Artigo editado em: 19 de outubro de 2022
Não há mais qualquer dúvida em relação ao que está acontecendo nesta eleição para a Presidência da República: o desequilíbrio a favor de um dos dois candidatos é claro e parte não só da mídia e da oposição, mas, lamentavelmente, também do Judiciário. É dele que vêm, sucessivas decisões (tanto no STF quanto no TSE) que impõe graves restrições aos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, mas permitem (quase) tudo para os do candidato e ex-presidente Lula. Neste quadro dantesco, assistido por todo o país todos os dias, a pior das decisões têm sido a imposição da censura, mas apenas para os seguidores de um lado. Bolsonaro pode ser chamado de genocida, canalha, sua filha, uma menina de 12 anos, pode ser comparada a uma prostituta; ele mesmo pode ser chamado de pedófilo. Contra o Presidente, vale tudo isso. Mas ai de quem chamar Lula de ladrão. Ai de quem denunciar a roubalheira do seu governo; os desvios da Petrobras, todas as denúncias da Lava Jato, incluindo-se aí a divulgação de bilhões de reais roubados e devolvidos. Daí não pode. Obriga-se, pelo medo, que emissoras tirem do ar jornalistas e comentaristas que não rezam pela cartilha do petismo e seus aliados, como aconteceu com alguns profissionais da Jovem Pan. Mais de 40 apoiadores de Bolsonaro foram proibidos de se manterem nas redes sociais (só até o fim da eleição) e, ainda, decide-se que todos estes não podem receber pagamentos pelos milhares, quando senão milhões de seguidores que cooptaram. Nos últimos dias, praticamente todos os pedidos dos advogados de Lula foram atendidos pelo TSE, incluindo a inconstitucional censura prévia, em pelo menos um caso: um documentário ( o título é O Teatro das Tesouras) que iria ao ar ainda antes das eleições, resumindo o que de ruim os tempos lulistas fizeram contra o Brasil.
O que não se compreende são os motivos de todo esse desespero dos grupos apoiadores do ex-presidente Lula, em todos os estágios de oposição e instituições, incluindo-se aí parte importante do Judiciário. Será que as pesquisas que estão mandando Lula comprar o terno de posse, pois terá uma grande vitória, não estão merecendo a credibilidade dos adversários de Bolsonaro? Será que os apoios de governadores e prefeitos em Minas, São Paulo, Rio, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e vários outros Estados importantes da nação, estão assustando tanto assim? O que se observa é um pacote de atos desesperados, como se Bolsonaro não fosse o candidato sem chance alguma. O que, no final das contas, essa gente sabe que nós, brasileiros comuns, ainda não sabemos? Será que estamos diante de uma virada histórica na eleição ou todo esse esforço está sendo feito apenas para que o adversário não tenha a mesma chance do que o candidato protegido? Há sim, pânico e roer de unhas, entre alguns grupos que tudo fazem para entregar o Brasil em mãos que já se sujaram, quando deviam ter cuidado dele!
EM SOLENIDADE NA CAPITAL, HILDON CHAVES FALA NO NOME DE MARIANA CARVALHO PARA A PREFEITURA
Aqui é o Brasil, o país que vive em função de política e eleições, a cada dois anos. Pois essa agora, para o Congresso, governos e Presidência ainda não terminou e a disputa pelas Prefeituras, que acontecem daqui a dois anos, já está ocorrendo. Em Porto Velho, ao menos, surgiu a primeira possibilidade de candidatura, mesmo tanto tempo antes. Na semana passada, durante a entrega de novas ambulâncias, com recursos liberados pela deputada federal Mariana Carvalho, o prefeito Hildon Chaves não se conteve e comentou que Mariana seria um nome poderoso para entrar na briga pelo comando do município, em 2024. Na eleição deste ano, ao concorrer ao Senado (o eleito foi o empresário Jaime Bagattoli, de Vilhena), Mariana fez mais de 265 mil votos no Estado todo, quase 98 mil deles na Capital, seu principal reduto. A deputada tem sido a que mais recursos de emendas entregou a Porto Velho, incluindo-se aí cerca de 20 milhões de reais para a construção da nova Rodoviária, apenas para dar um exemplo. Ela ainda não comentou nada sobre o assunto da sucessão de Hildon Chaves.
MARCOS ROGÉRIO ENFRENTOU SABATINA DOS DINOSSAUROS NA PARECIS FM. NESTA QUINTA, SERÁ A VEZ DE MARCOS ROCHA
O senador Marcos Rogério, finalista na disputa ao Governo, foi o candidato sabatinado pelos Dinossauros Everton Leoni, Beni Andrade, Jorge Peixoto e Sérgio Pires, no programa Papo de Redação da rádio Parecis FM, nesta terça. Durante uma hora, Rogério repetiu as criticas que têm feito ao governo Marcos Rocha, seu adversário, falou dos seus planos caso vença a eleição e afirmou que acredita totalmente na vitória do presidente Jair Bolsonaro, que ele sublinhou ser seu companheiro de partido, no segundo turno da eleição presidencial. Marcos Rogério afirmou novamente que, caso vença, vai decretar estado de emergência na saúde pública, para poder tomar medidas urgentes, em busca de amenizar o que ele chama de crise total na saúde pública do Estado. Falou bastante sobre medidas em relação à segurança pública. Quer polícia na rua e no campo, para combater invasões e crimes praticados contra os produtores rurais do Estado. Sobre acordos políticos para o segundo turno, afirmou que não fez nenhuma negociação, para ter liberdade para escolher sua equipe de governo, que será, segundo ele, prioritariamente por técnicos e gente especializada na sua área de atuação. Nesta quinta, será a vez do governador Marcos Rocha ser o entrevistado no programa dos Dinos.
ISSO É DEMOCRACIA? PIMENTEL PERDEU 1.368 DIAS DO SEU MANDATO, CONQUISTADO LEGITIMAMENTE NAS URNAS
Foram três anos, nove meses, 18 dias. Nada menos do que 1.368 dias perdidos. Foi esse o período que o agora deputado estadual Williames Pimentel demorou para assumir seu mandato, conquistado legitimamente nas urnas e perdido, durante todo este tempo, por intervenções da Justiça Eleitoral, que cumpre uma legislação que, sim, interfere na democracia e na vontade do eleitor. Aliás, neste caso ficou claro demais que os milhares de rondonienses que votaram em Pimentel em 2018, praticamente 10 mil pessoas, tiveram seu desejo colocado nas urnas completamente ignorados. Só nesta terça-feira, depois de todo esse enorme tempo, Williames Pimentel assumiu sua cadeira, sua de direito, desde que as urnas se fecharam em 2018. Vai ser deputado por pouco mais de três meses: parte de outubro, novembro, dezembro e janeiro. Apenas 105 dias. Ou menos de 8 por cento do tempo a que teria direito. Os exemplos, iguais a Pimentel ou em casos semelhantes, são aos milhares, país afora. A judicialização das eleições, cada vez maior e mais preocupante, a continuar assim, vai acabar transformando a democracia apenas num detalhe. Lamentável!
HOSPITAL DO CÂNCER E GOVERNO: UMA GUERRA SEM GANHADOR
Guerra declarada. O presidente do Hospital do Câncer, o médico Henrique Prata, entrou em rota de colisão com o governo rondoniense. Fez várias publicações, via vídeo, nas redes sociais, com pesadas críticas à Sesau e ao governo. Acusou a falta de recebimento de recursos a que o chamado Hospital do Amor tem direito e, dias antes do primeiro turno, distribuiu um vídeo com duros ataques ao ex-secretário e então candidato a deputado federal, Fernando Máximo. Embora o caso não tenha tido repercussão eleitoral (Máximo foi o candidato mais votado para a Câmara Federal, com mais de 85 mil votos), Prata continuou a série de críticas. Agora, através do advogado Lauro Fernandes, que foi candidato a deputado estadual pelo União Brasil, mas não se elegeu, chegou a resposta. Basicamente, ele diz que Prata não presta contas do dinheiro recebido e, nas vezes em que prestou, havia gastos com cerveja, churrasco e outros gastos que nada têm a ver com a manutenção e custos do hospital. O advogado que respondeu pelo governo disse que Prata “deixou de lado a essência do hospital, para se envolver na baixa politicagem!”. É daquelas brigas em que ninguém sai ganhando e todos perdem.
PESQUISAS DOS MESMOS INSTITUTOS QUE ERRARAM TUDO, TENTAM DE NOVO INDUZIR O ELEITOR. DARÁ CERTO?
Os institutos de pesquisa, aqueles que tentaram esculhambar a eleição, com seus números esdrúxulos, principalmente para a Presidência, no primeiro turno, voltam a tentar o mesmo, agora. Ipec, DataFolha e outros assemelhados continuam “informando” que a eleição está decidida e que Lula pode encomendar o terno da posse. Igualzinho ao que tentaram fazer no primeiro turno, quando tentaram induzir, com alguns resultados estapafúrdios, o eleitor que não tinha convicção do seu voto a fazê-lo no candidato que estava à frente. Apesar da grande maioria destes institutos (salvam-se poucos, como o Paraná) terem dado a Presidência a Lula, faltou combinar com o eleitor e com a verdade. Os dois principais candidatos estão no segundo turno, com chances iguais. Bolsonaro tem crescido muito em algumas regiões do país, algo pouco detectado por essas pesquisas fajutas, embora seja verdade que Lula mantém grande parte do eleitorado do nordeste, onde vive a população mais pobre e menos esclarecida do país. O candidato do PT até pode ganhar, o que seria uma desgraça para o país, mas certamente não será essa moleza que a falsidade das pesquisas quer impor. Vai ser voto a voto, até o final.
NO PRIMEIRO TURNO, ROCHA GANHOU EM 28 CIDADES E MARCOS ROGÉRIO EM 24
Compreende-se a igualdade entre os dois candidatos ao governo de Rondônia. Um levantamento nos 52 municípios do Estado, mostra a divisão do eleitorado. Rocha ganhou em 28 cidades, incluindo a Capital, enquanto Rogério teve votos em 24 cidades, entre elas as que têm alguns dos maiores eleitorados do Estado. Na cidade de onde Marcos Rogério saiu para a vida pública, Ji-Paraná, ele teve a grande maioria dos votos, superando seu principal adversário com quase seis mil votos. Marcos Rogério foi o primeiro colocado (30,264 votos) e Rocha ficou em segundo (24.104 votos). O terceiro foi Daniel Pereira, com 5.489 votos. Em compensação, na Capital, Marcos Rocha ficou bem à frente, com 98.732 votos, contra 68.597 de Marcos Rogério e 53.574 de Léo Moraes. Em Vilhena, apenas como exemplo, de onde saiu o novo senador eleito, Jaime Bagattoli, partidário de Rogério, o candidato do PL chegou bem á frente, com 21.365 votos, contra 14.363 de Rocha e 5.642 de Moraes. Em várias cidades menores, Rocha teve vantagem. Um exemplo: em Pimenteiras, o menor eleitorado do país, Rocha teve 727 votos e Rogério 474.
GOVERNADOR GANHOU NA CAPITAL E MARCOS ROGÉRIO VEIO COM FORÇA DOS MAIORES ELEITORADOS DO INTERIOR
Enfim, explica-se os motivos pelos quais os dois finalistas na corrida pelo Governo estão empatados tecnicamente, ao menos nas duas pesquisas realizadas em relação ao segundo turno, feitas pelo instituto Real Time/Big Data. Marcos Rocha, por exemplo, venceu o primeiro turno em Porto Velho, Cacoal, Pimenta Bueno, Candeias do Jamari, Cujubim, Theobroma, Vale do Paraiso, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Governador Jorge Teixeira, Ministro Andreazza, Espigão do Oeste, Cabixi, Cerejeiras, Pimenteiras do Oeste, Alto Alegre do Parecis, São Francisco do Guaporé, Costa Marques, Seringueiras, Theobroma, Nova União, Cabixi, Pimenteiras, Corumbiara, Cerejeiras, Alvorada do Oeste, Novo Horizonte e Rolim de Moura. Marcos Rogério venceu Ji-Paraná, Ariquemes, Vilhena, Machadinho do Oeste, Colorado do Oeste, Itapuã do Oeste, Vale do Anari, Alto Paraíso, Rio Crespo, Buritis, Cacaulândia, Campo Novo de Rondônia, Presidente Médici, Colorado do Oeste, Chupinguaia, São Francisco do Guaporé, Guajará Mirim, Nova Mamoré, Campo Novo de Rondônia, Monte Negro, Cujubim, Mirante da Serra, Urupá e Primavera de Rondônia.
PERGUNTINHA
Você está antenado de que daqui a exatamente um mês, vai começar a Copa do Mundo, no Catar e que a Seleção Brasileira é uma das favoritas?