pela grande proximidade com Bolsonaro e com o Planalto, como fortes aliados na sua futura campanha.
HILDON, DANIEL, LAERTE E CASSOL TAMBÉM LEMBRADOS
Hildon Chaves vem aí? Não se sabe ainda, embora haja a certeza de que ele será candidato em 22, embora seu alvo ainda esteja indefinido. Depois de uma boa administração na Capital e mais dois anos para preparar seu discurso de realizador, ele pode sim ser um nome ao Palácio Rio Madeira, mas só o seria se seu principal aliado, Marcos Rogério, não o fosse. Expedito Júnior deve estar fora da corrida, porque seu sonho maior é voltar ao Senado. Daniel Pereira também quer voltar, mas teria bala na agulha, para entrar na disputa com chances? Jaime Bagattoli, que de aliado tornou-se grande adversário de Marcos Rocha pode tentar, mas também, como Expedito, teria o Senado como principal meta. E ainda tem o nome forte de Laerte Gomes, que pode entrar no páreo. O ex governador Ivo Cassol, que teve dois mandatos sempre muito elogiados, até hoje, também tem sido lembrado. Ele avisa que não pensa no assunto. Só poderia participar do pleito, aliás, se fosse modificada a lei que o condenou, tirando seus poderes políticos até 2026. Certamente mais uma dúzia de pretendentes surgirá, daqui para a frente. A campanha já começou, embora, claro, todos neguem…
POBRES COMO SOMOS, NÃO PRECISAMOS DE TANTOS FERIADOS
Ufa! Finalmente! Até que enfim. Depois de um feriadão que durou, ao menos em Porto Velho, mais que cinco dias (já que muita gente parou ao meio dia do 31 de dezembro) num momento em que precisamos produzir e não parar, parece que, dentro do possível e mesmo convivendo com o vírus, vamos começar a voltar a alguma coisa perto do normal. Essa exagerada sucessão de dias parados, que nossas autoridades adoram impor ao país, é um tiro no pé para quem precisa sobreviver e depende do trabalho do dia a dia para poder manter suas famílias e a si próprio. Há quem diga que o feriadão, que parecia sem fim, pode ter ajudado a manter as pessoas em casa e evitar aglomerações. Ledo engano. No Ano Novo o que aconteceu mesmo foram festas com gente amontoada, as famosas Coronafest, proliferando em vários lugares. Sabe-se qual será o resultado disso. Nos dias seguintes, o que evitou mesmo a farra dos banhos e das festas foi a chuva, que não deu folga nos primeiros dias do ano, porque, ao contrário, essa paralisação toda, teria causado muitos danos. Para a economia, o superferiadão também foi uma granada, explodida no meio de um momento em que muitas portas são fechadas e os postos de trabalho somem. Neste país pobre, em que se deveria trabalhar o dobro, queremos imitar os países mais desenvolvidos também no exagero do descanso. Eles podem, porque são ricos. Nós não podemos, porque somos pobres e temos que trabalhar. Não precisamos de tanto feriado…
CRISE DO CORONA: SE NÚMEROS NÃO CAÍREM, PODE VIR O COLAPSO
O número de novos contaminados deu um salto, em menos de uma semana: de 95.999 na quinta passada, dia 31, para 97.197, ou uma média diária, arredondando, de 240 rondonienses contaminados. E isso apenas no último dia de 2020 e nos primeiros quatro de 2021. Foram 23 mortes neste período, embora tanto o do número de casos novos como de óbitos possam estar subestimados, por causa dos feriadões, quando há maior dificuldade de se ter números atualizados em todas as regiões do Estado. Também é preocupante o total de internados nos hospitais e UTIs. Em 31 de dezembro, eram 307. Na terça, subiram para 342, numa ascensão perigosa, que coloca o sistema hospitalar rondoniense contra a parede. Em cidades pólo, como Cacoal e Ji-Paraná, as UTIs já estão lotadas. E caminham para a lotação total as de Porto Velho. Caso não haja uma imediata diminuição de novos casos e internações, o sistema todo pode entrar em colapso em poucos dias. As mortes também cresceram. Eram 1.917 dia 31 e subiram para 1.840 na terça. Os números não foram maiores porque, nesse período, em três dos cinco dias, os boletins da Sesau não registraram mortes em Porto Velho. Não será surpresa se, pelo menos uma dezena delas, ainda não computadas, entrarão nos próximos boletins. Só a Capital rondoniense já teve, até agora, nada menos do que 944 mortes causadas pelo vírus. Isso sem contar as 12 mortes da terça-feira no Estado, três delas na Capital. Dos mais de 97 mil infectados, perto de 83 mil estão recuperados. Mas, infelizmente, a reinfecção é real e pode voltar a atacar quem se curou…
A DOENÇA, AS CURAS E OS MILAGRES NA VIDA DOS RONDONIENSES
O desembargador Raduan Miguel, o professor e historiador Francisco Matias e o cinegrafista aposentado Adilson dos Santos: o que têm em comum esses três rondonienses, de atividades diferentes, idades diferentes e origens diferentes? Os três estão lutando por suas vidas, em hospitais e UTIs, atingidos pela forma mais violenta do coronavírus. Eles simbolizam todos os milhares de rondonienses atingidos pela doença; todo o desespero de familiares, amigos, companheiros de trabalho, abatidos pelo vírus. Muitos, felizmente, mais de 83 mil pessoas que tiveram a doença, conseguiram se curar, algumas porque tiveram sintomas leves, outras porque foram tratados rapidamente e os medicamentos ajudaram seus organismos a reagir, mas há também os que sobreviveram não só graças à Medicina e à Ciênca, mas também pelo que consideram verdadeiros milagres. Há dezenas de casos assim. Ilustra-se esse texto com dois deles: o do procurador Héverton Aguiar e do empresário Gilberto Steffens, diretor da Rima Transporte Aéreo, que sofreram muito, até se recuperarem, depois de longo sofrimento. Infelizmente, há centenas e centenas que, mesmo com todos os esforços, foram levados pelo vírus. Enquanto torcemos desesperadamente para que Raduan, Matias e Adilson e todos os que enfrentam a doença voltem, curados, ao nosso convívio, nos solidarizamos com todas as famílias que perderam seus entes queridos.
É POSSÍVEL ALGUÉM NADAR DE MÁSCARA AO SE JOGAR NO MAR?
O jornal Folha de São Paulo e outros grandes veículos de comunicação que mudaram o sentido do que é notícia, transformando-a em versão, opinião e ideologia, exigem que o presidente Bolsonaro, ao nadar no mar, use máscara. Se não o fizer, pode ser culpado por milhares de novos casos de coronavírus, causados pela aglomeração de centenas e centenas de pessoas, que invadiram uma praia de São Paulo para homenageá-lo, abraçá-lo e chamá-lo de Mito. Claro que a notícia (notícia?) ignorou que a praia estava tomada por milhares de pessoas, todas aglomeradas, todas ignorando os riscos de contaminação. O importante é esculhambar com um Presidente, cuja popularidade assusta gente como as que produzem essas bobagens ideológicas, que, mais dia menos dia, podem destruir a imagem da verdadeira imprensa do Brasil, que tantos bons serviços presta há mais de um século. Quando os governos de Fernando Henrique, Lula e Dilma enchiam os cofres dessas empresas, com dinheiro público, podiam cometer aberrações em público, onde os casos eram tratados com bom humor e sem importância. Mas como Bolsonaro cortou a grana, agora é criminoso em todos os atos. Veremos se essa guerra apenas pelo dinheiro, vai mesmo trazer resultados. O 2022 está chegando…
ROCHA, O LONGO BALANÇO DO GOVERNO E A LUTA CONTRA A PANDEMIA
No final da tarde, numa entrevista coletiva transmitida ao vivo pela internet, ao lado da primeira dama Luana Rocha, o governador Marcos Rocha fez um longo relato das principais realizações do seu governo, em 2020. Citou todas as áreas, destacando ações nas obras em estradas e outras, de vários tipos; destacou as ações sociais que beneficiaram milhares de pessoas; sublinhou os avanços que facilitaram a vida não só do contribuinte, mas deram a ele também novos prazos para regularizar sua situação perante o fisco, durante o período de pandemia. Na reta final do longo depoimento, Rocha lembrou que “graças a um trabalho sério, contra a corrupção, respeitoso, que a gente tem feito, Rondônia ficou conhecida no país”, ironizando que antes se falava que a Capital rondoniense era Boa Vista e que agora todos sabem onde é Porto Velho. Pediu que quem vive no Estado, ajude a divulgar coisas boas. Destacou algumas coisas positivas em várias cidades e fez questão de que Rondônia está em primeiro lugar em transparência. Falou sobre o projeto de governo pós pandemia, que também se destacou em nível nacional. Rocha reafirmou que há uma batalha grande contra a pandemia. Contra ela foram investidos 270 milhões de reais, sem que outros setores fossem deixados de lado. Há muito o que fazer, afirmou, mas muito já foi feito. Nos próximos dias, alguns dos itens mais importantes da retrospectiva feita pelo Governador, serão registrados e comentados neste espaço.
PERGUNTINHA
Você, que é um dos quase 83 mil rondonienses, que conseguiram superar o terrível vírus da Covid 19, se sente seguro ou teme que possa ser vítima de reinfecção?