CONFÚCIO MOURA DESABAFA E FAZ DURAS CRÍTICAS ÀS COLIGAÇÕES, À POLÍTICA E AOS POLÍTICOS

Artigo editado em: 22 de setembro de 2021

BRASIL TEM 11 MILHÕES DE ANALFABETOS E HÁ, AINDA, 38 MILHÕES DE ANALFABETOS FUNCIONAIS
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ROCHA ASSUME TODO O PODER NO PSL. COMO FICARÃO SEUS ADVERSÁRIOS NO PARTIDO?
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Não só merece registro, como também muita reflexão, importante texto publicado pelo ex-governador e atual senador rondoniense Confúcio Moura em seu blog pessoal, nesta semana. Num comentário curto e de fácil compreensão, mas extremamente duro em seu contexto, ele escreveu o que muitos brasileiros gostariam de dizer, sobre os políticos, os partidos e a classe política, enquanto os que vivem nesse e desse metiê, fazem questão de não comentar. Confúcio, nesse quesito, torna-se exceção à regra, falando claramente o que muita gente gostaria de falar. Entre outras coisas, ele critica duramente as coligações. “Nesse negócio de coligação, quando um camarada que tem muitos votos, ele arrasta quem não tem quase nada. Além disso, as “benditas” coligações só servem para o período eleitoral. Sabe Deus o que se passa por debaixo dos panos nessas negociações”. Sublinhou ainda que “se presume, em muitas vezes, que aos chamados partido de aluguel”, referindo-se aos períodos das campanhas eleitorais, “sejam uma verdadeira safra do achaque e da venda do partido”. A questão dos partidos de balcão é uma das maiores excrescências do nosso país, embora a maioria dos políticos evite denunciá-la, porque os que são adversários hoje, podem ser os aliados de amanhã, nessa bagunça eleitoral que vivemos. Mas ao comentar o assunto, o senador de Rondônia não o fez com exatidão? Existe verdade maior?

Confúcio foi mais longe, depois de criticar também as constantes tentativas de mudanças das leis eleitorais a cada pleito. Destacou ainda que “é por tudo isso, que é muito difícil para qualquer prefeito, governador ou presidente da República, ter condições de governar verdadeiramente para melhoria do povo”. O que ocorre, protesta, é que o governante “tem que ficar correndo atrás de apoio, com um mundo de partidos, todos eles necessitando de recursos para suas bases (quero isso, quero aquilo!) deixando para trás os reais interesses,  as reformas necessárias, que venham a favorecer, principalmente, aos segmentos mais pobres da população”. Lamentou que “é assim que vem acontecendo desde o Brasil Império, agravado, depois da Proclamação da República. Ninguém liga para a educação básica. Ninguém liga para a regularização fundiária. Ninguém liga para profissionalizar os jovens”. E definiu: “e assim vai se levando na barrigada o nosso país, enquanto qualquer Presidente, mesmo que não diga, termina entrando na onda de governo de cooptação. O que poderia, saudavelmente, ser uma coalizão (união) para iniciarmos uma virada no nosso país!”, teoriza, seria um grande avanço, “se todos escolhessem, verdadeiramente, a educação básica e a alfabetização na idade certa, como prioridade absoluta”! O Confúcio de Rondônia não é o chinês, mas também faz a gente pensar!

ROCHA RETOMA O PSL REGIONAL, PREPARANDO SEU CAMINHO EM BUSCA DA REELEIÇÃO

De surpresa, foi anunciada uma importante decisão do governador Marcos Rocha, sobre seu futuro político. Ele voltou ao seu partido de origem, preparando-se para a busca da reeleição no ano que vem. Rocha não só retorna ao PSL, como o retoma, também assumindo a função de presidente regional. O seu chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, será o secretário-geral da sigla, acabando com uma divisão que determinou a saída do Governador do partido, pouco depois de assumir o comando do Estado. Os acordos foram fechados com o presidente nacional do partido, o deputado federal Luciano Bivar, um dos que costura os futuros passos do presidente Jair Bolsonaro também em direção a um segundo mandato. Há possibilidades concretas de que Bolsonaro, em breve, também anuncie que retorna ao seu partido de origem, como Marcos Rocha. O Governador rondoniense chegou a “namorar” várias outras siglas, antes de bater o martelo. Mas seguiu a orientação do grupo do Presidente da República, de quem é aliado de primeira hora. Ontem mesmo ele já começou a agir. Uma das metas é formar uma forte nominata de candidatos do partido para 2022, tanto em nível estadual quanto federal.

CASO HEURO: UMA NOVA LICITAÇÃO PODE DEMORAR MAIS DE DOIS ANOS

O tempo passa, o tempo voa e a história da construção do Heuro continua numa….ruim. Como o Tribunal de Contas do Estado interferiu no assunto, alegando uma série de irregularidades no contrato (inicialmente, as contestações tinham mais de 20 itens, que baixaram para três ou quatro), o caso ainda está pendente. O maior problema, agora, relaciona-se com a batida de pé do TCE-RO de que a obra está superfaturada. Até agora, o Tribunal não aceitou as alegações nem da empresa que foi contratada para fazer todo o projeto, nem da Secretaria da Saúde e nem da Procuradoria Geral do Estado, que através do procurador Maxwel Andrade, tem defendido com unhas e dentes o projeto original, em relação a esse quesito. O que pode ocorrer é zerar a licitação que ocorreu na Bolsa de Valores de São Paulo, onde 15 empresas mostraram interesse, mas apenas duas participaram da concorrência, pois o preço foi considerado baixo, é uma nova licitação, o que poderia demorar mais dois anos, pelo menos, para que a obra pudesse começar. Isso se o TCE não anunciasse novas irregularidades. Ou seja, nosso Heuro está ainda muito distante.

UMA MORTE EM CINCO DIAS, HOSPITAIS QUASE VAZIOS: A COVID RECUA NO ESTADO

Em cinco dias (sexta, sábado, domingo, segunda e terça-feira), apenas uma morte por Covid foi registrada em Rondônia. Nenhuma na Capital. Apenas onze pacientes estavam internados na Capital, nesta quarta. No Estado todo, segundo o Boletim 549, da Secretaria de Saúde do Estado, com números oficiais do Ministério da Saúde, apenas 69 doentes ainda ocupavam nossos leitos hospitalares. O total de contaminados e hospitalizados, se equivale, mais ou menos, aos registrados entre maio e junho de 2020, quando a pandemia começava a mostrar sua força em Rondônia. Outra boa notícia é que, ao menos até a quarta-feira, não se registrara nenhum caso mais grave da doença por cepas novas e consideradas mais agressivas, como a colombiana e a indiana. No mesmo Boletim, lamenta-se profundamente as mortes de 6.512 pessoas, durante todo o período da doença, que começou a cair drasticamente com a vacinação em massa. Até agora, estamos perto de termos recebido 2 milhões e 200 mil vacinas, das quais perto de 1 milhão 650 mil foram aplicadas como primeira dose e quase 540 mil da segunda. Ainda não há dados oficiais sobre quantas terceiras doses já foram aplicadas no Estado, já que elas começaram há poucos dias.

HILDON REGISTRA NAS REDES SOCIAIS: CAPITAL APLICOU MEIO MILHÃO DE DOSES DE VACINAS

Por falar em vacinação, o prefeito Hildon Chaves anunciou, nesta quarta, um número que merece, sim, todas as comemorações. A Capital rondoniense, segundo ele, atingiu a marca de meio milhão de vacinas aplicadas. Num texto nas redes sociais, Hildon registrou: “é com muita alegria que venho aqui comunicar à vocês: chegamos à marca de 500 mil doses aplicadas! Nossa vacinação que teve início no dia 19 de janeiro, atingiu a marca de meio milhão de doses aplicadas contra a Covid-19. Segundo o Ministério da Saúde, contabilizamos 500.629 doses aplicadas, sendo 334.205 de primeira dose, 157.945 de segunda dose, além de 8.479 de dose única. Parabéns aos servidores, voluntários; às Secretárias Eliana Pasini e Marilene Penatti pelo empenho e dedicação durante esses oito meses de trabalho duro e entrega para que a população permanecesse segura e imunizada. Parabéns aos que já se vacinaram e às equipes que levaram essas doses para o Baixo Madeira e todos os distritos”. O prefeito concluiu: “a campanha de imunização ainda não acabou, precisamos nos conscientizar de que ainda temos muito trabalho pela frente, muitas pessoas a serem vacinadas. Vacina boa, é vacina no braço!

NOSSOS “DIAMANTES VERDES” CONTINUAM INDO EMBORA. PELO CONTRABANDO

Mais uma vez, como já o fizeram dezenas de vezes, sempre enxugando gelo e, obviamente jamais resolvendo o problema na sua essência, agentes da Polícia Federal, devidamente autorizados pela Justiça, realizaram nova e insípida ação para desbaratar mais uma quadrilha de contrabandistas de diamantes. Com o nome pomposo de Green Diamond (Diamante Verde), com o óbvio trocadilho relacionada com a riqueza que abunda no solo da Amazônia, os federais fizeram prisões, apreensões e, certamente, daqui a alguns anos, quando os envolvidos forem julgados, já se esqueceu o caso. Como ficaram esquecidas inúmeras outras ações, cujos resultados sempre são discutíveis. Enquanto se prende um pequeno grupo de contrabandistas, outros, vários deles, são criados. Aos poucos, nossas riquezas vão embora, por pura ideologia burra, sem que fique, para nosso País e para nossa população, um só centavo do que é legitimamente nosso. Os índios, donos da terra, também ficam sem nada, afora as camionetas zero quilômetro e as antenas parabólicas presenteadas aos caciques. O caso mais recente de Cacoal, refere-se, claro, aos diamantes da Reserva Roosevelt. O governo federal lava as mãos e deixa com a PF a missão de acabar com o contrabando, o que, sem dúvida alguma, jamais conseguirá.

LEI ESTADUAL PROÍBE A ABERRAÇÃO DA “LINGUAGEM NEUTRA” EM ESCOLAS RONDONIENSES

Embora em nível nacional o vergonhoso uso da chamada linguagem neutra, que ignora os sexos masculino e feminino e tenta criar absurdos para Língua  Portuguesa, com palavra híbridas (teoria defendida pelas esquerdas e até por instituições sérias, inclusive da área da Justiça, da Educação e de parte da grande mídia, lamentavelmente!) esteja tentando tomar conta das nossas escolas, por aqui já se tomou medidas para impedir essa nojeira. Projeto do deputado do PSL, Eyder Brasil, foi aprovado na Assembleia Legislativa, proibindo o uso desta excrescência denominada de “linguagem neutra!”, nas escolas rondonienses. O projeto determina que tal linguagem não pode ser usada, com a utilização de vogais, consoantes e símbolos que não identifiquem claramente o gênero masculino ou feminino nas palavras. Claro que uma decisão neste nível só seria de prática viável, caso viesse de cima para baixo, em nível nacional. Mas a iniciativa do parlamentar retrata, sem dúvida alguma, a ojeriza com que a grande maioria dos rondonienses trata esse assunto. O que falta agora é uma lei federal, com aval dos parlamentares estaduais, para acabar com o ensino de sexo, homossexualismo e outros temas semelhantes, relacionados com a imposição sobre ideologia de gênero, em relação ao ensino para nossas crianças.

DA PORTA PARA FORA DAS CADEIAS, DEPENDEMOS DA SORTE PARA NÃO SERMOS AS VÍTIMAS

Tem de tudo um pouco: drogas, celulares, carregadores, armas artesanais. Tem grupos organizados, reunindo-se periodicamente para planejar e mandar executar crimes do lado de fora. Tem de tudo nas cadeias brasileiras e rondonienses. Com uma legislação que protege o crime, a sociedade não se livra dos bandidos nem quando eles estão entupindo penitenciárias. Todos têm direitos e mais direitos, enquanto as vítimas, aqui fora, só ficam torcendo para que, ao menos hoje, não tenha chegado a vez delas. Nesta semana, uma ação preventiva no presídio de Ji-Paraná comprovou que é uma moleza entrarem drogas e celulares nas cadeias. Se a mesma ação fosse feita em outros presídios do Estado, o resultado seria o mesmo. Enquanto isso, do lado de cá, todos os dias as vítimas se avolumam. Nos últimos dias, perto do shopping, um casal de motoqueiros já realizou vários assaltos, levando uma dezena de celulares, sem ser perturbado. Menores entram e saem dos centros de detenção na maior moleza. Roubam, assaltam, ferem e depois voltam para dormirem em paz, onde deveriam estar detidos, para poderem planejar os crimes do dia seguinte. E assim vai nossa vida, dependendo da sorte para não sermos violentados e também dela, a sorte, para não sermos mortos. Enquanto isso, nas cadeias, o que mais vale é o direito dos presos. É, lamentavelmente, no que transformaram nosso país…

PERGUNTINHA

Você concorda plenamente, discorda ou tem vontade de rir, com a afirmação do ministro Luiz Fux de que “o STF contribui para a estabilidade e retomada econômica do pais, apesar de dificuldades”?

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