Artigo editado em: 10 de junho de 2020
A Operação Covidão, aquela apelidada por Roberto Jefferson, o mesmo que criou o termo “Mensalão”, já começou. Imaginava-se que ela seria deflagrada só depois da pandemia, quando muitos casos de roubalheira começariam a ser descobertas. Iniciou bem antes, porque muita gente não se aguentou e passou a usar o dinheiro público, verbas federais gordíssimas, como se fossem para seus bolsos e para enriquecer ilicitamente. Já houve ações no Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Ceará, Pará, Rondônia e Acre e outros Estados. E vem mais por aí! No caso de Rondônia, pelo menos dois empresários – um de Porto Velho e outro de São Paulo – foram presos, acusados de falsificar documentos de comprovação da qualidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), adquiridos pelo Governo do Estado, através da Sesau. As investigações passaram longe do gabinete do secretário Fernando Máximo e, até esse momento, nenhum servidor público do setor, foi detido ou denunciado na operação comandada pela PF. Poderia ter algum funcionário envolvido, no sentido de facilitar os negócios escusos que estão sob investigação? Respostas a essa pergunta serão dadas não só pelo prosseguimento dos levantamentos, que estão sendo feitos pela Polícia Federal, mas, ao mesmo tempo, pela Controladoria Geral do Estado, que abriu processo próprio para ir a fundo em toda a questão.
Em nota divulgada no meio da tarde desta quarta, o governo do Estado reafirmou sua preocupação com o absoluto controle dos investimentos e com o combate à corrupção. “O Estado de Rondônia tem tomado todas as medidas de governança e transparência”, cumprindo todos os manuais, rotinas e padronização de fluxos, “inclusive sendo referência no Brasil em indicadores nacionais nesse quesito”, referindo-se ao combate à corrupção. Com relação ao excelente trabalho que a PF tem realizado no país e realizou ontem também em Rondônia, o que se espera é que tudo seja feito dentro da perspectiva do Direito. Sem destruir reputações e dando amplo possibilidade de defesa aos acusados. Mas, que todos os julgados e culpados, cumpram pesadas penas, por roubarem dinheiro público e ainda mais num momento desses, em que o país vive a tragédia do corona vírus e das quase 40 mil mortes. A questão que não muda e torna o país tão previsível, é que muita gente, vivendo no entorno do poder no Brasil é absolutamente repetitiva: esses canalhas não se preocupam com vidas alheias. Só querem é cada vez mais dinheiro e poder. Por isso que Roberto Jefferson, que conhece muito bem o meio em que vive há décadas e até já cumpriu pena por ter participado desses esquemas, conseguiu prever com tanta antecedência o que iria acontecer. E também por isso, criou o termo Operação Covidão. Que todos esses vagabundos, ladrões do dinheiro público, sejam pegos. Cadeia neles!
QUASE DEZ MIL CASOS E 267 VIDAS PERDIDAS
O quarto dia do lock down em Porto Velho só trouxe más notícias, em relação ao corona vírus. O número mais assustador foi o de mortes: mais 12 rondonienses foram levados pela doença, aumentando dos 255 óbitos na terça para 267 na noite da quarta. Todos os dias, mais e mais famílias choram a perda dos seus entes queridos. E o número de contagiados só aumenta. Saltou de 9.220 na terça para 9.850, ou seja, mais 630 contaminados em apenas um dia. Preocupa muito também o crescimento no número de internados: são 349 pessoas sendo tratadas, com um grande número na UTI. A única boa notícia é o número de recuperados: já são 3.504, ou 36 por cento dos afetados pela doença. Porto Velho continua como a campeã de casos: 6.082, com 193 óbitos, entre os 267 já registrados. A doença está longe de ser erradicada entre nós.
FERIADÃO, LOCK DOWN, DESESPERO…
Um feriadão improvisado chegou a ser anunciado, em mais uma tentativa de segurar o porto velhense em casa. A Prefeitura de Porto Velho havia decidido emendar o feriado de Corpus Christi, nessa quinta e antecipar um feriado de outubro, criando praticamente quatro dias sem atividades. No final da manhã, contudo, o decreto da paralisação de sexta foi cancelado, ou seja, só esta quinta não será dia sem trabalho comum, embora em ambos tenha sido decretado ponto facultativo. A sexta será normal, com funcionamento dos bancos, lotéricas, serviços essenciais, incluindo floriculturas, que certamente serão um dos únicos setores que vão faturar nesse Dia dos Namorados, que deverá ter um dos piores resultados das últimas décadas. Embora as floriculturas funcionem, a grande maioria das lojas, onde os presentes poderiam ser comprados, está com suas portas cerradas. A semana toda de lock down diminui um pouco a movimentação em algumas áreas da Capital, mas muito menos do que as autoridades esperavam. Pelo menos até essa quarta-feira, o número de veículos circulando e pessoas andando nas ruas – principalmente na zona sul e na zona leste, pontos onde mais a doença tem se espalhado – continuaram sem grandes mudanças. A grande maioria dos comerciantes, que não faz parte do grupo considerado como de serviços essenciais – continua desesperada, muitos demitindo a maioria dos funcionários e outros já com suas portas fechadas definitivamente. Para eles, o lock down já está vigorando há mais de 70 dias…
UNIVERSIDADES: NOVA GUERRA IDEOLÓGICA
Fedeu! Gritaria geral no país, contra Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, autorizando que o controvertido ministro da Educação, Abraham Weintraub, possa nomear pelo menos até 17 reitores de Universidades Federais e outros quatro de institutos federais de ensino. A MP valeria para ser acionada durante a pandemia de corona vírus, mas é claramente mais um confronto ideológico entre governo e entidades educacionais. Dominados pelo pensamento da esquerda há décadas, algumas Universidades têm sido acusadas pelo governo de se preocupar unicamente com a formação ideológica; de ter gastos absurdos e de pagar super salários, como é o caso da USP, aos seus dirigentes e docentes. O ministro da Educação chegou a apresentar fotos e vídeos de Universidades que estariam cultivando maconha, dentro do campus. Ou seja, a preocupação de ambos os lados, ao que parece, tem pouco a ver com a verdadeira formação universitária, mas muito mais com posições ideológicas que, mais uma vez, se confrontam.
REITOR DA UNIR DIZ QUE É INTERVENÇÃO
A MP assinada por Bolsonaro vai atingir também a Universidade Federal de Rondônia (Unir)? O reitor Ari Otto, cujo mandato termina em novembro próximo, se mostrou indignado com a nova decisão. Disse que “embora a MP, a princípio, não atinja a Unir, já que meu mandato termina em 19 de novembro e a MP vale apenas até 9 de outubro”, não há qualquer dúvida de que “há uma absurda e desnecessária intervenção do Ministério da Educação nas Universidades brasileiras”. O processo sucessório na Unir está prestes a ser desencadeado, com a escolha da lista tríplice, mas agora ficará aguaardando o desenrolar dos acontecimentos, para definir os próximos passos. Ari Ott espera, enquanto isso, que a MP não caminhe, inclusive com apoio do Congresso ou, mais à frente, por decisão do Supremo, na medida em que ela é, para o reitor, uma clara e incompreensível intervenção em pelo menos 17 universidades brasileiras, cujos mandatos dos reitores terminarão, no máximo, até meados dezembro próximo. Em breve, se saberá mais detalhes sobre o polêmico tema.
CÉSAR CASSOL DISTRIBUI KITS CONTRA O CORONA
Um pacote de medicamentos que inclui Cloroquina e Ivermectina, entre outros, formam um kit que o empresário César Cassol, um dos maiores produtores de calcários de toda a região e com tentáculos de negócios já fixados também na Bolívia, tem distribuído com sucesso, tanto do lado de lá como o de cá da fronteira. Na região de Beni, no lado boliviano, o kit distribuído por César já beneficiou grande número de pessoas. Ele afirma, por exemplo, Invermectina, usada 1% a cada 40 ou 50 quilos, combate o corona vírus, também no estágio inicial da doença. Ele atesta que ´pelo menos 18 depoimentos de pessoas que se curaram com o remédio já lhe foram dados. Agora, o Grupo César Cassol Energia e Calcário também está atuando, no mesmo projeto, em sua cidade, onde o Hospital Municipal de Rolim de Moura recebeu, nessa semana, nada menos do que 100 kits de medicamentos na guerra à Covid 19. César, que já foi Prefeito de Rolim de Moura e decidiu deixar a política para se tornar um dos empresários de maior sucesso no Estado, com atuação importante também na Bolívia, diz que o kit cura mesmo o corona.
HILDON VAI À REELEIÇÃO COM TEZZARI DE VICE?
Pode estar surgindo uma dobradinha das mais quentes para a eleição municipal de Porto Velho, caso o prefeito Hildon Chaves confirme mesmo que vai à busca de um segundo mandato. Um dos seus mais destacados assessores, elogiado pelo grande trabalho que realizou durante essa administração à frente da Emdur, Thiago Tezzari, pode ser o nome para o posto, caso essa possibilidade se torne realidade. Hildon e Tezzari falam a mesma linguagem. O titular da Emdur deu um novo contexto à empresa, que durante os governos de Roberto Sobrinho e Mauro Nazif decididamente não funcionaram. Toda a iluminação nova da cidade; as parcerias com o Dnit para colocar luzes na BR 364 e em, breve na ponte sobre o rio Madeira; a atuação com sucesso em vários distritos, colocaram Tezzari como um dos nomes mais populares e respeitados da atual administração. Ele havia dito várias vezes que não seria candidato a nada, mas sua desincompatibilização do cargo, no último dia 4, mostrou o contrário. Será ele o parceiro de Hildon Chaves, caso o prefeito decida mesmo pela reeleição?
ARGENTINA RUMO Á VENEZUELIZAÇÃO?
Depois da Venezuela, que voltou atrás na História e entrou para a aventura destruidora comunismo, agora é a Argentina, que começa a ingressar nesse temível caminho. Um dos primeiros passos começa a ser dado: a estatização de grandes empresas. O novo presidente Alberto Fernández anunciou a privatização do maior grupo de produção e exportação de soja do seu país. Admirador de Hugo Chávez; do seu sucessor, o também ditador Nícolas Maduro e do ex presidente e ex presidiário Lula, entre outros, Fernández começa uma intervenção na economia do país, que pode causar a destruir a produção argentina e levar o país para a venezuelização. Um dos motivos da mudança surpreendente é que nossos vizinhos querem formalizar uma forte parceria com a China, conseguindo prioridade para a venda da sua soja aos chineses, até pela proximidade ideológica. A China é, hoje, o maior mercado consumidor da soja brasileira.
PERGUNTINHA
Quantos presídios você acha que deverão ser construídos para ”guardar” todos os corruptos, que serão condenados pela Operação Covidão, por roubo do dinheiro público, durante a pandemia?