Artigo editado em: 5 de setembro de 2022
Se a eleição fosse hoje, 6 de setembro, se poderia arriscar, com pouca chance de errar, que os dois Marcos, o Rocha e o Rogério, iriam para o segundo turno. Com Cassol fora do páreo e mesmo que ele indique alguém para seu lugar, como o seu parceiro José Genaro, algo que ouviu-se nos bastidores, para não perder o precioso tempo do PP no horário eleitoral gratuito, as possibilidades de ambos crescem. Léo Moraes tem alguma chance, embora menor, porque é um fortaleza na Capital, mas ainda tenta arregimentar, com ajuda de Expedito Júnior, um eleitorado onde ele é quase desconhecido, no interior. Daniel Pereira, pessoalmente um nome forte, carrega nas costas a esquerda que, em Rondônia, é ainda muito pequena, antes o eleitorado conservador e de direita, ampla maioria. Quais as chances de Léo e Daniel? Talvez a fragmentação do eleitorado dos dois (Marcos Rocha e Marcos Rogério), dividindo os votos da ampla maioria bolsonarista no Estado, abra possibilidade para que Léo ou Daniel, ambos com poucas chances atualmente, ao menos um deles chegar ao segundo turno. Ah! – dirão os que ficam preocupados em dar opinião, temendo algum erro grosseiro – mas a política quase nunca é o que parece e pode mudar a qualquer momento. Claro que pode! Nisso, não há qualquer contestação. Só que há também o lado da lógica e da realidade, que não pode ser ignorado. Se der a lógica e, a menos que aconteça um fato novo de grande gravidade – tanto para o bem, quanto para o mal! – neste momento são os dois Marcos os que têm condições reais de irem ao segundo turno, depois do 2 de outubro.
Pisar em ovos, nestas alturas do campeonato, sempre parece uma ação de bom senso. Mas nem sempre se deve tentar agradar a todos, ao menos para quem acompanha a política de perto, observa tudo o que está acontecendo e tira suas conclusões. Na pior das hipóteses, é apenas uma opinião pessoal, que só pode ser mudada através da censura, agora imposta aos brasileiros por decisões monocráticas do ministro Alexandre de Moraes. Se Cassol ainda pudesse ser candidato, ele estaria no segundo turno, com certeza. Agora, neste novo cenário, a tendência do eleitorado rondoniense, conservador em sua maioria, é concentrar seus votos nos dois candidatos que têm o apoio explícito do presidente Bolsonaro, aquele que tem a preferência do dobro de eleitores do Estado do que seu principalmente concorrente, o ex-presidente Lula, segundo as últimas pesquisas. Na campanha, Marcos Rocha continua falando no que realizou e nos seus planos, pedindo à população que ignore mentiras contra ele. Já Marcos Rogério, sentindo que suas chances aumentam, para chegar ao segundo turno fortalecido, elevou o tom dos ataques a Rocha, nos últimos dias, principalmente em temas relacionados com a questão da saúde pública. Ao que parece, a campanha quente vai começar. Até que enfim!
MAGISTRADOS DO TRABALHO ENTRAM EM GUERRA CONTRA O PRESIDENTE DA OAB. LINGUAGEM OFENSIVA É USADA EM NOTA OFICIAL
A guerra está declarada. De um lado, o advogado Márcio Nogueira, presidente da OAB rondoniense. De outro, magistrados do Trabalho. A causa? Nogueira denunciou, em nome de associados da instituição que preside, que, “alguns juízes do trabalho de Rondônia deixaram de residir no Estado e há outros que jamais colocaram o pé aqui”. As denúncias eram de que “estes magistrados tomaram posse por videoconferência e “desde então têm exercido a Magistratura à distância”, entre outras afirmações no mesmo contexto. A reação da Associação dos Magistrados de Rondônia e Acre (Anamatra 14), veio através de uma nota extremamente agressiva, chamando o presidente da OAB de “mentiroso”, “medíocre” e que usam táticas nazistas para disseminar informações falsas. Na pesadíssima nota, contudo, não há uma afirmação clara se os magistrados acusados residem ou não em Rondônia, embora o entendimento do texto leve a essa conclusão. Nesta segunda-feira pela manhã, Márcio Nogueira anunciou: “acabei de receber nota dos cinco diretores nacionais e mais 27 presidentes de seccionais em apoio a nossa defesa de um Judiciário próximo, feito por juízes que convivem nas comunidades que julgam e são encontrados nos fóruns”.
TRT FAZ NOTA DE REPÚDIO E NEGA QUE MAGISTRADOS NÃO RESIDEM EM RONDÔNIA. OAB MANTÉM SUA POSIÇÃO
O Tribunal Regional do Trabalho da 14ª Região – TRT14 Rondônia e Acre, por meio da presente nota pública, foi bem mais explícito, repudiando as afirmações do presidente da OAB e negando, com todas as letras, que os magistrados não residam em Porto Velho. A nota diz que “o TRT-14, desde o mês de janeiro de 2022, retornou, nos Fóruns Trabalhistas de Rondônia e Acre, o atendimento presencial aos jurisdicionados e advogados, no horário de expediente normal, a possibilitar o acesso à Justiça tanto presencialmente, em suas dependências físicas, quanto de forma digital, mediante atendimento pelo “Balcão Virtual”, por telefone, por e-mail e por “WhatsApp”. O TRT, em seu posicionamento, nega que sua presidente, a dra. Maria Cesarineide de Souza Lima, não more na Capital. Segundo a nota, a magistrada possui domicílio em Porto Velho desde 2005. Acrescenta ainda que “não condiz com a verdade a afirmação de que os Desembargadores ou Juízes do Trabalho, que integram os quadros do TRT14, estejam dispensados de residirem na capital rondoniense ou fora da sua respectiva jurisdição, inexistindo denúncia ou reclamação contra qualquer magistrado ou desembargador”. Por sua vez, o presidente da OAB afirma ter em mãos várias denúncias de advogados, que não conseguiram ser atendidos, porque não havia magistrados no TRT local. Ou seja, o caso ainda vai ferver…
JAQUELINE NEGA QUE OS CASSOL POSSAM SE APROXIMAR DA DANIEL PEREIRA E QUE NÃO APOIAM NENHUM CANDIDATO AO GOVERNO
Papo furado. Conversa pra boi dormir. Não há qualquer chance de que os Cassol se aproximem da candidatura de Daniel Pereira ao Governo. Nada contra o ex-governador, hoje no Solidariedade, segundo se ouviu tanto do ex-governador Ivo Cassol quanto da irmã dele, a deputada Jaqueline Cassol, candidata ao Senado. A questão é ideológica. Ivo Cassol e Jaqueline jamais iriam se unir a uma candidatura que resume a ideologia dos partidos de esquerda. Estão, os representantes do PP, coligados com o PL de Jair Bolsonaro, em nível nacional e, portanto, não pensam em eventuais acordos com uma candidatura respeitada, mas que defende a eleição do ex-presidente Lula. Na manhã desta segunda-feira, conversando com este Blog, Jaqueline informou que nem ela e nem Ivo vão apoiar algum dos quatro postulantes ao Governo. A tendência era esta, ao menos até agora, embora possa haver alguma mudança em relação ao segundo turno. Ivo Cassol tem sido “paquerado” por todos os demais postulantes ao Palácio Rio Madeira/CPA, mas, ao menos até agora, não tomou parte de nenhum lado. Jaqueline garante que está em campanha para o Senado e que não tem dúvida da sua eleição.
MARIANA, EXPEDITO E BAGATTOLI: O TRIO QUE TAMBÉM BATALHA PELA ÚNICA VAGA AO SENADO
Enquanto isso, os outros postulantes ao Senado continuam na batalha. A dúvida ainda permanece em relação à candidatura de Acir Gurgacz, que não pode usar a verba do Fundo Eleitoral e nem divulgar seu nome no horário eleitoral gratuito, por decisão da Justiça Eleitoral. Ele se mantém na disputa sub judice. Três dos candidatos mais fortes, estão na batalha, lutando por cada voto. A dupla que aparece com mais chances, ao menos até agora, é Mariana Carvalho e Expedito Júnior, ambos liderando a única pesquisa feita até agora no Estado. Atrás deles vem o empresário Jaime Bagattoli. Os seguidores do líder do agronegócio do Cone Sul de Rondônia, que se apresenta como o verdadeiro candidato de Bolsonaro, embora o próprio Presidente não tenha confirmado esta decisão, não tem conseguido repetir, ao menos até agora, a performance da primeira disputa em que participou, há quatro anos atrás. Contudo, há ainda pelo menos três semanas e meia de campanha, para que Bagattoli tente chegar na frente. Mariana e seu grupo político (governador Marcos Rocha, prefeito Hildon Chaves, entre outras lideranças), está otimista. Assim como o está o ex-senador Expedito Junior. Vai ser uma disputa das mais acirradas.
MINISTRO DA SAÚDE VEM PARA EVENTO QUE REUNIRÁ PRESIDENTES DE TODOS OS CONSELHOS DE MEDICINA DO PAÍS
Graças ao médico rondoniense Hiran Gallo, presidente do Conselho Regional de Medicina (CMR) Porto Velho vai sediar um evento histórico nesta semana. Hiran conseguiu trazer para cá o IIº Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina (ENCM) da Gestão 2019/2024, com a participação de mais de 180 lideranças médicas de todo o país. O encontro terá ainda, como destaque especial, a presença do ministro da saúde, Marcelo Queiroga, O evento, que ocorrerá no auditório do Cremero, na Capital, será realizado nesta quinta e sexta-feira, dias 8 e 9. Queiroga chega na manhã da quinta, para a abertura oficial do encontro nacional dos CMRs de todo o Brasil. “Este será o primeiro Encontro que realizaremos após a pandemia. Será um momento importante para avaliarmos os desafios atuais da Medicina no Brasil e decidirmos quais caminhos devemos seguir”, avalia o presidente do CFM, José Hiran Gallo. O Encontro reúne dirigentes dos Conselhos Regionais de Medicina de todo o país e representantes de outras entidades médicas, para debater temas relevantes para a medicina e para a saúde do nosso país. Em Porto Velho, serão tratados temas como publicidade médica, Revalida, acreditação de faculdades de medicina e residência médica, entre outros assuntos. O evento ainda contará com a participação do diretor executivo da Fundação Pio XII, Jean Negreiros, que vai falar sobre “O hospital do amor: seu impacto na medicina de Rondônia”.
OS 200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA VÃO LEVAR MILHÕES ÀS RUAS. HAVERÁ ATÉ SNIPERS COM ARMAS APONTADAS PARA A MULTIDÃO
Como será a comemoração do Sete de Setembro alusivo aos 200 anos da Independência do Brasil? Esta é uma pergunta que tem resposta complexa. Em nível nacional, convocados pelo presidente da República, espera-se que milhões de brasileiros irão às ruas, não só para homenagear a Pátria mas, também para protestar contra instituições como o Supremo Tribunal Federal. Há sim risco de que ocorram confrontos. Em Brasília, a segurança pública está toda mobilizada, inclusive com o exagerado uso de snipers, que poderão apontar suas armas para a multidão, o que é um risco desnecessário. As últimas demonstrações de força dos que foram às ruas apoiar Bolsonaro foram feitas de forma pacífica, embora algumas das faixas mostradas tenham sido usadas pela oposição e pelo militância policialesca de um ou outro ministro do STF, com aval da chamada grande mídia, para acusações de defesa de golpes e “manifestações antidemocráticas”. O que se espera é que não haja qualquer ato que possa tirar o brilho de uma comemoração de data tão significativa para nossa História.
COMEMORAÇÕES COMEÇARAM NA ZONA SUL E NESTA QUARTA ESTÁ PROGRAMADO O GRANDE DESFILE CÍVICO-MILITAR
Em Porto Velho, as comemorações começaram já nesta terça-feira, com um desfile de estudantes de pelo menos cinco escolas da zona sul da Capital, que acontecerá no campo do Bela Vista. Dezenas de professores e estudantes das escolas Padre Zenildo, Ronilzam Miguel Ferreira, Saul Bennesby e do Centro de Cultura Musical Escola Laio, homenageiam os dois séculos da Independência. Já na quarta-feira, à tardinha, acontecerá o grande desfile cívico, na Avenida Migrantes, entre Rio Madeira e Jorge Teixeira (BR 319). Forças militares e estudantes de dezenas de escolas vão participar da grande festa cívica e são esperadas milhares de pessoas. Viaturas do Exército serão atração especial. A Polícia Militar também será representada por um contingente importante, além de levar viaturas e até a nova atração da segurança o pública, um blindado que já está a disposição do BOPE, para uso em situações de grandes conflitos e perturbações da ordem. O desfile está programado para às 17 horas e contará com a presença das principais autoridades civis e militares, incluindo, claro, o governador Marcos Rocha.
HILDON EM FÉRIAS, MAS NÃO SAI DA CIDADE E NEM PRESIDENTE DA CÂMARA NÃO PRECISA ASSUMIR. FABRÍCIO JURADO É O COMANDANTE INTERINO
Desde a segunda-feira, o prefeito Hildon Chaves está de férias. Por duas semanas. Até o dia 14, estará fora do cargo. Como ele não vai viajar e nem ficar fora do posto por mais de 15 dias, não há necessidade de ter autorização dq Câmara. Hildon se afasta alguns poucos dias do cargo para, entre outras missões particulares, entrar de corpo e alma na campanha da sua esposa, a primeira dama Ieda Chaves, à Assembleia Legislativa. A fase atual caminha para a reta final da decisão do eleitorado e é provável que o prefeito amplie seu apoio pessoal aos seus candidatos (Marcos Rocha ao Governo, Mariana Carvalho ao Senado; seu vice, Maurício Carvalho, para a Câmara Federal e, claro, Ieda para a Assembleia). Maurício não pode assumir o comando do município exatamente por ser candidato. O próximo na linha de sucessão seria o presidente da Câmara, Edwilson Negreiros, mas como não há necessidade de uma troca oficial de comando na Prefeitura, ele também, muito envolvido na campanha, não precisa assumir nos 14 dias em que Hildon se afasta. Quem assumiu então, interinamente, foi o secretário Fabrício Jurado, um dos assessores mais próximos ao Prefeito e seu parceiro de confiança. Fabrício, aliás, era um nome muito cotado para disputar as eleições deste ano, à Câmara Federal ou à Assembleia, mas optou por ficar onde está: na linha de frente da administração municipal.
PERGUNTINHA
Qual sua opinião sobre a decisão monocrática do ministro Luís Roberto Barroso, cancelando o piso salarial dos enfermeiros, mesmo depois da norma ser aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente da República?