COM AMPLA MAIORIA, GOVERNO VAI NADAR DE BRAÇADA NA RELAÇÃO COM A ASSEMBLEIA NO SEGUNDO MANDATO

Artigo editado em: 1 de dezembro de 2022

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Não haverá qualquer dificuldade do Governador reeleito conseguir aprovar praticamente todos os projetos que tiver que aprovar. Pelo resultado da eleição de outubro, o partido do governador Marcos Rocha será o maior na Assembleia Legislativa, a partir do ano legislativo de 2023, mas vários outros devem fazer parte da base aliada. O União Brasil elegeu nada menos do que cinco parlamentares. Mas a próxima legislatura terá, ainda, várias outras siglas que, sem dúvida alguma, vão estar ao lado do Palácio Rio Madeira/CPA, a partir de 1º de fevereiro. Serão mais três eleitos pelo Patriotas; dois do MDB; dois do Republicanos. Some-se a estes, um do Progressistas, um do PSB e um do PTB. Isso na teoria, porque na prática, a tendência é que muitos outros eleitos passem também para os que vão estar ao lado de Rocha. Por exemplo: com a fusão em andamento entre PSC e Podemos, para o surgimento de uma nova sigla, ela terá três nomes, dois deles reeleitos (Luizinho Goebel e Alan Queiroz) e um terceiro, a dra. Taíssa Sousa, em seu primeiro mandato. Alan já garantiu apoio a Rocha. Luizinho tende a ficar neutro e é provável que Taissa, a néo parlamentar, fique ao lado do governo. Ou seja, desde agora, se pode afirmar, com segurança, que, como ocorreu na atual legislatura, o governo vai nadar de braçada na sua relação com a Assembleia.

Vejamos como está até agora, caso nenhum parlamentar troque de lado até a posse, na futura Assembleia rondoniense. O União Brasil tem cinco cadeiras (Ieda Chaves, Cirone Deiró, Gislaine Lebrinha, Rosângela Donadon e Ezequiel Neiva). O Patriotas tem três: Marcelo Cruz, Ribeiro do Sinpol e Edevaldo Neves. Três terão também o partido que resultará na fusão de PSC e Podemos: Goebel, Queiroz e dra. Taíssa. Outras três do PSD, cujo nome principal é Laerte Gomes, o mais votado entre todos, ao que tem como companheiros de sigla Cássio Góis e Nim Barroso. Com duas cadeiras cada um: PL, com Jean Mendonça e Afonso Cândido; MDB, com Jean Oliveira e dr. Luis do Hospital; Republicanos, com Alex Redano e Delegado Rodrigo Camargo.  Quatro partidos terão apenas um representante:  Progressistas (Delegado Lucas Torres); PSB (Ismael Crispin); PTB (Pedro Fernandes) e PT (Cláudia de Jesus). Até fevereiro, podem haver mudanças, mas a tendência real é que a oposição no parlamento, ao governo rondoniense, acabe apenas nas mãos da petista Cláudia de Jesus. É só esperar para ver.

QUINTETO FORMA A MAIOR BANCADA FEMININA DA HISTÓRIA DO PARLAMENTO RONDONIENSE

O ano legislativo que vai começar em 1º de fevereiro de 2023, vai marcar algo inédito na história do parlamento rondoniense. Nunca houve uma bancada feminina tão grande. Quase 21 por cento Ds 24 cadeiras serão ocupadas por cinco mulheres. O máximo que a ALE do Estado já teve foi de três mulheres ao mesmo tempo. Dessa vez, no grupo feminino, estará também a mulher com maior votação para uma representante feminina, também do mesmo parlamento. Ieda Chaves teve 24.667 votos, só sendo superada pelo deputado Laerte Gomes, que teve 25.603, ou seja, 936 votos a mais. As outras quatro eleitas são Gislaine Lebrinha (12.663 votos); Rosângela Donadon (12.097); Cláudia de Jesus (8.845) e Dra. Raíssa Sousa (7.649 votos). Ieda é estreante na política, embora já participe de atividades públicas há anos, sempre ao lado do marido, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves. Gislaine Lebrinha foi duas vezes prefeita da sua cidade, São Francisco do Guaporé. Rosângela Donadon representa uma das famílias mais poderosas na política do Cone Sul. Cláudia de Jesus, filha do três vezes deputado federal Anselmo de Jesus, também tem experiência na política, assim como a dra. Raíssa, uma liderança emergente na sua região Certamente a bancada feminina vai zse destacar na Assembleia, a partir de fevereiro.

NIM BARROSO, NA POLÍTICA DESDE OS 14 ANOS, É UM DOS NOVOS DEPUTADOS ESTADUAIS DE RONDÔNIA

Treze dos 24 deputados que assumem no ano que vem, para um mandato de quatro anos, são estreantes na Assembleia Legislativa. Entre eles, um ji-paranaense que tem envolvimento com a política desde cedo. Aos 14 anos, Alexandro Barroso Duarte Santana começou a conhecer mais de perto a atividade pública, acompanhando seu padrasto, o então vereador Celino Cardoso. Conhecido como Nim Barroso, aos 31 anos, depois de começar na Câmara como suplente, acabou se tornando o vereador mais votado na cidade em que nasceu. Ao se candidatar à reeleição à Câmara de Vereadores, ele teve nada menos do que 1.820 votos. Daí para tentar uma cadeira na Assembleia, pela vitoriosa carreira que abraçou, foi um passo firme e bem calculado. Concorrendo pelo PSD (partido que terá três cadeiras no parlamento), Nim somou 7.609 votos, para chegar ao parlamento rondoniense pela primeira vez. Na Assembleia, pretende ter um olhar especial, como o teve quando vereador, para quatro setores, principalmente: esporte, questões sociais, saúde e educação.

O NÚMERO DA TRAGÉDIA: 20 MULHERES FORAM ASSASSINADAS PELOS COMPANHEIROS SÓ EM DEZ MESES

Foram 20 mortes em dez meses. Duas a cada mês. Treze delas apenas no primeiro semestre. Campanhas não têm resolvido o problema. Penas mais duras também não. O eterno machismo brasileiro, em que muitos homens consideram a mulher como propriedade pessoal, continua sendo a causa mais provável da violência sem fim, que, no país, tira centenas de vidas delas, todos os anos. O excesso de bebida alcoólica também. Na maioria dos casos, os criminosos covardes conseguem fugir, até serem pegos pela polícia. O número de casos cresce e as histórias são semelhantes. Ciúmes. Não aceitação de uma separação. A morte porque a ex-companheira casou de novo. São enredos que envolvem casos como o que ocorreu em setembro passado, em Nova Mamoré, quando a companheira foi morta a facadas pelo marido violento. Ou como foi registrado em Alta Floresta, dois dias depois, quando a mulher foi morta com quatro tiros e o assassino cometeu suicídio. Ou ainda quando uma jovem de 22 anos foi baleada em Porto Velho, no estacionamento de um grande centro de compras. No total, duas dezenas de vidas ceifadas em pouco mais de 300 dias. E o ano ainda não terminou. Até quando essa praga vai afetar nossa sociedade?

PROTESTOS CONTINUAM, MAS NADA MUDOU EM RELAÇÃO AO RESULTADO DA ELEIÇÃO DE OUTUBRO

Trinta e dois dias depois da eleição presidencial, embora com muito menor intensidade, os movimentos de protesto ainda continuam, país afora, principalmente em frente aos quartéis do Exército. Em Porto Velho, diminuiu, mas parece longe de acabar totalmente, a participação no protesto. Também, voltaram, embora igualmente com muito menor  força, mobilizações de bloqueio ilegal de rodovias. Em Rondônia, a manhã da quinta-feira chegou a ter um fechamento da BR 364 em Ariquemes e outro em Cacoal. O primeiro foi desfeito no meio da manhã e o outro mantinha-se durante o dia. Em Cacoal, aliás, um motorista de caminhão entrou no meio dos manifestantes, atingiu uma mulher em cheio com seu veículo e foi preso pouco depois. A mulher estava internada, com ferimentos graves. Tanto tempo depois, nada mudou. As Forças Armadas, instaladas por parte da população não se mexeu; a grande mídia podre continua tratando os manifestantes como criminosos e o ministro Alexandre de Moraes continua mandando no país. Zero mudança!

EQUIPAMENTOS ATRASARAM E HOSPITAL DE REABILITAÇÃO NÃO SERÁ INAUGURADO NESTA SEGUNDA-FEIRA

Que não se tome como má notícia! Nada disso. A decisão anunciada da deputada federal Silvia Cristina em transferir desta próxima segunda-feira, dia 5, a inauguração do Hospital de Reabilitação em Porto Velho, prédio e estrutura anexas ao Hospital do Câncer, foi apenas transferida por alguns dias. O motivo principal foi a demora na chegada dos equipamentos (alguns, entre os mais modernos do mundo) que só foram colocados no novo prédio nesta terça-feira e que, com tão pouco tempo, poderia não haver tempo hábil nem para a instalação completa de todos eles como, ainda, seriam muito em cima da hora para que os técnicos tivesse todo o preparado para utilização de toda a estrutura que será utilizada para a recuperação de pessoas com vários tipos de deficiência. Silvia quer inaugurar o novo hospital com tudo funcionando, como o fez com o Hospital de Prevenção ao Câncer de Ji-Paraná. A nova data para a abertura das portas do Hospital de Reabilitação de Porto Velho será anunciada em breve.

PF DESBARATA MAIS UM GRUPO DE TRAFICANTES, QUE DESPACHAVA COCAÍNA PELO PORTO DA CAPITAL

Depois de três dias sem nenhuma operação em Rondônia, o que é uma raridade, a Polícia Federal voltou à ativa. Mais uma vez contra o tráfico de drogas, que abunda no nosso Estado e na nossa região. Dessa vez para cumprir nada menos do que 19 mandados de prisão e mais de 30 de busca e apreensão, envolvendo uma quadrilha especializada em mandar drogas daqui para outros Estados, através do Porto da Capital rondoniense. Desde meados do ano passado, as investigações estavam em andamento. Foi quando a PF descobriu e apreendeu mais de 400 quilos de cocaína, que seriam enviados daqui para São Paulo. Outra remessa, de 442 quilos, foram apreendidas na Capital paulista, também dentro da mesma operação. O fio da meada envolveu seguir a droga, que ia para a Bahia e de lá para São Paulo e outras regiões, como se fossem cargas de sapatos, saídas do porto local. Na operação desta quinta, nada menos do que 128 policiais estiveram envolvidos. Foram apreendidos ainda imóveis, veículos e lanchas de luxo adquiridos pelo grupo com o dinheiro do narcotráfico.

A VOLTA DA REPÚBLICA SINDICALISTA, RECEBENDO GRANA COM NOME ALTERNATIVO AO IMPOSTO SINDICAL

A República Sindicalista está de volta! O caminho nessa direção começou bem antes de Lula voltar à Presidência. Nesta quinta, o petista se reuniu com algumas das maiores lideranças das centrais sindicais, para discutir, é claro, como os sindicatos se tornarão poderosos novamente, usando o dinheiro do trabalhador. A princípio não será reeditado o imposto sindical com este nome. Os debates giraram em torno de um apelido para o imposto sindical: foram debatidas “formas de financiamento de sindicatos, alternativas à obrigatoriedade do imposto sindical, que se tornou opcional na reforma trabalhista de 2017”. Depois da reunião, um dos maiores líderes sindicais do país negou que se queira a volta do imposto que tirou dinheiro de um dia de trabalho dos mais pobres durante vários anos: “deixamos claro que não queremos o imposto sindical. Os sindicatos defendem o não retorno do imposto sindical. O que queremos é que os trabalhadores decidam de forma livre o financiamento dos seus sindicatos”. Ou seja, vai vir uma grana, mas com nome diferente.  

PERGUNTINHA

Você acha que vai demorar seis meses, menos do que isso ou chegará a um ano o tempo para que a maioria dos parlamentares bolsonaristas eleitos, jurando fidelidade ao atual Presidente, passem para o lado de Lula?

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