Artigo editado em: 2 de abril de 2022
Até o sábado à noite, continuavam as indefinições, na complexidade da eleição em Rondônia. A formação das nominatas à ALE, e à Câmara, registraram mudanças inesperadas, como a da deputada Sílvia Cristina, que deixou o PDT, oposição a Bolsonaro e embarcou no PL, do Presidente, aqui comandado por Marcos Rogério. O senador, aliás, ganhou a queda de braço contra o grupo governista, já que bateu pé e conseguiu, na nacional do PL, que a deputada federal Mariana Carvalho não fosse aceita no partido, para ser candidata ao Senado. O grupo de Rogério está fechando um acordo político com Jaqueline Cassol, para ser a senadora dele e com Léo Moraes, a quem foi oferecido a vice-governadoria. Léo não teria topado. Se o acordo com Léo não fechar, o senador já teria outro nome, forte, para sua parceria. E Mariana? Até o anoitecer do sábado, havia duas informações. A primeira: ela teria mandado fazer uma pesquisa para avaliar, neste momento, se deve mesmo candidatar-se ao Senado. A segunda: estaria conversando com a direção regional do Republicanos (leia-se Alex Redano), para ser a senadora pelo partido. Já em relação a outro nome importante, questiona-se: como Marcos Rogério está fechando o cerco em torno de Jaqueline, como ficaria, então, o candidato que ingressou no PL se dizendo o nome preferido do presidente Bolsonaro? Jaime Bagattoli poderia ficar fora dos planos do PL e, se isso ocorrer, ele iria para onde, neste momento tão complexo? E o ex-senador Expedito Júnior, de quem pouco se tem ouvido falar, mesmo sendo ele um dos nomes mais fortes para voltar à uma cadeira senatorial?
Basicamente, Expedito está agindo nos bastidores. Cumpriu uma missão importante, na formação de uma boa nominata do PSD. Neste momento, ele diz que prefere falar pouco e agir muito. Mas deixa claro que sua principal meta nas eleições deste ano é ajudar a eleger seu amigo e parceiro Marcos Rogério. E pelos lados palacianos, como vão as coisas? Há um otimismo bastante acentuado entre os grupos que apoiam a reeleição de Marcos Rocha. A maior dificuldade, é conseguir conciliar todos os interesses de tantas lideranças, entre os que estão ao lado do projeto do segundo mandato do Governador. Os governistas, aliás, tiveram até que desmentir uma Fake News, de que Rocha estaria deixando o União Brasil. Pura fofoca! Enquanto isso, Júnior Gonçalves, o chefe da Casa Civil e secretário geral do UB, tenta costurar todo o pacote de apoiadores, sem causar conflitos. Se conseguir, concorre ao Oscar da intermediação política. Léo Moraes continua fechado com Jaqueline, mas não se sabe se, com o acordo que ela está desenhando com Marcos Rogério, a dupla inicial será mantida. Por fim, Daniel Pereira entrou no jogo (veja a seguir) e Vinicius Miguel não quer tomar decisão precipitada e não anunciou se concorrerá ao Governo ou à Câmara Federal. Ou seja, a confusão ainda é tão imensa, que não há como dizer que se conhece, nem de perto, tudo o que está acontecendo nos bastidores da política rondoniense.
DANIEL PEREIRA BATE O MARTELO. QUER VOLTAR A SER GOVERNADOR DE RONDÔNIA
Daniel Pereira está no jogo. E não mais como candidato ao Senado, mas sim para tentar voltar à cadeira que ocupou durante sete meses, quando Confúcio Moura, de quem era vice, deixou o comando do Estado para concorrer ao Senado, em 2018. Desde que tomou a decisão, Daniel tem procurado apoios dos partidos à esquerda, como o PSB de Mauro Nazif e o PT de Fátima Cleide. O que se sabe, ao menos segundo informações do final de semana, é que o ex-governador, que agora está na batalha pelo Governo, já teria o aval dos petistas, que inclusive topariam abrir mão de candidatura própria para fechar com Daniel. Já o PSB de Mauro Nazif ainda não faria parte deste pacote. Nazif quer candidatura própria no PSB e, se a tiver, apostaria suas fichas em Vinicius Miguel, que recém ingressou na sigla, abrindo mão do comando regional do Cidadania. Claro que como a decisão de Daniel Pereira é muito recente (foi anunciada apenas na sexta-feira), as conversas recém começaram. Há tempo de sobra para que elas se ampliem, já que as convenções partidárias vão até início de agosto. Os acordos também dependerão das federações nacionais que fará o Solidariedade, partido de Daniel. A verdade é que, com o novo pretendente, aumenta para quatro o total de candidaturas já postas ao Palácio Rio Madeira/CPA. Estão na briga: Marcos Rocha, Marcos Rogério, Léo Moraes e, agora, Daniel Pereira. Vinicius Miguel ainda pode entrar neste time.
NOMINATA QUE EXPEDITO JÚNIOR AJUDOU A MONTAR PARA O PSD PODERÁ TER CINCO MULHERES
Por falar em Expedito Júnior, tem a assinatura dele a montagem de uma nominata de nomes muito viáveis, na disputa por vagas à Câmara Federal pelo PSD, partido dirigido em Rondônia pelo deputado federal Expedito Netto, filho de Expedito. Uma das particularidades da relação de candidatos que o partido apresentará é que metade dos nomes apresentados é de mulheres. Estão confirmadas no grupo do PSD a ex-prefeita de Vilhena, Rosani Donadon, esposa do ex-deputado Melki Donadon; Dona Dorinha, esposa do ex-prefeito Amaury dos Santos, de Jaru; Juliana Tamires, esposa do prefeito de Cacoal, Adailton Fúria e a ex-vereadora de Porto Velho, Ada Dantas. Entre os homens, já estão confirmados o próprio Expedito Netto; o Coronel Rildo, de Vilhena e o médico Édison Alliote, de Ji-Paraná. O oitavo nome ainda não foi confirmado e há uma possibilidade de que ele seja de uma quinta mulher, nesta nominata forte e diferente, que o partido apresentará ao eleitorado rondoniense. Expedito Júnior é reconhecido por seu talento em negociações políticas, com sua experiência de uma longa carreira na vida pública rondoniense. Em relação à própria candidatura ao Senado, ele afirma que está tudo andando dentro do previsto, mas deixa no ar uma frase enigmática: “neste ano, o mais importante de tudo é eleger Marcos Rogério governador”. Ou seja, a própria busca pelo Senado, para ele, não seria a maior prioridade. Esperemos para ver o que vai acontecer…
QUATRO VÃO À CÂMARA E CINCO À ASSEMBLEIA: GRUPO DOS NOVE DEIXA O GOVERNO PARA DISPUTAR A ELEIÇÃO
Nove membros do primeiro escalão do governo rondoniense foram exonerados a pedido, na última quinta-feira, para que possam concorrer às eleições de outubro. Quatro deles vão tentar uma cadeira à Câmara Federal: Fernando Máximo (da saúde), Elias Rezende (do DER) e Evandro Padovani (da Agricultura), somam-se à adjunta da Seduc, Cristiane Lopes. Outros cinco concorrerão à Assembleia Legislativa. São eles: Jobson Bandeira, da Sejucel; Suamy Vivecananda (Seduc); Aziz Rahal Neto (do Instituto de Pesos e Medidas); Liane Silva (adjunta da Secretaria de Ação Social) e Luciano Brandão (presidente da Emater). Todos os secretários e assessores vão disputar o pleito pelo partido do governador, o União Brasil. Até o final de semana, o governador Marcos Rocha não havia definido, ainda, quem seriam todos substitutos do grupo de oito assessores, que saem dos seus cargos para correr atrás do eleitor. Mas, na Saúde, já assumiu Semaira Moret, que atua desde o início da administração, junto com a equipe de Rocha. Para a Seduc, o nome mais cotado era o da professora Irani Oliveira Lima, uma das mais respeitadas personagens do mundo educacional rondoniense e pessoa de confiança tanto do Governador como do secretário Suamy, que deixa a pasta para concorrer. O posto de secretária adjunta, ao menos até o sábado, não havia sido preenchido. No DER, ao menos até o final de semana, ainda não havia sido designado o novo diretor geral, assim como na Agricultura.
MULHERES ADVOGADAS SÃO MAIORIA NA LISTA DE FUTUROS MEMBROS DO TRE RONDONIENSE, NA VAGA DA OAB
Duas mulheres e um homem estão na lista tríplice, aprovada pelo TRE rondoniense, que será encaminhada ao Presidente da República, para a escolha do ou da representante da OAB como juiz eleitoral. No quadro de suplentes, só mulheres, nenhum homem. Cada vez mais poderosas, elas tomam conta de vários setores da vida brasileira. Em Rondônia, como em todo o Brasil, cresce cada vez mais o número de advogadas, embora, nos números totais, elas já eram maioria desde abril do ano passado. Naquele período, dos cerca de 1 milhão e 200 mil profissionais da área, 610.369 eram mulheres e 610. 207 eram homens. Em Rondônia, segundo a OAB do Estado, a tendência também é de que as mulheres cheguem à maioria de componentes registrados na entidade. De todos os nomes enviados ao TRE rondoniense, para a função de representante da advocacia como juiz do TRE, cinco são mulheres: Rafaela Messias, Jaquelize Gonçalves Rodrigues, Joilma Schiavi Gomes, Márcia Oliveira Lima e Letícia Botelho. Um é homem: Igor Habib Ramos Fernandes. Na lista para a vaga de juiz titular, os três mais votados foram: Rafaela Messias, Jaquelize Aparecida Gonçalves Rodrigues e Igor Habib Ramos Fernandes. Para a suplência, só advogadas: Joilma Gleice Schiavi Gomes, Márcia de Oliveira Lima e Letícia Botelho, o que significa que esta função estará em mãos femininas, seja quem for a escolhida. As listas tríplices serão enviadas, depois da seleção pelos membros do Tribunal Eleitoral rondoniense, ao presidente da República, que fará a nomeação dos novos juízes titular e suplente.
VERA PAIXÃO ASSUMIU A PRESIDÊNCIA DA ENTIDADE DURANTE AS COMEMORAÇÕES DO MÊS DA MULHER
O apoio às mulheres, em nível da OAB rondoniense, cresceu significativamente nos últimos anos, na medida em que elas foram ocupando cada vez mais espaços e participando ativamente de todas as ações mais importantes da entidade. Na administração do ex-presidente Elton de Assis, o grupo feminino da seccional rondoniense já era significativo. Deu um salto ainda maior agora, quando o advogado Márcio Nogueira assumiu o comando da entidade. Elas já são maioria inclusive (e pela primeira vez na história da seccional local), na diretoria recentemente eleita. São dois homens (o presidente, Márcio Nogueira e o tesoureiro (Marcos Zani), contra três mulheres. São elas: a vice-presidente, Vera Paixão; a secretária geral Aline Silva e a secretária geral adjunta, Larissa Rodrigues. Durante parte deste março, aliás, a presidência da entidade foi ocupada por uma mulher. Assumiu o comando da entidade, em nível regional, a vice-presidente Vera Paixão, durante uma semana, dentro das comemorações do Mês das Mulheres. Observa-se, no contexto da OAB rondoniense, a preocupação constante de valorização do papel das mulheres, que também em Rondônia, já formam a maioria, entre todos os inscritos da Ordem.
LÉO FACHIN, EX-JUIZ E GRANDE PRODUTOR RURAL DO ESTADO, É O CANDIDATO AO SENADO DO AVANTE
Surge mais um nome de peso pesado na corrida pelo Senado. O ex-juiz e hoje um dos empresários mais poderosos do agronegócio rondoniense, Léo Fachin, assinou ficha com o Avante, partido dirigido no Estado pelo deputado estadual Jair Montes, para ser o candidato do partido a única vaga a que Rondônia tem direito. Ex-juiz de direito em Vilhena, Fachin (que é primo do ministro Edson Fachin, do STF), hoje o ex-magistrado, aposentado há vários anos, é um grande produtor de soja de Rondônia. A decisão de Fachin foi anunciada na quinta-feira à noite, quando ele oficialmente assinou ficha com seu novo partido. Com isso, a relação dos que concorrerão ao Senado (ainda não definitiva) tem vários nomes poderosos. Entre eles Mariana Carvalho, Daniel Pereira, Jaime Bagattoli, Amir Lando, Jaqueline Cassol. Ramon Cujuí pode ser o nome do PT, embora isso ainda não esteja definido. Nomes podem entrar ou sair desta lista, dependendo ainda das últimas decisões que serão tomadas nos próximos dias. Até o domingo, por exemplo, não havia certeza se Mariana se manteria candidata ao Senado e se Daniel Pereira decidiria manter-se na disputa ao Senado ou poderia disputar o Governo, como representante da esquerda.
RONDONIENSE NA PRESIDÊNCIA O CFM, QUE CUIDA DA MEDICINA E FISCALIZA MAIS DE MEIO MILHÃO DE MÉDICOS EM TODO O PAÍS
Foi uma noite histórica para Rondônia. Aconteceu em Brasília, mas a repercussão foi nacional. Numa solenidade muito concorrida, com a presença de grande número de autoridades e representantes do mundo da Medicina, o rondoniense da gema, Hiran José da Silva Gallo foi empossado como presidente do Conselho Federal de Medicina, para um mandato de dois anos. O CFM tem, outras muitas atribuições, a fiscalização da Medicina em todo o país, onde existem hoje mais de meio milhão destes profissionais. Criado em 1951, o CFM, além de atribuições como o registro profissional do médico e a aplicação de sanções do Código de Ética Médica, adquiriu funções que atuam em prol da saúde da população e dos interesses da classe médica, se consolidando hoje como a mais importante entidade médica do Brasil. Nascido em Porto Velho, Hiran Gallo se formou em Medicina no Pará, com especialização em ginecologia. Tem doutorado e pós doutorado em Bioética pela Universidade do Porto, em Portugal. É também membro efetivo da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia; da Academia de Medicina de Rondônia e da Sociedade Brasileira de Mastologia. Desde 1999 é conselheiro do CFM, onde ocupou várias funções, até ser eleito para comandar o órgão. Durante toda a sua carreira profissional, Hiran Gallo é defensor de uma Medicina de qualidade para todos os brasileiros e, por onde passou, deixou seu rastro de realizações em prol dos médicos e seus pacientes. Rondônia comemora, portanto, essa grande honraria, conquistada por um grande cidadão aqui nascido e que viveu toda a sua profissional na sua terra.
VÍRUS AINDA ATACA: FORAM 119 MIL NOVOS CASOS SÓ NESTE ANO E, PIOR DE TUDO, 443 MORTES NOS 90 DIAS DE 2022
Os números atualizados da Covid demonstram que a doença arrefeceu, mas ainda está longe de acabar. Embora a força da pandemia tenha diminuído, há números assustadores, que não podem ser ignorados. Em Rondônia, por exemplo, o Boletim 640 da Sesau e da Agevisa, do primeiro dia deste ano, informava que haviam sido registrados até o ano novo, ou seja, dia 1º de janeiro de 22, um total de 284.660 casos de pessoas contaminadas pelo vírus, no nosso Estado. Três meses depois, o Boletim 728 apontava que o mesmo total batera nos 394.020. Ou seja, nada menos do que 109.360 rondonienses foram contaminados em apenas 90 dias. Uma média de 36.453 novos casos por mês; 1.215/dia neste período. Ué, mas a pandemia não acabou? Claro que não! Ela diminuiu muito, graças à vacinação. E também se deve agradecer às vacinas que dos novos casos registrados, muito poucos tenham sido graves ou ainda mantenham um nível alto de letalidade. Contudo, cada vida perdida é lamentável e triste. Portanto, os 443 óbitos ocorridos em Rondônia, por causa da doença, do primeiro dia do ano até o último dia de março, é causa para desespero. A média aponta para 147 mortes por cada mês de 2022 e, ainda, cinco vítimas fatais a cada 24 horas. Entre janeiro e fevereiro, a média de mortes chegou a 165/mês. Já em março, esse número caiu para 113, mas mesmo assim continua sendo preocupante. Claro que se compararmos com o ápice da pandemia, quando chegamos a ter, num só dia (8 de março de 2021), um recorde de 66 mortes, podemos concluir que a pandemia amainou. E é verdade. Mas não acabou. Quem não está tomando os devidos cuidados ou não se vacinou, continua correndo riscos sim. A pandemia está diminuindo, está virando uma endemia, mas, para aqueles que acham que tudo está resolvido, quem avisa amigo é: sua vida e dos seus entes queridos, assim como dos seus amigos, estão correndo risco.
PERGUNTINHA
Na sua opinião, foram justas as acusações e as condenações do ex-presidente Lula ou você considera que todas as provas foram forjadas e ele é totalmente inocente?