Artigo editado em: 4 de janeiro de 2025
O que se pode esperar do novo governo que começou no primeiro dia ano, para os porto-velhenses? O primeiro conselho é: espere de tudo, menos a mesmice. Léo Moraes é um político experiente, mesmo ainda jovem. Tem algumas peculariedades: uma inteligência incomum; sabe absorver conhecimentos e “traduzí-los” para sua vida pública. Fala firme, fala com o coração, olho no olho. Tem convicção no que diz. Quando se elegeu vereador, ainda muito jovem, na esteira do nome da família (seu pai, Paulo Moraes, além de deputado foi secretário de segurança e prestou grandes serviços ao Estado; sua mãe, Sandra Moraes, foi vereadora e teve uma passagem elogiada como presidente da Câmara Municipal) não se sabia onde Léo Moraes poderia chegar. Depois, foi deputado estadual e em seguida deputado federal. E, partir daí, já não se falava no filho dos Moraes, como se ele não tivesse luz própria. Na Câmara, se destacou em vários momentos, inclusive ficando conhecido nacionalmente, à época. Quando o cavalo passou encilhado, como dizem os gaúchos, na eleição municipal passada, muita gente achou que Léo perdeu a grande chance da vida. Hoje ficou claro que a decisão foi correta, até porque, pela idade, tem o tempo a seu favor. Enquanto vários políticos já falam em aposentadoria, ele ainda nem chegou ao auge de onde pode chegar.
No Detran, deu mais um passo importante. Havia quem duvidava da sua capacidade de comando, porque nunca tivera um cargo executivo. Não deu outra: em pouco tempo, ele conseguiu transformar o Detran, um órgão antipático, que existia apenas para faturar e tirar dinheiro do bolso do contribuinte, num organismo parceiro da comunidade. Marqueteiro nato, o agora Prefeito usou da criatividade para alcançar o objetivo, ao ponto do órgão passar a ser chamado de “Novo Detran”! Nesta eleição municipal, Léo saiu do comum para criar um fenômeno histórico na política local. Praticamente sozinho, sem grana, sem parceiros, foi seu estilo pessoal, seu valor como político, seu discurso sincero que lhe deram a vitória sobre uma das maiores, senão a maior frente política já formada em Rondônia, em toda a sua história de mais de quatro décadas.
Léo começou como ele é. Falando muito, gravando vídeos nas ruas; avisando o que pretende fazer e como quer fazer. Montou um timaço, muito mais técnico do que político, porque pode escolher a dedo, já que não tinha compromisso com ninguém. Não vendeu a alma para ganhar a eleição. Ganhou porque teve talento e encantou a imensa maioria do eleitorado com seu discurso forte, eventualmente com algumas críticas, mas sempre com os olhos voltados para o futuro. Terá sucesso? A chance de que isso aconteça é muito grande. Léo tem todos os requisitos sua primeira entrevista à SICTV, como Prefeito, deixou tudo isso muito claro) conquistados numa longa jornada na vida pública, mesmo ainda antes de chegar aos 40 anos, idade que completa neste próximo sábado, 11 de janeiroO quarentão sorridente e de fala firme assume agora seu maior compromisso. Se tiver sucesso, como tudo leva a crer que terá, seu futuro pode estar longe do Prédio do Relógio, no centro da cidade e acabar se deslocando para a avenida Farquar, onde existe um belo Palácio. Esperemos para ver!
CÂMARA APROVA POR UNANIMIDADE EMPRÉSTIMO DE 300 MILHÕES E A REFORMA ADMINISTRATIVA NA PRIMEIRA SESSÃO DO ANO
O novo prefeito da Capital poderá enfrentar grandes dificuldades, mas certamente elas não virão da Câmara Municipal, onde ele conseguiu aprovação de todos os primeiros projetos que encaminhou, na primeira sessão extraordinária realizada pelos novos 23 vereadores. O aval mais importante foi dado a um empréstimo de cerca de 300 milhões de reais que a Prefeitura poderá fazer, para obras urgentes e investimentos necessários nesta fase inicial do novo governo. Ou seja, com um orçamento apertado, em que mais da metade é engessado para pagamento do funcionalismo, além dos percentuais assegurados em lei para Saúde e Educação, a margem de investimentos em serviços públicos se tornou muito pequena. O financiamento ajudará muito e os vereadores concordaram com isso. Mas o Prefeito recém empossado fez mais: reduziu de 16 para 12 o número de secretarias e extinguiu duas Agências Municipais (a de Regulação, recém criada por Hildon Chaves) e a de Desenvolvimento. Criou as secretarias de Inclusão Social; Turismo, Esportes e Lazer e a de Infraestrutura, além da Comunicação, que era Superintendência. Outras mudanças também foram aprovadas, na primeira sessão do ano.
As propostas foram levadas pelo próprio Prefeito, acompanhado de pelo menos quatro dos seus secretários. A relação entre Moraes e os vereadores, que já se desenhara bastante amistosa no período pós eleição e até a posse, se consolidou neste primeiro momento, quando todas as propostas foram aprovadas por unanimidade. O governo mujnicipal começou em alta velocidade e, nos primeiros passos, teve apoio da Câmara.
COM APOIO DE ROCHA E DO IRMÃO COM PODER, CANDIDATURA DE SÉRGIO GONÇALVES AO GOVERNO SE CONSOLIDA
Por falar em Palácio Rio Madeira/CPA, como andam os bastidores para a disputa da sucessão de Marcos Rocha, daqui a dois anos? Com a decisão do Governador de não mexer na equipe, ao menos por enquanto, fica ainda mais clara sua posição de apoiar a futura candidatura de Sérgio Gonçalves, seu vice e secretário de desenvolvimento econômico. O chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, irmão de Sérgio e presidente regional do União Brasil, continua muito poderoso e, certamente, será importante para que a postulação do atual vice se concretize. Ao que tudo indica, o maior opositor de Rocha, o senador Marcos Rogério, vai optar por disputar o Governo e não uma reeleição ao Senado. Hildon Chaves está em férias nos Estados Unidos, visitando filhos e netos, depois de deixar a Prefeitura, mas só pensa naquilo: a cadeira de Marcos Rocha. Seu Plano A é este. Há um Plano B (o Senado), mas afora estes dois, Hildon avisa que está fora. O que mais ouve o jovem prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (de amigos, parceiros políticos e de muita gente da população da sua cidade) é que ele deve candidatar-se ao Governo, depois de seis anos de mandato. Claro que ele quer, mas ainda não fala abertamente sobre o assunto. E há o poder político de Ivo Cassol que, se concorrer, muda todo o quadro sucessório!
Há ainda dois nomes importantes, neste jogo de previsões para 2026: Jaime Bagattoli e Confúcio Moura. Bagattoli ainda teria mais quatro anos de mandato no Senado e mesmo que o plano ao Governo não desse certo, não teria nada a perder. Está fazendo um bom mandato no Senado e certamente é um personagem da nossa política que tem tudo para postular a candidatura. O outro é Confúcio Moura. Campeão de enviar recursos federais para Rondônia, parceiro de primeira hora do governo Lula, sempre cotado para assumir um Ministério, ele está trabalhando duro, com jeito de candidato. Abertamente, Confúcio não fala sobre o assunto, mas, é claro, a volta ao Governo de Rondônia está sim nos seus planos.
TEREMOS QUE TRABALHAR 149 DIAS NO ANO PARA PODERMOS PAGAR TODOS OS IMPOSTOS QUE NOS COBRAM NO BRASIL
Quase 3 trilhões e 850 bilhões de reais. Algo em torno de 620 bilhões de dólares, a moeda americana. Este é o número do total Ade impostos que os brasileiros pagaram a todo o sistema de governo, no ano passado. Isso supera os 35 por cento do PIB nacional de 2023, que chegou a 10 trilhões e 900 milhões. Ou seja, de cada 11 reais de todas as riquezas que o país produziu, mais de um terço foram para sustentar os programas de governo, vitais para o país, mas também para abastecer a obesidade mórbida e a gastança abusiva de todos os poderes. O Impostômetro soma todos os impostos, tributos, taxas, emolumentos e as milhares de cobranças absurdas dos três níveis de governo (municipal, estadual e federal) assacam contra o contribuinte brasileiro. Com a Reforma Tributária que passa a vigorar em 2025, embora a União garanta que pagaremos menos impostos, no mundo da economia há uma certeza absoluta que, ao contrário, o bolso do brasileiro ficará ainda mais vazio, trabalhando quase 150 dias por ano apenas para pagar tantos tributos.
Até o final da década de 2010, trabalhávamos em torno de 140 dias por ano, para quitarmos tudo o que nos confiscam. Depois, subiu para 144. Agora, em 2025, segundo estudo do Instituto Brsileiro de Planejamento e Tributação, o brasileiro terá que trabalhar cerca de 149 dias, ou seja, quase 41 por cento de tudo o que produzirá, para pagar todos os pesados impostos que têm para com Prefeituras, governos estaduais e o federal. Continuando esta ganância dos três níveis de governo sobre nossos bolsos, em breve teremos que trabalhar pelo menos 182 dias/ano, ou seja metade de tudo que produzirmos, para sustentar esta gastança desordenada. Pobres de nós!
MOSQUINI NA POSSE DE PREFEITOS, ENQUANTO SEU PARTIDO, O MDB, ARTICULA PARA AMIR LANDO ASSUMIR A PRESIDÊNCIA
Um périplo para prestigiar posses de prefeitos no interior. O deputado federal Lúcio Mosquini, ainda presidente do MDB, mas que já anunciou que deve trocar de sigla na próxima janela, é um dos mais atuantes parlamentares da nossa bancada federal. Seu trabalho tem resultado em emendas que ajudam muito o desenvolvimento não só da região central do Estado, que representa, mas praticamente de todos os municípios rondonienses. Mosquini participou das posses dos prefeitos Cleone Lima (do Vale do Anari); Jeverson Lima (de sua cidade, Jaru) e do seu também amigo Alex Testoni, reeleito com méritos para um quarto mandato, alternado, em Ouro Preto do Oeste. Nas três cidades onde esteve presente acompanhando as posses de prefeitos, seus vices e vereadores, o parlamentar garantiu que continuará dando todo o apoio que seu mandato permitir para apoiar o desenvolvimento das diferentes regiões do Estado. Em Ouro Preto, ele destacou os dois mandatos muito bem sucedidos do prefeito João Gonçalves Filho e garantiu que o sucessor, Jeverson Lima, terá dele o mesmo tipo de parceria.
Em relação à política, é muito provável que haja mudança no comando do MDB, nas próximas semanas. Um grupo de membros do partido está articulando para que o ex-senador Amir Lando (que está retornando à vida pública), assuma a função, antes mesmo de Lúcio Mosquini deixa-la, num acordo que está sendo costurado. Amir Lando tem aparecido em eventos públicos e políticos e não esconde sua vontade de retornar a disputar eleições e atuar na vida pública, do alto dos seus 80 anos, completados em abril deste ano. As conversações estão em andamento.
VITÓRIAS DA SEGURANÇA CONTRA O CRIME: COMBATE ÀS FACÇÕES E APREENSÃO DE MOTOS QUE BAGUNÇAM O TRÂNSITO
As forças de segurança do Estado, comandadas pelo secretário Felipe Vital, conseguiram boas vitórias contra o crime e a violência, no ano passado e o estão fazendo também neste início de ano. A principal ação, determinada pelo governador Marcos Rocha, foi a de dar duro combate às facções criminosas que dominam os conjuntos populares da Capital. Num deles, além da prisão de vários bandidos, as polícias também devolveram, aos seus verdadeiros donos, apartamentos que as facções tinham tomado sob ameaça, ou seja: se as famílias não abandonassem o imóvel legitimamente conseguido, poderiam é perder a vida. Esta vergonhosa situação já acontecia há bastante tempo no Orgulho do Madeira, mas se espalhou por outros condomínios populares, pela ausência efetiva da segurança pública. Agora o quadro mudou. Membros de facções estão sendo expulsos e presos e as pessoas decentes, trabalhadoras, gente pobre e que conseguiu seu imóvel nos programas sociais, finalmente terão um pouco de paz. Claro que, para isso, a polícia tem que se manter nestes locais, dia e noite, para que a criminalidade não volte a tomar conta.
Outra série de ações se relaciona com a vagabundagem que invadiu o trânsito de Porto Velho, em alguns locais e horários. Motoqueiros que fazem corridas; empinam motos; colocam vidas dos outros em risco, começaram finalmente a serem combatidos. A Polícia Militar apreendeu, em 2024, nada menos do que 300 motos irregulares; prendeu vários irresponsáveis e aplicou mais de 1 milhão e 200 mil reais em multas. Não resolveu o problema, porque o número destes idiotas do trânsito é muito maior, mas pelo menos mostrou que as forças de segurança do Estado não vão aceitar que a irresponsabilidade predomine nas ruas.
“HÁ REMÉDIO PARA A VIOLÊNCIA CONTRA OS MÉDICOS!” AFIRMA O PRESIDENTE DO CFM EM ARTIGO SOBRE O TEMA
“A violência contra médicos e equipes de saúde em seus locais de atendimento precisa ser reconhecida como problema a ser combatido com seriedade. Neste sentido, urge a aprovação, pelo Congresso Nacional, de leis severa que punam agressores de profissionais da saúde. Há vários projetos tramitam com esse fim, o que sinaliza uma resposta legislativa em construção. Um exemplo é o PL n.º 4.002/24, que inclui atos dessa natureza no rol dos crimes hediondos. Infelizmente, situações de agressão se tornaram tema recorrente em relatos publicados pela imprensa e em queixas que chegam diariamente às delegacias de polícia. As situações vão de ofensas verbais até agressões físicas”. O texto abre um artigo assinado pelo rondoniense da gema, o dr. Hiran Gallo, reeleito no final do ano passado para comandar o Conselho Federal de Medicina (CFM), órgão nacional que reúne mais de 600 mil profissionais da Medicina.
Ele prossegue: “Levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) junto às Polícias Civis de 26 estados e Distrito Federal registra um acumulo de 38 mil ocorrências desse tipo entre 2013 e 2024. Em Rondônia, no período houve 277 registros, ou seja, em média, 27 casos por ano. Em novembro, uma tragédia em Douradina (MS) revelou a que ponto essa crise pode chegar quando o marido de uma paciente, insatisfeito com o atendimento recebido pela esposa dois anos atrás, assassinou a facadas o médico Edvandro Gil Braz dentro do posto de saúde onde atendia”.
HIRAN GALLO ANALISA AS CAUSAS E DIZ QUE NAS DEFICIÊNCIAS DA SAÚDE PÚBLICA, OS MÉDICOS TAMBÉM SÃO VÍTIMAS
Ao ampliar seu protesto e exigir providências, Hiran Gallo acrescenta que “para enfrentar esse problema, antes tudo é preciso entender suas múltiplas causas. Dentre elas, se destaca a precariedade do Sistema Único de Saúde (SUS), confrontado com uma demanda crescente e infraestrutura insuficiente. Os usuários da rede pública são testemunhas da crise que afeta a assistência e sabem que frente à demora por atendimento, muitas vezes, pacientes e familiares direcionam sua frustração contra os médicos, que, por sua vez, também são vítimas desse enredo”.
“Também preocupa – escreve – a ausência de segurança adequada em postos e hospitais. Quando existe, o foco recai sobre a proteção patrimonial, que não pode ser mais importante do que a segurança de médicos, demais profissionais da saúde e pacientes. Certamente, a presença de agentes treinados poderia evitar tantas agressões cotidianas. Além disso, o silêncio de muitos médicos contribui para a sensação de impunidade. Descrentes da eficiência das autoridades, desestimulados pela burocracia e temerosos de retaliações, há profissionais que suportam insultos e agressões, perpetuando um ciclo de violência”.
Para o presidente do CFM, “entretanto, assim como o diagnóstico desse problema, sua solução também precisa ser multifacetada. A aprovação de leis não é suficiente para resolver esse fenômeno, cujo enfrentamento depende também de medidas de gestão para enfrentar a crise que afeta os serviços de saúde, em especial as emergências e prontos-atendimentos”.
“MÉDICOS CONSIDERADOS HERÓIS NA PANDEMIA, AGORA SE TORNAM ALVOS DE HOSTILIDADES”
Ainda neste contexto, Hiran Gallo escreveu que “essa responsabilidade recai sobre os gestores públicos. São imprescindíveis medidas como ampliação do número de leitos, compra de equipamentos e abastecimento de estoques de medicamentos e insumos, bem como o reforço de equipes de atendimento. Também é preciso criar fluxos de trabalho organizados e redes de proteção à integridade física e emocional dos profissionais. A conscientização da sociedade sobre esse tema configura auxiliar importante nesse processo. Em Mato Grosso do Sul, uma deputada estadual apresentou projeto de lei que institui uma campanha de combate à violência contra médicos e profissionais da saúde. Iniciativas assim podem transformar o desrespeito em uma cultura de valorização”.
Para concluir, o maior representante de Rondônia no meio médico nacional e internacional, afirma que “em conjunto, todas essas iniciativas são uma reação aos ataques aos médicos, celebrados como “heróis” durante a pandemia de covid-19, que se tornaram alvos de hostilidades, tendo seu valor ignorado diante de comportamentos violentos. Para que esse cenário mude de fato e respeito e segurança prevaleçam nos ambientes de assistência, o CFM apela para que as ações apresentadas se transformem em fatos concretos, garantindo aos médicos a paz necessária para exercerem sua missão de cuidar da saúde e salvar vidas”!
PERGUNTINHA
Qual a sua opinião sobre mobilização do Ministério da Justiça, que proibiu o seriado infantil Chaves e o mesmo do Chapçolin Colorado para crianças entre 10 e 12 anos, mas jamais questionou cenas de sexo explícito e beijos gays em novelas da Globo, que são exibidas às sete da noite (18 horas em Rondônia e 17 horas no Acre) e assistidas em peso pela criançada?
PERGUNTINHA