Artigo editado em: 26 de junho de 2020
Quando um grupo de traficantes matou e queimou o corpo do jornalista Tim Lopes, numa favela do Rio de Janeiro, num dos eventos mais violentos da guerra civil entre polícia e facções criminosas, o Brasil todo entrou em pânico. Foi em julho de 2002. Os envolvidos no crime, por grande pressão da TV Globo (que o fez bem!) e da opinião pública, esclareceu o caso, prendeu os bandidos e os colocou atrás das grades. De lá para cá, a violência só aumentou, inversamente proporcional às leis brasileiras, que ao invés de fazer criminosos dessa laia apodrecerem na cadeia, lhes dão cada vez mais benefícios. É claro que isso incentiva, apoia, salvaguarda o crime. Em nome dos direitos humanos de facínoras, se retirou os direitos humanos de suas vítimas e dos familiares delas. Em Rondônia, as facções criminosas começaram a se formar dentro dos presídios. Como em todo o país, é das cadeias que os chefões presos comandam os crimes do lado de fora. E impõem uma violência cada vez maior ao cidadão trabalhador, que não tem sequer como proteger sua família.
Nessa semana, Rondônia viveu um terror semelhante. Não com uma pessoa de bem, mas também com um suspeito de ser membro de facção, dessas que têm dominado o crime, principalmente na zona leste da Capital, assim como em outras áreas. Um grupo de facínoras, que se autodenomina Primeiro Comando do Panda (PCP), atraíram um jovem rival e o trucidaram. E ainda gravaram um vídeo, tétrico. Essa é a expressão correta. A vítima foi pega no conjunto Morar Melhor, onde vive uma grande maioria de famílias de gente trabalhadora, que está refém desses bandos. Lá, foi torturado, morto e teve a cabeça arrancada. Pouco depois, a PM prendeu vários dos envolvidos no crime. O problema é a partir de agora. Sob as benesses da lei, certamente a punição deles (se houver), será um arremedo. Em algum tempo, senão todos, mas muitos deles estarão soltos novamente, para cometer os mesmos crimes. Deveriam se envergonhar os que criaram uma legislação contra sociedade e a favor do crime. Mas, nada disso! Nessa semana, quando um policial trocou tiros com um bandido, que havia assaltado um ancião, em São Paulo e o matou, a primeira declaração foi de um advogado dos Direitos Humanos, criticando a ação policial. O que mais se lamenta é que a sociedade brasileira, de gente trabalhadora, que é a grande vítima disso tudo, continua passiva e calada, ante toda essa violência que a assola todos os dias. Lamentável!
LOCK DOWN OU NÃO: DECISÃO NA SEGUNDA
Uma longa e complexa audiência de conciliação será realizada na Justiça rondoniense, antes que seja anunciada a decisão se será ou não aceito o pedido de lockdown, feito pela Prefeitura de Porto Velho. O juiz Edenir Sebastião da Rosa, da 2ª Vara da Fazenda Pública, convocou uma audiência via videoconferência para às 9h da próxima segunda-feira, dia 29, antes de decidir sobre o assunto. Estão convocados o governador Marcos Rocha; o prefeito Hildon Chaves; os secretários de saúde do Município e do Estado; os Procuradores da Prefeitura e do Estado e de representantes do Ministério Público. O Magistrado vai fazer os questionamentos e ouvir todas as partes, com todas as informações que julgar vitais, antes de se posicionar. A audiência, com todos os participantes, será feito pela plataforma Google Meet. A audiência não será aberta a participantes que não sejam os convocados, mas poderá ser assistida pela internet, porque até agora o assunto não foi considerado como segredo de Justiça e é um tema que interessa a toda a coletividade.
ACIR, BATALHADOR PELA 319, TEM O QUE COMEMORAR!
A César o que é de César. Seria injusto não registrar a grande participação do senador rondoniense Acir Gurgacz, na batalha pelo reasfaltamento da BR 319. Desde que assumiu seu
cargo, esse tem sido uma das principais metas do representante de Ji-Paraná no Congresso. Quando o governo Bolsonaro anunciou, nesta semana, a abertura da licitação para os primeiros 52 quilômetros de asfalto, Gurgacz comemorou. E com toda a razão. Num vídeo postado nas redes sociais, ele diz que essa fase inicial vai do trecho do Iguapó-Açú até Manaus. “O que nós queremos agora, é que aconteça o reasfaltamento do trecho do Meião”, afirmou Acir. O parlamentar disse acreditar que isso começará a acontecer em breve. Para ele, a ligação por asfalto entre Porto Velho e Manaus será de grande importância para Rondônia, sob todos os aspectos. Acir Gurgacz fez por merecer a comemoração que registrou. Foi um dos maiores batalhadores pela obra que, ao que parece e se as ONGs finalmente deixarem, vai ser mesmo tornada realidade em alguns poucos anos.
JAQUELINE, A SURPRESA EM CACOAL?
Surge uma novidade na sucessão em Cacoal. Quando parecia que a atual prefeita Glaucione Rodrigues poderia nadar de braçada rumo à reeleição, já que não haveria adversários de peso em seu caminho, começa, nas redes sociais, um movimento para que a atual deputada federal, Jaqueline Cassol, entre na disputa. Jaqueline e sua família residem naquela cidade há quatro anos e é lá seu domicílio eleitoral. Há alguns dias, numa live pela internet, um vereador da cidade provocou a deputada para pensar no assunto. Jaqueline não disse sim ou não, mas deixou no ar a possibilidade de, ao menos, pensar muito no assunto. Sua atuação na Câmara Federal tem sido bastante positiva, ao ponto de ter enviado para a cidade, em um ano e meio, emendas que ultrapassaram os 32 milhões de reais. Agora, depois de uma série de manifestações de apoio que tem recebido depois que o assunto saiu às ruas, Jaqueline anda com dois corações: continuar com um mandato que tem sido importante para a cidade e a região de Cacoal e para o Estado, como um todo ou buscar o comando da Prefeitura da sua cidade. Em breve, novos capítulos…
DNIT VOLTA AOS POUCOS, DEPOIS DA TERRA ARRASADA
Depois de uma operação policial até agora sem resultados concretos, a não ser a exposição de vários nomes de servidores jogados à execração pública, o Denit rondoniense virou, por meses, uma espécie de terra arrasada. Sem orçamento e sem pessoal. Todas as denúncias investigadas, ao menos até agora, não foram comprovadas. Prova disso é que a Justiça determinou o retorno de vários dos acusados. Como as rodovias federais ficaram praticamente abandonadas, só a partir de agora é que se recomeçam atividades como manutenção da BR 364 e outros estradas que atravessam Rondônia. Uma operação tapa-buracos já foi feita na BR 319 (trecho em que a rodovia tem o nome de avenida Jorge Teixeira) e as obras da ponte do lado de lá do rio Madeira estão andando. Uma auditoria interna do Dnit concluiu que não havia qualquer irregularidade (a empreiteira que agora volta a trabalhar na obra foi um dos alvos da operação do ano passado) e o lado de cá está parado, esperando a liberação de recursos, O Ministério da Infraestrutura já avisou que a ponte da Ponta do Abunã será terminada ainda esse ano. Enquanto isso, o Dnit vai fazendo o que é possível, com os recursos e com o pessoal que ainda tem…
COVARDES SÃO CAÇADOS EM TODO O ESTADO
O marido chega em casa e exige sexo da mulher. Ela diz que não. Ele a agride com um violento soco no rosto. O fato não aconteceu nos Estados Unidos ou na Grécia. Foi aqui, bem pertinho de nós, no bairro Eletronorte. Ela foi uma das muitas mulheres atacadas dentro do seu próprio lar, por maridos, companheiros, amantes, nos últimos tempos, onde a pandemia tem forçado as famílias e os casais e ficarem mais tempo juntos, dentro de casa. Foi para combater esse tipo de violência que a Polícia Civil rondoniense, saiu à caça de pelo menos 54 homens acusados de violência doméstica em Rondônia. Coordenada pela Delegacia de Atendimento à Mulher, a ação envolveu mais de 120 policiais. Só em Porto Velho, foram cumpridos 30 mandados de prisão. Os demais o foram nas cidades de Cacoal, Espigão D´Oeste, Guajará-Mirim, Ji-Paraná, Ouro-Preto, Rolim de Moura, Nova Brasilândia, Vilhena, Colorado do Oeste e Cerejeiras, onde os covardes também agiram. Alguns dos presos estavam condenados em casos de agressões às mulheres e eram foragidos. Foram recapturados. Espera-se, agora, leis mais pesadas e punição dura aos covardes, para que isso sirva de exemplo para que os machões parem de atacar suas mulheres.
MAIS DE 18 MIL CASOS, 467 MORTES: É O TERROR DO VÍRUS
Os números do corona vírus continuam em ascensão, infelizmente, em Rondônia, mas, principalmente, em Porto Velho. Os atingidos pela doença foram 18.173 na quinta, contra 16.424 na quarta. Mais 749 casos. Houve 6.741 recuperados na quarta, 6.888 na quinta. Os que se livraram do vírus aumentaram em 147 rondonienses que estão curados. O número de mortes é que não para de crescer. Eram 455 na quarta e saltaram para 467 nas 24 horas seguintes, ou seja, mais 12 óbitos num só dia, uma média que preocupa e assusta. O percentual de mortos sobre o total de casos de pessoas contaminadas continua na faixa de 2,5 por cento, uma das menores do país. Se for descontado o número de recuperados do total de afetados, sobram 11.285 rondonienses enfrentando a doença. Em Porto Velho, registram-se mais de 72 por cento das mortes e o número de casos tem aumentado muito acima das mais pessimistas expectativas. O governo está buscando ampliar o número de UTIs, para enfrentar a grande demanda. Hoje, estão internadas nada menos do que 415 pessoas.
PERGUNTINHA
Na sua opinião, o lockdown de 14 dias, proposto pelo prefeito Hildon Chaves conseguiria conter a expansão dos casos de doentes com a Covid 19 ou isso não trará resultados práticos?