Artigo editado em: 21 de setembro de 2022
Enquanto boa parte dos cidadãos está em suas casas, imaginando-se seguros, pedindo aos céus que o dia de amanhã seja melhor; sonhando que a criminalidade nunca os alcance, nas noites das cidades os bandidos estão ativos, preparando assaltos, estudando suas vítimas, saindo para matar. O episódio desta semana, em que dois homens e uma mulher foram executados a tiros próximo à casa de shows Talismã, é apenas mais um, no contexto violência que Porto Velho vive, porque grande parte da sua população ignora o que está havendo nos subúrbios, nas áreas mais distantes, mas também entre gente melhor aquinhoada, no mundo terrível do crime organizado, para quem a vida não vale nada. Não só a vida dos outros, mas as dos próprios criminosos. As pessoas de bem continuam trancadas em suas casas, torcendo para não serem, ao menos naquela noite, as vítimas escolhidas pelas quadrilhas. E se alguém acha que tudo vai melhorar, que continue rezando, porque, na verdade, será cada vez pior. Os bandidos estão organizados e até elegendo seus representantes. Daí é que nascem as leis que ignoram as vítimas e tratam os criminosos como pobres seres, vítimas de uma sociedade cruel, que não lhes dá chance de uma vida decente. A raiz da imensa maioria dos problemas é esta, embora, é claro, os que defendem o uso liberado das drogas e as saidinhas de assassinos cruéis das cadeias, achem que os direitos humanos dos violentos e matadores estejam acima de qualquer direito de uma pessoa de bem.
O Brasil perdeu, há muitos anos, a oportunidade de reduzir drasticamente a criminalidade. No momento que deu poder aos que representam o caos, abriu as portas para uma irreversível situação de domínio do crime sobre a sociedade. Claro que os discursos bonitos tentam maquiar esta dramaticidade, que aflige os brasileiros que trabalham duro, dormem pouco, correm desesperadamente atrás, para cumprirem seus compromissos e sustentarem suas famílias. Porque o discurso é em defesa do bandido, da quadrilha, do crime organizado, da sociedade sob o jugo da bandidagem. E é isso que pode acontecer ainda de forma mais clara, já que a escolha dos parlamentares e governantes será a escolha, também, se teremos alguma chance contra a corja que manda em nossas vidas, pela violência ou se vamos combatê-los com todo o rigor, para nos proteger. Enganam-se os que acham que em outubro teremos apenas uma eleição. Será muito mais do que isso. Será a escolha sobre uma oportunidade de vencermos o crime ou de entregarmos nossas vidas, dos nossos filhos, das nossas famílias, dos nossos amigos, nas mãos de criminosos. O fator mais positivo de tudo isso é exatamente a opção das urnas. É por elas que diremos qual o futuro que queremos. Ele pode ser promissor ou pode ser o fim da esperança de termos um país que optou pela decência e não pelo crime.
PF E CIVIL PEGAM MAIS DE 50 MEMBROS DE FACÇÃO EM PORTO VELHO. ATÉ QUANDO ELES FICARÃO PRESOS?
Não dá para dizer, contudo, que a polícia lava as mãos contra o crime. Pelo contrário. Nunca houve tanto combate ao tráfico de drogas; nunca houve tanta prisão de traficantes; nunca houve tanta apreensão de toneladas de cocaína e várias outras drogas; nunca houve tantos leilões de bens de traficantes. Mas então, como dizer que há um risco real de que o crime saia vitorioso nesta eleição? Ora, nem a Polícia Federal, nem os policiais civis, nem as polícias militares e nem os magistrados do país, todos eles certamente com ojeriza aos crimes que assolam nossa sociedade, podem passar por cima das leis. E elas, ao menos a maioria delas em vigor no Brasil, foram feitas para proteger crime, a organização criminosa e o bandido que age sozinho. Protege também assassinos frios, dando a eles incontáveis benefícios. Pode-se trazer, como desafio, um exemplo local. Nesta semana, a PF e a Civil de Rondônia cumpriram mais de 50 mandados de prisão contra membros der uma facção que domina o crime em Porto Velho (a partir do conjunto habitacional Orgulho do Madeira) e em várias regiões do norte do país. As ordens para a violência, o tráfico, os roubos e assaltos vinham dentro de presídios de São Paulo. Vamos ver, agora, dentro de alguns meses, quantos destes facínoras presos estarão ainda atrás das grades. Certamente apenas uma meia dúzia. É contra isso que devemos nos insurgir, escolhendo direito quem vai nos representar no parlamento. Não aos que defendem a bandidagem!
MARCOS ROGÉRIO AMPLIA CRÍTICAS AO GOVERNO, EM BUSCA DE CRESCIMENTO DA SUA CANDIDATURA
O senador Marcos Rogério foi o último dos candidatos ao governo de Rondônia entrevistado no programa Papo de Redação, da Rádio Parecis FM, em rede estadual. Durante uma hora – como todos os demais concorrentes – o senador do PL subiu o tom das críticas ao governador Marcos Rocha e ao governo dele; avisou que vai criar uma estrutura da polícia civil e militar apenas para combater a criminalidade nas zonas rurais do Estado e criticou seu colega, o hoje senador Confúcio Moura, por ter criado, quando governador, 12 zonas de proteção ambiental “sem análise e prejudicando centenas de famílias”. Em relação à administração estadual, concentrou suas críticas, bastante fortes, contra o que chamou de “irresponsabilidade com que vem sendo tratada a saúde pública”. A menos de duas semanas da eleição, Marcos Rogério batalha para que a previsão do grupo palaciano de vencer a eleição no primeiro turno não se confirme. Duas pesquisas já feitas no Estado o colocam ainda distante de Marcos Rocha. Rogério quer aproveitar esses dias que faltam para ampliar as críticas ao Governador, que busca a reeleição.
ROCHA TEM APOIO DOS PREFEITOS DAS TRÊS MAIORES CIDADES DO ESTADO. ATÉ QUE PONTO ISSO VAI AJUDÁ-LO NA ELEIÇÃO?
Até que ponto os prefeitos têm influência sobre a decisão da maioria do eleitorado, quando a eleição é estadual? O candidato com apoio do alcaide, em várias cidades, terá alguma vantagem sobre os demais?. É com isso que conta a estrutura de apoio à reeleição de Marcos Rocha. O apoio de grande número de prefeitos pode ser decisivo? A resposta, neste ano, será detectada nas urnas, quando elas forem abertas e trouxerem seus resultados, em todas as comunidades rondonienses. Por exemplo: Porto Velho, Ji-Paraná e Ariquemes, as três maiores cidades do Estado, que somam uma população de aproximadamente 795 mil habitantes e somam quase 50 por cento de todo o eleitorado (nestas três cidades, os aptos a votar superam os 507 mil), são cidades onde os prefeitos estão “fechados” com o projeto de reeleição de Rocha.
Na região central, cidades como Jaru, Cacoal e Rolim de Moura estão no mesmo pacote. Por enquanto, indícios concretos da importância destes apoios foram detectados numa das pesquisas eleitorais feitas em Porto Velho, aqui, pelo instituto Real Time/Big Data. Nela, foi registrado que 50 por cento dos eleitores ouvidos na pesquisa, votariam em Rocha. Ficou claro que o apoio de Hildon Chaves foi vital para estes números, embora, é claro, não se sabe se as urnas confirmarão este percentual.
ACIR GURGACZ NÃO TEM MAIS CONDENAÇÃO, MAS CONTINUA CANDIDATO SUB JUDICE
Acir está livre das condenações que sofreu. O ministro Alexandre de Moraes decidiu que ele já cumpriu a pena que lhe foi imposta e pagou as respectivas multas. Em decisão proferida na Execução Penal (EP) 26, o ministro constatou que o senador cumpriu a totalidade da pena. Gurgacz foi condenado pela Primeira Turma do STF em fevereiro de 2018. A pena fixada foi de quatro anos e seis meses de reclusão, em regime inicial semiaberto, com o pagamento de 684 dias-multa de cinco salários mínimos e a suspensão dos direitos políticos enquanto durassem os efeitos da condenação. Texto publicado no site do próprio STF, afirma que “na decisão, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que o parlamentar cumpriu os requisitos da Lei de Execuções Penais. No entanto, pela lei eleitoral, Acir continua candidato ao Senado, mas sub judice. O caso dele é igual ao de Ivo Cassol. O STF decidiu extinguir a pena dele em dezembro de 2020 e só depois desta decisão é que começou a contar os prazos de perda de direito eleitorais.
ALKMIN CHEGA PARA APOIAR DANIEL PEREIRA E ACALMAR O EMPRESARIADO
O candidato a vice-presidente na chapa do petista Lula, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deve passar o dia em Porto Velho, caso não haja mudança na sua agenda, nesta quinta-feira. Ainda vivendo embaixo de críticas de seus antigos aliados, por ter aderido ao candidato petista, a quem passou anos chamando de ladrão e gravando vídeos pedindo à população que não votasse no PT, Alckmin também sofre algumas restrições à ala mais radical do petismo e dos partidos de esquerda, que o consideram muito conservador. Mesmo assim, ele é, ainda, um nome forte da política nacional. Vem ao Estado, principalmente, para tentar ajudar a alavancar a candidatura de Daniel Pereira, o candidato da chamada Frente Democrática, de partidos de esquerda, ao Governo do Estado. Alckmin cumprirá pautas de visitas, mas o ponto alto será um encontro com empresários rondonienses e bolivianos. Uma das agendas será na Federação das Indústrias do Estado, numa reunião com empresário, a partir das oito da manhã. O vice de Lula, aliás, tem como missão principal “acalmar” o empresariado, garantindo que um eventual governo de Lula não terá medidas que possam mudar a estrutura do capitalismo atual.
NA AMAZÔNIA: FÓRUM DETECTA MÉDIA DE MORTES DE CRIANÇAS E JOVENS ACIMA DOS NÚMEROS NACIONAIS
Mais uma má notícia para nossa região Amazônica, cuja interesse real raramente é pelo povo trabalhador que aqui vive, mas sim questões ideológicas e ambientais, como se a vida da grande maioria dos quase 20 milhões de habitantes desta tão importante região do país não tivesse valor. Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta que as mortes violentas de crianças e jovens, na chamada Amazônia Legal, é 27,5 por cento maior que a média brasileira. O levantamento apontou que, na região da Amazônia Legal, a taxa de assassinatos de pessoas de até 19 anos foi de 11,1 por 100 mil habitantes. Considerando o país como um todo, a taxa média é de 8,7 por 100 mil habitantes. Os crimes de morte contra mulheres, que são registrados em todo o Brasil, têm números aproximados dentro da nossa região, mas eles são, lógico, também muito assustadores. A Amazônia Legal compreende os estados de Rondônia, Amazonas, Acre, Roraima, Pará, Amapá, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão.
JUÍZA QUE COMETEU CRIME TERRÍVEL – O DE CRITICAR O STF – SERÁ JULGADA PELO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA
O título, é óbvio, é uma ironia. Mas, vale perguntar: quem preside o Conselho Nacional de Justiça? Ela mesma: a ministra Rosa Weber, não por coincidência, também preside do STF. Qual um dos primeiros atos dela, no comando do CNJ? Acatar relatório do Corregedor, ministro César Salomão, denunciando a juíza Ludmila Lins Grillo, do TJ de Minas Gerais, por ter cometido o violento crime de criticar a quem? Aos ministros do STF. Também defendeu o direito do blogueiro Alan dos Santos pelo direito de opinião. Justamente o blogueiro que teve que fugir do país, porque foi considerado um facínora pelos ataques feitos ao ministro Alexandre de Moraes, hoje uma das figuras mais poderosas do país, com poderes acima do que os têm o Congresso Nacional e o presidente da República. A magistrada mineira, como participante de um evento e Minas, não poupou críticas ao STF e especialmente a Moraes. No atual contexto do país, isso é considerado mais grave do que alguma chacina praticamente por bandidos. A juíza pode ser punida até com a exclusão do Judiciário. É este o clima que estamos vivendo
PERGUNTINHA
Você teme uma guerra nuclear que pode destruir o planeta ou considera que a ameaça do presidente da Rússia, Vladmir Putin seja apenas um blefe para assustar o mundo?