Artigo editado em: 2 de outubro de 2019
Começa a CPI da Energisa. O que ela poderá representar, durante sua realização e na conclusão a que chegará? Respostas a essas perguntas se saberá ao final do trabalho a ser realizado por um grupo de deputados estaduais, que ficarão no fio da navalha entre tratar a questão com seriedade e profundidade, sem correr o risco de se preocupar em agradar apenas ao consumidor/eleitor. Não será fácil a tarefa do presidente da CPI, Alex Redano, autor do pedido para criá-la; dos demais membros e muito mais do deputado Jair Montes, escolhido como relator. Montes, aliás, tem demonstrado preocupação e seriedade, antes mesmo de começar seu trabalho. Primeiro, avisa que não compactua com campanhas tipo “Fora Energisa!”, porque acha importante que tenhamos uma empresa essencialmente nacional cuidando do setor e, ao mesmo tempo, tem pesquisado a situação de companhias de distribuição de energia em outros estados. Tudo para que o trabalho seja realizado com segurança, respeito, transparência e espírito de Justiça “Queremos uma empresa séria, que ofereça serviço de qualidade com preço justo. Se fizer apenas isso, certamente todos ficarão satisfeitos”, comentou o parlamentar. Jair desembarca de Brasília nessa quinta, perto do meio dia e alguma horas depois já estará organizando a pauta de convocações da CPI. É certo que convocará dirigentes da Aneel e da própria Energisa, para explicar do porquê do salto no preço nas contas de luz do rondoniense, em alguns casos com percentuais absurdamente exagerados, segundo denúncias que tem chegado aos deputados.
Na Capital Federal, Jair Montes se reuniu, nessa terça, por mais de três horas, com diretores da estatal de energia de Brasília, que também está sendo privatizada. Ele fez dezenas de perguntas e, segundo afirmou, aprendeu muito, sobre o tema. Quer, ainda, ouvir dirigentes de empresas da região norte e ouvir a população, para tentar encontrar um denominador comum, que permita que a distribuição de energia elétrica seja bem feita e a um preço justo. Já está decidido, por exemplo, o convite ao ex funcionário da Energisa, Sidney Sandrini Queiroz, que há seis anos atrás publicou uma série de denúncias contra a atuação da empresa na Paraíba. Várias questões estarão na pauta da CPI, segundo Jair Montes. Mas certamente, a principal delas, relaciona-se com o que os parlamentares e consumidores consideram como aumento abusivo no preço cobrado pela energia. Há casos em que o valor das contas duplicar praticamente, sem que houvesse motivo para isso. O corte de energia feito fora dos padrões determinados pela legislação, como por exemplo à noite e aos fins de semana, estará também na alça de mira da Comissão. Participam dela, além de Redano e Montes, os deputados Cirone Deiró, Ismael Crispim, Edson Martins e dois suplentes: Adelino Follador e Adailton Fúria. A CPI tem 90 dias para apresentar suas conclusões e votar o relatório final. Espera-se que o faço com competência e de olhos voltados ao interesse público, antes de tudo.
A BOMBA VAI EXPLODIR NO PSL
Na sexta-feira pode estourar a bomba. A fissão nuclear está prestes a ocorrer. A física ensina que o processo de fissão nuclear é a quebra do núcleo de um átomo instável em dois núcleos menores, pelo bombardeamento de partículas como nêutrons. Claro que a explicação é apenas uma alegoria, para contar que a bomba que está prestes a estourar é na política. Caso os detalhes em andamento não mudem, o PSL deve perder um dos seus mais importantes membros em Rondônia. Ou por acordo ou por rompimento definitivo. O caso envolve, é claro, o homem dos 212 mil votos para o Senado, o empresário de Vilhena, Jaime Bagattoli. Ex parceiro de primeira hora do governador Marcos Rocha, os dois estão rompidos e Jaime está com os dias contados no partido. Em breve, se terá mais detalhes sobre os novos rumos de Bagattoli, que deve mudar de partido e se tornar um importante opositor ao governo rondoniense. As coisas estão fervendo, no PSL.
MOSQUINI E O “NOVO” MDB
É uma espécie de declaração de amor, mas, ao mesmo tempo, uma demonstração de que o autor está pronto para assumir os destinos da sigla, caso seja convocado. O texto é do deputado Lucio Mosquini, líder da bancada federal de Rondônia no Congresso e que sonha em assumir o comando regional do MDB rondoniense.” “O velho novo MDB de Rondônia! A militância política não envelhece, ela passa por transformações. Mas esse é o novo ? Sim, o novo não é apenas um candidato de 25 anos, com aparelho ortodôntico, corpo malhado e gel no cabelo. O novo é se adaptar às tecnologias, conversar com eleitor digital, ser transparente, ouvir as “redes” e ainda fazer downloads da vida todos os dias. O novo é ser realmente novo até mesmo no pensamento. Sou novo suficiente para aprender ouvindo os velhos que derrubaram a ditadura, que lutaram pela democracia e me garantiram o direito de escolher meu Presidente. Mas, o novo tem que ousar, tem que arriscar se, tem que arrojar-se. Peço licença aos velhos guerreiros para seguir em frente, para arregimentar, para ordenar… para crescer. A hora de um MDB novo que não se esqueça dos velhos, que respeite a história e que possa encontrar o equilíbrio para continuar fazendo desse partido o melhor partido do Brasil. A hora é agora. Dê licença!”. O texto foi publicado nas redes sociais. Mosquini representa o grupo que tem líderes como o senador Confúcio Moura, que sonha com novos rumos para o partido, no Estado.
CAPITAL PERDEU A ZPE, MAS GANHARÁ OUTRA
Para quem não conhece os detalhes da história, decisão anunciada nesta quarta pelo presidente Jair Bolsonaro deixou muita gente preocupada aqui no Estado. Ele assinou decreto extinguindo a Zona de Processamento de Exportação de Porto Velho, ZPE, que fora criada em 15 de julho de 2015, portanto há mais de quatro anos. A verdade é que a ZPE, importante para a economia da Capital e do Estado, jamais saiu do papel. O motivo principal é que a área que deveria abrigá-la simplesmente foi invadida. Tornou-se impossível de instalar a ZPE onde estava programada. O decreto que deu fim a ela foi exatamente por isso. Agora, contudo, o Estado volta a lutar pela implantação da ZPE, que pode significar a implantação de transformar Porto Velho, num grande centro logístico para a região norte. O secretário Luiz Fernando, da Sefin, diz que agora há uma nova área, pertencente ao Estado, de 110 hectares, sem perigo de uma eventual invasão, onde a ZPE, quando criada novamente, poderá logo ser instalada. É um projeto de enormes possibilidades. No Ceará, por exemplo, a ZPE já representante mais de 50 por cento do PIB do Estado. As negociações com o governo federal para que novo decreto criando uma nova Zona de Exportação seja assinado por Bolsonaro já estão em andamento.
POBRE BRASIL, RICOS POLÍTICOS!
O primeiro número era imenso: mais de 1 trilhão e 300 bilhões de reais economizados em 10 anos. Foi com essa meta desafiadora que o Brasil começou a se mobilizar pela Reforma da Previdência. Quando o projeto bate no Congresso, as coisas começaram a mudar. Deputados deram os primeiros passos, mexendo aqui e ali. Dai a economia baixou para 1 trilhão na década. Depois, para 900 bilhões. No Senado, mais mudanças, mais mexidas, mais “destaques”, mais politicagem, muito menos Brasil. Agora, a economia em dez anos já poderá ser de pelo menos 500 bilhões do que se sonhava inicialmente. E pode cair ainda mais. No final das contas, o valor pode chegar a menos da metade de 1 trilhão e 300 bilhões. A salvação do país pode ser apenas mais um puxadinho inconsequente, que resolverá apenas de forma paliativa. E que daqui a alguns anos terá que ser feito de novo. É assim nosso país. É assim que nossa classe política ajuda a sua desconstrução. Pobre Brasil. Ricos políticos!
NOSSAS RIQUEZAS SÃO NOSSAS!
A audiência pública que será realizada nessa sexta, em Porto Velho, com a presença do ministro das Minas e Energia, será uma entre várias outras programadas no país para tratar do tema Mineração. A partir delas, o governo buscará uma legislação que permita a exploração de nossas riquezas, num contexto em que não se destrua o meio ambiente. Claro que não será tarefa fácil, mas a decisão do governo Bolsonaro de pôr um fim ao controle da Amazônia por ONGs e empresas internacionais, além de entidades que tomaram conta de vastas regiões, todos sabemos com que reais intenções, terá adversários duríssimos. Tanto no exterior como nos seus sócios brasileiros e, mais ainda, nas instituições aparelhadas, que vivem em função de suas ideologias e não dos reais interesses do nosso país. Por isso, só com a união de empresas, trabalhadores, garimpeiros que trabalham sozinhos ou em grupos, cooperativas e associações, se poderá conquistar alguma coisa. Além disso, lembra o deputado Coronel Chrisóstomo, que organizou o evento desta sexta, que ocorrerá no auditório do Ifro, na Calama, perto do Shoppping, a partir das 8 horas da manhã. E é o mesmo que defende, entre tantas outras autoridades, o empresário Chico Holanda, presidente do Instituto de Ação Empresarial, que apoia todo o evento. A hora é do aval de todos os que querem que nossas riquezas sejam nossas e não apenas fiquem enriquecendo contrabandistas e estrangeiros que fingem se preocupar com nossa Amazônia. Todos presentes, portanto!
CERCADOS PELA VIOLÊNCIA
A violência está em todos os lugares, cada vez mais presente, cada vez mais inacreditável. Os números apavoram, as cenas chocam, a crueldade é cada vez mais chocante, as mortes se sucedem. No Rio de Janeiro, por exemplo, só na última década houve 400 chacinas, matando mais de 1.300 pessoas. As maiores vítimas são jovens, negros, pobres. Muitos dos assassinos também o são. Nas escolas, alunos agridem e matam professores. Pais matam filhos. Filhos matam pais. Irmãos guerreiam até por pequenas heranças. Motoristas psicopatas destroem vidas no trânsito, matando pessoas apenas porque elas estão atrapalhando seu caminho e podem fazê-los perder alguns segundos. Nas cadeias, os presos é que decidem as sentenças. Como o fizeram essa semana, quase matando com violenta surra o pai que matou sua filha. Nos presídios, há lei. A lei do mais forte, do crime, do bandido, mas as há. Fora das celas é que a impunidade campeia. É terra de ninguém. Pobres de nós, que somos pessoas de bem.
PERGUNTINHAS
Será verdade que a ausência de grandes artistas na Parada Gay do Rio de Janeiro, nesse ano, teve a ver com a falta de patrocínio com dinheiro público, via Lei Roaunet? E que nomes como Daniela Mercury, Anita, Ivete Sangallo, Cláudia Leite, Preta Gil e tantos não aparecem (só nesse ano) porque todos tinham compromissos anteriores agendados?