O JOGO POLÍTICO DA DISPUTA PELO SENADO TERMINOU PARA MARCOS ROCHA? HÁ 102 DIAS ATÉ A RESPOSTA DEFINITIVA

Artigo editado em: 23/12/2025

          Tem muita gente dando como definitivo e é bem possível que isso ocorra. Mas, é sempre bom lembrar que na política a coisa definitiva só se pode considerar depois que os prazos acabem. O governador Marcos Rocha anunciou, perante seu secretariado e até pessoas não ligadas ao governo, que eventualmente estavam no local, que estaria abrindo mão de concorrer ao Senado, ficaria no cargo até 31 de dezembro de 2026. Um importante assessor, muito próximo a ele, já havia comentado a portas fechadas, dias atrás, que as chances de Rocha concorrer ao Senado seriam na faixa de 30 por cento.

         Outro parceiro muito próximo a Rocha disse que, na verdade, “ele disse que concorrer ao Senado não era sua maior prioridade. É sim fazer as entregas de tudo que quer entregar à população. Se isso implicar em abrir mão de disputar a eleição, ele o fará, por opção”. Ou seja, neste momento, Marcos Rocha não é mais candidato a uma das duas cadeiras ao Senado; sua esposa, a competente Luana Rocha também estaria fora da disputa de uma vaga à Câmara Federal e seu irmão, Sandro Rocha, que tem comandado o Detran com grande sucesso, igualmente fica fora dos pretendentes à Assembleia Legislativa. E nem Sérgio Gonçalves assumirá o Governo.

          Afinal, a decisão anunciada de Marcos Rocha é ou não definitiva? A resposta é simples: sim, neste momento é. Ocorre que até o anúncio oficial será daqui a cerca de 100 dias, em 4 de abril. E até lá, muitos acontecimentos ainda vão se registrar na política rondoniense. Obviamente que ao dizer que não concorre e, caso mude de ideia neste futuro próximo, Rocha poderá ter muitos prejuízos eleitorais, até porque seus votos já estarão divididos entre os outros pretendentes. Contudo, é sempre bom lembrar, só os ingênuos acreditam que as coisas na política são definitivas, antes que todos os prazos sejam cumpridos.

          Sabe-se que Marcos Rocha não pretende deixar seu cargo antes de cumprir metas que ele considera importantes. Mesmo com investimentos na saúde que praticamente quadruplicaram em seu governo, ele tem como meta central, ainda, entregar o novo Hospital de Urgência e Emergência de Porto Velho ainda em seu mandato. Tem dezenas de obras em andamento, em cada canto de Rondônia, para concluir e entregar. Tudo isso vai pesar, quando chegar o 4 de abril.

          De outro lado, é preciso por na balança todos os riscos que terão que ser enfrentados caso fique sem mandato a partir de 2027, além, é claro, de todo o grupo político no seu entorno, que também ficará fora do processo. Rocha, contudo, tem muitas cartas na manga. Certamente vai usá-las até a decisão definitiva. Faltam 102 dias. Até lá, fica o suspense!

DE TODOS OS NOMES AO SENADO QUE RESTARAM, A QUEM O GOVERNADOR APOIARIA NO ANO QUE VEM?

          Sem o Governador, o quadro muda muito na corrida pelo Senado. Como Marcos Rogério já decidiu que disputará o Governo, o hoje seu aliado Fernando Máximo (ambos andam percorrendo juntos o Estado, já em pré-campanha) deve ir ao Senado. O acordo já estaria fechado. Outro nome quentíssimo na disputa é o da também deputada federal Sílvia Cristina. No mesmo pacote, entra Acir Gurgacz, bom de voto em várias regiões do Estado e, ainda, Confúcio Moura, o senador que mais recursos tem trazido para Rondônia, graças ao seu apoio incondicional à esquerda e ao governo Lula.

           Correndo por fora, mas já aparecendo nas pesquisas, há o bolsonarista Bruno Scheid, outro que chegou a fazer parte da equipe de governo, lá no início, mas de quem Rocha quer total distância e o delegado Camargo, deputado estadual que quer ser Senador.  

          A quem Marcos Rocha, sem ser candidato, apoiaria nesta situação? Primeiro quem não apoiaria:  Fernando Máximo, seu ex-secretário de saúde, mas hoje aliado ao arquiadversário Marcos Rogério; nem a Confúcio Moura, de quem quer distância quilométrica. Zero chance para seu maior opositor na Assembleia I(na verdade, o único) Delegado Camargo. Nem a Bruno Scheid, mesmo sendo o indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Neste pacote todo, sobraram Sílvia Cristina e Acir Gurgacz, que, em tese, poderiam ser os nomes avalizados, embora, claro, neste momento, apenas em teoria.

APOIO DE MARCOS ROCHA À PRÓPRIA SUCESSÃO JÁ ESTÁ DEFINIDA: ELE VAI COM ADAILTON FÚRIA

          E para o Governo? Quem seria o candidato de Marcos Rocha? Esta questão é muito menos difícil de ser comentada. O preferido de Rocha para sua própria sucessão é o jovem prefeito de Cacoal, Adailton Fúria. Os dois já conversaram várias vezes, assim como o atual Governador tem conversado também com Expedito Júnior, que foi seu adversário na primeira eleição ao Governo e que hoje é aliado, através do PSD, partido que ele comanda e que tem em Fúria seu principal nome no Estado. Rocha e Fúria definiram inclusive ações em parceria, quando chegar o momento da campanha.

           Os demais candidatos, claro, ficarão distantes do apoio do Governador, até por oposição forte. Marcos Rogério, que divide com Fúria e Fernando Máximo, em todas as pesquisas, a preferência do eleitoral rondoniense, é adversário radical de Marcos Rocha. Rogério faz forte oposição ao governante que o derrotou nas urnas, na eleição passada e agora é nome fortíssimo para chegar ao Palácio Rio Madeira/CPA.

          Dos demais nomes (já que Fernando Máximo e Confúcio Moura irão ao Senado e não ao Governo) apenas Hildon Chaves ainda poderia ter alguma simpatia palaciana. Hildon, contudo, dificilmente disputará o Governo. Neste momento, até que surjam outras opções ao eleitorado, os dois nomes mais fortes são os de Marcos Rogério e Adailton Fúria. Obviamente que Marcos Rocha já optou: vai de Fúria para a própria sucessão.

    VICES: FÚRIA PODE TER ELIAS REZENDE E MARCOS ROGÉRIO ESTARIA PENSANDO NO DELEGADO FLORI, DE VILHENA    

          Neste contexto, caso não haja mudanças de percurso, Rocha poderia indicar o nome do candidato a vice-governador na chapa de Adailton Fúria. Hoje, o nome mais cotado seria o do atual chefe da Casa Civil e um dos assessores mais próximos do Governador, o também secretário de obras civis Elias Rezende. Fúria quer contar com o apoio de Rocha e toda a estrutura do atual Governo, é claro, mas também busca um nome forte em Porto Velho, maior eleitorado do Estado, para compor sua chapa. Neste momento, o de Rezende preencheria ambos os requisitos.

          Já o outro nome confirmado à disputa do Palácio Rio Madeira/CPA, o senador Marcos Rogério, ainda não deu qualquer sinal concreto em relação ao seu vice. Ele também teria preferência por um nome da Capital, mas o que se ouve nos bastidores é que o escolhido poderia vir do Cone Sul. Neste caso, o nome seria o do prefeito de Vilhena, Delegado Flori. Com isso, Rogério também atingiria dois coelhos numa só cajadada, pois traria para seu lado o Podemos, partido do prefeito Léo Moraes, aquele que tem 75 por cento de aprovação em Porto Velho.

         Surgirá ainda uma terceira via? Por enquanto, no atual quadro, os dois que aparecem à frente em todas as pesquisas (ao lado de Fernando Máximo, que ao que tudo indica disputará o Senado) são mesmo Marcos Rogério e Fúria.  Quem mais se habilita? Neste momento, ao que parece, não há alguém que pudesse enfrentar a ambos em igualdade eleitoral. Mas tudo pode acontecer, neste mundo da política que muda de cara a cada instante.

A SAÚDE AVANÇOU MUITO EM SEIS ANOS. FORAM FEITOS MAIS DE 94 MILHÕES DE ATENDIMENTOS, 55 VEZES NOSSA POPULAÇÃO

          A saúde pública tende a ser o calcanhar de Aquiles de qualquer governo. Em Rondônia não é diferente, mesmo com o enorme salto em números de investimentos, atendimentos, cirurgias, exames e tudo o que o complexo sistema que atendeu milhares e milhares de pessoas tenha avançado muito. Em seis anos, no atual governo, foram registrados, por exemplo (apenas um dos números, para se dar ideia da grandeza deles) nada menos do que 94 milhões e 200 mil procedimentos de todos os tipos. Isso equivale a mais de 55 vezes a população de Rondônia.

          Alguns outros números, entre 2019 e 2025, no atual governo: 4 milhões e 800 mil consultas; 6 milhões e 100 mil exames; 492 mil internações, ou seja, como quase cada um em quatro rondonienses tivessem sido internados; 98 mil e 200 cirurgias e, ainda, 408 mil hemodiálises.  Há vários outros números que mostram o grande crescimento no número total de atendimentos em todas as áreas e em diferentes regiões do Estado, conquistados com projetos de descentralização bem sucedidos.

           Em relação a procedimentos hospitalares e somente em 2025, eles totalizaram 33.6060, além de 7 milhões e 168 mil procedimentos ambulatoriais.  Já investimentos com transferências da saúde pública se multiplicaram em 1.837 por cento, saltando de 7 milhões e360 mil em 2019 para 142 milhões e 700 mil reais em 2024. Desafiadora, precisando atende cada vez mais gente, a saúde pública é um setor complexo, mas os números em Rondônia apontam que ela melhorou muito.

DOMINGÕES LOTARAM AVENIDAS DAS ZONAS LESTE, SUL E DO CENTRO DA CAPITAL COM 60 MIL COMPRADORES

            A véspera de Natal ainda teve lojas cheias e muita gente correndo pera as compras de última hora. Mas o grande sucesso mesmo foram os Domingões, promovidos pela CDL nas zonas sul e leste e, no último domingo, na avenida Sete de Setembro, centro da Capital. Segundo a presidente da CDL, a empresária Joana Joanora, um número aproximado de 60 mil pessoas participou dos três eventos, o maior deles no Domingão da Sete. Fora iniciativas de sucesso, que aproximaram os lojistas dos consumidores, facilitando as compras com inúmeras promoções e descontos e dando às empresas um bom faturamento.

               Desde cedo, neste último Domingo de pré-Natal, começou uma grande movimentação no centro da Capital. Dezenas de barracas ocupavam várias quadras da avenida principal de Porto Velho e todas as lojas ali concentradas estavam abertas. Milhares de pessoas circulavam com sacolas de compras feitas, enquanto outras tantas escolhiam produtos, procuravam promoções e checavam onde seria melhor adquirir o que procuravam.

            No Porto Velho Shopping o grande público também aproveitou os últimos dias antes do Natal para comprar os presentes. Desde a semana anterior, quando o 13º do Estado começou a cair nas contas e depois dos salários do mês, depositado nesta terça, ainda havia correria ao comércio. Tudo indica que, para os lojistas, o Natal tende a ser bastante positivo. No início de 2026, os números definitivos começarão a serem divulgados e se terá certeza de bons resultados, à altura da sensação positiva que se teve dos últimos dias de lojas lotadas.

PAGAMENTOS MILIONÁRIOS A MAGISTRADOS RONDONIENSES REPERCUTE TAMBÉM NA MÍDIA NACIONAL

          Nada ilegal e nem imoral. Tudo dentro da lei e o recebimento foi de valores que os próprios beneficiados tinham recolhido à previdência e que agora, com a mudança de regime, lhes foram devolvidos. Mas, pela grandeza do dinheiro envolvido, o caso chamou a atenção da mídia nacional. Cinco magistrados de Rondônia receberam, em um mês, valores que bateram até no 1 milhão e 774 mil reais para um deles, nada menos do que, num cálculo simplório, 38 vezes o teto máximo do funcionalismo e quase um século de vencimentos do que receberia um operário que vivesse do salário mínimo. O total que os cinco magistrados receberam, numa vez só, ultrapassou os 8 milhões de reais.

          Os valores recebidos pelos juízes foram publicados no Portal da Transparência do Tribunal de Justiça de Rondônia. Para dimensionar o contraste, a comparação foi feita tomando como referência o salário mínimo atualmente fixado em 1.518 reais. Quem recebeu o maior contracheque foi o juiz Danilo Augusto Paccini, da 2ª Vara Cível de Porto Velho: mais de 1 milhão e 774 mil reais líquidos.

          Tão logo tornados públicos, os valores começaram a repercutir na mídia. No Jornal da Record, em rede nacional, uma reportagem produzida pela afiliada local, a SIC TV, esclareceu os motivos dos pagamentos, mas, mesmo assim, houve muitas críticas nas redes sociais. Os próprios magistrados beneficiados tinham recolhido estes valores durante longos anos, mas agora o receberam de volta, pela mudança no sistema previdenciário. O Judiciário de Rondônia, em 2026, será o segundo Poder com mais recursos: cerca de 11 opor cento do total e 18 bilhões e 600 milhões.

O BRASILEIRO MAIS PODEROSO É ALVO DA MÍDIA CARPETE: TERIA TENTADO SALVAR O BANCO EM QUE A ESPOSA DELE ERA ADVOGADA

            A mídia, inclusive parte daquela que é carpete para que este governo e seus aliados limpem seus pés, começaram a questionar algumas atividades digamos extracurriculares, do ministro Alexandre de Moraes. Um dos brasileiros mais poderosos de todos os tempos (mandar prender, mandar soltar, diz o que pode e o que não pode, condena idosos e mães de família a penas de reclusão para que apodreçam na cadeia) o próprio SuperAlex agora começa a ser cobrado. Principalmente por sua atuação, nos bastidores, no caso do Banco Master, aquele que quebrou e que tem como advogada dona Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro.

           As denúncias apontam para pelo  menos quatro tentativas de Moraes junto ao Banco Central, tentando evitar a liquidação do banco, cuja quebra causou prejuízos de mais de 12 bilhões de reais ao mercado financeiro.  Das quatro tentativas de Moraes de salvar o cliente de sua esposa, que tinha com o Master um contrato milionário, com ganhos superiores a 3 milhões e 500 mil reais por mês, uma teria sido presencial.  O ministro teria procurado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo e pedido a ele para que intercedesse em favor do Banco Master e do seu presidente, Daniel Vorcaro.

          A primeira notícia sobre o caso foi dada pela colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, um dos que babam nos pés do governo Lula e do STF. A partir dali, o assunto tomou conta de grande parte da mídia, colocando o ainda poderossímo ministro no centro do furacão. Até agora, do alto dos seus superpoderes, Alexandre de Moraes não falou uma só palavra sobre o caso e nem deu qualquer explicação.  

CRISPIN PEDE AO GOVERNO PRIORIDADE DAS MUDAS CLONAIS DE CAFÉ PARA USO DOS NOSSOS PRODUTORES

          Referência nacional na produção de mudas clonais de café, fruto de investimentos em pesquisa, tecnologia e assistência técnica, nosso Estado não pode abrir mão da prioridade do que é seu, embora o interesse de outros Estados nesse material. “É nosso!” diz o deputado Ismael Crispin, ao defender que a prioridade seja de quem produz aqui mesmo, fazendo com que nosso café atingisse o nível de qualidade que tem e se tornasse famoso no Brasil e no mundo.

          “Rondônia investiu muito para chegar ao nível de excelência que tem hoje na produção de mudas de café. Nossos pesquisadores criaram mudas e formaram um material genético inigualável. O que estamos pedindo é que esse material beneficie primeiro quem vive e trabalha aqui, fortalecendo a nossa produção e a nossa economia, para só então atender aos pedidos e interesses de outras regiões produtoras”, comentou o deputado.

             Segundo Ismael Crispin, o objetivo do requerimento é proteger uma fase estratégica da cafeicultura e fortalecer o produtor local. O requerimento foi encaminhado ao Poder Executivo e solicita que o Governo avalie medidas administrativas e legais para evitar a saída indiscriminada de mudas de café do estado, garantindo segurança ao produtor rural e desenvolvimento sustentável à cadeia produtiva.

A proposta foi apresentada em plenário e agora aguarda análise e encaminhamento por parte do Governo de Rondônia. “Estamos mantendo nosso compromisso em defender o setor produtivo e do campo rondoniense”, concluiu Crispin.

PERGUNTINHA

          Você também se assustou com as declarações do homem forte do PT e da esquerda brasileira, José Dirceu, quando afirmou, em tom de ameaça, que se Lula perder a eleição no ano que vem, pode acabar havendo uma guerra civil no nosso país?