Artigo editado em: 2 de maio de 2024
“É pura covardia”! A frase da advogada e presidente da Cooperativa dos Garimpeiros da Amazônia, Tânia Sena sintetiza o protesto dos representantes do setor, em relação ao que está acontecendo com dezenas e dezenas de profissionais da área, que estão perdendo tudo o que têm, tendo seus patrimônios explodidos e incendiados, sem direito a o contraditório ou a algum recurso. A advogada destaca que a única forma de amenizar o problema de quem sobrevive da retirada de ouro do Rio Madeira é a revogação de um decreto de 1981, assinado pelo então governador Osvaldo Piana, que impedia o garimpo no rio, desde a Cachoeira (hoje barragem da Hidrelétrica de Santo Antônio). Ela lembra que durante cinco anos, até 2012, os garimpeiros tinham autorização para explorarem ouro no mesmo trecho. Todos investiram pesado; compraram equipamentos, construíram dragas e balsas e, de uma hora para a outra, um decreto de mais de quatro décadas foi ressuscitado, acabando com os sonhos e a vida profissional de um sem número de trabalhadores do garimpo. Tânia Sena também protestou contra o exagero das ações do Ibama e policiais que não só pedem a documentação exigida em lei, para balseiros e donos de dragas, como exigem recibos e documentação completamente fora do que determinam as exigências legais. Através de sua representante, os garimpeiros estão pedindo apoio dos deputados estaduais e do governador Marcos Rocha para que acabe a injustiça, segundo declara Tânia Sena.
No contexto da garimpagem, a representante dos trabalhadores e donos de dragas e balsas afirma que existem muitas Fake News acerca do tema. Uma delas, garante, é a que envolve o uso do mercúrio. Ela repete que há estudo feito pela Unir, que concluiu que não há contaminação dos peixes do Madeira, que possam afetar a vida humana, embora fique claro que qualquer estudo que conteste as teses de agressão ambiental, será rejeitado. Lembrou ainda que o mercúrio é usado internamente nas dragas e balsas, é um produto caro e que os garimpeiros usam com cuidado e em pequenas quantidades. Tânia Sena lembrou ainda que já há estudos avançados, tanto na Unir, em Rondônia quanto no Amazonas, de plantas da nossa natureza que vão substituir o mercúrio, num futuro próximo. E lamentou que os donos de dragas e balsas prejudicados, assim como aqueles que ali trabalham (e que podem receber até 1.500 reais ao dia, sendo empregados e não os donos dos equipamentos, hoje estão vivendo da solidariedade dos amigos e de outros garimpeiros. Em nome da defesa ambiental, estamos acabando com uma categoria que sempre representou parte importante da nossa economia, ao ponto, aliás, do comércio de produtos para o garimpo ter tido queda de mais de 40 por cento nas últimas semanas. Tudo para agradar os interesses internacionais e as ONGs, que mandam e desmandam na Amazônia. Lamentável!
PRINCIPAL NOME DO PETISMO RONDONIENSE, FINALMENTE FÁTIMA CLEIDE ANUNCIA QUE ESTÁ NO JOGO EM PORTO VELHO!
Depois de muito tempo de dúvidas, finalmente o Partido dos Trabalhadores confirmou o nome de Fátima Cleide como sua candidata à Prefeitura de Porto Velho. Fátima chega com um cabedal de longa experiência política que a tornou, sem dúvida, o nome mais forte da esquerda para concorrer à sucessão de Hildon Chaves. Na última eleição geral, Fátima concorreu à Câmara Federal, somando mais de 28 mil votos, o que a teria dado uma cadeira, não fosse a fraca performance dos demais componentes da nominata petista. Ela teve mais votos, por exemplo, do que vários dos atuais deputados que compõem a nossa bancada na Câmara. O primeiro e último prefeito do PT que comandou Porto Velho foi Roberto Sobrinho, por dois mandatos, com apoio de Fátima, com quem está rompido politicamente. Nas últimas semanas, era uma verdadeira incógnita a participação ou não da ex-senadora no processo eleitoral em Porto Velho. Ouve-se nos bastidores da política, que o próprio presidente Lula teria pedido a Fátima, que é muito próxima a ele, que ela concorresse em Porto Velho. Com o ingresso dela, não há mais como formar uma Federação com o PSB de Vinicius Miguel, por exemplo, que podia ser um nome único das esquerdas. Agora já são três mulheres com chances reais de se tornarem a primeira representa te do sexo feminino a governar a maior cidade do Estado: Fátima, Mariana Carvalho e Euma Tourinho!
ENTIDADES NACIONAIS E REGIONAIS PROTESTAM CONTRA A INVASÃO DE POLÍTICOS NA COORDENAÇÃO DA RESIDÊNCIA MÉDICA
Qual a intenção de transformar uma estrutura totalmente técnica e passá-la para mãos não especialistas, através de indicações políticas? Há uma verdadeira revolta no meio médico brasileiro, depois do decreto do governo Lula mudando a estrutura de coordenação do sistema nacional de Residência Médica, que , aliás funciona com perfeição há mais de 60 anos. Pelo sistema agora modificado, a composição da coordenação era de maioria de médicos, até porque são eles que conhecem a situação e podem tomar as decisões corretas. A partir de agora, o grupo contém apenas cinco médicos contra outo indicações políticas do Ministério da Saúde, ou seja, a política governista é quem vai determinar os rumos da Residência Médica brasileira, abrindo mão da tecnicidade para dar espaço a todos os riscos que decisões políticas abrigam. A começar pelo Conselho Federal de Medicina, comandado pelo rondoniense Hiran Gallo, praticamente todas as entidades médicas do país se insurgiram contra a decisão.
Os Conselhos Regionais de Medicina, os Sindicatos Médicos país afora (incluindo o de Rondônia) e os representantes dos médicos nas Comissões Saúde da Câmara e Senado, exigem que o decreto seja modificado. Hiran Gallo, presidente do CFM e em nome de várias entidades médicas, já levou o assunto ao vice-presidente Geraldo Alkmin, que é médico anestesiologista, assim como há uma mobilização da categoria contra o decreto. A dra. Flávia Lenzi, presidente do Sindicato dos Médicos de Rondônia, o Simero, também se aliou aos protestos, afirmando que a entidade exige a revogação do decreto. O governo está tentando colocar sua gente em todos os setores, tomando conta até de questões que são unicamente técnicas. Só a forte reação das entidades médicas pode frear essa ganância política que toma conta do país.
LEITORES ESPECIAIS DISCORDAM DE QUE PORTO VELHO NUNCA TEVE UM PREFEITO CONSERVADOR OU DE DIREITA
Causou grande repercussão assunto divulgado neste blog, relacionado com o fato de Porto Velho não ter eleito ainda nenhum prefeito de partidos conservadores ou de direita. Houve quem concordasse e quem discordasse. O advogado Clênio Amorim, especialista em direito eleitoral, por exemplo: “tenho uma observação a ser feita: o Chiquilito Erse, ideologicamente, sempre foi centro direita, assim como seu sucessor Carlinhos Camurça”. Já o respeitado professor e comentarista político João Paulo Viana aprofundou a discordância. Escreveu: “tomo a liberdade de tecer alguns comentários. Por partes: 1) Chiquilito era oriundo do PDS, migrou posteriormente para o PFL e em sua primeira passagem pela prefeitura de PVH, eleito em 1988, era filiado ao PTB. Que é uma legenda considerada de direita, pela imensa maioria dos estudiosos de classificação ideológica dos partidos. Nesse caso, o PDT brizolista seria, de fato, o herdeiro do trabalhismo varguista. E o segundo mandato do Chiquilito já é pelo PDT, mas antes disso ele passou por uma série de partidos de direita, como mencionado acima.
2) Sobre o Carlinhos Camurça, a mesma coisa. Ele é eleito pelo PTB a deputado federal em 1990, depois passa por vários partidos de direita, inclusive o PTR. Acredito que quando Carlinhos assume a prefeitura, após renúncia do Chiqulito, o Camurça estava no PDT. Mas se eu não estiver enganado o segundo mandato do Carlinhos já é pelo PPB Malufista, atual PP. Embora ele tenha sido filiado ao PPB, eu não tenho certeza se foi durante o mandato de prefeito. Acho que vale a pena checar. 3) E o Hildon é um político de centro-direita, moderado, mas de direita…”.
ANTES DA DIVISÃO PETISMO/ BOLSONARISMO, POLÍTICOS MIGRARAM DE UM LADO PARA OUTRO, SEM PREOCUPAÇÕES IDEOLÓGICAS
Ainda sobre o tema: sempre houve divisões ideológicas no Brasil, mas elas se acentuaram muito nos últimos anos, com o petismo e o bolsonarismo, rachando o país ao meio. Houve alguma divisão mais forte quando a disputa era entre Arena da direita e do conservadorismo o contra o MDB, que reunia todos os políticos do centro esquerda à extrema esquerda. Na relação dos prefeitos eleitos em Porto Velho, conforme destacado neste espaço, com destaque aos partidos, eles já denotavam conotações muito mais ao centro esquerda do que a direita que mais conservadores. Tanto Chiquilito Erse quanto Carlinhos Camurça, por exemplo, chegaram a comandar sua cidade pelo PDT, que nunca foi de outro lado que não a esquerda, desde que seu líder, Leonel Brizola, voltou ao país, na anistia. O fato de muitos políticos, tanto em Rondônia quanto no Brasil inteiro migrarem ora para uma sigla, ora para outra, muitas vezes ignorando a ideologia, não pode ser ignorado, mas no momento da disputa, os eleitos na Capital dos porto-velhenses não militavam em partidos conservadores. O caso do PSDB e de Hildon Chaves é sintomático. Ele continua num partido que nasceu com teorias socialistas e que, hoje, está em extinção, exatamente porque alguns dos seus líderes atuais não querem saber das origens e está tendendo para a direita. Mas, no nascedouro e durante longos anos, o tucanato defendeu as teses socialistas e foi aliado de primeira hora de Lula e do petismo.
MAIORIA MANTEVE VOTO NA DIREITA, MAS HÁ ESPAÇO PARA UM NOME DA ESQUERDA NO SEGUNDO TURNO, EM PORTO VELHO
Quando se analisa os números das urnas, na Capital dos rondonienses, não há como afirmar que 70 por cento do seu eleitorado é mesmo conservador ou de direita. Vejamos o resultado da última eleição presidencial no segundo turno. Bolsonaro venceu fácil, com 169.299 votos, representando 64,63 por cento. Mas Lula teve mais de 92 mil votos, o que é 35,37 por cento dos votos válidos. Ou seja, os votos da esquerda, num eleitorado de aproximadamente 335 mil pessoas, caso se contabilize apenas os votos válidos, deixa claro que embora haja o domínio dos conservadores e direitistas, a parcela de adversários ideológicos é significativa. É por este raciocínio que os partidos de esquerda, apesar de lançarem candidaturas individuais para a Prefeitura, como a federação Rede/PSOL, com Samuel Costa andam namorando Vinicius Miguel, sonhando num pacote da esquerda para o segundo turno. Só como informação, é bom lembrar que em 2018, quando foi candidato ao Governo do Estado, Miguel teve nada menos do que 69.820 votos. Como Fátima Cleide decidiu agora entrar na disputa, Vinicius poderá mudar seus planos à nova situação ou manter seus planos. Apenas como uma possibilidade, a candidatura do advogado e professor do PSB, mesmo sozinha, pode encorpar e ser uma surpresa para o segundo turno. Tudo estudo de futurologia, mas nada é impossível nesta Capital dos rondonienses, quando se trata de eleição.
NOMES NOVOS NA POLÍTICA NO CAMINHO DE ALDO JÚLIO, QUE VAI EM BUSCA DA SUA REELEIÇÃO EM ROLIM DE MOURA
Pelo interior, Rolim de Moura, a cidade que já nos deu dois governadores (Valdir Raupp, Ivo Cassol e João Cahulla) e três senadores (Cassol, Raupp e Expedito Júnior), terá também uma eleição muito disputada. A maior expectativa, neste momento, está em torno de um nome em ascensão na política da cidade.
O médico veterinário Rafael Godoi jpa participou de uma eleição à Prefeitura, mas num partido pequeno e sem recursos, teve uma votação pequena. Agora, contudo, ele está no PL, o partido do ex-presidente Bolsonaro que, na última eleição presidencial, teve 74 por cento dos votos na cidade. “Rolim é bolsonarista e a tendência é que eleja um aliado dele”, comenta um empresário, aliado de Godoi. Ele pode ser um dos obstáculos no projeto de reeleição do atual prefeito, Aldo Júlio, que aparece muito nem nas pesquisas. Ivo Cassol também lançou dois nomes para a disputa, pelo PP: Rudnei Antônio Paes, para a Prefeitura e Diego Tassi, para vice.
O MDB está lançando Cristiane Ortega, com o aval do senador Confúcio Moura e do presidente regional Lúcio Mosquini. Conhecida como Cris do Sindicato, ela chega para a batalha eleitoral com aval do maior partido político de Rolim de Moura. Enfim, na terra dos governadores e senadores, quem a população escolherá para governá-la a partir do ano que vem?
“É UM JOGO DE XADREZ, NÃO DE DAMAS!”. BENEDITO ENTRA NA BRIGA COM IDEIAS, CURRÍCULO E PRONTO PARA O EMBATE POLÍTICO
Ao participar do programa Papo de Redação, nesta segunda-feira, o professor Benedito Alves, ex-conselheiro do Tribunal de Contas e figura com um rico currículo, mostrou que está preparado para a disputa. Filho de agricultores, ele destacou que se não fossem os estudos, não teria chegado onde chegou. Portanto, a educação não só de crianças, mas também a que alfabetiza adultos, estarão em destaque no seu projeto. Benedito disse que conhece cada um dos 75 bairros e 12 distritos da Capital e que há enormes desafios a serem superados em todas as áreas, mas com uma boa governança e busca de parcerias corretas, é possível fazer muito. Falou sobre a necessidade de grandes obras para combater as alagações, com a busca constante de recursos não só em Brasília, mas também nos organismos oficiais que podem, fazer grandes investimentos na Amazônia. Apresentou ideias para abrigar crianças em creches, em parceria com igrejas; afirmou que a saúde tem solução, desde que feita com criatividade e boas parcerias; lembrou de alternativas que já utilizou, como gestor, para redução da burocracia e sublinhou, mais de uma vez, que sua intenção é fazer de Porto Velho uma cidade muito melhor, caso eleito. Questionado como está vendo a corrida sucessória na sua cidade, Benedito Alves respondeu com uma frase criativa: “não é um jogo de damas, é um jogo de xadrez! ou seja, tem que estar preparado com criatividade, estratégia e alternativas para o que o tabuleiro apresentar. Ele está preparado!
NA DISPUTA PELA PREFEITURA DE ARIQUEMES, O EX-VEREADOR RAFAEL FERA VAI ENFRENTAR TRÊS MULHERES
Em 2023, uma pesquisa em Ariquemes apontava o então vereador Rafael Fera como líder, numa eventual eleição na cidade de 70 mil eleitores, uma das mais importantes do Estado. Contudo, Fera foi cassado por seus colegas da Câmara Municipal, perdeu seu mandato, e certamente, perdeu também, um pouco daquela preferência que tinha à época. É candidatíssimo, porque manteve seus direitos políticos e já está com em campanha, embora se diga em pré-campanha, como todos os demais candidatos, para cumprir essa hipocrisia da legislação eleitoral. Todos estão em campanha aberta, mas não podem confessar. Para chegar à Prefeitura, o polêmico Fera terá que enfrentar três mulheres, elas que estão em ascensão na política regional. Suas principais adversárias formam uma chapa. Carla Redano, a atual prefeita, esposa do deputado, ex e futuro presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano, se uniu ao ex-prefeito e atual deputado federal Thiago Flores, cuja esposa, Daiane Krause, será a vice, para tentar reeleger Carla. Contra todos, outra mulher.
A professora Agna Souza, foi lançada oficialmente como o nome do MDB de Confúcio Moura, o duas vezes prefeito e hoje senador da cidade. O lançamento da campanha foi feito no final de semana, com bom público e a presença do deputado estadual Ismael Crispin, representando o comando regional do partido. Usando um trocadilho famoso, será o Fera contra as belas, nas urnas de Ariquemes, no 6 de outubro que se aproxima.
PERGUNTINHA
Até agora, com pequeno destaque da mídia doutrinada, já são quatro milhões de casos de dengue, com mais de duas mil mortes. Alguém aí ouviu falar em genocídio, já que as vacinas são pouquíssimas e apenas para algumas poucas pessoas em algumas poucas cidades do país?