Artigo editado em: 7 de outubro de 2020
O que os candidatos do PC do B, o jovem Samuel Costa; do PSC, Edvaldo Soares; do PTB, Leonel Bertolin e do PSOL, Pimenta de Rondônia, poderão dizer ao eleitor, nos poucos segundos que tem na TV e no rádio, no horário gratuito? Todos têm segundos semelhantes que o famoso Enéas. O quarteto terá que ser muito criativo, como o foi o lendário Enéas Carneiro (“Meu nome é Enéas!”), nas suas frustradas campanhas presidenciais, com apenas 15 segundos de tempo. Terão que usarem de muita criatividade, para conseguirem levar alguma mensagem ao eleitor, em tão pouco tempo. Já o que tem mais tempo, por causa da coligação (PSDB, DEM, PSD e PL, o atual prefeito Hildon Chaves, terá dois minutos e 36 segundos na TV e o mesmo no rádio. É um tempo razoável. Para se comparar com os segundos dos comerciais de TV, nesse período se poderia assistir a cinco anúncios seguidos. A coligação de Hildon ficou fortalecida com a participação de alguns dos mais fortes partidos hoje, na política brasileira. O segundo melhor tempo no horário eleitoral gratuito de rádio e TV que começa nesta sexta-feira, será do petista Ramon Cajuí. O PT ainda é um dos mais poderosos partidos políticos do país e as cadeiras que mantém no Congresso, alavancaram seu tempo para dar seu recado ao eleitor. Cajuí terá 1 minuto e 9 segundos, para transmitir suas mensagens. Depois, entre os que têm um pouco mais de espaço, ficará o candidato do PSL, o deputado estadual Eyder Brasil: 1 minutos e 7 segundos. Cristiane Lopes, da coligação PP e PROS, terá praticamente um minuto. Já Vinicius Miguel, do Cidadania/PDT, ficará com quase 48 segundos. Surpreende que o MDB de Williams Pimentel tenha apenas menos de 46 segundos por cada período, na propaganda gratuita. Embora seja um partido poderoso, o partido, com chapa puro sangue, não se aliou a nenhum outro e, portanto, não conseguiu cooptar mais alguns segundos para o importante horário eleitoral. Outro que terá pouco tempo para dar seus recados, Lindomar Garçon, do Republicanos, também sem coligação, ficou com menos de 41 segundos.
Os demais candidatos: o Solidariedade/PV, do Coronel Ronaldo Flores, ficou com 25 segundos e 7 centesimos. A seguir, vem Breno Mendes, do Avante/Patriotas, ficou com 23 segundos e 66 décimos. Dois candidatos de partidos nanicos, estão fora do horário gratuito. Um deles é o ex vereador Ted Wilson, do PRTB. O outro é Geneci Gonçalves, do PSTU. A campanha super curta, numa pandemia que parece não ter fim, o horário eleitoral gratuito cresce em importância. Quem tem mais tempo nele, portanto, pode sair em vantagem. Mas tudo isso é só teoria. Numa eleição como essa que se aproxima, qualquer previsão é apenas exercício de futurologia.
GRUPO ACUSADO DE TERRORISMO OFENDE A PM
Não há como se calar ante a publicação vergonhosa, desrespeitosa, alienada, mau caráter, feita por dirigentes da LCP, colocando-se como vítima da polícia e não como grupo suspeito de abrigar assassinos de policiais. Com as mesmas palavras de ordem de sempre, o grupo que, lamentavelmente, por covardia das autoridades brasileiras, ainda não foi oficialmente considerado como terrorista, acusa a PM de mentir, assim como ataca sites “a serviço do latifúndio”. Praticamente comemorando as mortes covardes dos dois policiais militares, na nota divulgada no site “Nova Democracia”, a LCP ofende a estrutura de segurança, debocha dos assassinatos e culpa a própria PM pelo que está acontecendo. “As trapalhadas, acertos de contas e fracassos destes “guaxebas” que usam farda em Rondônia, que eles resolvam entre si e seus patrões grileiros, políticos e latifundiários. Lavem sua boca suja para falar dos camponeses, “sem terra” e da LCP”. Não dá uma enorme vontade de vomitar?
ORDEM PARA A PM: “DAÍ VOCÊS NÃO PASSAM”!
A absurda, canalha e sem vergonha inversão de valores, que dá a esses grupos criminosos poderes legais surpreendentes e não os coloca na categoria merecida do terrorismo, pode ser assistida, na prática, em vídeos que rolam nas redes sociais. Num deles, há algum tempo, quando PMs que foram aos acampamentos cumprir ordens judiciais, foram confrontados por um grupo da LCP, que ocupava uma área de uma fazenda há longo tempo, sem que as autoridades tivessem, durante longo período, a coragem de fazer cumprir a lei e tirá-los de lá. No vídeo (que ainda está nas redes, basta uma procura) um PM, educadamente, pede que todos saiam dos barracos. Um deles, certamente o líder, de forma acintosa e pedante, diz que ali a polícia não entra. “Tem mulher grávida aqui!”, vocifera, usando a velha tática que todos conhecem. O policial, quase pedindo desculpas (é inacreditável isso!), reforça o pedido para que todos saiam, até por segurança. O curto vídeo termina aí, com o líder, à frente de uma barraca, avisando; “vocês fiquem aí onde estão. Podem ficar aí na estrada, mas dai vocês não passam”! Caso o PM reagisse à altura, certamente agora estaria preso. Enquanto isso, nos dias de hoje, os assassinos dos seus colegas continuam soltos.
BOLSONARO SE SOLIDARIZA COM FAMÍLIAS DOS PMS MORTOS
O presidente Jair Bolsonaro foi informado, pessoalmente, pelo senador Marcos Rogério, com quem esteve ontem no Palácio do Planalto, sobre os crimes brutais e covardes cometidos contra dois policiais militares. O senador do DEM falou também sobre os conflitos agrários em Rondônia e disse a Bolsonaro que encaminhou pedido de apoio ao Ministério da Justiça. O Presidente, visivelmente abatido pela notícia, lamentou as mortes, solidarizou-se com as famílias da vítima e disse que, com uma nova legislação que está surgindo no Congresso, esse tipo de violência praticada em áreas agrárias do país, “jamais se repetirá”. Marcos Rogério pediu apoio do governo federal, para que ações como as que se registraram em Mutum Paraná, não voltem acontecer. No lado ameno do encontro, o tema foi a grandiosa obra da ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã. O senador destacou a enorme importância da ponte para toda a região e para a ligação com o Acre e até o Pacífico. Bolsonaro confirmou que virá a Rondônia, em dezembro, para inaugurar oficialmente a obra, que está em fase final de conclusão.
MONTES EXIGE AÇÃO CONTRA OS QUE ESPALHAM O TERROR
A questão dos conflitos agrários e as recentes mortes de PMs em Mutum Paraná, foram o mote central de discurso, nesta quarta, do deputado Jair Montes (Avante), na Assembleia Legislativa. O parlamentar alertou que “chegou o momento das forças de segurança de Rondônia tomarem providências, para que o Estado não vire uma terra sem lei”. A principal questão abordada foi o caso ocorrido no final de semana. Montes comentou sobre os acontecimentos que resultaram nas mortes tenente da reserva José Figueiredo Sobrinho
e do sargento Márcio Rodrigues da Silva, no último final de semana numa fazenda na região de Nova Mutum, distrito de Porto Velho. Ele afirmou que a região onde ocorreu a tragédia, não é a única onde invasores de terras dominam. Disse que “na região do Vale do Jamari, onde se concentram nove municípios com extensa área rural, a situação também é complicada, porque várias fazendas também foram invadidas. Quem tem terra, precisa de garantia,” analisou! Montes fez um parênteses para diferenciar os verdadeiros agricultores, “que há muitos anos trabalham a terra”, do que ele chamou de “invasores oportunistas”, que entram em áreas já produtivas e espalham o terror.
RAUPP CONDENADO POR 3X2. CASO AINDA NÃO ENCERROU
O ex senador Valdir Raupp foi punido pela opinião pública, que o condenou a não reeleição, depois que o nome dele foi achincalhado nas redes sociais e nos noticiários, por longo tempo, por ter, pretensamente, recebido ilegalmente 500 mil reais para a campanha política do partido, o então PMDB, que presidia, em nível nacional. Ele sempre negou a acusação, dizendo que foi uma doação de campanha legítima. Lutou bravamente, defendendo sua inocência, até que, agora, a 2ª turma do STF o condenou. Foram 3 votos contra ele, dois a favor. Ou seja, não houve consenso. Raupp terá ainda vários recursos. Será que ele jogaria fora sua carreira política, repleta de vitórias eleitorais e de uma vida pública de resultados altamente positivos para seu Estado, por alguma ilegalidade desse tipo? Não parece logico, embora os membros do STF, do alto do seu poder de decisão, por maioria, o tenham condenado. Vão acontecer ainda várias apelações, até que tudo esteja definitivamente decidido. O assunto ainda deve ir bem mais longe.
MINISTRO DO STF MANTÉM PRISÃO DE PREFEITOS E EX DEPUTADO
Completam-se 15 dias das prisões de quatro prefeitos e do ex deputado Daniel Neri, envolvidos em um grande escândalo de recebimento de propina. Continuam aprisionadas as prefeitas Glaucione Rodrigues, de Cacoal e Gislaine Lebrinha, de São Francisco do Guaporé, assim como os prefeitos Luizão do Trento, de Rolim de Moura e Marcito Pinto, de Ji-Paraná. Junto com eles, Daniel também continua na cadeia. Nesta quarta, o ministro Edson Fachin, do STF, não aceitou pedido de habeas corpus tanto de Lebrinha como de Daniel. No STF, os advogados de Lebrinha apresentaram reclamação contra o desembargador Roosevelt Queiroz, argumentando que ela seria mãe de menor de idade. Já com relação a Daniel Neri, a defesa queria derrubar a decisão do ministro Joel Ilan Paciornik, da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou liminar em Habeas Corpus na última semana. Fachin não topou e, portanto, as prisões estão mantidas. O caso ainda vai longe. Também está sendo denunciado, embora não tenha sido preso, o deputado estadual José Lebrão. O caso dele está sendo analisado pela Assembleia Legislativa.
COM A REFORMA ESTADO NÃO PERDE VERBAS FEDERAIS
Por falar em Assembleia, os deputados deram uma grande ajuda ao Estado de Rondônia, com a aprovação de três leis exigidas pela Emenda Constitucional 103/2019, que trata da Reforma da Previdência. A aprovação aconteceu essa semana, após intenso diálogo entre os parlamentares, sobre o que seria melhor para a população. Na prática, se as leis não tivessem sido aprovadas pela Assembleia, Rondônia não poderia assinar mais nenhum convênio com o Governo Federal e também não receberia mais nenhum repasse dos convênios já assinados. Como exemplos, o presidente Laerte Gomes citou alguns dos imensos prejuízos que isso acarretaria à população: “em Ji-Paraná temos uma obra de esgotamento sanitário no valor de 180 milhões de reais. Há obras em Ariquemes, em Jaru, em Porto Velho, no Cone Sul”, disse, destacando a importância da decisão. Laerte acentuou, ainda, que os problemas poderiam começar de imediato. “Se as matérias não tivessem sido votadas, na próxima semana o Estado estaria sem a CND, a certidão necessária para receber recursos federais. Essas obras seriam abandonadas, porque a certidão não seria renovada, pois o Congresso impede. A responsabilidade da Casa é grande”, acrescentou.
PANDEMIA DIMINUI NO ESTADO. NA QUARTA, SÓ UM ÓBITO FOI REGISTRADO
Sobe e desce. Desce e sobe. Os números de contaminados e de mortos pelo coranavírus continuam em queda, mas, eventualmente, num ou noutro dia, voltam, para assustar ao rondoniense. A terça-feira trouxe um boletim com nove mortes, mas um dia depois, apenas um óbito foi registrado em todo o Estado. Ele ocorreu na Capital. Também caiu bastante, nesta quarta, os novos casos. Foram apenas 167, demonstrando que, ao menos nessa última semana, na maioria dos dias, houve sim diminuição acentuada no total de afetados pela doença, em todos os recantos rondonienses. Destaca-se ainda, na atuação da Secretaria da Saúde, um total de 211.799 testes realizados. Isso representa, em números absolutos, que mais de 13 por cento de toda a população do Estado já foi testada, certamente no maior percentual em relação ao total de moradores de um Estado, em todo o país. Registrou-se, até agora, 67.181 casos confirmados e 59.890, caminhando para os 90 por cento, livres da doença. Mesmo com a diminuição do contágio e das mortes, é importante manter os protocolos de segurança, até que surjam as vacinas que vão, enfim, acabar com esse terror a que todos estamos sendo submetidos.
PERGUNTINHA
Você acha que a polícia ainda tem chances de prender os assassinos dos policiais militares, mortes registradas próximo a um acampamento da LCP ou acredita que eles já estão escondidos, bem longe do local onde praticaram seus crimes e ficarão impunes?