Artigo editado em: 27 de janeiro de 2020
É enxugar gelo, mas notícias oficiais do Governo do Estado registram, novamente, a apreensão de dragas que estavam retirando ouro do rio Madeira, numa área considerada de proteção ambiental, bem próximo ao centro da Capital. Com a atual legislação, só os contrabandistas agem impunemente no Madeirão, levando nosso ouro (que ainda é abundante), para ser negociado na Bolívia. Nessa enésima operação, envolvendo a Sedam, a Polícia Militar Ambiental e apoio do Exército, uma dúzia de dragas apreendidas o foram junto com mais de um quilo de mercúrio, isso sim um grande crime, porque destrói a vida no rio. Apenas menos de meio quilo de ouro foi apreendido, porque, é claro, quando ocorre uma operação deste porte, muitos garimpeiros já sabem que ela acontecerá com antecedência e, obviamente, escafedem-se. As dragas serão devolvidas aos seus proprietários, mas sem seus motores. A coluna aposta: em poucos dias, não serão apenas 12 dragas retirando ouro no rio, mas pelo menos o dobro disso. É uma situação que não tem fim, enquanto essa questão for gerida por leis burras, que impedem a garimpagem legal, controlada pelo Estado e pela União. Hoje, do jeito que está, só os contrabandistas, que levam tudo o que é nosso, sem nos deixar um só tostão, ficam cada vez mais ricos. Há vezes em que a ignorância é tão grande que não há remédio que a cure. É o caso…
Quem acha que é exagero criticar a falta de controle estatal sobre os garimpos, com a retenção de parte dos minérios como impostos, para benefício de toda a coletividade, precisa estudar mais o assunto. Nossas riquezas são levadas não só por brasileiros, mas também controladas por muitos estrangeiros. Quando um voo que chega a São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, região que tem a maior mina de nióbio do mundo (avaliada em 1 trilhão de reais), tem entre seus passageiros 70 por centro de estrangeiros, alguma coisa não está errada? Nas redes sociais, a gente encontra reportagens sobre o assunto, vídeos e comentários, denunciando que, enquanto nossas autoridades não querem coordenar a garimpagem, fiscalizá-la e proibir o contrabando, centenas de pessoas vindas do exterior, muitas delas se dizendo “turistas” ou apenas membros de ONGs, levam embora tudo o que é nosso. Essa doença ambientalista, baseada na burrice e em aparelhamento de muitas instituições, que deveriam proteger os interesses da Pátria, mas são mancomunadas com estrangeiros, parece não ter cura. Enquanto isso, eles vão levando tudo o que é nosso. Só nos deixam a destruição da natureza e título de maiores otários do mundo. Até quando?
UM MILIONÁRIO BANCA O ALIANÇA
Um dos maiores líderes do novo partido do presidente Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil, o advogado milionário Luis Felipe Belmont, tem uma ligação estreita com Rondônia. Esteve em Porto Velho, na última sexta, quando foi lançada oficialmente a campanha de adesões à nova sigla, representando o comando nacional. Ele foi o patrono da maior ação judicial em benefício de servidores públicos de toda a história do país. Belmont representou as entidades de trabalhadores, à época em que o Brasil ainda era uma república sindicalista, em ações de isonomia dos servidores federais da Educação de Rondônia, Roraima e Amapá. Belmont faturou, segundo cálculos não oficiais, algo em torno de 100 milhões de reais, apenas nas ações que ganhou na Justiça, relacionadas aos funcionários da Educação de Rondônia. Casado com a deputada Paula Belmont, eleita pelo partido Cidadania. O próprio Luis Felipe é suplente do senador Izalci Lucas, do PSDB do DF, já foi o que pode se chamar de tucano de alta plumagem. Agora, é o principal financiador do Aliança. Já gastou, com cálculos ainda não totalmente fechados, mais de 6 milhões de reais de sua poderosa fortuna, para ajudar a criar o novo partido.
MDB MUDA DE COMANDO EM POUCO TEMPO
Pacificado, com todas as suas correntes aparentemente falando a mesma linguagem, o MDB esquenta os tamborins para o carnaval da política deste ano. Até há pouco havia uma clara divisão no partido, mas ela foi amenizada com muita conversa, troca de amabilidades públicas e em conversas internas. Até que houvesse um acordo para a troca de comando da sigla, o que deverá acontecer em breve. A atual direção, comandada pelo ex prefeito de Porto Velho e ex deputado Tomás Correia, interinamente no cargo desde que Valdir Raupp o deixou, para se dedicar a questões nacionais, está prestes a abrir mão do mandato que seria ainda muito longo. Com isso, abre espaço para nova eleição, em data ainda a ser confirmada. O nome mais provável para ficar a frente do diretório estadual do partido, embora ninguém confirme oficialmente (nem mesmo o próprio!) é o deputado federal Lúcio Mosquini, que é o líder da bancada federal rondoniense no Congresso. Outro nome importante hoje no partido, o ex governador e hoje senador Confúcio Moura, atualmente é vice-presidente nacional do MDB. E apoia o nome de Lúcio. Nos próximos dias saberemos mais detalhes sobre a mudança, que está prestes a acontecer…
CASO TRUMP: A ESSÊNCIA DA MENTIRA
É impressionante a parcialidade com que grande parte da imprensa brasileira é facciosa também em relação à uma possível cassação do presidente dos Estados Unidos. Aliás, o mesmo acontece com parcela importante da mídia norte americana, dominada pelos Democratas, que não aceita o Republicano Trump no comando do mais importante país do mundo. Para quem assiste o noticiário internacional da Globo, por exemplo, não há dúvida alguma de que o impeachment do Presidente é praticamente certo. Absurdo. Primeiro, que a Câmara dos Deputados, dominada pelo Democratas, faz barulho, mas nada decide nessa questão. Quem diz sim ou não à cassação são os 100 senadores. Aliás, 51 deles são Republicanos. São 47 os Democratas. Se fosse apenas essa a diferença, até que poderia haver algum risco. Contudo, Trump só será cassado se 67 senadores o condenarem. Ou seja, os 47 Democratas teriam que convencer mais 20 Republicanos a derrubar o Presidente que eles elegeram e que, em todas as pesquisas de opinião, é apontado como com chances enormes de ser reeleito. Em detrimento da verdade da informação, a grande mídia, cada vez mais opinativa e ideológica, mente descaradamente. Deviam é tomar vergonha na cara!
A PREFEITURA FAZ, MAS O DNIT NÃO!
O prefeito de Itapuã do Oeste, Moisés Cavalheiro, luta, como todos os pequenos municípios brasileiros, com baixa arrecadação, para melhorar as condições de vida da sua cidade. Está realizando muitas obras com recursos próprios, tanto em termos de asfaltamento de ruas (mais de 6 quilômetros serão asfaltadas, mesmo nesse período de inverno), e também reconstruindo o hospital da cidade, com uma mini maternidade e uma série de melhorias num investimento que chega a perto de 1 milhão e 800 mil reais, de emendas encaminhadas por Lindomar Garçon, quando ainda era deputado federal. Moisés, com grande dedicação, tem feito sua parte. Quem não faz a sua é o Dnit. Há cinco anos, as obras das marginais na BR 364, que atravessa o município, não são concluídas. Agora, aliás, o serviço está paralisado. De novo. Causa enormes prejuízos ao comércio ao longo da BR e à população. Moisés Cavalheiro tem apelado ao Dnit para que o serviço tenha andamento e, enfim, seja concluído. Quando a gente pensa que no Japão, uma rodovia destruída por um terremoto foi reconstruída em menos de uma semana, ao nos depararmos com um caso como esse, em que uma obra pequena está há cinco anos inconclusa, aqui perto da gente, não dá vontade de chorar?
FIM DO SONHO: NOSSA BR NÃO SERÁ DUPLICADA
Que ninguém se engane: a BR 364 não será duplicada tão cedo. E talvez não o seja nunca. Há várias razões, mas uma delas é vital. Seria, necessário pelo menos 8 bilhões de reais para que o trecho de Vilhena à divisa do Acre fosse todo reconstruído e duplicado. Nem a propalada privatização está perto de ser concretizada. De 19 empresas que se habilitaram a participar dos leilões dos 800 quilômetros da rodovia, dentro de Rondônia, assumindo cada uma 100 quilômetros, nenhuma topou o desafio. A BR 364 não é economicamente viável para investimentos privados, até porque a exigência do edital é que primeiro fossem realizadas as obras necessárias para manutenção e duplicação dos trechos, para só depois poder cobrar pedágio. As más notícias não param por aí. Enquanto fizer parte do Plano Nacional de Privatizações, a BR 364 não pode mais receber investimentos público. São essas coisas de leis contraditórias e tanta burocracia que enlouquecem os brasileiros. Ou seja, o que será da nossa 364?
RETA FINAL PARA A PONTE FICAR PRONTA
Nem tudo são notícias ruins. Há uma chance real de que, dentro de poucos meses, as obras da ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã, sejam finalmente concluídas. A informação não é oficial, até porque o Dnit não fala sobre esse assunto e nem sobre muitos outros, de interesse de Rondônia, mas há ruídos vindos de membros da bancada federal, em Brasília, de que a ponte será finalmente concluída. Não existe ainda uma agenda definitiva e nem muitos detalhes, mas é muito provável que tudo possa estar pronto ainda antes do final do primeiro semestre deste 2020. As obras de acesso dos dois lados da ponte estão sendo realizadas e há recursos para a conclusão dos trabalhos. O que estaria prejudicando agora é o tempo de fortes chuvas em todas as regiões de Rondônia e, é claro, no Abunã também. As obras da ponte foram programadas para terminar no primeiro semestre do ano passado. Mudanças no projeto original passaram a inauguração para o final de 2019. Agora, já há uma terceira previsão: final de junho. Só nos resta torcer…
A ESCULHAMBAÇÃO CONTINUA
Foi só um sonho de verão, a diminuição do número absurdo de ambulantes e vendedores de todas as bugigangas possíveis que comercializam, além de comida, bebida e até venda de peixes, além pequenos parques de diversões, no Espaço Alternativo, foi só em um ou dois dias, na semana passada. Já no sábado, a bagunça estava toda de volta. Uma zona. Tem de tudo e mais um pouco. Tem até concentração de evangélicos, berrando músicas. Tem também ciclistas andando a mil no meio dos que caminham. Três viaturas andavam por lá: uma da Polícia Militar, outra da Polícia de Trânsito e uma terceira da Polícia Ambiental. Não faltou segurança, mas a bagunça e o mercado persa em que transformaram o Espaço Alternativo, está além da força de ações policiais. A sugestão é que, se não há autoridade que possa acabar com essa esculhambação, que se interdite aquele local, até que alguém coloque nela algum respeito à maioria dos frequentadores.
PERGUNTINHA
Você sabia que existem pelo menos 47 mil imóveis rurais para serem regularizados em Rondônia e que o Incra tem, para atender toda essa enorme demanda, menos de 280 funcionários?