Artigo editado em: 3 de outubro de 2020
O assunto tinha esfriado, mas começa a esquentar de novo. Mesmo sem a participação direta do presidente Bolsonaro, que quase não fala mais sobre o assunto, o partido que ele queria criar, o Aliança Pelo Brasil, ainda pode se tornar realidade. Obviamente que, além de questões políticas e o fato do Presidente não ter mais demonstrado tanta convicção de que seria fácil lançar a nova sigla, a pandemia também prejudicou muito os planos para que o “Aliança” consiga, a médio prazo ao menos, as 496 mil assinaturas que precisa alcançar. Por isso, mesmo que em meados de agosto passado, a advogada Karina Kufa, tesoureira do partido ainda não criado, tenha confirmado que mais de 150 mil fichas já tenham sido preenchidas, a Justiça Eleitoral, ao menos até aquele período, tinha homologado apenas 3 mil filiações. Aqui em Rondônia, o empresário de Vilhena, Jaime Bagatolli, que concorreu ao Senado pelo PSL e fez mais de 212 mil votos, saindo do anonimato para bater na trave a um mandato de oito anos, tem se apresentado como o grande articulador do novo partido. Depois de alguns meses em que o assunto ficou em banho maria, pelas questões políticas e por causa da crise do coronavírus, Bagatolli anuncia que a campanha de assinaturas de fichas recomeçou. Num vídeo postado em sua página do Facebook e nas demais redes sociais, ele avisa que faltam “apenas 2.800 fichas” para que a cota de Rondônia seja atingida e que a intenção é chegar ao número total até meados de novembro.
Aliado de primeira hora de Marcos Rocha, na campanha eleitoral de 2016, que o levou ao Governo do Estado, Jaime Bagatolli se transformou num duro adversário daquele a quem apoiou. Não se fala oficialmente dos motivos que os afastaram, mas, nos bastidores, ouve-se que Bagatolli teria feito muitas exigências, pós eleição e que queria ter um forte poder decisório dentro da administração, o que Rocha não teria aceito. O Governador, aliás, ainda está sem partido, pois deixou o PSL, onde continua também outro adversário ferrenho, o antes também companheiro de partido, o deputado federal Coronel Chrisóstomo. Os motivos do rompimento seriam semelhantes, Chrisóstomo teria exigido muitos cargos no governo e Rocha não teria aceito a imposição. O deputado nega. A verdade é que Bagatolli e Chrisóstomo hoje são aliados. O deputado federal tem feito uma dura oposição ao seu ex parceiro de partido. O governador Marcos Rocha não comenta o assunto. O que se sabe é que na turma palaciana, tão bolsonarista quanto o grupo que quer criar o Aliança pelo Brasil, não há um só integrante que pense em aderir à nova sigla. Rocha é extremamente reservado sobre o assunto e não comenta sobre para que partido irá, quando chegar a hora de decidir. O que é certo é que, em relação aos seus ex companheiros e hoje duros adversários, o Governador tem hoje, em comum com eles, apenas o fato de ser ferrenho defensor de Jair Bolsonaro.
GRAVE DENÚNCIA DE FRAUDE NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
Fraude nas eleições? Bolsonaro teria sido eleito no primeiro turno? Teria alcançado 50,69 por cento e não pouco mais de 46 por cento? A grave denúncia foi feita por dois especialistas (um advogado e um especialista em cálculos), que apresentaram pedido de investigação tanto ao Ministério Público Eleitoral quanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com dados, números tirados do próprio TSE e informações que podem ser perfeitamente factíveis, a reportagem acusa uma estratégia que teria fraudado a disputa no primeiro turno da disputa Presidencial. A tal ponto que, entre os dois turnos, o TSE demitiu um dos diretores responsáveis pelas eleições e a empresa que, à época, era responsável pelos dados das urnas eletrônicas. Como o assunto jamais veio a público e como só agora surgiram o que se chama de “provas robustas”, é possível que o caso seja analisado a fundo. Se isso não for feito, há o risco de que, daqui para a frente, o resultado das eleições fiquem sob suspeita.
DISPUTA NAS PREFEITURAS: HORÁRIO GRATUITO INICIA SEXTA
A disputa municipal em Porto Velho, mesmo com as candidaturas postas, ainda não esquentou. É candidato demais, propostas demais, eleitor de menos. A batalha agora é para chegar ao segundo turno. Os 15 postulantes terão um período muito curto para fazerem suas campanhas, usando principalmente as redes sociais e o horário eleitoral gratuito, que começa nessa semana, na sexta-feira, dia 9. Faltando 42 dias para a eleição que vai acontecer num domingo, em 15 de novembro – em Porto Velho será o primeiro turno e nas demais 51 cidades a eleição se decide exatamente nessa data – ainda não há pesquisas sérias, indicando se há alguma tendência do eleitorado em torno de um ou mais nomes. Embora pelo menos meia dúzia de candidatos esteja na disputa apenas para participar e se tornar mais conhecida, há um pacote de nomes que, têm sim, condições de chegar ao turno decisivo da disputa. Concorrem Hildon Chaves, Lindomar Garçon, Williames Pimentel, Vinicius Miguel, Breno Mendes, Cristiane Lopes, Coronel Ronaldo, Ramon Cajuí, Leonel Bertolin, Ted Wilson, Eyder Brasil, Edvaldo Soares, Pimenta de Rondônia, Samuel Costa e Geneci Gonçalves.
MÁSCARAS A 60 REAIS? OUTRA MALDADE DAS FAKE NEWS
A irresponsabilidade nas redes sociais continua, infelizmente. A última Fake News, usando de malandragem para divulgar o que seria um ato criminoso praticado na Secretaria de Saúde do Estado, quase passou como verdade, não fosse a rápida reação e a reposição da verdade, do secretário Fernando Máximo e sua equipe. Vídeo foi divulgado, mostrando que a Sesau teria comprado máscaras de proteção, durante a pandemia, ao custo de 60 reais cada uma. É aí que está a maldade! O empenho da compra deixa claro que os 60 reais foram pagos por cada caixa, cada uma com 50 máscaras, ou seja, cada um dos chamados equipamentos de proteção individual custou, na verdade, apenas 1 real e 20 centavos. Quem comete um delito desse tamanho, inventando uma história, apenas na tentativa de ter o prazer de chamar alguém de ladrão, sem qualquer base de verdade, não deveria receber ao menos algum tipo de punição, assim como os que, por ignorância ou maldade, ajudaram a disseminar a mentira? Nesse país onde todos usam as redes sociais e muitos a utilizam para destilar suas frustrações, ódios e falsidades, está na hora de começarmos um combate efetivo a esse tipo de canalhice, com ação firme e não só com conversa mole e discurso.
MINISTRO CONFIRMA: BOLSONARO INAUGURA PONTE EM DEZEMBRO
A estada do ministro Tarcísio Freitas a Rondônia, mobilizou boa parte da classe política rondoniense. Nomes importantes estiveram com Tarcísio durante toda a sexta-feira. Do governador Marcos Rocha ao senador Marcos Rogério; do líder da bancada federal e vice líder do governo na Câmara, Lúcio Mosquini, passando pelos deputados Mariana Carvalho (que também veio de Brasília no avião do ministro e, depois, do Corone, Chrisóstomo) todos queriam conversar, mas principalmente elogiar, o trabalho que Tarcísio vem realizando. Não foi à toa que Tarcísio foi tão paparicado. Ele veio trazer boas notícias para o Estado. A principal delas: a ponte sobre o rio Madeira, na Ponta do Abunã, que ele visitou, junto com os rondonienses, será inaugurada mesmo em dezembro. Havia um risco de mais um atraso de pelo menos 60 dias nas obras, mas o Ministro da Infraestrutura garantiu que tudo estará pronto para o final deste ano, quando o presidente Bolsonaro vem a Rondônia, para inaugurar uma das mais importantes obras federais na região norte, nos últimos anos. A ponte, que terá mais 400 metros de extensão e vai movimentar 300 mil metros cúbicos de terra, no acesso do lado de cá do rio, ligará Rondônia ao Acre e o Brasil ao Pacífico por terra. A data da inauguração ainda não está definida.
TROCA DE ELOGIOS E ASSINATURA DAS OBRAS DA BR 319
Numa gravação em que aparecem apenas os dois, feita pela assessoria do governador Marcos Rocha, ele e o ministro trocaram elogios e o teor central da conversa foi sobre o presidente Jair Bolsonaro, seu governo e as realizações que ele está fazendo país afora. Tarcísio Freitas trouxe ao Governador um abraço especial do Presidente. “Bolsonaro elogiou o senhor, Governador, disse que o senhor é gente boa!”. Rocha devolveu os elogios. Lembrou que só entrou na política por causa de Bolsonaro. Mandou um abraço especial ao Presidente e citou os nomes de alguns ministros, de quem se considera grande admirador. Nas trocas de gentilezas, Rocha lembrou que Tarcísio é oficial da AMAN e que foi o primeiro colocado, com a nota mais alta em toda a história, no concurso que realizou. Depois de assinar contratos para obras na BR 364, em Jaru e das seis passarelas sobre a BR 364, em Porto Velho, com verbas de emendas parlamentares, o ministro seguiu no sábado para o Amazonas, onde assinou autorização para a realização dos primeiros 52 quilômetros de asfaltamento da BR 319.
THIAGO RESUME COMO É O PODER E COMO É NÃO O TER MAIS!
Ah, o poder! Como ele encanta quando se está nele; como ele decepciona quando já não o temos! O jovem prefeito de Ariquemes, Thiago Flores, que está deixando a prefeitura depois de apenas um mandato, porque decidiu não concorrer à reeleição, está sentindo na pele a mudança. Sempre muito franco e verdadeiro, características bastante raras para quem vive no meio político, Thiago resume, num curto texto e acompanhado de uma foto com um deficiente de rua, na sua cidade, o que é ser poderoso e o que é não ser mais. Vale a pena ler o texto, publicado por ele no Facebook e redes sociais: “algumas pessoas, principalmente figuras públicas, já mudaram a forma como conversam comigo. Já não sirvo tanto para elas, já que o mandato está acabando e eu não serei mais o prefeito da cidade. Fico triste. Não por mim, mas por elas. As relações na política e, por vezes na vida, são baseadas apenas em interesses. Por outro lado, há pessoas que você se arrepende de não ter conhecido antes”. Num comentário curto, objetivo, sincero e emotivo, o Prefeito que está deixando a reeleição de lado, por opção pessoal, fez um brilhante resumo sobre as relações hipócritas que a política proporciona, embora, claro, por vezes, surjam nelas personalidades como as dele. Tomara que volte à vida pública!
SEXTA TEVE APENAS UMA MORTE, O MENOR NÚMERO DA PANDEMIA
Foi uma morte em Porto Vellho. Só uma em todo o Estado. Na sexta-feira, voltou a cair o número de infectados e, desde que os boletins da Sesau começaram a ser divulgados (o de sexta foi o de número 198 e durante todo o período em que houve oscilação no caso de mortes, esse foi o menor registro. A vítima foi um homem de 42 anos, mas não há mais detalhes do caso. Já no sábado, houve registro de pelo menos 3 novos óbitos. Um deles foi a do empresário Mikael Esber, que chegou por aqui em 1976 e se tornou, entre outras conquistas, proprietário da Gráfica Imediata, uma das maiores de Rondônia. Libanes de nascimento, Mikael era uma figura muito querida e respeitada na cidade, assim como o eram tantas e tantas vítimas dessa terrível Covid 19, que diminui, mas, infelizmente, daqui a pouco sobe de novo, com números que apavoram a todos. Até esse sábado, agora no Boletim 199, tínhamos nada menos do que 66. 576 casos registrados; 58.783 recuperados, ou mais de 88 por cento e, lamentavelmente, atingimos as 1.371 mortes. Outro aspecto positivo da guerra contra o coronavírus, é que já foram realizados 208.576 testes, mantendo Rondônia como o Estado em que, proporcionalmente à sua população, mais testou sua população para a detecção da doença.
PERGUNTINHA
Você acredita que possa mesmo ter havido fraude da eleição de 2018 e que Jair Bolsonaro teria ganho no primeiro turno ou que é apenas outro factoide criado por simpatizantes do Presidente e parte da mídia?