Artigo editado em: 3 de agosto de 2019
Há mais uma rede criminosa se espalhando cada vez mais. A internet se torna território de ninguém, onde basta ter algum conhecimento técnico e, se tender para o banditismo, há um terreno fértil a ser percorrido. O caso dos hacker que clonaram telefones de autoridades brasileiras é uma das pontas desse iceberg. Esse crime, cometido contra algumas das figuras mais respeitadas da República, tem ainda, lamentavelmente, o aval de grupos e instituições, que deveriam berrar pela defesa democrática do direito ao sigilo mas que, apenas por questões partidárias e ideológicas, defendem os bandidos. Mas os crimes da internet são muito mais amplos. Empresários são chantageados. Milhares de brasileiros perdem seu dinheiro em contas correntes invadidas, mesmo que em muitos casos os bancos restituam as perdas. Documentos pessoais são fraudados e clonados. Aqui mesmo em Rondônia, o lado dark das redes sociais chegou a patamares absurdos. Num desses eventos, alguém ou um grupo de pessoas teria criado diálogos fictícios do chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, tentando jogá-lo contra a Assembleia Legislativa, contra seus próprios colegas e, ainda, insinuando que ele seria conivente com ações ilegais. Júnior enfrentou, recentemente, uma série de dificuldades. Trabalhou duro, deu a volta por cima e se tornou personagem importante do governo Marcos Rocha. Sua atuação, no comando da Casa Civil, foi vital para que os ânimos entre os dois poderes se acalmassem e as relações chegassem a um clima ao menos harmônico. Isso, certamente, causou desespero naqueles que torcem que tudo dê errado, que o Estado seja prejudicado e que tudo se torne um caos, para que eles acabem reinando. Júnior agora terá que provar que ele jamais escreveu os diálogo publicados. Até lá, fica uma sombra de dúvida, que pode sim prejudicar as relações entre os poderes.
Criando um factoide, inventando diálogos que não existiram (segundo jura o chefe da Casa Civil, que se diz vitima de um conluio) os marginais cibernéticos plantaram a semente de uma crise. Até poderia ter dado certo, não fossem as pessoas envolvidas. O próprio Júnior correu a desmentir e pediu investigação para que os culpados sejam encontrados e processados. O deputado Jair Montes, um dos citados pelo Chefe da Casa Civil com expressões agressivas, disse que quer acreditar que Júnior nunca tenha escrito o que os pretensos diálogos mostraram. Pelos lados da Assembleia, o que mais se ouve é que todos querem o episódio muito bem esclarecido. Um parlamentar chegou a comentar que seria fácil para Júnior comprovar que nada teve a ver com os diálogos: bastaria permitir uma perícia no seu celular. O secretário se disse indignado com a divulgação do que, repetiu, são diálogos totalmente falsos, inclusive usando palavreado chulo que não faz parte do seu vocabulário. Ele quer que tudo seja esclarecido, no final. Que nada prejudique as ações conjuntas de Assembleia e Governo em prol do Estado. E que os culpados sejam devidamente punidos.
O ASSUNTO DA SEMANA
Ainda na quinta-feira a noite, logo após começarem a aparecer o que o Palácio Rio Madeira/CPA chama de Fake News, o governador Marcos Rocha conversou por telefone com um amigo e afirmou, com todas as letras, que tinha absoluta certeza de que os textos divulgados jamais saíram do celular do seu chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves. “Fica claro que tudo é falso, porque ele jamais usou e nem usaria esse linguajar”, disse Rocha. O fato do interlocutor ter questionado algo sobre o Governador e a pretensa resposta de Junior considerada dentro do contexto da falsidade, ter chamado seu chefe de “Marcos”, comprovaria isso. O Chefe da Casa Civil trata o Governador com toda a reverência e jamais o chamaria pelo primeiro nome, segundo raciocínio não só do próprio Rocha, como de outras pessoas que convivem no entorno deles. Ainda na sexta, Junior foi a Draco (Delegacia de Combate ao Crime Organizado). Teria entregue seu celular para perícia e pedido investigação profunda sobre o caso. Esse será, sem dúvida, o grande tema da política nessa semana que começa, inclusive coincidindo com a volta da Assembleia Legislativa às suas atividades normais, pós recesso. Aliás, na ALE, há parlamentares que exigem que o assunto sejam totalmente esclarecido, para não se transformar numa crise real. Vai se ouvir muito barulho ainda, sobre esse caso.
HILDON TEM RAZÕES PARA COMEMORAR
Os últimos dias tem sido de uma sucessão de boas notícias para o prefeito Hildon Chaves. Ele passou muitos meses sob grande pressão, porque os projetos de melhoria da cidade não andavam. Os problemas relacionados com o transporte escolar, que não se consegue resolver, também ampliavam o tamanho da pedra no sapato do Prefeito. Hildon decidiu enfrentar todas as feras. Durante três semanas seguidas, foi pelo menos uma vez por semana a Brasília. Percorreu corredores. Falou com ministros. Procurou quem decide. Buscou apoio da bancada federal. Pressionou e, no final das contas, conseguiu! Até o início desta semana que começa, todos os 85 milhões de reais para obras na Capital, incluídos como emendas parlamentares, estarão sendo liberados. Já o foram os primeiros 34 milhões. Depois, outros 20 milhões apenas para obras no bairro da Lagoa, um dos mais problemáticos da cidade. Em seguida, mais 14 milhões para o bairro Igarapé, que ganhará toda a infraestrutura possível, daquela que depende das obras municipais.. Outros 9 milhões serão destinados à extensão da avenida Rio de Janeiro até o conjunto Orgulho o Madeira. Outros milhões, para conclusão da avenida Calama, até o conjunto Cristal. Grana não faltará. E ainda virão mais 75 milhões de empréstimo da Caixa Federal para mais e mais obras. A reta final da atual administração promete mudar a cara da cidade. Vamos ver…
A CONCORRÊNCIA SALVA
Há algum tempo, havia muitas conversas sobre suspeita de cartel, nos postos de combustíveis de Porto Velho e até em algumas cidades do interior. Se houve, nunca se provou. Mas agora a certeza de que o que está valendo mesmo é a concorrência. Dura, por sinal. Nesse final de semana, os postos tinham os preços mais diferenciados do que já se viu por aqui, ao menos nos últimos anos. Um deles vendia a gasolina comum a 3 reais e 94 centavos. Vários outros tinham preços ente 3 e 95 até 3 e 99. Outros, contudo, mantinham o litro do combustível acima dos 4 reais. Num, a 4 reais e 3 centavos; noutro a 4 reais e 9 centavos. E havia aqueles que estavam perdendo feio para a concorrência, pois insistiam em manter seus preços até acima de 4 reais e 50 centavos. Esses, na maioria dos casos, estavam totalmente vazios. Numa economia sólida, só a concorrência pode beneficiar o consumidor. Quando acabar o monopólio do petróleo pela Petrobras, só então os preços vão cair mesmo. A mesma coisa se pode dizer do gás de cozinha. Solitária, a Petrobras impõe preços e estratégias de venda. Com concorrência forte, a tendência será dos preços abusivos de hoje, despencarem. Falta pouco!
REFORMA TRIBUTÁRIA NA PAUTA COM MAIA
Nesta próxima quarta-feira, dia 7, o presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, comanda uma audiência pública , a partir as 9h30 da manhã, que terá como destaque um grupo de empresários rondonienses. A comitiva, liderada pelos empresários César Cassol e Chico Holanda, terá uma audiência com Maia, a pedido do deputado do PSL, Coronel Chrísóstomo. Todos os membros da bancada federal do Estado também estão convidados. Quatro assuntos de grande interesse da região e do nosso Estado estarão na pauta. O principal deles refere-se á Reforma Tributária, o próximo grande desafio para o Congresso Nacional, na busca de mudar o nosso Brasil para melhor. A Regularização Fundiária, vital para Rondônia e para a Amazônia, também estará em discussão, O terceiro tema se relaciona à chamada Reforma para o setor mineral, ou seja, a luta por mudanças na legislação, que permitam a garimpagem, inclusive em áreas indígenas. Por fim, será debatida a busca de agilidade para mudanças nas leis e normas ambientais para uma Amazônia Sustentável. O recém criado Grupo Empresarial de Rondônia, GAERO, se reúne com autoridades federais pela segunda vez em menos de duas semanas. Recentemente, os empresários estiveram com o presidente Jair Bolsonaro.
PESQUISA DENTRO DA SEDE DAS ONGS?
Está cada vez pior! A grande imprensa brasileira decidiu optar pelo partidarismo político e não pela notícia. Aliás, como faz boa aparte da imprensa norte americana, dominada pelos democratas, que tratam o presidente Donaldo Trump como uma figura exótica, mesmo com o sucesso que a administração dele tem tido, em várias áreas, melhorando a vida de milhões de americanos. Aqui no Brasil, Jair Bolsonaro é odiado por boa parte da mídia. Na maioria dos casos, a questão é financeira. Como ele vai cortar muito dinheiro que sustentavam esses poderosos que mandavam e desmandavam na opinião pública nacional (a Rede Globo é o maior exemplo disso!), é claro que o ódio é redobrado. Mas jornais como Folha de São Paulo e Grupo Band, com exceções; a maioria dos sites, do G da Globo ao UOL da Folha, há uma campanha absurda, organizada, doentia. Tudo, absolutamente tudo que sai do presidente ou do Planalto não presta. Pesquisas absurdas, que contrariam o que se vê e ouve nas ruas, colocam Bolsonaro em queda livre, perante a opinião pública. Mentira doentia. A Folha inventou uma pesquisa até que 86 por cento dos brasileiros não querem exploração de diamantes, ouro e outras riquezas em áreas indígenas. Só se a fez dentro das sedes das ONGs internacionais ou em escritórios onde vivem os ambientalistas de ar condicionado. É uma vergonha. Lamentável, triste e deprimente. E ainda tem gente que acredita nesses arremedos do jornalismo nacional. Lamentável!
TEM QUE LEGALIZAR E FISCALIZAR!
Por falar em garimpo, a ilegalidade na busca de ouro e outros metais preciosos, em Rondônia, tem resultado em constantes invasões de áreas proibidas, em confrontos com indígenas, em uma sucessão de praticas ilegais. Fosse legalizado e fiscalizado pelo Público, toda essa riqueza ajudaria certamente a tornar nosso Estado um dos mais ricos do país. A perda apenas com impostos, de todas as riquezas que a natureza nos brindou e que é roubada ou contrabandeada, pode chegar a mais de 1 bilhão de reais por ano. No rio Madeira, inclusive em áreas próximas ao centro da cidade e da ponte sobre o rio Madeira, no bairro da Balsa, são constantes as apreensões de balsas, dragas e vários equipamentos. Os garimpeiros são multados e logo em seguida soltos. Nada acontece, a não ser as enormes perdas para os cofres públicos e , muitas vezes, para o meio ambiente, já que, sem fiscalização, o garimpo é feito à base de mercúrio e à base da destruição dos mananciais e da floresta. Isso sem contar a corrupção, que também se registra nesse meio. Mas daí já é outra história. Nessa semana, em Ji-Paraná, mais um garimpo ilegal foi encontrado. Cinco homens foram presos pela Polícia Militar Ambiental e representantes da Funai. Eles procuravam na Terra Indígena Igarapé Lourdes. A garimpagem ilegal de ouro foi descoberta através de uma denúncia de que a reserva tinha sido invadida. O garimpo foi desativado. No outro dia, em outro local, o garimpo ilegal voltou novamente.
MÉDICOS, MÁXIMO, JAQUELINE…
O secretário de saúde de Rondônia, dr. Fernando Máximo, participou do lançamento do programa “Médicos pelo Brasil”, o substituto do “Mais Médicos”, então criado no governo de Dilma Rouseff. O programa é muito mais sério, mais abrangente, valoriza realmente os profissionais (com salários de até 31 mil reais, enquanto os cubanos do “Mais Médicos” ganhavam 10 mil reais e tinham que mandar 7 mil para os cofres de Cuba) e tem merecido muitos elogios. Fernando Máximo, aparece em sua página do Facebook comentando o assunto em um curto vídeo e também onde mostra foto sua com o presidente Jair Bolsonaro. O titular da Sesau comemorou o lançamento do programa e considerou um grande avanço para o atendimento às populações mais distantes e carentes do país, ao mesmo tempo em que destacou a valorização dos seus colegas, que vão atuar nessas regiões. A deputada federal Jaqueline Cassol também embarcou no assunto, apresentando uma sugestão que, para ela, melhoraria ainda mais a proposta. Para ela, é um erro grave do projeto excluir dele os médicos formados no exterior. Ela destacou: “Os formados no exterior só querem uma chance de voltar para o Brasil e trabalhar, inclusive onde os que tem CRM renunciam”. A parlamentar diz que vai trabalhar para incluir esses profissionais no programa federal.
PERGUNTINHA
Você também se surpreendeu, como o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, com o que ele disse sobre a invasão de hackers em celulares de autoridades, quando afirmou que “é difícil entender a euforia que tomou conta de muitos setores da sociedade, diante dessa fofocada produzida por criminosos?”