Artigo editado em: 12 de agosto de 2020
Embora uma entrevista coletiva com a imprensa, programada para essa quinta tenha sido cancelada, para tratar do assunto, há muito pouca dúvida de que a decisão do prefeito Hildon Chaves já está tomada: ele vai anunciar a decisão de não concorrer à reeleição, porque considera que o instituto da reeleição não é o melhor caminho; prefere um mandato único de cinco anos e defende a renovação na política. Acha que há gente com condições de gerir a Capital e que a hora é de ir em frente, com projetos pessoais, embora sua volta à política não tenha saído da pauta. Até porque 2022 está bem perto. Hildon fez um governo complicado no início, até porque herdou uma Prefeitura amarrada, inclusive com forte protecionismo aos servidores, já que o ex prefeito Mauro Nazif fez o que mais sabe: sobreviver politicamente ligado ao funcionalismo. A herança também significou, entre outras coisas, um sistema de transporte coletivo destroçado e poucas obras estruturantes. Ao contrário do que prometeu na campanha, Nazif fez pouquíssimo para combater as alagações, que continuam infernizando a cidade até agora. A partir de uma reorganização na Prefeitura e com jogo de cintura político, Hildon Chaves começou também a cooptar o apoio de ex parlamentares federais, como Luiz Cláudio da Agricultura e Lindomar Garçon, trazendo-os (e suas muitas emendas) para seu lado, além de buscar apoio da atual bancada federal, Conseguiu imensos recursos, com os quais começou então a realizar obras vitais para a Capital. Resolveu a questão do transporte escolar, que era um inferno e está resolvendo a do transporte coletivo. Só não o fez até agora, porque a questão está judicializada. Um enorme pacote de obras está em andamento. Entre elas, a da total restauração da Praça Madeira Mamoré, certamente uma marca importante da atual administração, junto com o término dos viadutos e das pistas laterais da BR, feitas em parceria com o Dnit e da iluminação pública de Porto Velho, que melhorou muito. Nem todas ficarão prontas, mas não há dúvida de que a cidade, no geral, está bem melhor do que estava quando Hildon a recebeu.
Quem o Prefeito apoiará? Ele tem dito que ficará fora do processo eleitoral, ao menos no primeiro turno. Mas certamente vai ficar ao lado de algum nome ligado a ele, à sua administração e ao seu partido, que lhe daria segurança de que suas obras, eventualmente alguma inacabada, serão concluídas no próximo mandato. Por enquanto, como surpresa, surge Thiago Tezzari, o competente homem da Emdur, que transformou a escura Porto Velho numa Capital iluminada. Mas há outras opções, como o parceiro Lindomar Garçon, ex deputado, que trouxe muitos recursos para o atual governo. E há os Carvalho (Mariana e Maurício), que também são sempre citados. Ao que se ouve nos bastidores, Mariana não quer, mas Maurício quer. Esperemos os próximos dias, para saber quem serão os candidatos governistas à sucessão do Prefeito que abriu mão de disputar, com grandes chances, um segundo mandato.
E AGORA, DEPUTADO LÉO MORAES?
Fica agora apenas uma dúvida: o jovem deputado federal Léo Moraes, que aparece sempre à frente, em praticamente todas as pesquisas na Capital, vai abrir mão do restante do seu mandato, para concorrer à Prefeitura e, se vencer, enfrentar a complexa administração municipal? Léo está, certamente, refletindo muito sobre o seu assunto. De um lado, há seu desejo pessoal de se manter em Brasília, onde tem sido um parlamentar de destaque em nível nacional, como líder do Podemos. Além disso, Léo tem ainda muitos projetos e emendas para o Estado. O problema é a cor local da política. A pressão duríssima que o deputado tem sofrido de aliados, parceiros, eleitores e daqueles que sonham em conviver com ele no poder é imensa. Léo tem colocado tudo isso na balança. Tem ainda alguns poucos dias para se definir. Mas, com a saída de Hildon da corrida, ele sabe: suas chances de ser o próximo Prefeito da Capital aumentaram muito.
MDB: ALIANÇA OU CHAPA PURO SANGUE?
A análise da sucessão municipal de Porto Velho, feita neste espaço, na edição da quarta-feira, excluiu, não sem motivo, uma candidatura que já vem com grandes chances, a ser homologada pelo MDB. O problema é que o partido tem o que falta para muitas siglas: nomes demais. Gente com peso eleitoral e com chances reais de chegar à vitória nas urnas. Por isso, sempre fica complicado se saber exatamente quais das lideranças serão as escolhidas para a próxima missão. Agora, pelo menos dois nomes podem ser citados como quentíssimos, nessa caminhada da sucessão: o do ex secretário de saúde, Williames Pimentel e do desembargador aposentado Walter Waltenberg. Mas há vários outros, como o ex secretário de Planejamento do governo Confúcio Moura (assim como Pimentel, que foi o secretário da saúde, do governo anterior), George Braga. Há sim outros pretendentes no partido, mas ao que tudo indica, a decisão final se dará em torno desse trio.
PIMENTEL NA CABEÇA, GEORGE OU JAIME DE VICE
Pelo que se tem ouvido nos bastidores, tudo se encaminha para que Pimentel seja o escolhido, porque Waltenberg só aceitaria a indicação se ela fosse por consenso, o que, certamente, está muito longe de acontecer. Não há consenso no MDB há muitos anos. Lembremo-nos, por exemplo, das cenas de pugilato da última convenção que escolheu Confúcio Moura e Valdir Raupp como candidatos ao Senado. O presidente regional, Lúcio Mosquini, está acompanhando o caso de perto. A partir de uma declaração dele, se pode entender como é difícil que as coisas tenham anuência generalizada num partido tão grande. Mosquini disse que o MDB vai se aliar a outras siglas e que não terá candidatura puro sangue. O problema é que há uma ala, inclusive apoiada pelo grupo do ex governador e senador Confúcio Moura, para a formação de uma chapa com uma dupla emedebista: o próprio Pimentel encabeçando a chapa, com o ex secretário de Planejamento, George Braga, como vice. Caso a chapa não seja puro sangue, o vice de Pimentel, que na última eleição foi o candidato da Capital com maior votação, poderá ser Jaime Gazola. São alternativas, que ainda não estão claras, dentro do maior partido do Estado.
SEIS ANOS DEPOIS, A NOSSA PONTE TEM LUZ
Não é conversa. Dessa vez é a mais pura verdade. Habemos luz! Seis anos depois de construída e entregue, a ponte do rio Madeira, no bairro da Balsa, recebe sua iluminação. Um trabalho, aliás, feito com grande rapidez e qualidade, pela equipe da Emdur, comandada por Thiago Tezzari, que a realizou em parceria com o Dnit . Nesses anos todos, atravessar a ponte era um perigo, principalmente para pedestres e ciclistas, vítimas de constantes assaltos. Ou seja, uma obra de extrema qualidade, que custou mais de 200 milhões de reais, ficava às escuras à noite, durante todos esses anos. Nessa quarta, contudo, as coisas mudaram. O prefeito Hildon Chaves e sua equipe entregaram a nova e moderna iluminação a Led, que deixou a ponte muito mais bonita e extremamente mais segura para a população que a usa à noite. É mais um avanço para a cidade, que está precisando mesmo de muitas coisas boas. Lamentavelmente, o mesmo não ocorrerá na ponte sobre o rio Madeira na Ponta do Abunã. Além de estar muito atrasada, o projeto não contempla iluminação. Mas esperar que se faça tudo direitinho, nesse país, já é esperar demais, não é?
CRIADORA DA VACINA A EXPERIMENTOU NOS FILHOS
Há, em todo o mundo, grande expectativa por uma vacina que, finalmente, nos tire do desespero da dor, da doença e das mortes causadas pelo coronavírus. De quase uma centena em estudos e de seis praticamente prontas para o uso da população, a que parece ter tido melhores resultados até agora é a de Oxford. O tipo de vacina que impede o vírus de se espalhar no organismo, foi descoberto pela dra Sarah Gilbert, PHD e Professora Emérita da Universidade de Oxford, no Reino Unido. Quando teve certeza de que a vacina que criou era viável e prevenia contra a doença que está apavorando o Planeta, a dra, Sarah fez algo até então inimaginável, para um experimento. Ela tinha tanta certeza de que a vacina era a cura para a Covid 19, que a aplicou em pessoas próximas. Seus filhos trigêmeos, ainda crianças, foram os primeiros a receber as doses. No Brasil, a vacina de Oxford está sendo desenvolvida em parceria com a Fiocruz, num dos seus braços, o Instituto Manguinhos, no Rio de Janeiro. O presidente Bolsonaro já liberou quase 2 bilhões de reais para o projeto, que pretende ter as primeiras 15 milhões de doses em dezembro; outras 15 milhões em janeiro de 2021 e atingindo 100 milhões de doses no final de maio do ano que vem. Até agora, todos os testes feitos com a vacina, inclusive nos filhos da cientista inglesa, demonstraram que ela protege mesmo o organismo contra o coronavírus.
GASTO DE 1 MILHÃO E 500 MIL EM OBRA QUE CUSTARIA 5 MILHÕES
O DER começa a mostrar serviço com muito mais força, em algumas obras importantes no Estado. Uma delas refere-se à ponte sobre o rio Urupá, em Ji-Paraná, que é daqueles que bem sintetizam como os serviços públicos são tratados normalmente tanto em Rondônia como no resto do Brasil. A nova ponte, de quase 150 metros de extensão, com 13 metros de largura, com facilidade para passagem de dois carros, foi concluída em 2017, ainda na gestão de Confúcio Moura, ou seja, há quase três anos. Desde lá, prontinha, para aliviar o trânsito no local, hoje feito numa ponte estreita, onde passa um só veículo de cada vez e um tem que esperar de um lado até que o outro atravesse, a obra, concluída, está lá parada. Simplesmente porque não foram construídos os acessos a ela. O governador Marcos Rocha determinou ao novo diretor geral do DER, Elias Rezende, que os acessos fossem feitos pelo próprio órgão estadual, para diminuição de custos e para que não se perdesse tempo com novas licitações. Trinta dias depois do início dos trabalhos, um dos acessos já está bastante avançado e o outro começa a crescer também. Metade da obra está concluída. Em breve (não foi fixado um prazo final, ainda), a ponte será aberta ao tráfego, ligando a RO 135, que liga importantes áreas de Ji-Paraná, inclusive à BR 429. O custo final do trabalho será de cerca de um terço do inicialmente previsto, caso fosse licitado. Dos mais de 5 milhões de reais, o custo caiu para próximo a 1 milhão e 500 mil.
JEAN AGRADECE POR UMA NOVA CHANCE
Do susto de uma situação gravíssima, com a vida correndo perigo, para uma recuperação total, depois de longo tempo internado numa UTI e se submetendo a vários tratamentos: foi isso que aconteceu com o jovem deputado Jean Oliveira. Nesta semana, ele fez um emocionado discurso, na Assembleia, agradecendo a Deus pelo que chamou de “segunda chance”, além de agradecer à sua família, aos amigos e todos os que oraram pelo restabelecimento dele, atingido por uma dura forma da Covid 19. Contou que no início, não imaginaria que fosse passar pelo perigo que passou. “Entrei no hospital andando e conversando e horas depois estava internado numa UTI”, relatou. Jean Oliveira afirmou ainda que “a gente começa a entender que existe um propósito na vida; que Deus é o dono de tudo e que a nossa família é o nosso grande esteio. Tenho 31 anos e aqui nesta casa, tenho colegas de mais idade, considerados do grupo de risco, que contraíram a doença, mas que não tiveram, graças a Deus, tantas implicações”. Ele agradeceu também a todas as equipes que o atenderam, durante a enfermidade.
CORONA E SEUS TRISTES NÚMEROS: 981 ÓBITOS
Os números do coronavírus no Estado da segunda-feira assustaram, mas é bom destacar que as 22 mortes registradas no boletim da Sesau da terça-feira, não foram de 24 horas, mas sim de quatro dias, que não haviam sido computados e o foram num mesmo boletim. Já na quarta-feira, a situação ainda preocupou, porque os 15 óbitos, embora não tenham acontecido no mesmo dia (mas que não haviam também sido registrados no boletim diário) eleva o número de rondonienses que perderam a vida para 981 Eram 966 na segunda. Os novos casos computados (sempre lembrando que não se referem a apenas um dia, mas incluem casos que até agora não estavam nas estatísticas), chegaram a 581. Há hoje, no total, desde o inicio da pandemia, 46.061 contaminados, dos quais 38.312, ou 83 por cento, já estão curados. Temos, então, segundo os números oficiais da Sesau, somente 6.768 de casos chamados ativos. O total de pessoas internadas se mantém em queda, em relação à semana passada: hoje são 396 leitos ocupados, entre os comuns e os de UTI. Quase 143 mil testes já foram realizados no Estado, tornando Rondônia a região do país que mais realizou testes para detectar a doença, em relação à sua população.
PERGUNTINHA
Para tentar se imunizar e aos seus familiares contra o coronavírus, se pudesse optar, você usaria a vacina chinesa, a russa ou a de Oxford?