Artigo editado em: 24 de dezembro de 2022
Não é oficial, até porque Marcos Rocha não fala, abertamente, ainda, sobre o assunto. Mas, pelo que se ouve nos bastidores, pelos indícios e possibilidades, já dá para se ter ideia de que poucas mudanças vão acontecer no primeiro time de secretários do governo rondoniense. Na área nevrálgica das Finanças, onde a administração, no primeiro mandato, teve amplo sucesso, só uma zebra, um imprevisto, algo totalmente fora da curva, poderia trocar o atual secretário Luis Fernando, nome que veio do governo Confúcio Moura, onde já se destacava no setor, para se consolidar como um dos mais importantes assessores de Rocha. Como na política nada é definitivo, não se pode afirmar que é de 100 por cento certa a permanência de Luis Fernando, mas pode-se falar em 95 por cento. Em outro setor vital para a administração estadual, o que dá os rumos da política de governo, cumprindo ordens diretas do chefe, Júnior Gonçalves só não fica onde está se não quiser. E ele quer. Vai ficar, depois do grande e surpreendente sucesso que teve, alinhavando os acordos que tornaram muito menos complexas as relações do governo com o Parlamento, com os demais poderes e com os Prefeitos. Na segurança pública, o Coronel Felipe Vital chegou há pouco tempo no comando e os resultados que apresentou têm agradado o comando do Palácio Rio Madeira/CPA. Se ele não tiver outras missões, já que é uma espécie de coringa do governo, ficará onde está. Na Educação, Rocha já teria batido o martelo. Fica no cargo Ana Lúcia Pacini. Ela era a adjunta quando o professor Suamy Vivecananda deixou o cargo para disputar a Assembleia, manteve as políticas de melhorias da Educação e até já montou sua equipe para o segundo mandato.
Quem mais? Aposta com 110 por cento de chances de se ganhar é a permanência de Luana Rocha, a secretária e primeira dama, no comando da ação social, setor em que o governo teve, até aqui, alguns dos projetos de maior sucesso. O vice-governador eleito, Sérgio Gonçalves, acumulará funções, mantendo-se no comando da Secretaria de Desenvolvimento, a Sedec. Há chances reais, ao menos num primeiro momento, de que a secretária Samayra Gomes permaneça na saúde. Ela substituiu o deputado federal eleito com a maior votação em Rondônia, Fernando Máximo e tem tudo para ficar no posto, a menos que surja alguma surpresa que, ao menos até agora, não apareceu no horizonte do novo mandato. Luiz Paulo Batista, marido da deputada federal Jaqueline Cassol, fica na Agricultura. Há pouco tempo no cargo, seu trabalho tem sido elogiado publicamente por Rocha. O grupo palaciano, composto em sua maioria por oficiais da PM, deve permanecer como está. Também já foi confirmado o nome de Rosângela Silva, a competente diretora do Decom. Seu adjunto será o jornalista Eduardo Kopanakis. No total, em nível de primeiro escalão, indicados diretamente pelo Governador, são 106 cargos a serem ocupados. A grande maioria continuará nas mesmas mãos em que estão hoje. Em breve, tudo isso se confirmará.
NÓS, OS OTÁRIOS, VAMOS BANCAR MAIS UM AUMENTO SALARIAL, AGORA DE 37 POR CENTO, SÓ PARA A CASTA QUE MANDA NAS NOSSAS VIDAS
Preparemos nossos bolsos! O Congresso Nacional aprovou mais um aumento salarial, dos Ministros do STF ao Presidente da República; dos senadores e deputados aos ministros de Estado, O efeito cascata que isso vai causar será, sim, um grande rombo nos cofres públicos. Além do Fura Teto aprovado para um ano para o governo Lula, que poderá causar graves danos à economia brasileira, teremos mais este presente grego, nos empurrados pelos mesmos de sempre, para bancarmos. Mais impostos para nós, mais mordomias e gordos salários para eles. No caso do Judiciário, onde já há alguns dos maiores salários do país, com todos os penduricalhos, o reajuste de 37 por cento para o STF representará um efeito de aumento para todas as instâncias. Isso vale também para os governos estaduais e parlamentos e até para as mais de 5.500 Câmaras de Vereadores. Eles se auto aumentam, nós bancamos. Não adianta protestar, é claro. Mas vale desabafar. E o espaço é dado ao engenheiro Emanuel Nery, do DNIT, servidor público que não sabe o que é ter um aumento de salário há anos. Abres aspas: “Enquanto os servidores que fazem a administração funcionar, que dão a vida, muitas vezes, para que as políticas públicas virem realidade, estão há quatro anos sem nenhum real de aumento no salário, nem mesmo a correção da inflação., o Congresso aumenta o salário deles e do Presidente e Ministros em mais de 37 por cento”. Precisa dizer mais?
O TENEBROSO IPVA AGORA JÁ PODE SER PAGO EM CINCO VEZES, POR LEI SANCIONADA PELO GOVERNADOR MARCOS ROCHA
O IPVA, outro entre tantos impostos tenebrosos, que não existe em nenhum país sério (ao se comprar um veículo, já se paga pelo seu uso e o pagamento anual do licenciamento é uma vergonha!) pelo menos doerá menos no bolso do rondoniense, a partir deste ano. A partir de lei de autoria do deputado Laerte Gomes, aprovada na Assembleia Legislativa, está autorizado o parcelamento do IPVA, já em 2023, em cinco parcelas. A nova lei foi sancionada pelo governador Marcos Rocha. Mas ele não topou e vetou artigo que autorizava o licenciamento do veículo após o pagamento da primeira parcela. O motivo é óbvio: certamente muitos proprietários de veículos pagariam apenas uma parcela e depois, bye bye! Então, a lei vale para as cinco parcelas, mas o licenciamento só sai após o pagamento da última. A frota de veículos em Rondônia está batendo na casa de 1 milhão e 200 mil, quase 100 mil a mais do que no início de 2021. Os últimos números apontam que já temos uma frota de mais de 579 mil motos circulando. Já são quase 60 veículos por cada 100 habitantes e este número continua crescendo. O trânsito nas principais cidades de Rondônia, principalmente na Capital, está cada vez mais perigoso. Até porque há milhares de condutores de veículos, principalmente de motos, que não estão habilitados, mas inundam as ruas todos os dias.
CINDO DEPUTADOS DE RONDÔNIA VOTARAM CONTRA A LEI FURA TETO, MAS DOIS A APOIARAM, NA CÂMARA FEDERAL
Cinco dos oito deputados federais de Rondônia votaram contra a famigerada Lei Fura Teto, aquela que permitirá ao futuro presidente Lula gastar mais de 148 bilhões de reais além do teto de gastos (o que pode causar sérios danos à economia do país). Pela lei aprovado no Congresso, por ampla maioria – até porque muitos dos parlamentares que juravam amor ao presidente Bolsonaro já se bandearam para Lula, o que não é surpresa alguma – o novo governo poderá furar os gastos por apenas um ano. Os representantes de Rondônia, a maioria seguindo o que pensa mais de 70 por cento do eleitorado bolsonarista do Estado, disse não à excrescência agora aprovada. Dois parlamentares (Mauro Nazif e Expedito Netto, ambos não reeleitos), votaram a favor. O voto de Léo Moraes não consta em nenhuma das relações. Já Silvia Cristina, Mariana Carvalho, Jaqueline Cassol, Lúcio Mosquini e o Coronel Chrisóstomo foram contrários. Alegando precisar de mais recursos para conseguir pagar os 600 reais mensais do programa que era Bolsa Família, virou Auxílio Brasil e agora voltou a ser Bolsa Família, o novo governo conseguiu apoio do congresso fajuto que temos em nossa país, para poder gastar mais do que deveria. Mas isso é só o começo. Vem coisa muito pior por aí.
LIDERANÇAS DO PASSADO E GRANDE FÃ DE FIDEL CASTRO NA POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL ESTÃO NA EQUIPE DE LULA
Sem novas lideranças de peso no seu partido, o PT, o eleito Lula teve que recorrer a muitos nomes do passado e aliados de última hora, para compor parte importante do seu Ministério. As velhas raposas esquerdistas, muitas delas envolvidas em escândalos, na maioria dos casos com processos engavetados há alguns anos, estão de volta ao cenário da República. Depois de Fernando Haddad na Economia, Camilo Santana na Educação e o néo-quase-petista Geraldo Alkmin na Indúsrria e Comércio, Lula ressuscita nomes como os de Alexandre Padilha, Márcio França e Wellington Dias. Caras novas? A endividada Margareth Meenezes para a Cultura e a desconhecida Anielle Franco para a Igualdade Racial, cujo único mérito é ser irmã da falecida Marielle Franco, um cadáver que o PT usa até hoje como mote de discurso político. Uma das figuras mais polêmicas entre os indicados no novo governo, até mais que Fernando Haddad na Economia, foi o nome do policial Antônio Fernando Oliveira, para ser o diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, uma das instituições mais respeitadas do país. Seria normal, não fosse Oliveira um ferrenho comunista, admirador de Fidel Castro e da ditadura cubana. Ele foi escolhido por seu padrinho, o também comunista, o ex-governador Flávio Dino.
EM ENCONTRO COM JORNALISTAS, REDANO FALA NA SUCESSÃO DO COMANDO DA ALE A PARTIR DE FEVEREIRO DO ANO QUE VEM
Durante encontro com a imprensa, num café realizado na Assembleia Legislativa, o presidente Alex Redano falou pela primeira vez, em público, sobre as primeiras conversações que estão acontecendo para a escolha de quem comandará o Parlamento rondoniense durante os próximos quatro anos, a partir de 1º de fevereiro de 2022. Sem dar detalhes e dizendo que há apenas candidaturas apresentadas, Redano confirmou que o deputado Marcelo Cruz tem sido apontado para comandar o legislativo estadual em 2033/2024 e ele, Redano, voltaria a comandar o Poder em 2025/2026. “Ainda estamos conversando”, fez questão de salientar o Presidente que deixa o posto depois de um mandato entre os mais elogiados, na Assembleia rondoniense. O nome de Marcelo Cruz está mesmo muito forte e já teria apoios suficientes para compor, com ele no comando, a Mesa Diretora do ano que vem. Reeleito com quase 19 mil votos, o parlamentar tem se destacado em sua atuação na ALE. Seu nome, aliás, tem sido muito citado como um possível candidato à Prefeitura de Porto Velho, seu principal reduto eleitoral, para a eleição de 2024. Já Redano foi eleito com mais de 19.500 votos para mais um mandato. É respeitado tanto entre seus pares como pelos demais Poderes. É parceiro de primeira hora do governador Marcos Rocha. Aliás, Marcelo Cruz também o é.
DOCUMENTÁRIO RONDONIENSE SOBRE ÍNDIOS URU-EU-WAU-WAU É UIM DOS 14 FINALISTAS PARA GANHAR UM OSCAR, NO ANO QUE VEM
Estamos no Oscar. Isso mesmo. A grande festa do cinema mundial, que reúne em Hollywood alguns dos maiores atores e atrizes do Planeta e premia filmes, artistas, diretores, produtores e documentários, terá a participação de um projeto filmado em Rondônia. O documentário “O Território” já venceu pelo menos 145 concorrentes, indo para a fase final da seleção. Tem ainda outros 14 concorrentes. Se passar por nova etapa, estará entre os cinco finalistas. A chance é grande, porque envolve um tema que os americanos principalmente, mas os estrangeiros em geral adoram: os índios brasileiros, que ainda existem aos milhões, enquanto os indígenas das terras deles foram exterminados há décadas, restando alguns poucos milhares, aculturados. Os índios Uru-Eu-Wau-Wau ajudaram na produção do documentário, que caiu no gosto dos que votam pela Academia do Oscar, de várias partes do mundo. O documentário foi filmado em Rondônia, com participação de cineastas locais. Quem ajudou a traçar a linha narrativa é Bitaté, um jovem Uru-Eu-Wau-Wau e a indigenista Ivaneide Bandeira, conhecida como Neidinha. A partir deles,. “O Território” denuncia desmatamentos, invasões de terras, queimadas e perseguições. Os americanos adoraram. O Oscar deste ano acontecerá na noite de 27 de março do ano que está chegando.
AVANÇA DIÁLOGO ENTRE SECRETARIA DE SAÚDE DO ESTADO E COMANDO DO HOSPITAL DO CÂNCER DE RONDÔNIA
Antes do Natal, o deputado Williames Pimentel trouxe, via vídeo divulgado pelas redes sociais, uma espécie de presente para a coletividade rondoniense. Segundo o parlamentar do MDB, nova reunião entre representantes da Secretaria de Saúde do Estado, a Sesau e dirigentes do Hospital do Amor (Hospital do Câncer), com a participação do presidente da Assembleia Legislativa Alex Redano e dele, Pimentel, houve grande avanço numa reaproximação entre o Governo estadual e o comando do Hospital, que estão com relações rompidas. “Temos que lutar para que não haja prejuízo algum dos nossos doentes”, defende o deputado. O Governo diz que mandou milhões de reais ao Hospital. Sua direção diz que houve corte no apoio financeiro. O Governo diz que só pode mandar mais dinheiro se houver prestação de contas detalhada do uso do que já foi enviado. O Hospital diz que já o fez. A Sesau diz que não. A coisa chegou a um ponto em que ouve a ruptura, principalmente depois que o dono do Hospital do Câncer, o empresário Henrique Prata, gravou um vídeo atacando o governo rondoniense e o então secretário Fernando Máximo, que, no final, acabou se tornando o parlamentar com maior votação na disputa pela Câmara Federal. Prata apoiou publicamente o candidato Marcos Rogério contra Marcos Rocha. Agora, é na Assembleia que o assunto está avançando para um acordo. Pimentel é um dos parlamentares que está à frente do diálogo, que está avançando, comemorou!
PERGUNTINHA
Você ainda acredita em pesquisas do Instituto DataFolha, como a que que agora volta, dizendo que 75 por cento dos brasileiros são contra os atos que chamam de “golpistas” e não de patrióticas, as concentrações em frente aos quartéis, país afora?