Artigo editado em: 11 de dezembro de 2021
As divergências entre poderes têm causado muitas dificuldades à população de
entender o que é certo, o que é errado, o que deve cumprir, o que não deve, nas
questões que envolvem os cuidados com a pandemia. O que está acontecendo em
Porto Velho, por exemplo, é sintomático e resume essa situação. Nesta semana, o
prefeito Hildon Chaves publicou decreto proibindo o ingresso, nos prédios municipais,
de qualquer pessoa que não possa comprovar vacinação. Ou seja, implantou
oficialmente o passaporte vacinal dentro da estrutura municipal, incluindo o Prédio do
Relógio, onde está o gabinete do Prefeito. Dias depois, a Assembleia Legislativa
aprovou, por ampla maioria, dois projetos que vão diametralmente contra essa decisão
de Hildon. Não só determinou que a vacinação não pode ser obrigatória, como que
quem não se vacina não pode receber punições. O outro, proíbe terminantemente a
exigência do passaporte da vacina. Ainda esta semana, o presidente Bolsonaro, num
discurso, elogiou a decisão de Rondônia e instou o governador Marcos Rocha a
sancionar as duas leis. Poucas horas depois, Rocha postava nas redes sociais uma
gravação em que confirmava que já havia sancionado as duas leis e que elas
representam !o direito de liberdade dos cidadãos de Rondônia”. Na sexta-feira, ainda,
o Tribunal de Justiça anunciou que vai cumprir a determinação da lei estadual.
Contudo, na tréplica, o prefeito Hildon Chaves reafirmou sua decisão de impedir a
entrada, em prédios da Prefeitura, de quem não comprove vacinação.
Desde que o STF interveio no assunto, com a norma de que as decisões acerca da
Covid deveriam ser definidas pelos três núcleos de poder (Governo Federal, governos
estaduais e Prefeituras), a questão virou uma bagunça. A União toma decisões que
são ignoradas na maioria dos Estados e municípios. Restou ao governo central
apenas mandar dinheiro, porque, no mais, apita quase nada. As intervenções do STF,
aliás, como quarto poder político do país, criaram muito mais confusões do que
ajudaram, embora se tenha que reconhecer que, eventualmente, decisões do
Supremo são positivas. Em várias regiões do país pairam mais dúvidas do que
certezas, quando se trata da proteção coletiva contra a Covid. Aqui em Rondônia, o
rondoniense comum, aquele que não se mete em política, que não tem tempo para
saber que está certo e quem está errado, que precisa ir aos órgãos públicos para
resolver problemas, esse não sabe como agir. Vai andar com o passaporte para
comprovar que se vacinou? Ou seguirá a decisão do governo do Estado, que lhe
garante o direito de ignorar tal documento? E as empresas privadas, poderão até
demitir quem não quer se vacinar ou vai seguir a proibição estadual que as proíbe de
agir desta forma. Enquanto os poderes não se entendem, a população fica no meio
fogo cruzado, sem saber o que fazer. É o Brasil, onde todos mandam e o povão que
vá se queixar ao bispo!
MARCOS ROGÉRIO PRONTO PARA ASSUMIR O PL. COMO FICARÁ O GRUPO QUE APOIA O EX-GOVERNADOR CASSOL?
Por falar em PL, o senador Marcos Rogério deve assumir o comando da sigla no Estado, nos próximos dias. O martelo pode ser batido ainda nesta terça-feira, quando o atual presidente do diretório regional, o ex-deputado Luiz Cláudio, terá encontro, em Brasília, com seu amigo pessoal, o presidente da sigla, Valdemar da Costa Neto. Nada ainda é definitivo, mas o caminho está sendo trilhado na direção de que Marcos Rogério assuma o comando da sigla,
que agora tem como principal figura o presidente Jair Bolsonaro e que ele, senador, se lance candidato ao governo de Rondônia. Conversas de bastidores indicavam, dias atrás, que Marcos Rogério poderia ser indicado por seu parceiro Bolsonaro para o Tribunal de Contas da União. Até dias atrás, Rogério não havia desmentido os comentários, mas, nesta semana passada, ele comentou que a nomeação para uma vaga vitalícia no TCU, era “apenas Fake News”. O PL rondoniense, agora, fica numa situação complexa. Com Marcos Rogério no poder, o grupo de Ivo Cassol perde espaço, já que Luiz Cláudio é ligadíssimo ao ex-governador e fecha com ele em qualquer circunstância, caso o Homem do Chapéu seja candidato ao Governo. Nos próximos dias, tem novidades…
OLHOS EM 2022: GRUPO PALACIANO CERCADO POR OTIMISMO SOBRE A ELEIÇÃO
Enquanto isso, nesta reta final de 2021, ano que antecede a disputa pelo Governo, Marcos Rocha não para. O governador rondoniense nunca viajou tanto para todas as regiões do Estado, anunciando investimentos, acompanhando obras, acompanhando pessoalmente muitas delas. O comandante do Estado anda cheio de sorrisos, nestes últimos dias. Tem entregue obras Rondônia afora e anunciado outros grandes pacotes em praticamente todas as regiões. Nesta semana, lançou o programa Tchau Poeira na Capital, anunciou a liberação de recursos que podem superar 100 milhões de reais para a cidade e, na sexta-feira, acompanhou o início dos trabalhos de recapeamento de uma das principais avenidas de Porto Velho, bancada pelo programa da sua administração. Rocha termina o ano em alta. Os cofres do Estado estão cheios, os níveis de investimento cresceram muito mais; há paz entre os poderes; há paz com o empresariado, depois da aprovação do Refaz, o refinanciamento de débitos, que beneficiou principalmente a área do comércio. Há um grande otimismo rondando as bandas do Palácio Rio Madeira/CPA, em relação às urnas, no ano que vem.
DISPUTA À CÂMARA FEDERAL SERÁ MUITO MAIS COMPLICADA, NA ELEIÇÃO DE 22
A nova legislação eleitoral vai sim complicar a vida de partidos e candidatos. Principalmente na disputa pela Câmara Federal. Usando o exemplo de Rondônia, os partidos poderão ter apenas nove candidatos cada, seis homens e três mulheres. Como conseguirão? Basicamente, antes havia as coligações, com dezenas de candidatos por vaga, por cada partido. Agora não. Os nanicos terão certamente nomes suficientes, até porque estarão de olho no fundo partidário, mas raramente algum com chance real de se eleger. Já os grandespartidos terão, também, graves dificuldades. Como convencer sete ou oito pessoas a entrarem numa disputa apenas para servirem de escada para algum nome forte e já consagrado nas urnas? Então, MDB, PSDB, União Brasil, PL, PT e outros partidos mais fortes, terão que convencer militantes para comporem chapas puro sangue, para ajudarem a eleger um ou outro candidato com chances. Em Rondônia, grande número de candidatos ditos “grandes”, estão quebrando a a cabeça, em busca de alternativas.
CADA VEZ MAIS NOMES AO SENADO. AGORA, EDUARDO JAPONÊS ANDA PENSANDO SE ENTRA NA BRIGA
Além do governo, a corrida pela única vaga ao Senado continua tão intensa e complexa quanto a do Governo. Uma só cadeira é disputada por alguns dos maiores peso-pesados da política rondoniense e, a cada semana, surgem mais nomes. Até agora, estão certos na corrida o ex-senador Expedito Júnior e o ex-governador Daniel Pereira; o ex-senador Amir Lando; a poderosa deputada federal Jaqueline Cassol; o jovem deputado Léo Moraes, muito bom de voto na Capital; o empresário Jaime Bagatolli, do Cone Sul; o ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires; Fátima Cleide, do PT. O nome de Valdir Raupp é sempre lembrado, mas ele ainda não decidiu qual será seu caminho em 2022. Há um grupo político tentando faze3r com que o presidente da Assembleia, Alex Redano, também aceite a missão. Além disso, surge agora mais uma possibilidade. Incentivado por lideranças regionais, o prefeito Eduardo Japonês estaria também pensando em ingressar na disputa.
DEZ MORTES EM MENOS DE DUAS SEMANAS: BR 364 CONTINUA SENDO UM ESQUIFE ASFALTADO
O esquife asfaltado, que se estende por mais de 700 quilômetros, entre Vilhena e até a fronteira de Rondônia com o Acre, matou pelo menos 10 pessoas em duas semanas. A BR 364 tira vidas sem pena e as causas são inúmeras, embora a maior delas se relacionem com altas velocidades e total desrespeito à sinalização. Mas há outros quesitos importantes, no contexto de rodovia que consome muitas vidas, todos os anos. Só na semana passada, em três acidentes, sete vidas foram embora, levadas por colisões violentas entre pesados caminhões, camionetas e carros menores. Muitas pessoas ficaram feridas, algumas com gravidade. Não importa o quanto se fale, se berre, se conclame: motoristas continuam ignorando os enormes perigos de cercam qualquer viagem nos diferentes trechos desta rodovia que é tão importante
para toda a região norte. Motociclistas e ciclistas também têm sido vítimas constantes, até pela falta de cuidados deles com o trânsito na BR quanto a falta de respeito de motoristas e caminhoneiros com esses veículos menores. Até quando vamos continuar contabilizando tantas mortes?
TEM DOMINGÃO COM PREÇOS BAIXOS E VACINAÇÃO NA ZONA LESTE DA CAPITAL
Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Fecomércio, Instituto Pensar Brasil, entidades que representam as empresas, principalmente do setor do comércio, em Rondônia, promovem mais um Domingão, desta vez na zona leste da Capital. O evento é o segundo do período pré natalino, já que o primeiro foi realizada na semana passada, na região da avenida Jatuarana, na zona sul. Neste domingo, contudo, o encontro da população com os lojistas terá um importante ingrediente a mais, além, é claro, das inúmeras promoções e preços
especiais para as compras natalinas: a vacinação. O empresário Chico Holanda, do Instituto Pensar Rondônia, um dos líderes do movimento, destaca a importância do evento. “Estamos convocando a população da zona leste para participar do Domingo e, em parceria com a Prefeitura, queremos proporcionar a oportunidade de imunização de todos os que comparecerem ao evento e tiverem direito à vacina”, informa. A Prefeitura entrará com a estrutura e os comerciantes com a mobilização do pessoal que vai aplicar as doses. Portanto,
dupla oportunidade para a zona leste, no domingo. De um lado, comprar com promoções e preços baixos para este Natal. Do outro, a oportunidade de diminuir a força do vírus, com a vacinação.
CÂNCER CALA A VOZ TALENTOSA DE PAULINHO DE TARSO E ENLUTA TODA A RONDÔNIA
A voz era inconfundível. O entusiasmo pelo microfone também. As amizades, tanto no mundo do rádio quanto na política, se multiplicaram. Por tudo isso, Rondônia levou um grande susto, neste final de semana, quando soube que um câncer violento, surgido há pouco mais de dois meses, levou embora o competente e dedicado Paulinho de Tarso. Ele foi a voz que acompanhou Ivo Cassol, durante os oito anos de mandato, levando informações para todo o
Estado e mobilizando a população nos eventos com a presença do então governador rondoniense. Aliás. a tristeza de Cassol, registrada num vídeo divulgado na mídia e nas redes sociais, sintetiza muito bem o sentimento de todos os rondonienses que o conheceram, na sua trajetória. Paulo de Tarso deixa a todos nós, que o conhecemos, que convivemos com ele e que tivemos um pouco de sua amizade, totalmente desolado, pela injustiça cometida pela vida. Ele morreu aos 57 anos, ainda com uma longa e produtiva vida pela frente. Lamentável!
PERGUNTINHA
Você também se arrepiou de medo com o anúncio da organização Mundial da Saúde de que as vacinas spo protegem contra o Coronavírus por seis meses, e, por dedução, todos os que foram imunizados há mais de meio ano, estão agora sem proteção alguma?