Artigo editado em: 21 de fevereiro de 2022
A decisão de Confúcio Moura (num vídeo ao vivo, ao lado de dona Alice, sua esposa) de não disputar o Governo, muda sim o quadro que estava se desenhando, embora esteja longe de ser uma surpresa. O ex-governador e senador aparecia com chances reais, em pesquisas sérias, mas apenas para consumo interno, propostas pelo MDB regional. Poderia ser um nome de ponta, caso entrasse de corpo e alma na campanha e mobilizasse a militância emedebista, que, ainda, é a maior do Estado. Vários fatores fizeram Confúcio desistir, a maioria deles fora da política. O primeiro, por questões familiares. Ele tem procurado ficar mais perto da companheira de toda a vida, a dra. Alice, que está enfrentando problemas de saúde. Além disso, tem direcionado seus projetos para outros caminhos, que não os de se manter na vida pública, depois de cumprir seus cinco anos que ainda tem a concluir, do seu mandato como senador. Prestes a completar 74 anos, em maio próximo, o duas vezes ex-governador já galgou todos os caminhos da política, sempre pelo voto direto. Comandar o Estado novamente, não seria um pouco de exagero, nessa altura da vida que, na verdade, ele a dedicou praticamente toda à Medicina e à atividade pública?
A desistência de Confúcio Moura, nessas alturas do campeonato, muda completamente o quadro da disputa eleitoral em Rondônia. Nesse momento e com essas condições de hoje, a eleição fica cada vez mais perto de um segundo mandato para o governador Marcos Rocha. Sempre lembrando que o quadro é atual e que pode mudar a qualquer momento, ele teria pela frente (na medida em que se imagina que o senador Marcos Rogério se torne Ministro) apenas um nome muito peso pesado, na nossa na nossa vida pública, como seu principal adversário. Trata-se de ninguém menos do senador e ex-governador Ivo Cassol, que pode ser autorizado, já nessa quarta-feira, a entrar na disputa. A corrida ao governo com Cassol é uma; sem Cassol, todo mundo sabe que é completamente outra. E os partidos que não têm nomes ainda para disputar governo, incluindo o MDB, poderiam formar uma federação aqui em Rondônia, para ter uma candidatura única? Muito difícil, por causa das questões nacionais. O nome do jovem Vinícius Miguel poderia ser o indicado numa federação de partidos, se ela pudesse ser feita em nível estadual. O problema todo é a questão nacional. Por exemplo, o PSDB e o Cidadania, partido de Vinícius, fecharam um acordo nacional. Mas esse acordo será seguido em Rondônia? Essas dúvidas prosseguirão até quando se definirem as candidaturas. Nesse momento, contudo, com Confúcio fora do páreo, as coisas ficaram menos difíceis para Marcos Rocha. Só que, claro, ainda há muita água para rolar embaixo dessa ponte, antes que se definam todas as questões relacionadas com a disputa pelo Palácio do Governo. E ainda tem Léo Moraes! Não esqueçamos que Léo Moraes sonha dia e noite com a cadeira de Marcos Rocha! Essa eleição ainda vai ter muitas coisas surpreendentes pela frente. Aguardemos pois!
CONFÚCIO CONFIRMA POSSÍVEL FEDERAÇÃO COM UNIÃO BRASIL. LÚCIO MOSQUINI DIZ QUE PARTIDO ESTÁ MAIS PERTO DO PSDB
Há ainda uma questão que se aproxima, concretamente. O MDB estaria próximo de fechar um acordo com o União Brasil (ex- PSL e ex-DEM) em nível nacional, segundo Confúcio Moura. O assunto está sendo tratado diariamente pelo presidente nacional emedebista, Baleia Rossi e o do União Brasil, Luciano Bivar. Faltam ainda alguns detalhes a serem fechados, a maioria deles relacionados com as questões regionais. Isso pode significar que, em Rondônia, Confúcio Moura, Lúcio Mosquini, Valdir Raupp e várias outras lideranças do partido, acabem no mesmo palanque de Marcos Rocha, pedindo votos para sua reeleição. O próprio Confúcio Moura, durante entrevista ao programa Papo de Redação, comentou que pode ser fechada a federação com o União Brasil e que, se isso ocorrer, pode significar que ele e todo o grupo estariam junto a Marcos Rocha, pela reeleição. Mas não descartou outras alternativas, citando nomes como os de Léo Moraes, de Thiago Flores e Jesualdo Pires, por exemplo, como eventuais parceiros emedebistas, caso não se concretize a aliança com o União Brasil. Já o deputado Lúcio Mosquini, presidente regional do MDB, acha que a federação do seu partido está muito mais próxima do PSDB. Nos próximos dias, novas conversações serão realizadas. Não se sabe qual será o resultado delas, mas, enfim, o ambiente da política está quentíssimo e os bastidores fervilhando.
AÇÃO QUE PODE BENEFICIAR CASSOL ESTÁ NA PAUTA DO STF. MAS, ANTES, TEM A DECISÃO SOBRE O PORNOGRÁFICO FUNDO ELEITORAL
Por falar em Cassol, há uma possibilidade real de que nesta quarta-feira, dia 23, será mesmo levada a julgamento, no pleno do STF, a ADI 6630, aquela que pode beneficiar o ex-senador e ex-governador rondoniense, além de mais 65 outros políticos brasileiros, modificando a interpretação da Lei da Ficha Limpa e permitindo que todos concorram já nas eleições deste ano. O assunto está como segundo na pauta, mas ainda pode ser transferido, porque o primeiro tema do dia (na quarta) terá certamente longa duração nos debates e decisões dos ministros, já que trata da decisão sobre o Fundo Eleitoral. O Partido Novo ingressou com uma ação de inconstitucionalidade contra os 5 bilhões e 700 milhões de reais destinados pelo Congresso ao pornográfico Fundo e o caso está na pauta do STF para julgamento. A ADI tem como relator o ministro Cássio Nunes, que já votou favorável à modificação na lei, permitindo a participação dessas dezenas de políticos, incluindo Cassol. Caso a votação sobre o Fundo Eleitoral não tome toda a sessão, o caso da Lei da Ficha Limpa também poderá ter seu Dia D. Caso não seja votado nessa quarta-feira, pode o ser na quinta ou, finalmente, só na semana que vem.
IEDA CHAVES NÃO DESCARTA CANDIDATURA E SE TORNOU UMA ESPÉCIE DE CORINGA PARA A ELEIÇÃO DESTE ANO
Há poucos meses, quando questionada se estava pensando em concorrer na eleição de outubro, a primeira dama Ieda Chaves desconversava e dizia que não estava pensando no assunto. Contudo, depois de receber tantos convites; de ser considerada uma espécie de coringa, na formação de uma chapa viável para a disputa ao governo; depois de ser “cortejada” politicamente por Confúcio Moura (que agora desistiu da disputa); por Marcos Rogério e, agora, por Marcos Rocha, dona Ieda já não afirma, com tanta segurança, que estará fora da disputa. Neste sábado, ao ser entrevistada pela jornalista Yale Dantas, na rádio Rio Madeira FM (107,9), a primeira dama de Porto Velho disse que ainda não decidiu o que fazer, mas garantiu que pode sim disputar a eleição que se aproxima. Ieda Chaves se tornou um nome muito forte na Capital e em outras regiões do Estado. Seu marido, o prefeito Hildon Chaves, está fazendo um governo positivo e diferenciado, do qual ela tem participado ativamente, principalmente em inúmeras ações sociais, que se multiplicaram nestes tempos de pandemia e quando tantas pessoas necessitadas, precisam de apoio do poder público. Como tudo indica, ao menos nesse momento, que Hildon não deixará a Prefeitura para concorrer ao Governo ou a qualquer cargo parlamentar, ter o apoio e parceria da primeira dama, se tornou uma espécie de prêmio especial para os futuros candidatos, principalmente ao Governo.
FACÇÕES ESTÃO INVADINDO UMA DAS MELHORES E MAIS TRADICIONAIS ESCOLAS ESTADUAIS EM PORTO VELHO?
As cenas são de assustar. Os áudios, denunciando a existência de facções dentro das escolas também. Num dos mais tradicionais educandários do Estado, em Porto Velho, as constantes brigas entre alunos, denunciadas por um pai extremamente assustado com “membros de facções”, têm preocupado autoridades da educação e toda a comunidade escolar. Até há pouco tempo uma escola do tipo padrão, pela qualidade do ensino e pela forma correta com que conviviam servidores, professores e alunos, certamente surpreendeu a todos, em especial, certamente, ao secretário de Educação do Estado, professor Suamy Vivecananda, que teve uma passagem altamente positiva como diretor do João Bento da Costa, escola localizada no bairro Jardim Eldorado. Infelizmente, cenas como essas não são incomuns em colégios pelo Brasil afora. Desde que se aplica o método hoje extremamente discutível de Paulo Freire, que deu aos alunos escolhas, acrescidos de poderes a eles c9ncedidos (que não se duvida, jamais deveriam ter sido dados) durante os governos petistas; desde que agressões a servidores das escolas e a professores passaram a não ter punição duríssima, como deveriam ter; desde que gangues começaram a invadir salas de aulas, sem que nossa legislação determinasse reação rápida e à altura da violência que elas representam, a tendência é que a situação piore cada vez mais. O que se espera é que a Seduc tome as medidas enérgicas necessárias e extirpe, do seu meio esses brigões, que levam só a discórdia e o perigo para dentro das escolas.
OS TRÊS MOSQUETEIROS DO STF QUE AGEM COMO SE FOSSEM OPOSICIONISTAS POLÍTICOS
O que está acontecendo em relação a pelo menos três ministros do STF, que agem como adversários políticos do Presidente Bolsonaro e do seu governo? Há uma sensação de que, nas questões institucionais, esse trio pelo menos, sem contar alguns outros, está agindo como representante do mais duro partido de oposição que o governo atual poderia ter. Nesse pequeno grupo que tem sido o pior adversário do governo, o mais radical é Alexandre de Moraes. Ele se transformou numa espécie de dono do país, com decisões estranhíssimas, mandando prender e mandando soltar; abrindo processos e preocupando a sociedade brasileira, porque não se sabe exatamente qual será a próxima ação que vai contra o bom senso e nossa Lei maior. Quase no mesmo nível, está o ministro Luís Barroso. Ele tem atacado o Presidente da República, como se fosse um líder da oposição. Barroso tem culpado o Presidente por uma série de coisas, algumas ele talvez até tenha culpa, mas o que se estranha é que o ministro fica dando entrevistas, achando isso ou denunciando aquilo, quando o correto seria ele calar a boca e exprimir suas opiniões, dentro da Constituição, nas sentenças que assina. Barroso, como um político/parlamentar, vai a encontros internacionais falar mal do governo brasileiro, inclusive que pedem a saída de Bolsonaro do poder, não pelo voto. E ainda cria Fake News. O último exemplo: disse que o Presidente teria mandado aviões da FAB sobrevoar o prédio do Supremo, para quebrar os vidros e assustar os ministros, quando esse fato ocorreu como um incidente em 2012 ou seja há uma década atrás, quando Bolsonaro nem sonhava com a Presidência da República.
EX-MEMBRO ATUANTE DA ESQUERDA CONFESSO, FACHIN CONTINUA FALANDO COMO UM MILITANTE
O terceiro entre os “mosqueteiros petistas” (não consegue separar sua missão no STF de suas raízes políticas), é o ministro Edson Fachin, que já foi um radical de esquerda, como ele mesmo conta em vídeos que estão aí, na internet, para quem quiser ver. Tem sido duro crítico do governo e sua última ação, das mais estranhas e desnecessárias, foi ao dar uma entrevista como presidente interino do Tribunal Superior Eleitoral, dizendo que hackers russos estão tentando invadir o sistema do tribunal e influir nas eleições no Brasil, exatamente no dia em que o presidente Bolsonaro visitava o presidente da Rússia. Ora, foi uma ligação estúpida e sem qualquer necessidade. A invasão ao TSE poderia chegar às urnas? Embora não tenha dito explicitamente, Fachin deixou no ar (ou seja, criou clima absolutamente desnecessário) essa ilação. Ficou clara a insatisfação do ministro com o atual governo. Ele e alguns dos seus colegas ainda não compreenderam, certamente, que o povo brasileiro quer mesmo uma eleição limpa e transparente, onde a vontade da maioria fique bem nítida, seja quem for o vencedor. Não é aceitável que ministros da mais alta corte utilizem-se de suas sagradas funções para fazer política/partidária e defender apenas uma ideologia. Infelizmente, para o triunvirato que usa a toga também para fins partidários, parece que essa é a missão principal. Lamentável!
MORTES VIOLENTAS: PAÍS DIMINUIU EM SETE POR CENTO, MAS EM RONDÔNIA CRIMES AUMENTARAM NO MESMO PERCENTUAL
O Brasil teve uma boa notícia, mas ela não vale para Rondônia. Explica-se: números oficiais, contabilizando todo o país, demonstram que o número de assassinatos, em nível de Brasil, caiu 7 por cento entre 2020 e 2021. Lamentavelmente, não foi o que ocorreu em Rondônia. No nosso Estado, segundo números oficiais do total do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, ocorreu o contrário: 7 por cento de aumento mortes. Nos 12 meses do ano passado, foram registradas 452 crimes violentos, 30 a mais do que em 2020. Em toda a região norte, também foi detectada a contramão na queda significativa registrada em outras regiões do país. Na nossa região, o crescimento foi de 10 por cento no total de assassinatos. O Amazonas foi o estado com a maior alta da região e do país: 54% a mais de mortes foram registradas em 2021 que em 2020 naquele Estado. O número passou de 1.019 para 1.571. O único da região norte que teve queda foi o Acre, que foi o Estado com uma queda de 38 por cento, a maior registrada em todo o país. No ano passado, no Brasil inteiro, foram registradas 41.100 mortes violentas, 3 mil a menos que o ano anterior, o menor número catalogado desde 2007, ou seja, há 14 anos passados.
PERGUNTINHA
Você acha que são verdadeiras as informações que 96 por cento dos venezuelanos vivem na pobreza e mais de 79 por cento muito perto da miséria ou considera que tudo não passa apenas de propaganda anticomunista?