Artigo editado em: 25 de novembro de 2020
Talvez não comece já na segunda, nem na terça. Mas em poucos dias, tão logo fechem as urnas do segundo turno da eleição para Prefeitos de 52 entre as maiores cidades do país, se dará o pontapé inicial para a sucessão estadual e a presidencial. Preparemo-nos, pois, para fazer o que estamos nos tornando especialistas: discutir política, brigar por ideologias, algumas muito estranhas aos interesses maiores da Nação; batermos boca pelas redes sociais, ora defendendo um, ora defendendo outro nome, sigla ou viés ideológico. Por dois anos seguidos. Enquanto como país regredimos, como povo estamos cada vez mais divididos (e sabemos muito bem quem precisa nos dividir e jogar uns contra os outros para governar!) os grupos que nos guiam, que têm o poder, que decidem o que é melhor para nós, em nome de uma discutível democracia que paralisa o Brasil a cada dupla de anos, terminando uma eleição e começando outra, só querem mesmo que vivamos em função do interesse deles. Não dos nossos. Ao invés de trabalharmos duro; ao invés de enfrentarmos a pandemia juntos, com objetivos comuns; ao invés de termos como alvo central os grandes interesses do nosso Estado e do nosso país, ambos tão necessitados de nós, vamos é bater boca, nos dividir, nos ofender, porque daqui para a frente e até outubro de 2022, só viveremos em função de esculhambar com quem está no poder ou defendê-los, eventualmente, ou, ainda, apresentar os novos salvadores da Pátria, aqueles que elegeremos para nos salvar de todos os males. Ao menos até a próxima eleição, que começará poucos dias depois do fechamento das urnas, em 22.
Que se prepare o governador Marcos Rocha! Ele voou em céu de brigadeiro nos primeiros dois anos da sua administração, enquanto a discussão se concentrava na disputa municipal, cuja campanha durou 24 meses e não só o curto período pré urnas. Agora, o único foco no Estado será a sucessão. Como virtual candidato à reeleição, Rocha se tornará alvo de todos os que querem sua cadeira, não importa se faça um bom governo ou não. E ele, claro, governará de olho nas urnas. Em todos os níveis, seja qual for a cor partidária, os políticos, no geral, pensam menos no futuro do povo, mas jamais esquecem que logo ali tem uma nova eleição, não importa o lado, a filosofia, a ideologia partidária, os projetos. O pau vai cantar também em cima de Jair Bolsonaro, embora ele seja um caso diferente. Não precisa se preparar para nada, porque está abaixo do cacete de grupos poderosos, que foram alijados do poder e de uma oposição ferrenha, desde o dia em que venceu a eleição para Presidente. Eleição geral de cinco em cinco anos, para que o país possa viver, respirar e produzir, sem o fantasma da próxima disputa nas urnas, nem pensar! Porque a corrida eleitoral de 2022 passa a ser, a partir de agora, o maior, o mais incrível, o mais estrondoso, o único grande tema nacional, O resto? Ah, o resto que espere a próxima eleição!
PELO MENOS CINCO NOMES JÁ SONHAM COM O GOVERNO
Como termina uma eleição e começa outra, já se pode especular ao menos alguns dos nomes que podem entrar na disputa pelo governo do Estado. A campanha começa em alguns dias e não para mais, porque é assim que vivemos. Um nome certo é, claro, é o do atual Governador. Marcos Rocha está trabalhando duro, mostrando resultados e quer sim um segundo mandato. Outro personagem quentíssimo, que sem dúvida sonha com a cadeira de primeiro mandatário rondoniense, é o jovem senador Marcos Rogério. Ele alinhavou apoios, inclusive entre prefeitos que foram eleitos e também com Hildon Chaves, que pode ser reeleito em Porto Velho. O empresário vilhense Jaime Bagatoli também está de olho no Palácio Rio Madeira/CPA. Ele e seu grupo só pensam nisso. Um quarto pretendente, que pode tentar mais uma vez, é o ex senador Expedito Júnior. Há ainda um quinto personagem: Daniel Pereira, que sentiu o gosto do poder como governante durante oito meses, também tem como meta central a volta à cadeira que ele sentou e gostou muito. Essa relação é apenas um começo, logicamente, por enquanto. Vem muito mais gente por aí…
SÓ SE APARECER UMA BOMBA PARA MUDAR A ELEIÇÃO
A pouco mais de três dias para a eleição do domingo, não há sinais de alguma mudança no quadro da sucessão em Porto Velho. Aliás, no país inteiro, os prefeitos que venceram no primeiro turno, tal qual Hildon Chaves, estão à frente também para a disputa definitiva deste dia 29. A exceção é São Paulo, onde a população paulistana, em devaneio coletivo, pode colocar no comando da sua Prefeitura uma excrescência política, representante do que de pior tem a sociedade brasileira, chamada Guilherme Boulos. Na Capital dos rondonienses, a candidata Cristiane Lopes tem batalhado, tem feito o que pode, na tentativa de mudar o quadro que, nas pesquisas consideradas sérias, a tem colocado distante de Hildon. O atual prefeito está fazendo uma campanha firme, bem organizada, com mídia de qualidade. Cristiane e sua equipe tentam responder à altura e, em alguns momentos, até o conseguem. Mas, ao menos até agora, não é visível que ela tenha conseguido tocar corações e mentes do eleitorado, ao ponto de mudar o quadro atual. A menos que surja algo muito novo e bombástico, nas pouco mais de 72 horas que faltam para o pleito, a favor de Cristiane, Hildon deve levar o segundo mandato.
PANDEMIA: UMA TERÇA QUE VEIO NOS APAVORAR AINDA MAIS
A terça-feira mostrou que a segunda onda do coronavírus veio para causar ainda mais pânico na população, já apavorada com o vírus, que tem contaminado milhares de pessoas, em todo o Estado e, pior de tudo, vem para matar muito mais gente. Depois de vários dias em que os números de atingidos pela doença e de óbitos voltaram a crescer, a terça apontou para nada menos do que 574 novos casos e, muito mais triste, sete mortes, duas delas na Capital e as demais no interior. O Boletim 250, divulgado pela Secretaria da Saúde, apontou ainda outro dado extremamente preocupante: 258 pacientes internados, nas quatro redes de saúde e uma ocupação crescente dos leitos de UTI. Os números da quarta-feira foram menores, mas nem por isso animadores: 281 contaminados e outras cinco mortes. Com isso já somamos 78.470 pessoas infectadas com o vírus e 1.534 mortes. O único dado positivo nessa pandemia é o número de recuperados: 69.325 rondonienses. Portanto, vamos manter todos os cuidados, porque a pandemia está longe de terminar.
SÓ TRÊS OPTARAM POR APOIO NO SEGUNDO TURNO
A maioria dos candidatos derrotados na eleição do primeiro turno, em Porto Velho, preferiu ficar em cima do muro e não declarar apoio a nenhum dos dois finalistas da disputa. Por enquanto, oficialmente, apenas três dos 13 que ficaram pelo caminho, se definiram. O advogado e professor Vinicius Miguel e o ex comandante da PM, coronel Ronaldo, estão apoiando Hildon Chaves. Eyder Brasil, do PSL, fica ao lado de Cristiane Lopes. O MDB emitiu nota em que liberou seus partidários a irem para o lado que acharem melhor. Williames Pimentel, ao menos até ontem, não tinha anunciado seu posicionamento. Lindomar Garçon, que até pouco antes da eleição foi secretário de Hildon, também não se pronunciou sobre se dará ou não apoio ao seu ex parceiro. Breno Mendes também anunciou estar isento em relação à disputa final. Os candidatos de esquerda (Ramon Cujuí, do PT; Pimenta de Rondônia, do PSL e Geraldo Gonçaves, do PSTU), obviamente estão distantes de apoio a qualquer um dos dois candidatos do segundo turno. Os demais também não se pronunciaram, ao menos publicamente.
FAKES E ATAQUES A VINICIUS: JUSTIÇA DESCOBRE A FONTE
Vai dar um grande rolo, mais cedo ou mais tarde. Investigação feita a pedido da Justiça, detectou que parte das Fake News contra o candidato Vinicius Miguel, no primeiro turno da eleição municipal de Porto Velho, saíram da internet de uma conhecida empresa local. Vinicius foi atacado com ofensas, incluindo questões que envolvem sua honra pessoal. Uma parte de onde surgiram as Fakes está esclarecida. A outra (de panfletos apócrifos, distribuídos nas ruas), ainda está sob investigação. Mas na primeira parte da investigação, conforme levantou o Judiciário, um dos perfis falsos saiu de IP que pertence à TV Alamanda, filial do SBT de Rondônia. Segundo foi constatado, a internet da emissora teria sido usada para desencadear parte das postagens contra Vinícius Miguel. A veiculação teria sido feita onde havia links para o YouTube, contendo reportagens elaboradas pela afiliada do SBT em Rondônia. Vinicius Miguel ainda está analisando que medidas irá tomar e o SBT daqui, ao menos até ontem, não havia se pronunciado oficialmente sobre o assunto.
PREFEITOS SAEM DA CADEIA PARA A PRISÃO DOMICILIAR
Sessenta dias depois, o Tribunal de Justiça de Rondônia, através de decisão do desembargador Roosevelt Queiróz, mandou soltar os quatro prefeitos presos recebendo propina. Eles deixaram a cadeia e vão cumprir prisão domiciliar. Gislaine Lebrinha, de São Francisco do Guaporé; Glaucione Rodrigues, de Cacoal; Marcito Pinto, de Ji-Paraná e Luizão do Trento, de Rolim de Moura, foram pegos em flagrante, com gravações feitas por um empresário, recebendo propina em dinheiro. O marido de Glaucione, o ex deputado Daniel Nery, também preso, já fora solto anteriormente, por problemas graves de saúde. Outro envolvido no caso, o deputado José Lebrão, ainda será julgado por seus colegas da Assembleia Legislativa e não foi preso por ter foro privilegiado. A Justiça considerou que as denúncias já foram feitas e que os réus não têm mais como influenciar nas investigações. Os quatro continuam respondendo pelos crimes de que são acusados e terão que cumprir várias regras, na prisão domiciliar.
VERGONHA: UMA AÇÃO ABSURDA, DE 200 MILHÕES DE REAIS
Dá nojo, para não dizer outra expressão mais dura, a atuação da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul que, de forma oportunista, está pedindo uma indenização de 200 milhões de reais para o Carrefour. A ação é por causa do espancamento e assassinato de um ciente do supermercado, na Capital gaúcha. Os membros da Defensoria, certamente não agiram como agiriam profissionais que realmente querem ver a verdadeira Justiça sendo imposta. Além disso, à revelia das investigações policiais, que nada detectaram nesse sentido, os Procuradores alegam que “o episódio que ocorreu no Carrefour é uma conjunção dos racismos, que habitam a sociedade brasileira. Ninguém soca a cabeça de um ser humano daquela forma, sem odiar a pele negra”. Essa asneira foi dita pelo defensor André Régis de Melo, do Núcleo de Defesa Criminal da DPE. De onde ele tirou essa conclusão doentia e absurda? Das investigações obviamente não foi, porque a delegada responsável pelo caso desmentiu uma dezena de vezes que o caso tenha qualquer coisa a ver com a cor da pele da vítima. Uma vergonha!
PERGUNTINHA
Você, que ama o esporte, também sentiu muito a morte de Diego Maradona ou não tinha por esse gênio dentro dos gramados e problemático fora deles, o mesmo amor que o povo argentino tinha?