ROCHA FAZ DISCURSO NA COP 29 E PERGUNTA: “QUEM VAI PAGAR PARA QUE A FLORESTA FIQUE EM PÉ”?

Artigo editado em: 14 de novembro de 2024

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        Depois da China, o Azerbeijão. O périplo internacional do governador Marcos Rocha, que começou na Feira Internacional de Importação e Exportação de Shangai, levando nosso café, teve prosseguimento com um discurso na COP 29, sobre questões ambientais, no país localizado no Extremo Leste da Europa, quase limite com a Ásia. Lá, Rocha defendeu os cuidados com a floresta, mas sem esquecer o povo que vive nela. Em seu pronunciamento, ele pediu ao mundo que todos ajam pela Amazônia e questionou: “quem pagará para que a floresta fique em pé”? Para Rocha, que falou mostrando imagens da Amazônia em Rondônia, mescladas com rostos de gente que aqui vive e luta para sobreviver, tem que se ouvir menos discursos e se ter mais ações práticas, em defesa da maior floresta do Planeta. “É preciso parar de apenas se falar. É preciso agir. Porque enquanto só falamos, nossa floresta enfrenta ameaças reais”, alertou. Destacou ainda a chamada bioeconomia como meio para se crescer com sustentabilidade, enumerando a produção de Rondônia, exemplificando com o café, produzido com todos os cuidados ambientais. Citou ainda como exemplo a Cairu, maior fábrica de bicicletas do país e talvez da América Latina, que produz em harmonia com as questões ambientais.

          Embora o texto efusivo e recheado de elogios ao Governador, distribuído por sua assessoria exagere um pouco, não é menos verdade que Rocha se destacou no evento mundial, exatamente pelo tema que abordou e pela forma como o fez. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, mais conhecida como COP 29, foi um evento mundial de grande importância. Realizada em Baku, capital do país, localizada às margens do Rio Cáspio, reuniu autoridades de todo o Planeta, para discutir as questões ambientais. O pronunciamento do Governador rondoniense, assim como as cobranças que ele fez, foi ouvido atentamente pelas delegações de dezenas de países, presentes ao evento. As questões ambientais estão no centro dos debates neste momento, com uma maioria de opiniões anunciando catástrofes do Planeta, pelo aquecimento global, tese, aliás, contestada por alguns poucos cientistas, que não têm qualquer espaço na mídia. A participação de Marcos Rocha num evento de tal grandeza, foi certamente muito importante parta Rondônia que, aliás, segundo ele mesmo informou no seu pronunciamento, reduziu em mais de 62 por cento o desmatamento.

  

LÉO ANDA PELA CIDADE OUVINDO AS PESSOAS E EM REUNIÕES COM AUTORIDADES, SE PREPARANDO PARA ASSUMIR EM JANEIRO

          Ele não para. Como se ainda estivesse em campanha, o prefeito eleito Léo Moraes anda por Porto Velho, se reunindo com comunidades; ouvindo dramas de usuários do sistema de saúde com suas reclamações e garantindo que, também na saúde pública, “vamos mudar este quadro”, como disse numa visita aio CRAS Dona Cotinha, quando viu de perto os problemas e deficiências do local. Com o mesmo entusiasmo, Léo se reúne com o presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Raduan Miguel Filho ou com membros do Ministério Público, abrindo canais importantes de diálogo com os poderes que, certamente, serão importantes parceiros na sua administração. Experiente na política, um relações públicas nato, o Prefeito eleito tem sido recebido por onde anda com entusiasmo e alegria. As cicatrizes da campanha, ao que parece, já estão sendo curadas, porque ele raramente ainda fala sobre elas. O negócio agora é olhar para o futuro.

          O processo de transição está andando de forma bastante positiva, avaliam inclusive alguns dos participantes da equipe escolhida por Léo para representá-lo. Os trabalhos devem se encerrar no próximo 5 de dezembro, daqui a 20 dias e no dia 6 deverá ser entregue o relatório final ao novo Prefeito. Só então Léo começará a tratar da montagem da sua equipe. Não se sabe se alguém da transição fará parte do time principal do novo governo municipal. Por enquanto, este tema é tratado como absoluto segredo por Léo Moraes.   

AFFONSO ATUA EM TRÊS FRENTES: NA ALE, COMANDANDO A TRANSIÇÃO E BUSCANDO APOIOS EM BRASÍLIA

        O ainda deputado estadual, mas agora prefeito eleito de Ji-Paraná, Affonso Cândido, tem se multiplicado nos últimos dias. Além de manter atuação na Assembleia, ele comanda a transição na sua cidade e começa a tratar da montagem da sua equipe. Mais que isso, Affonso tem sido visto batendo em portas de gabinetes em Brasília, em busca de recursos para seu governo, que começa daqui a um mês e meio. Entre as várias visitas a deputados federais, o deputado Lúcio Mosquini divulgou um vídeo, nas redes sociais, ao lado do hoje parlamentar e prefeito eleito, garantindo todo o apoio para a administração de Ji-Paraná. Affonso também esteve em gabinetes de senadores e outros deputados federais, à busca de abrir portas para um governo que começa em janeiro e que terá inúmeros desafios pela frente.

          Affonso Cândido conseguiu uma grande vitória eleitoral em Ji-Paraná. Todas as pesquisas, até cerca de duas semanas antes das urnas, aopontavam para uma vitória do atual prefeito Isau Fonseca. Uma visita do ex-presidente Jair Bolsonaro, que levou pequenas multidões às ruas, ajudou certamente a mudar o quadro. Ele venceu com mais de 20 mil votos de diferença sobre seu adversário, se tornando uma nova e importante liderança na política regional. Affoso vai comandar a segunda maior cidade rondoniense, com cerca de 126 mil habitantes e que é uma potência econômica do Estado.

BANCADA NA CÂMARA FEDERAL É CRITICADA POR NÃO APOIAR PAUTA SINDICALISTA E DA ESQUERDA

          Ouve-se e lê-se em alguns comentários nas redes sociais, poucos mas sempre em destaque, críticas à bancada federal de Rondônia por não ter assinado a PEC 6×1, uma pauta claramente da esquerda e sindicalista. Num país pobre, que quer reduzir a jornada de trabalho, mas mantendo os mesmos salários, com riscos de que milhares de pequenas e médias empresas quebrarem, exterminando milhares de empregos, isso é prioridade? A ideia é defendida como se fosse uma causa importante para o país, como se todos fossem idiotas e não soubesse exatamente a razão desta defesa tão drástica de uma minoria. E é esta minoria que protesta, se esquecendo que Rondônia é um Estado diferente. A imensa maioria da sua população não aceita pautas sindicalistas e esquerdistas. A grande maioria do eleitorado já disse e repetiu nas urnas que é vinho de outra pipa. Por aqui, a palavra de ordem é trabalho e desenvolvimento.

          Embora se reconheça o direito de reivindicar, é bom respeitar também quem não concorde com isso. Entre todos os parlamentares eleitos para a Câmara Federal, nenhum o foi para defender ideologia de esquerda ou teses de corporativismo de sindicatos. Nenhum. No Senado, dos três representantes, apenas um, Confúcio Moura, apoia tais medidas. Então, o que a minoria tem que fazer é batalhar para eleger, na Câmara, ao menos alguém que a represente. As minorias podem protestar, mas não podem impor suas ideias. Portanto, enquanto algumas vozes vão às redes sociais criticar a bancada, a certeza é de que a grande maioria dos rondonienses, aquela maioria silenciosa, está é ao lado dos deputados, neste episódio. Há contudo, em outros Estados, representantes da direita que apoiam o projeto.

DIRETOR DO DNIT DIZ QUE “COMPONENTE INDÍGENA” É O MAIOR OBSTÁCULO PARA ASFALTO NA BR 319

          Uma comitiva de oito deputados estaduais esteve em Brasília, junto com outros membros do Parlamento Amazônico (entidade presidida pelo rondoniense Laerte Gomes), tentando ouvir do Dnit uma palavra positiva em relação ao reasfaltamento da BR 319. Outros temas, como a conclusão e asfaltamento do Anel Viário Expresso Porto (que liga a BR 364, na altura do hospital das Irmãs Marcelinas até o Porto da Capital), além de melhorias nas BRs 422 e 435, também estiveram na pauta. Além de Laerte, compuseram o grupo da Assembleia Legislativa os deputados Delegado Camargo, Affonso Cândido, Luís do Hospital, Pedro Fernandes, Lebrinha, Delegado Lucas e Ezequiel Neiva. Embora a conversa tenha sido boa, os parlamentares não saíram do Dnit com notícias auspiciosas. O diretor geral do órgão, Fabrício Galvão, repetiu que a obra é considerada prioritária para o governo federal, mas foi claro: há ainda enormes obstáculos a serem superados, até que ela seja realizada.

          Atualmente, segundo Galvão, o maior impasse é o que ele chamou de “componente indígena”, que estaria sendo um grande obstáculo para a obra, principalmente a partir de sucessivas intervenções do Ministério Público Federal. Obviamente que o diretor do Dnit não disse, mas a pressão das ONGs internacionais e da própria ministra Marina Silva, qua atende com prioridade os interesses delas, não querem que a obra aconteça. Em relação ao principal a obra, o chamado Trecho do Meio, Fabrício Galvão afirmou que “o caminho ainda será longo, mas estamos fazendo todos os estudos ambientais, de flora, de fauna, de flora indígena e apresentando ao Ibama, tentando que um dia consigamos a aprovação para licitarmos”. Ou seja: sem o aval das ONGs e de sua Rainha, será difícil que a obra se torne realidade.

UM ATO TERRORISTA ISOLADO, EM QUE A BURRICE DO CRIMINOSO O  SENTENCIOU À MORTE

          O que aconteceu em Brasília, na noite da quarta-feira, foi um ato isolado, de um desequilibrado mental. Qualquer outra ilação (e as haverá, com certeza!) fará parte da narrativa tanto do governo federal quanto do STF de tentativa de golpe. Um maluco, amador, fabricando uma bomba e tentando jogá-la contra o prédio do Tribunal, acabou na morte dele mesmo. Obviamente que foi um ato terrorista e que tem que ser tratado e investigado como tal. Caso haja outros participantes, todos devem receber o peso da lei. O problema é que o idiota/suicida causou um grave problema, ao cometer tal ato. Agora, claro, o discurso de “golpe” e de tentativas de derrubar o governo ou atacar ministros do STF ganhará muito mais força, na medida em que o maluco, caso tenha agido sozinho, criou uma espécie de pauta de argumentações para o endurecimento de posições de ministros como Alexandre de Moraes, que estava começando a ter seus superpoderes enfraquecidos pela Kriptonita chamada governo de Donaldo Trump.

          A verdade é que a bomba que explodiu e matou o terrorista amador, que aliás foi candidato pelo PL na última eleição e, claro, não se elegeu, serviu para amenizar as posições contrárias da classe política e da população contra o Tribunal que se transformou num braço político do governo Lula. Foi uma tentativa horrorosa, um ato terrorista brutal e sem qualquer necessidade. E a burrice, neste caso, foi punida com a morte!

APOSTAS EM BETS COM DINHEIRO DO BOLSA FAMÍLIA: STF QUER PROIBIR, ENQUANTO LOTERIAS DA CAIXA SÃO ACEITAS

        Milhões de brasileiros que recebem benefícios do governo federal (entre eles o Bolsa Família) estão viciados em jogos pela internet, os chamados Bets. Tem gente que gasta senão tudo, ao menos uma boa parte do que deveria usar para sobrevivência, em jogos de azar, enganados geralmente e sonhando em ficar ricos sem trabalhar, coisa aliás cultural em parte da sociedade brasileira e não só a parte pobre. Há famílias inteiras vivendo sem renda, porque o que recebem está sendo aplicado nesta espécie de cassino, acessível no celular. Agora, o STF (que adora legislar) exige que o governo Lula crie mecanismos para impedir que o dinheiro do Bolsa Famílias e outros benefícios, seja usado para jogos. Como fazer isso? Cada pessoa tem o direito constitucional de usar seu dinheiro como quiser, inclusive para bancar o otário. Mas a Constituição brasileira é uma coisa; as decisões do STF são outra.

        A verdade é que a jogatina tomou conta do Brasil. Aposta-se tudo. Do jogo do bicho às Bets. E há ainda as loterias oficiais, como a Mega Sena, a Quina, Dupla Sena, Time Mania e outros, que levam milhões e milhões para os cofres da Caixa Federal em todos os sorteios. Nesta semana passada, por exemplo, um apostador de Cuiabá, no Mato Grosso, ganhou sozinho mais de 201 milhões de reais. Mas a possibilidade de que isso aconteça é de uma chance em 50 milhões.   

NADA DE MÃOS ESTENDIDAS. TRUMP AMEAÇA TRANSFERIR DE WASHINGTON ATÉ 100 MIL BUROCRATAS DO GOVERNO

          Ele falou em unir o país, no dia da vitória das urnas, mas a verdade é que o presidente americano Donald Trump assume seu segundo mandato com sangue nos olhos e espírito vingativo. Num vídeo que já teve alguns milhões de visualizações (talvez tenha passado de 1 bilhão), Trump anuncia uma dezena de medidas duríssimas, algumas delas que afetarão diretamente seus adversários políticos no atual governo. Uma delas é de assustar. Ele promete fazer uma devassa entre os burocratas de Washington, sede do poder, mandando “para regiões onde existem os verdadeiros patriotas”, ou seja, seus apoiadores, até 100 mil servidores. Trump garantiu também medidas contra funcionários de agências de segurança, que, segundo ele deixou no ar, podem estar eivadas de pessoas que estão usando suas funções para perseguir adversários, inclusive na campanha dele, alegou.          

        Ao afirmar que sua meta principal é “recuperar nossa democracia da corrupção de Washington” e que vai usar todo o poder presidencial “para remover burocratas desonestos”, ou seja, sob critérios dele e de seu governo. Ele vai pedir ao Congresso para fazer auditorias, monitorando as agências de inteligência, para “garantir que não estejam espionando nossos cidadãos ou realizando campanhas de desinformação contra o povo americano”. Tem muitas outras medidas que serão tomadas, segundo o vídeo do Presidente. Ou seja, mãos estendidas é apenas discurso. Vem confrontos fortes por aí!   

PERGUNTINHA

         

        Confesse: você chegou a ficar surpreso com a decisão dos vereadores de São Paulo em aumentarem em 37 por cento seus próprios salários, logo depois da eleição municipal ou acha que isso vai acontecer em todo o país, como geralmente tem acontecido?

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