Artigo editado em: 22 de novembro de 2021
A terça-feira é dia de eleição. A seccional de Rondônia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), vai escolher seu novo presidente e sua nova diretoria para os próximos três anos. Dois candidatos disputam o comando de uma das mais importantes entidades associativas do Estado. Para se ter ideia da grandeza da OAB rondoniense, ela tem 18 subseções distribuídos por todo o interior do Estado, enquanto o Amazonas, por exemplo, tem quatro e o Acre apenas uma. A situação, que representa a atual diretoria, comandada por Elton Assis, que abriu mão de disputar a reeleição, tem à frente o competente advogado Márcio Nogueira, figura das mais respeitadas entre seus companheiros de profissão. Representando a oposição, a advogada Zênia Chernov, também com grande experiência na advocacia, comanda a outra chapa. Nos dois grupos que disputam o comando da entidade, destaca-se a participação da mulher. No grupo liderado por Márcio Nogueira, as vice-presidências são ocupadas por mulheres. No de Zênia, além dela mesma, para o principal cargo (é a primeira mulher que pode assumir o comando da OAB regional), a presença feminina também será forte. Guedes tem importantes nomes da advocacia do Estado ao seu lado, além do próprio Assis. Zênia tem ao seu lado alguns advogados mais jovens, mas também outros experientes, como o próprio marido, Hélio Vieira. Pelas redes sociais, profissionais dos mais destacados em todas as regiões do Estado se envolveram de corpo e alma na campanha, defendendo um ou outro postulante.
O poder da OAB é incontestável. O Estado tem hoje algo em torno de 11.500 advogados, dos quais 5.994 (ou seja, pouco mais de metade), estarão aptos a votar nesta terça. O total de votantes é dos que estão em dia com seus compromissos com a entidade. Tanto Márcio quanto Zênia se apresentam como nomes de renovação, de buscar novos rumos para a instituição, ampliar a valorização da categoria e, ainda, lutar pelo respeito às prerrogativas dos seus colegas de profissão. Márcio, liderando a Chapa 10, pretende dar continuidade também a uma série de programas implantados durante a administração de Elton Assis. Zênia, da Chapa 11, quer manter o que considera positivo, mas pretende fazer várias mudanças. Enfim, é uma campanha que, ao menos da porta para fora, está sendo feita em alto nível. Dizem que, da porta para dentro, a história é outra! Quem vai ganhar? Essa resposta nem a famosa Mãe Dinah, que vendia a malandragem de saber o futuro, teria como responder. No final da terça, se saberá quem ficará à frente da OAB até 2024.
HILDON PODE ESPERAR ATÉ A ÚLTIMA HORA PARA DEFINIR SE CONCORRE OU NÃO AO GOVERNO, NO ANO QUE VEM
Foi na última hora. Quem lembra quando aconteceu a decisão do prefeito Hildon Chaves em concorrer à reeleição, no ano passado, tem boa memória em como funciona a cabeça de Hildon em relação a decisões desta natureza. Por isso, que ninguém espere que ele anuncie, com antecedência, qual o caminho que trilhará na eleição do ano que vem. O que se pode fazer, neste momento, para tentar entender sobre os planos do prefeito da maior cidade do Estado, para a eleição do ano que vem, são observar indícios, ouvir conversas de bastidores e desejos (mais que informações), de pessoas mais próximas a ele. E o que se ouve, pode levar a apenas uma dedução: Hildon Chaves está se preparando para uma candidatura ao Governo do Estado. Negará, é claro, se questionado diretamente. Dirá que ainda é cedo, que há muitos desafios a serem superados na Prefeitura de Porto Velho e que esta é a sua maior missão neste momento. Mas quem conhece o mundo da política, observa que os olhos do Prefeito da Capital brilham quando se fala em uma possibilidade de comandar o Estado. Claro que não bastará apenas o desejo dele e de seus parceiros. Há muitas questões a serem superadas, inclusive outras candidaturas, como a de Marcos Rogério, de quem ele tem sido aliado até agora. Mas não será surpresa alguma se, na hora H, o nome de Hildon aparecer entre os principais pretendentes ao Palácio Rio Madeira/CPA.
TUCANOS VOLTAM À VOTAÇÃO PARA ESCOLHA DO SEU PRESIDENCIÁVEL. NO DOMINGO, APLICATIVO FALHOU
Houve uma clara frustração no mundo dos tucanos, em relação aos problemas que impediram a decisão para escolha do candidato do partido, neste último domingo. Como o único sistema eletrônico infalível é o das urnas eletrônicas, segundo o TSE e o STF (e ai de quem não concordar com isso!), houve uma clara frustração no mundo dos tucanos, em relação aos problemas que impediram a decisão para escolha do candidato do partido à Presidência da República, neste último domingo. O aplicativo utilizado pelo PSDB para a votação não funcionou a partir das 8h30 da manhã, deixando de fora da votação milhares e milhares de membros do tucanato brasileiro. O caso fez com que o racha dentro da sigla se acentuasse ainda mais, com suspeitas vindas dos três candidatos: João Dória, Eduardo Leite e Arthur Virgílio. Em Rondônia, a presidente regional, deputada Mariana Carvalho, expediu nota, pedindo a investigação sobre o assunto e explicações urgentes. No Estado, a parlamentar mobilizou o tucanato para que todos votassem. Houve a tentativa de votação de dezenas de membros do partido, mas foram muito poucos os que conseguiram. Segundo informações do rondoniense, o senador José Aníbal, que está coordenando as eleições, a votação será concluída nesta terça. Se o aplicativo não falhar de novo!
DURO ATAQUE A AÉCIO E DENUNCIA DE COMPRA DE VOTOS. O GIGANTE PSDB RACHA E SE APEQUENA
Esfarelando como um ex-grande partido que já foi, além de tudo o que dificultou a votação dos seus filiados, o PSDB ainda teve que enfrentar duras críticas de uns tucanos contra os outros e, é claro, houve uma denúncia, um verdadeiro escândalo, contra o candidato João Dória, por compra de votos. O primeiro caso ocorreu quando Arthur Virgílio atacou Aécio Neves, exigindo inclusive “uma depuração no partido”. Depois, foi a deputada federal Mara Rocha, do Acre, quem protagonizou cenas como se o PSDB fosse um nanico. Impedida de votar nas prévias, por motivos ainda não bem esclarecidos, ela disse que vai apresentar provas de que foi procurada por representante de João Dória, oferecendo dinheiro a ela em troca do voto. A parlamentar, num vídeo, repetiu as denúncias e ainda avisou que está se desligando do partido, para apoiar o projeto de reeleição do presidente Bolsonaro. O risco é que o ninho tucano perca muito mais do que ganhe, nessas prévias que estão confusas e recheadas de problemas. Enfim, um partido que ainda é importante para o contexto da política nacional, apequena-se, num momento tão importante. Lamentável!
OUTRO AVANÇO: TEMOS O MAIOR REBANHO DO PAÍS LIVRE DA AFTOSA SEM VACINAÇÃO. GOVERNO COMEMORA A NOVA CONQUISTA
Enquanto ONGs internacionais, com apoio de entidades e instituições brasileiras continuam pregando o final dos tempos, para nossa Amazônia (claro que a grande maioria de olho no nosso subsolo e não no que tem em cima dele!), Rondônia continua dando exemplo de avanços e crescimento econômico. Primeiro: recebemos o reconhecimento nacional de Estado livre da febre aftosa sem vacinação. Depois, chegamos a um rebanho de 15 milhões de cabeças, sem ampliar a área de criação de gado e sem destruição ambiental. Por fim, mais um reconhecimento internacional, registrado no final de semana: temos o maior rebanho bovino do país, livre da aftosa sem vacinação. Tudo isso foi comemorado por autoridades rondonienses. O governador Marcos Rocha, por exemplo, postou um texto nas redes sociais, bastante efusivo, sobre o assunto. “Em menos de três anos, investimos mais de 70 milhões de recurso próprio do órgão e do Fundo Estadual de Sanidade Animal no Idaron, com renovação e ampliação da frota; aquisição de um avião anfíbio; reforma de dois barcos que atuam na fronteira; construção de duas unidades de atendimento ao produtor (Rolim de Moura e Ariquemes); construção de mais dois postos de fiscalização permanente, totalizando oito; compra de quadriciclos, para acessar áreas de atoleiro; aquisição de 400 computadores, 11 vans para fiscalização volante, 12 drones; cursos de atualização e aperfeiçoamento da equipe; e ampliação da rede de comunicação, para que o pecuarista possa acessar os serviços da Idaron pela internet ou celular. Hoje, com a conquista, Rondônia amplia seu rebanho, pois ganhou e ganha com o reconhecimento: aumento exponencial de novos mercados pois facilita o acesso a mercados atraentes do circuito não aftósico; redução de perdas na produção de carne e ainda, redução das perdas nas carcaças, devido às reações causadas pela vacina”.
VÍRUS ESTÁ VOLTANDO? EM TRÊS SEMANAS, TIVEMOS 4.685 NOVOS CASOS DE CONTÁGIO E DUAS MORTES A CADA 72 HORAS
Em 21 dias de novembro, depois de algumas semanas bem menos agressivas, os casos de Covid 19 voltaram a crescer no Estado, preocupando novamente as autoridades da saúde, tanto em nível dos municípios, como da Sesau estadual. A verdade é que foram 4.585 novos casos entre 1º e 20 de novembro, entre os boletins 585 e 605. Neste período, o total de óbitos subiu de 6.570 para 6.605, ou seja, perdemos mais 35 vidas em 21 dias. Foi uma média de três mortes a cada dois dias. No primeiro dia de novembro, tínhamos79 leitos ocupados em todo o Estado. No domingo, dia 21, tínhamos 97. Comparando-se com o pico da doença, é claro que o total de hospitalizados é muito pequeno. Mas é bom lembrar que na primeira quinzena de outubro, chegamos a ter menos de 45 internados. A vacinação melhorou, mas não muito, porque até o início do mês haviam sido aplicadas 1.164.852 primeiras doses. Vinte e um dias depois, chegamos a 1.204.071 primeiras vacinas. Isso significa que foram aplicadas menos de 40 mil vacinas nesse período, o que representa 1.904 doses diárias nos 52 municípios. Da segunda dose, eram 774.578 no início do mês e saltou para 904.189. Foram 129.611 vacinas de segunda dose aplicadas, numa media diária de 6.171 doses. Já recebemos mais de 2 milhões 850 mil doses. Foram aplicadas 2 milhões e 109 mil doses. Ou seja, ainda faltam chegar ao braço do rondoniense, nada menos do que 741 mil doses, segundo o último boletim da Sesau.
RACHADO AO MEIO, CHILE CONTINUA VIVENDO CRISE E VIOLÊNCIA, ATÉ COM INCÊNDIO DE IGREJAS
Mais um país da América Latina está prestes a decidir se volta-se à direita ou se mantém no esquerdismo. O Chile, há décadas dominado por presidentes da esquerda, pode dar uma guinada, no próximo dia 19 de dezembro. Seu último presidente, Sebastián Piñera, que tinha tendências de centro-esquerda, foi cassado há alguns meses e projetada uma nova eleição presidencial, que, ao invés de unir o país, o dividiu bem ao meio, como, aliás, está acontecendo com o Brasil. O candidato considerado de extrema direita (a mesma denominação política que a mídia brasileira dá ao presidente Bolsonaro, já que são considerados fascistas de extrema direita todos os que não rezam pela cartilha que querem nos impor goela abaixo), chegou na frente do primeiro turno da disputa nas urnas. O advogado José Antonio Kast, “acusado” de extremismo à direita, teve 27,91 por cento dos votos, contra 25,82 do esquerdista, o líder sindical Gabriel Boric. Os chilenos foram às urnas neste domingo, mas nenhum dos dois candidatos obteve a maioria dos votos para declarar vitória. Desde 2019, o Chile vive uma grande crise, com a esquerda reunindo forças para derrubar os governos que não lhe convém. Os protestos são diários, incluindo-se aí casos em que os manifestantes incendiaram pelo menos duas igrejas. Rachado ao meio por uma violenta crise econômica e os extremismos, seja quem for o novo Presidente eleito, não há perspectiva de que a crise chilena terá fim.
PROGRESSISTAS CONVERSAM COM O GRUPO PALACIANO, ENQUANTO CASSOL AINDA NÃO É CANDIDATO
As conversas políticas continuam intensas. Dias atrás, um almoço reuniu o chefe da Casa Civil do governo, Júnior Gonçalves e a deputada federal Jaqueline Cassol, presidente regional do Progressista. O marido dela, o jornalista Luiz Paulo Batista, secretário-geral do Progressistas em Rondônia, também participou da conversa. Poucos detalhes da conversa foram divulgados, é claro. Mas é importante destacar que Júnior é também o braço direito do governador Marcos Rocha nas elucubrações da política (é o secretário geral do PSL e o será no União Brasil, que está sendo criado) e Jaqueline é irmã do virtual candidato ao governo, Ivo Cassol, além dela própria ser candidata ao Senado, no ano que vem. Junior publicou na s redes sociais uma foto do trio, comentando: “um bom almoço, um bom papo com boas pessoas”. Escreveu ainda que “nosso bate-papo foi muito produtivo, pois falamos de ações e projetos voltados para Rondônia!”. Jaqueline considerou o encontro como muito positivo, seguindo no mesmo tom de Júnior. Em comum, os Progressistas e o grupo palaciano tem a forte ligação com o governo Bolsonaro, o que pode levar a interesses convergentes, em relação a 2022. Tudo, é claro, vai depender da decisão se Ivo Cassol será ou não candidato. Se for, muda toda a conversa.
PERGUNTINHA
Faltando cerca de 30 dias para o Natal, você já consegue prever se este ano terá um Papai Noel mais gordo ou mais magro do que teve no ano passado?