Artigo editado em: 5 de agosto de 2019
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Laerte Gomes, falou nessa segunda tarde, pela primeira vez, publicamente, sobre o episódio da Fake News, divulgada nas redes sociais, em que o chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, teria atacado deputados estaduais. A conversa certamente foi mesmo forjada, através de um desses aplicativos em que, qualquer pessoa que conheça um pouco sobre computadores e internet, tem condições de criar um diálogo falso. Mesmo assim, Laerte foi comedido. Disse que espera que tudo mesmo seja falso, que o diálogo não tenha existido, mas que tudo fique comprovado nas investigações que a polícia está realizando. “Não tenho como afirmar definitivamente nada, ainda, antes que as investigações sejam concluídas”, disse ele. Contou que falou longamente com o governador Marcos Rocha, ainda na sexta à noite, pelo próprio watts app, quando a história estourou. Rocha disse que tem convicção de que o diálogo divulgado foi inventado, ou seja, uma Fake News e que estava certo que as investigações comprovariam que seu Chefe da Casa Civil jamais teria feito declarações como aquelas. No contato com jornalistas, Laerte começou falando das prioridades do segundo semestre. Mas em seguida teve que responder as perguntas sobre o tema que todos queriam falar: o caso dos diálogos fakes. Era o grande assunto da semana. Ele e alguns deputados, aliás, estavam aguardando uma nota oficial do Palácio, desmentindo a história. Pelos lados do Parlamento, o que se ouviu (inclusive do próprio Presidente) é que que notas publicadas em redes sociais não são suficientes para deixar clara a posição do Governo, sobre o episódio.
Pelo menos seis deputados acompanharam a coletiva de Laerte (Ismael Crispim, Eyder Brasil, Adelino Follador, Jean Oliveira, Chiquinho da Emater e Cabo Johnny) que teve a presença de jornalistas de mais de uma dezena e meia de veículos de comunicação. Ele falou ainda sobre a destinação dos 30 milhões de reais economizados pela ALE, que serão doados para as obras ao futuro Hospital de Pronto Socorro de Porto Velho, a outros hospitais do Estado e entidades assistenciais; criticou novamente a demora na recuperação de rodovias estaduais, pedindo que as ações sejam aceleradas e, ainda, destacou que o parlamento vai tratar, a fundo, da questão da Energisa, principalmente, segundo ele, na questão da dívida de perto de 1 bilhão de reais que a empresa tem com o Estado e que precisa pagar. O Presidente tinha vários outros temas a abordar, inclusive problemas envolvendo o Detran. Acabou não o fazendo, porque a situação política acabou se tornando mais importante, depois da publicação dos falsos diálogos. O assunto acabou dominando a coletiva. O que se denotou é que não há um clima de animosidade no Parlamento. Mas, há sim , um clima de pé atrás, até que tudo seja esclarecido. Que a polícia pegue os culpados, o mais rápido possível, pois!
OS SAPOS ENTERRADOS EM CANDEIAS
A saparia enterrada em Candeias do Jamari continua elevando seus sons de coaxar, pelos céus de Rondônia. É inacreditável como ao invés de andar para a frente e começar nova vida, os mesmos problemas de sempre atingem a vida política da cidade. Depois de perder um Prefeito assassinado e outro cassado pela Câmara de Vereadores, Candeias teve eleição suplementar e o prefeito eleito, Lucivaldo Fabrício de Mello, se elegeu numa disputa suplementar, há poucos dias, para completar um mandato que um ano e meio. E poderá ser cassado, caso não consiga reverter decisão do TRE, que reprovou suas contas de campanha. Isso mesmo. O prefeito já é denunciado pela Justiça Eleitoral por abuso do Poder Econômico, pois cometeu, segundo um especialista, “um erro primário” na prestação de contas. Ele foi diplomado, junto com seu vice, nesta segunda-feira, mas a diplomação já está sub judice. Tanto seus adversários quanto o Ministério Público Eleitoral vão pedir a cassação do diploma e exigir novas eleições. Lucivaldo chegou a cumprir um alguns meses como Prefeito interino. Disputou a eleição suplementar, mas foi com muita sede ao pote. Ao ponto de colocar sob risco uma eleição em que venceu até com alguma facilidade. Os políticos não aprendem mesmo!
ZEQUINHA AINDA NO MANDATO
O caso Zequinha Araújo, que foi condenado em duas instâncias e perderia o mandato de vereador na Câmara Municipal de Porto Velho (em seu lugar, está pronto para assumir o suplente Isaque Machado), ainda está longe de terminar. Zequinha decidiu não recorrer da segunda sentença que tiraria seu mandato, mas seus advogados usaram várias alternativas legais para que o caso voltasse à Primeira Instância, sob alegação de que ele teria sido prejudicado e não teria tido amplo direito de defesa. Zequinha foi condenado por suspeita de corrupção, Eleito vereador, desde que assumiu seu mandato, está no cargo sub judice. Várias notícias desencontradas davam conta que ele já teria que ser defenestrado pelo presidente Edwilson Negreiros desde essa segunda-feira, mas nada ainda foi confirmado oficialmente. Até o final da tarde, o presidente da Câmara não havia recebido qualquer comunicação nesse sentido. A decisão de Edwilson está tomada: vai cumprir rigorosamente qualquer decisão judicial que chegue às suas mãos. Até agora, ao menos para tirar Zequinha da sua cadeira na Câmara, não havia chegado nada. O caso é complexo. Isaque Machado, o suplente, está exigindo ser chamado para assumir. O caso ainda vai um pouco mais longe, embora a tendência seja que Zequinha perca mesmo o mandato, segundo importante fonte que conhece profundamente as questões da legislação eleitoral.
QUEM É ISAQUE
Do alto dos seus 2.232 votos, o emedebista Isaque Lima Machado, 41 anos, está pronto, com o terno comprado, para assumir uma cadeira de vereador em Porto Velho.Ele só depende de uma decisão judicial definitiva, que ainda não veio. “Estou aguardando o presidente da Câmara ser notificado da decisão judicial, que determina o afastamento do vereador Zequinha. O documento deve ser entregue ao Presidente ainda essa semana, por um Oficial de Justiça”, diz Isaque. Casado com a Professora Irleide, pai de três filhos e filho de pastores, Isaque foi, durante 15 anos, um assessor muito especial do deputado Maurão de Carvalho, um dos deputados estaduais com maior período de mandatos na Assembleia Legislativa e duas vezes presidente da Casa. Ele também dirigiu a Escola do Legislativo, escolhido por Maurão, durante mais de dois anos. Hoje, é assessor parlamentar do deputado federal Coronel Chrisóstomo, do PSL. Experiente na vida comunitária (foi também presidente da Associação dos Moradores do bairro Conceição durante dois mandatos, somando oito anos à frente da entidade), Isaque está com um pé na Câmara. Zequinha Araújo, contudo, continua lutando para manter sua cadeira. Nos próximos dias, saberemos quem sairá vencedor nessa batalha.
CORAGEM PARA SALVAR VIDAS
Claro que os puristas vão reclamar que é inconstitucional, que cada um pode decidir sobre sua vida, inclusive morrer; que o Estado não tem poderes para tomar a decisão de internar à força usuários de droga. É a mesma ideologia que defende que os índios podem morrer de fome sem assistência, para manterem a pureza de suas etnias. É a mesma que, do alto de prédios suntuosos, querem decidir sobre questões ambientais na Amazônia. São os que nunca resolveram a desgraça da Cracolândia, em São Paulo, mas defendem que os drogados podem viver atirados nas ruas, parecidos com bichos, por vezes, morrendo abandonados. São os mesmos que, no poder durante anos, só impuseram o atraso e a desgraça ao Brasil. O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivela, teve coragem. Conseguiu aprovar uma lei municipal, adaptando-a a uma, federal, que obriga o tratamento de drogados que vivem nas ruas, mesmo contra a vontade deles. Será certamente alvo de duras críticas, chamado de ditador, será processado e tratado como um criminoso. Não importa. A lei do Rio vai salvar vidas. Dos drogados e de quem eles atacam. Provavelmente, a nova lei não vai durar muito. Mas enquanto durar, vai deixar claro que a internação obrigatória pode ser o caminho para a salvação de dezenas, senão centenas de vidas. E é o que vale. É o que importa.
SÃO 13 MIL EM PRÊMIOS
Começou nessa segunda-feira, o pacote de comemorações alusivas aos 36 anos da Constituição de Rondônia. Toda o evento é promovido pela Assembleia Legislativa e inclui concursos de Redação e para escolha da Bandeira do Parlamento rondoniense. Os vencedores vão disputar prêmios em dinheiro de 13 mil reais. Os deputados que fizeram a nossa Constituição, em 1983, serão lembrados especialmente. Os eventos alusivos à promulgação da Constituição prosseguem até sexta-feira, com várias solenidades e destaques. A Assembleia retoma seus trabalhos do segundo semestre nesta terça, destacando essa importante data para a Historia do Estado, mas, ao mesmo tempo, já tratando de vários assuntos de grande importância para todos os setores da vida rondoniense. Durante o recesso, todos os parlamentares conviveram em suas regiões e certamente vão trazer para o debate muitos problemas, dificuldades e necessidades da população. Será um segundo semestre dos mais quentes, pelos lados da ALE. Esperemos para ver.
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CONVIDADOS A CAIR FORA
Não dá orgulho, para os brasileiros que amam seu país, ouvir seu Presidente falar grosso com os estrangeiros, que querem não só dar pitacos, como dominar nossa Amazônia? Felizmente, ele não está sozinho nessa luta, embora suas decisões, seu palavreado, sua defesa intransigente do que é nosso – e só nosso – receba críticas duríssimas dos ambientalistas profissionais e, principalmente, dos que vivem em função dos interesses internacionais, sobre nossa mais rica região. Na Bahia, nessa segunda, Bolsonaro fez mais uma das suas declarações que mereciam ser aplaudidas de pé pelos patriotas, pelos que realmente amam esse Brasil. “A Amazônia é um potencial incalculável. Por isso, alguns maus brasileiros ousam fazer campanha com números mentirosos contra a nossa Amazônia. E nós temos que vencer isso e mostrar para o mundo, primeiro, que o governo mudou e, depois, que nós temos responsabilidade para mantê-la nossa, sem abrir mão de explorá-la de forma sustentável”. Recentemente, Bolsonaro criticou duramente o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe, por divulgar dados que o governo considerou exagerados, sobre um pretenso aumento no desmatamento da Amazônia. Antes de demitir o presidente do Inpi, Bolsonaro chegou a questionar se as estatísticas e o próprio órgão não estariam a serviço de ONGs internacionais, que dominam a nossa floresta, tomando conta das nossas riquezas. É bom saber: os que se acham donos da Amazônia estão sendo convidados a se retirar. Que vão para seus países de origem. Lá, certamente, o meio ambiente já foi muito destruído e eles, com toda a experiência, poderiam ajudar muito. Aqui, não servem para nada, quando se trata dos interesses nacionais.
PERGUNTINHA
Num país pobre como o Brasil, com tanta gente apenas sobrevivendo, não parece um deboche pagar salários milionários a alguns jogadores, a maioria já veteranos e em fim de carreira, que chegam para os grandes clubes do nosso futebol?