Artigo editado em: 26 de junho de 2024
Num país onde as decisões judiciais das Cortes superiores podem mudar, de acordo com as mudanças da política, o caso de deputados que correm o risco de perder definitivamente seus mandatos, apesar de eleitos, empossados e trabalhando normalmente, com aval da própria Justiça, é só mais caso, um nesse imbróglio jurídico em que se transformou o Brasil. Há alguns meses atrás, o TSE decidiu que os sete deputados eleitos com sobras eleitorais (entre eles o rondoniense Eurípedes Lebrão), poderiam manter seus mandatos, pela legalidade dos atos. Os partidos que querem as cadeiras entraram com recursos, chamados de embargos infringentes e pediram nova análise. Agora, vários dos mesmos ministros que votaram de uma forma anteriormente, mudaram seus votos e consideram que é inconstitucional o sistema de sobras eleitorais como foi utilizado. Valia antes, mas não vale mais agora, mais de um ano e meio depois de todos estarem exercendo suas funções legislativas, amparados pela própria legislação eleitoral. Não há praticamente mais volta (a menos que daqui a uns meses surja nova mudança de posição no STF) porque agora já foi formada maioria de votos pela perda de mandatos do grupo dos sete, entre os quais, certamente por coincidência, vários eleitos sob o bolsonarismo, incluindo Lebrão. Ele entrou na cota das sobras do União Brasil, mesmo tendo conquistado apenas 12.607 votos. Já o muito provável novo deputado rondoniense, Rafael Fera, de Ariquemes, que teve o dobro da votação (24.286 votos) é do Podemos e pode assumir a qualquer momento, embora a tendência é que o assunto ainda se arraste algum tempo nos corredores do Judiciário.
No pacote, deve perder seu mandato também aquela que o petismo considera como “índia do mal”, porque tem feito um duro mandato de combate ao discurso de que os indígenas brasileiros precisam continuar vivendo como nos tempos de Cabral, como exige a esquerda e principalmente ministra Marina da Silva, a Rainha das ONGs. A deputada Sílvia Waiãpi, do PL do Amapá, está nesta relação. Quatro que estão prestes a perderem seus mandatos são do PL; um do PDT; um do MDB e um do Republicanos. O Brasil está vivendo sob o jugo de decisões judiciais complexas e muitas contraditórias, sem falar nas que servem apenas para punir apenas alguns, mas não todos, mesmo que por delitos semelhantes. A Lei Eleitoral muda a cada eleição, enquanto a corrupção, a compra de votos e as ilegalidades continuam imperando. Uma hora é legal ser eleito com sobras; outra hora não é. Se isso não é insegurança jurídica, o que será que é?
FIERO ALERTA QUE A SECA QUE SE AVIZINHA PODE PREJUDICAR A NAVEGAÇÃO, PRODUÇÃO, GERAÇÃO DE ENERGIA E ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Cada vez notícias piores sobre o risco de uma seca recorde em Rondônia e especialmente na suaCapital. Em 15 dias, por exemplo, o rio Madeira chegou a baixar três metros, já entrando na área de risco e com a muito provável proibição de navegação noturna, a partir, ainda, desta semana, O perigo é grande e pode atingir também as atividades econômicas. A Federação das Indústrias de Rondônia, a Fiero, por exemplo, também sobre os riscos à produção e ao abastecimento. Segundo a entidade, “a Fiero busca mobilizar o setor, com apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), para enfrentar essa situação, pois teme que a crise hídrica resulte em sérios impactos para as indústrias do Estado, que dependem do rio Madeira para o transporte de matérias-primas e produtos acabados. Além disso, a redução drástica no nível das águas compromete também a geração de energia, a navegação, e o abastecimento de água, combustíveis e mantimentos na região”. Segundo Marcelo Thomé, presidente da Fiero e vice-presidente da CNI, “diante dos efeitos da seca iminente, é importante investir em infraestrutura e aprimorar as hidrovias, além de expandir alternativas logísticas de maneira consciente e ecologicamente viável, visando mitigar perdas generalizadas. É essencial desenvolver estratégias abrangentes de adaptação à seca que englobem toda a sociedade e economia local. Fortalecer empresas para evitar desemprego, apoiar a bioeconomia e promover negócios sustentáveis”, defende.
CINCO PARTIDOS JÁ CONFIRMARAM APOIO A MARIANA CARVALHO. AJUDA NAS NOMINATAS À CÂMARA TROUXE MAIS ADESÕES
União Brasil, Republicanos, PSDB, PRD (surgido da fusão do PTB com o Patriotas) e Avante: estes são cinco dos partidos que estão aliados à candidatura de Mariana Carvalho, na disputa pela Prefeitura de Porto Velho. Outros ainda, principalmente entre os nanicos, devem aderir em breve. No último sábado, o Republicanos, que tem no Estado nomes como os do deputado federal Thiago Flores; do deputado estadual Alex Redano e do novamente eleito prefeito de Candeias do Jamari, Lindomar Garçon, empossou sua nova diretoria. À frente, o empresário e ex-vice-governador do Estado, Aparício Carvalho, uma das personalidades mais respeitadas da nossa vida pública. Os Carvalhos agora têm o apoio do partido do governador Marcos Rocha e do grupo palaciano, o União Brasil e o forte Republicanos, nascido da Igreja Universal e que sempre elege alguns nomes que a representam. Também têm ao seu lado todo o grupo político do Prédio do Relógio, sede da Prefeitura de Capital, onde os partidos aliados a Hildon Chaves estão fechados no mesmo projeto. Com seu poderia político, o grupo de Mariana (principalmente com seu irmão, o deputado federal Maurício Carvalho à frente) tem ajudado a montar nominatas de vereadores em partidos que não teriam qualquer chance de fazê-lo, sem essas ações do grupo. O PRD é um exemplo disso. O nome mais forte do partido, o duas vezes vereador Alex Palitot, que chegou a ser sondado por outros partidos, fechou com Mariana, pelo apoio que recebeu.
EUMA, UMA CANDIDATA WORKAHOLIC, PERCORRE A CAPITAL ENQUANTO PENSA QUEM SERÁ SEU VICE
Euma Tourinho pensa, conversa, mas só vau decidir mais à frente. Será dela e de ninguém mais a escolha do vice que vai compor com ela a chapa do MDB para a disputa pela Prefeitura. Ouviu-se alguns nomes, algumas dicas vindas de dentro do próprio diretório do partido, mas a verdade é que até agora, Euma não deixou transparecer nenhuma dica de quem vai convidar para ser parceiro ou parceira de chapa e nem o perfil que ela está procurando. Enquanto isso, o que se observa é um clima de otimismo entre os emedebistas, com sua candidata. A juíza aposentada tem se mostrado uma espécie de workaholic na campanha política, visitando bairros, distritos e se reunindo com grupos de porto-velhenses em vários pontos da Capital. A campanha de Euma, aliás, deve ser a primeira a lançar sua candidatura oficialmente. A convenção do MDB para isso está agendada para dia 20 de julho, a primeira data em que a legislação eleitoral autoriza para que ela seja feita. Até lá, é muito provável que a chapa esteja composta, assim como a nominata completa se candidatos à Câmara de Vereadores.
LÉO QUER O SEGUNDO TURNO, MAS UM DOS SEUS DEPUTADOS PODE ESTAR APOIANDO MARIANA CARVALHO
Léo Moraes anda se mexendo, tentando buscar apoios, que poderão vir, inclusive, de áreas que, ao menos da porta para fora, não se imaginaria. O candidato do Podemos, que abriu mão do comando do Detran para concorrer à cadeira de Hildon Chaves, quer consolidar seu nome como um dos que mais chances teriam de chegar ao segundo turno e, depois, unindo frentes partidárias, vencer a eleição. Mas terá que conviver também com pelo menos uma dificuldade importante dentro do Podemos. O deputado estadual Alan Queiroz, tem aparecido em eventos onde Mariana Carvalho é a atração e há quem diga que o relacionamento entre ambos extrapola a amizade que os une há anos. Fotos e vídeos que apareceram rapidamente nas redes sociais, mostram Queiroz abraçado a Mariana e depois apontando-lhe o dedo, como o nome que poderia ter seu apoio. As cenas depois desapareceram. Alan é o único deputado estadual do Podemos eleito principalmente pela Capital. Os outros dois (a dra. Taíssa Souza é de Guajará Mirim e o várias vezes reeleito Luizinho Goebel do Cone sul do Estado) representam regiões do interior e teriam influência menor sobre o eleitorado de Porto Velho. Não se sabe, ainda, se Alan ficará ao lado de Mariana ou apoiará o candidato do seu partido.
MARCELO CRUZ ATUA DA PORTA OPARA DENTRO, PREPARANDO SUA CAMPANHA E CONSOLIDANDO ALIANÇAS COM 96 CANDIDATOS À CÂMARA
Do quarteto que forma o time principal de candidatos em Porto Velho, o mais silencioso, neste momento, é o presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Marcelo Cruz. Ele tem trabalhado como se mineiro fosse, embora porto-velhense da gema. Age muito nos bastidores, faz reuniões, conversa, apresenta seus planos, mas sem grandes alardes, ao menos por enquanto. Marcelo, que como como vereador, depois elegeu-se deputado estadual e foi reeleito com o dobro dos votos da primeira eleição, tem experiência e sabe que há a hora de falar para o grande público e a hora de preparar o terreno interno, para ter uma candidatura sólida. Um dos melhores trunfos que ele tem são os 96 candidatos à Câmara de Vereadores, oriundos dos quatro partidos que o apoiam. Nas últimas semanas, Marcelo tem preferido o trabalho da porta para dentro. Também tem tido toda a preocupação em dar continuidade ao seu trabalho no comando do parlamento rondoniense, onde tem colhido resultados bastante positivos. Quando achar que chegou a hora, aí sim começará um trabalho mais forte na sua comunicação com o eleitor porto-velhense, embora mantenha suas redes sociais fortes e ativas. Aliás, nisso ele também é expert.
YANAYCO AMAZON PALMS: UMA VISÃO TRANSFORMADORA DA MACAÚBA E SEUS RICOS DERIV ADOS, PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL DE RONDÔNIA
O projeto Yanayaco Amazon Palms vai além da produção de biodiesel. Ele representa uma visão inovadora para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, reconhecendo que a floresta não é apenas um espaço intocável, mas sim um ativo vital a ser preservado e utilizado para gerar renda e oportunidades para as comunidades locais. Com base em pesquisas científicas rigorosas e práticas agrícolas comprovadas, o projeto Yanayaco Amazon Palms se propõe, entre outras medidas, desbloquear o potencial da macaúba, porque através da clonagem de alta performance, a Yanayaco pretende cultivar macaúba em larga escala, impulsionando a produtividade e a qualidade do óleo. O projeto quer também restaurar áreas degradadas, já que o plantio de macaúba em áreas degradadas contribui para a recuperação do solo e a biodiversidade, combatendo o desmatamento e promovendo a revitalização ambiental. Há ainda a questão da geração emprego e renda, especialmente para a agricultura familiar e os pequenos produtores. A cadeia produtiva da macaúba abre um leque de oportunidades para as comunidades locais, desde o cultivo até a industrialização, impulsionando o desenvolvimento socioeconômico da região. No mesmo contexto, a intenção é promover a biodiversidade: a preservação da floresta, com a adoção de práticas agrícolas sustentáveis, que garantam a coexistência harmônica entre a atividade econômica e a rica biodiversidade da Amazônia. O projeto já atraiu centenas de pequenos produtores interessados, que conheceram a proposta na última Rondônia Rural Show. Mais de 120 mil hectares poderão ser reflorestados.
QUINTETO QUE CORRE POR FORA FAZ REUNIÕES, MAS PODE HAVER MUDANÇAS MAIS À FRENTE, EM NOME DE COMPOSIÇÕES PARTIDÁRIAS
Há mais cinco nomes já confirmados na disputa em Porto Velho. Dois já conhecidos, três estreantes em eleições. Benedito Alves (Solidariedade) e Samuel Costa (Rede) já estão há longo tempo na memória dos porto-velhenses,. Benedito como secretário de Finanças do governo Confúcio Moura e, depois, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, onde já se aposentou. Samuel era do PC do B, foi candidato em eleições passadas, mas até agora não teve sucesso. É apresentador da Rema TV, de onde se afastará para participar da campanha. O trio de novatos começa com Célio Lopes, escolhido pelo PDT de Acir Gurgcaz para a disputa. Valdir Vargas é do PP e foi escolhido a dedo pelo presidente regional Ivo Cassol. O quinto da lista é Ricardo Frota, do Partido Novo, aquela sigla que teria vindo para revolucionar a política brasileira, mas que hoje tem apenas uma estrela: o deputado gaúcho Marcel Van Hattem. O quinteto só espera as convenções para colocar a campanha nas ruas, mas todos estão fazendo reuniões e se apresentando como pré-candidatos. Não será surpresa se um ou mais deles abrirem mão de suas pretensões para compor alguma chapa como vice. Enquanto isso, os partidos de esquerda continuam indefinidos sobre eventuais candidaturas. Neste quesito, ao menos até a noite desta terça-feira, não havia nada de novo neste front.
NADA DE METEORO DESTRUIDOR! ERA APENAS LIXO ESPACIAL, CAÍDO DE UM DOS MILHARES DE SATÉLITES DO BILIONÁRIO ELON MUSK
A culpa é do Elo Musk! Isso mesmo. O bilionário americano, dono da Starlink, a maior empresa de satélites do mundo, foi o responsável por um grande susto causado nos rondonienses, principalmente na região central do Estado, numa dessas noites quentes do junho amazônico. Um dos seus satélites, considerado lixo espacial, caiu na Terra e escolheu justamente nosso território para se desintegrar. Antes, percorreu milhares de quilômetros no céu. Houve quem pensasse numa nave alienígena, claro. Também poderia ser um meteoro (será que causaria danos tenebrosos, como causou aquele que extinguiu os Dinossauros?) ou ainda um asteroide. Não era nada disso. Enquanto alguns mais fanáticos rezavam, imaginando a aproximação do fim do mundo, os céticos e os especialistas no assunto foram pesquisar e descobriram que se tratava apenas de um pedaço de lixo espacial, certamente de um das centenas de satélites da Starlink sobre nossa região. Dos cerca de 9.700 satélites orbitando a Terra, 5.400 são da Starlink. Ou seja, 567 por cento de todos os satélites do mundo pertencem à empresa de Musk. Desse total, mais de 4 mil estão sobre o Brasil e especialmente a região amazônica, segundo informa o Professor Google. O bilionário, aliás, já anunciou que cederá satélites gratuitamente para toda a região de floresta do Brasil, para facilitar o acesso à Internet, em regiões remotas.
PERGUNTINHA
Você acredita ou duvida dos números e percentuais apresentados pela pesquisa nacional do Instituto Atlas/Intel/CNN, que apontou que o presidente Lula tem mais de 66 por cento de aprovação nos estados do Nordeste, enquanto fica com 70 por cento de rejeição no Centro-Oeste e outros quase 61 por cento de reprovação no Sudeste?
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