Artigo editado em: 18 de fevereiro de 2020
É uma quarta-feira para se lamentar. Recolher os flaps. Abaixar a cabeça. Pedir desculpas, esperando, pela sinceridade, que elas sejam aceitas. O veterano jornalista, quase meio século de carreira, foi enganado por uma história que parecia ser extremamente humana, eivada de injustiças, contra um pobre trabalhador. Iludido pelo lamento do personagem, que depois de tudo se mostrou covarde, o blog contou a história de Vinicius Bartolomeu, um policial e motorista de Uber nas horas vagas que, segundo relato dele próprio, com suas palavras, todas autorizadas a serem publicadas sob seu nome, teria sido vítima de uma decisão judicial absurda. O relato dele é de que, vitima de um assalto e tendo matado o assaltante, teria sido considerado culpado por se defender. Teria sido, segundo relatou a pelo menos dois jornalistas (o autor desse blog foi um deles; o outro, o conhecido apresentador e jornalista Domingues Júnior), acusado de ter matado uma pessoa de bem; que deveria saber que o morto estava usando uma arma de brinquedo, por sua experiência como policial e que, ainda, lhe teria sido dito na audiência que ele deveria ter esperado o assaltante atirar, para depois reagir. História incrível. Durante todo o processo, até a divulgação, Vinicius repetiu a mesma ladainha. Autorizou a publicação dela (as gravações estão em poder dos jornalistas) e fez outras revelações, que acabaram não sendo divulgadas. No final das contas, embora prometesse encaminhar todos os detalhes do processo (número dele, em que Vara Criminal tramitava e qual o juiz que teria cometido a injustiça), o policial acabou fornecendo apenas o primeiro nome de uma magistrada, que, felizmente, não foi publicado. Instado de todas as formas a dar detalhes da sentença, Vinicius jamais cumpriu com a promessa de encaminhá-las, o que faria “imediatamente”, segundo suas palavras, para comprovar suas denúncias.
Quando viu a enorme repercussão da sua história, que, de certa forma, atingiu todo o Judiciário, Vinicius se acovardou. Não respondeu mais aos pedidos de informação e mais detalhes do caso, muito menos deu detalhes sobre o processo em que se diz réu injustiçado. Mas a culpa não é só dele. É mais de quem deu guarida à sua incrível história, contrariando os princípios mais básicos do jornalismo sério, que é o de checar cada detalhe, ainda mais numa denúncia tão grave. Nesse contexto, não há clemência. Erro crasso, para quem tem uma vida de experiência, ao aceitar uma informação falsa de um falso injustiçado. Por isso, resta pedir desculpas a todos os que se sentiram ofendidos; ao Poder Judiciário como um todo e a cada um dos magistrados e aos leitores, que tanto confiam nos textos aqui publicados. Há muito pouco mais a dizer, quando se comete um erro tão grave. Apenas suporta-se as consequências…
MDB ESPERA O SIM DE WALTENBERG
Alvoroço nos bastidores da política porto velhense e, principalmente, entre os emedebistas. É que corre à boca pequena que o Desembargador Walter Waltenberg Júnior, estaria propenso a pedir sua aposentadoria quando março chegar, senão antes. Ele próprio não confirma a informação e nem fala oficialmente sobre política, porque só o fará se e quando estiver aposentado. Waltenberg é o nome do MDB para disputar a Prefeitura da Capital e, convenhamos, é um nome de enorme peso no quadro sucessório. Ele já foi convidado oficialmente pelo partido, prometeu pensar, mas só se saberá sobre sua decisão definitiva, depois que ele pedir sua aposentadoria. Daí sim, estará apto a anunciar se vai ou não disputar a sucessão de Hildon Chaves. Os emedebistas andam comemorando em conversas de bastidores, sobre o assunto, embora não haja nada oficial ainda. Watenberg é um dos nomes mais respeitados do Judiciário rondoniense. Foi o presidente do Tribunal de Justiça até o final do ano passado.
JÁ TÊM MAIS DE 20 NOMES
Vamos atualizar a relação, que, exagerando um pouco, pareceria uma enciclopédica, caso se publicassem o currículo de todos, tal o volume de candidatos a candidato, para a disputa municipal de Porto Velho. Está superando casa das duas dezenas. Além do próprio Walter Waltenberg: Hildon Chaves (irá mesmo?), Edgar do Boi, Daniel Pereira, Maurício Carvalho, Cristiane Lopes, Elis Regina, Mariana Carvalho, Lindomar Garçon, Mauro Nazif, Vinicius Miguel, Breno Mendes, Pimenta de Rondônia, Leo Moraes (irá?), Hermínio Coelho, Guto Pellucio, Samuel Costa, Eyder Brasil, Ted Wilson, Jaime Gazola, Fabrício Jurado e Anderson Nanan são citados. Pelo menos mais cinco nomes, alguns ligados ao governo Marcos Rocha, também podem surgir como surpresa na corrida pelo comando de Porto Velho. Há ainda outras possibilidades, algumas delas que só serão mesmo confirmadas depois de junho, quando definitivamente as candidaturas serão oficializadas. Na hora da depuração, dessa enorme relação deve sobrar apenas uma meia dúzia de quem tem chances reais…
AÍ VEM ÔNIBUS NOVOS?
Há uma pequena luz no fim do túnel para a questão da nova empresa que será responsável pelo transporte coletivo em Porto Velho. Informações não oficiais dão conta de que, se não houver mais nenhum empecilho, pelo menos 94 ônibus, a maioria deles novos, começam a circular pela Capital. A data que estaria agendada para essa nova mudança no atendimento ao público porto velhense é 1º de Março. Pelo que se ouviu nas informações extra oficiais, do total de coletivos que circularão, 23 deles serão zero quilômetro. Isso mesmo! Zerinho! Outros 53 ônibus foram fabricados entre 2014 e 2018. Outros 18 são de fabricação de 2019. A questão do transporte coletivo sempre foi problemática em Porto Velho, mas piorou muito, mais muito, durante o governo de Mauro Nazif. Ao acabar com o contrato com o consórcio que atendeu a população durante muitos anos, Nazif prometeu uma revolução no transporte Cumpriu, mas ao contrário. Revolucionou sim, mas para muito pior! Na administração de Hildon Chaves, todas as tentativas não deram certo. Agora, surge uma esperança. Quem sabe não chegaremos ao fim desse drama?
LAERTE: “IPERON TEM QUE SER PRIORIDADE”
A abertura do ano legislativo foi concorrida, na tarde desta terça, na Assembleia Legislativa de Rondônia. O presidente Laerte Gomes abriu a sessão, fazendo um breve relato das atividades do ano passado e falando dos planos para 2020. O governador Marcos Rocha, o secretário chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves e o secretário de Finanças do Estado, Luiz Fernando, entre outros, representando o Executivo. O presidente do Tribunal de Justiça, Paulo Kiyochi Mori; secretário geral do Ministério Público, Marcos Valério Téssila de Melo; o presidente do OAB estadual, advogado Elton Assis, entre várias outras autoridades, também prestigiaram o evento. No seu discurso, o presidente da ALE anunciou profundas reformas na Assembleia Legislativa, para economizar ainda mais recursos, como o fez no ano passado, quando poupou quase 50 milhões de reais, 30 milhões dos quais foram devolvidos aos cofres públicos. Falou no perigo de colapso do Iperon, que, em suas palavras, a busca de solução para esse grave problema, deve ser tema prioritário para todos os Poderes. Citou também várias outras questões do Estado, que precisam ser enfrentadas. O esforço de todos os parlamentares e dos poderes, para enfrentar o que ele chamou de “momento decisivo”, será “vital para melhorar a vida dos rondonienses”.
ROCHA FALOU DOS AVANÇOS E DO FUTURO
O governador Marcos Rocha fez um pronunciamento, em que leu quatro páginas previamente redigidas, mas também improvisou. Além de destacar as principais realizações do seu primeiro ano de mandato, ele fez questão de ressaltar a união entre os Poderes, elogiando o Parlamento por sua atuação e pelo apoio a todos os projetos de interesse do povo de Rondônia. Rocha destacou os investimentos feitos em todos os setores; na preocupação em jamais ultrapassar o teto de gastos, com uma série de medidas de economia; relembrou o Plano Estratégico idealizado para seu mandato de quatro anos e “na aplicação responsável dos recursos”. Sobre o futuro, destacou a construção do futuro Hospital de Pronto Socorro de Porto Velho; pesados investimentos na educação e na saúde e a preocupação em melhorar o sistema viário do Estado, com obras em inúmeras rodovias. Prometeu, no final, ao lado da Assembleia, “trabalhar obstinadamente para termos uma Rondônia melhor!”.
VINICIUS DENUNCIA AMEAÇAS
MULTIPLICAMOS POR VINTE
Havia uma preocupação real: o grave problema do coronavírus poderia afetar as exportações brasileiras para a China? Com a expansão da doença, o mercado do mais populoso país do mundo poderia se fechar, mesmo que momentaneamente, o que traria certamente grandes prejuízos aos exportadores brasileiros, principalmente do setor de carne. E aí é que Rondônia poderia entrar num perigoso campo de queda vertiginosa, já que nossa carne é o produto mais comprado pelos chineses. Em janeiro do ano passado, nossas exportações para a China (a quase totalidade foi mesmo de carne), atingiu 1 milhão e 800 mil de dólares. Perderíamos esse patamar conquistado com tanta dificuldade? Nada disso. Pelo contrário. O janeiro de 2020 apresentou números impressionantes de crescimento. Isso mesmo. As vendas de produtos rondonienses aos chineses chegaram a 26 milhões. Isso mesmo. Multiplicamos por 20 as exportações. Só um frigorífico exporta, todos os dias, pelo menos 10 containers de carne, algo acima de 230 toneladas. E a tendência é aumentemos ainda mais o volume vendido à China.
PERGUNTINHA
Você concorda ou discorda do presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, que afirmou que agora não é o momento correto para discutir a questão da mineração em terras indígenas?