Artigo editado em: 17 de setembro de 2020
Quando essa pandemia passar e, daqui a alguns anos, formos analisar tudo que fizemos de certo ou errado, certamente as autoridades vão se arrepender amargamente de tantas mortes que se registraram e que poderiam ter sido evitadas. Ao transformar a doença, em nível mundial, em um pacote de questiúnculas políticas e ideológicas e, no Brasil, na guerra do nós contra eles, abriu-se a porta da morte brutal de milhares e milhares de pessoas. Ignorou-se a vida delas, em nome de crenças de grupos, de governos, de pessoas que detém o poder. Vejamos, apenas como um exemplo claro, o que aconteceu com o uso da cloroquina, da hidroxicloroquina e outros medicamentos, que poderiam ter ajudado a salvar muita gente, caso tivessem sido aplicados desde o início. No mundo inteiro, à frente a controvertida e politizada Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto se davam exemplos práticos de que o pacote de remédios ao menos amenizavam a força do vírus, o organismo ora era a favor, ora contra, deixando todo o mundo doido. Vejamos, então, algumas manchetes. No dia 20 de junho, a OMS proibia peremptoriamente os medicamentos. Pouco depois, dizia que eles poderiam ser usados em casos especiais. E em 15 de julho, dizia que “hidroxicloroquina só deve ser usada para Covid-19 sob estrita supervisão médica”, um absurdo, porque era isso mesmo que os defensores do uso dela apregoavam há meses. Um dia aprovava, no outro suspendia, pouco depois liberava de novo, com restrições. E o mundo, atônito, não sabia o que fazer.
Com relação à volta às aulas, a mesma coisa: no dia 10 de agosto, a OMS avisava (e o tema era manchete mundial): “Reabrir escola em meio à forte transmissão pode ampliar crise”. Um mês depois, num novo comunicado em parceria com a Unicef, o inverso do inverso: “OMS diz que reabertura de escolas não agravou a pandemia”. E foi mais longe: “a maioria das evidências de países que reabriram os centros educacionais ou nunca os fecharam, sugerem que as escolas não foram associadas a aumentos na transmissão do novo coronavírus na comunidade”. Pior: ““Em contraste, o fechamento de escolas tem impactos negativos claros sobre a saúde infantil, educação e desenvolvimento, renda familiar e economia”. Não é para enlouquecer qualquer um? E a oposição burra, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil (aqui ainda com o apoio político-partidário do STF), esculhambou os governos que queriam buscar alternativas de combate à doença e a volta das atividades econômicas. Ou seja, no futuro, vamos amaldiçoar os que, em nome de crenças políticas, influíram para impedir que milhares de pessoas tivessem ao menos uma chance de terem sido salvas, no Brasil e no mundo.
HILDON, PIMENTEL, CRISTIANE E VINICIUS AINDA SEM VICES
Alguns dos principais nomes entre a dezena e meia de candidatos à Prefeitura de Porto Velho, ainda continuam atrás de um companheiro de chapa. As conversas estão andando, até porque as atas de várias convenções continuam em aberto. O prazo final para encaminhar tudo à Justiça Eleitoral é o próximo dia 26. Até o anoitecer da quinta-feira, por exemplo, Hildon Chaves ainda estava sem vice. O nome preferido, até agora, de Maurício Carvalho, ainda não disse sim. Williames Pimentel, do poderoso MDB, também tem várias opções, mas sem nada definido. O mesmo aconteceu com Cristiane Lopes, do PP. Ela espera que o deputado federal Léo Moraes oficialize o apoio à candidatura dela e que o Podemos indique o vice, mas também podem surgir outras alternativas. O quarto nome é o do candidato do Cidadania, Vinicius Miguel. Ele também continua as conversas com prováveis aliados, para reforçar sua aliança e definir o nome do vice. Garçon e o Coronel Ronaldo já anunciaram mulheres como suas vices. Os demais candidatos ainda estão conversando e alguns já fecharam suas parcerias.
MARCITO LIDERA FRENTÃO EM JI-PARANÁ. LAERTE ABRE MÃO
Um verdadeiro Frentão de partidos políticos se uniu, mais uma vez (como já o tinham feito nas três últimas eleições)e fecharam com a busca da reeleição do atual prefeito Marcito Pinto, ele do PDT, em Ji-Paraná. Depois que um dos principais nomes que estava sendo cogitado para a disputa e com chances reais, o presidente da Assembleia, Laerte Gomes, decidiu não concorrer, os tucanos, junto com PSB, PTB, PSD, DEM, Solidariedade e PROS se uniram ao pedetista, que vai em busca de um novo mandato. Seu vice será Ari Saraiva, do PSB. Uniram-se no Frentão lideranças como o próprio Laerte, os senadores Acir Gurgacz e Marcos Rogério (ambos com principal base eleitoral na cidade) e várias outras personalidades. Os principais adversários de Marcito devem ser o Republicano Cabo Johnny, hoje deputado estadual em primeiro mandato e o emedebista Isaú Fonseca.
GLAUCIONE E FÚRIA: DISPUTA EM CACOAL SE REPETE
Em Cacoal, novamente o confronto principal será entre a prefeita Glaucione Rodrigues, do MDB e o deputado estadual Adailton Fúria, do PSD. Os dois já haviam se enfrentado na eleição anterior e Glaucione venceu. Fúria vinha dizendo que não seria candidato e que daria prioridade ao seu primeiro mandato na Assembleia, mas as circunstâncias da política o fizeram mudar de ideia. Na convenção do seu partido, Fúria escolheu como vice o empresário Cássio Góis, repetindo a mesma dupla da eleição passada. Já Glaucione deve anunciar seu vice nesta sexta. O nome mais provável é o do vereador do DEM, Rafael Evangelista. O atual vice da Prefeitura, o deputado estadual Cirone Diró, não participará da chapa neste ano. Ele fica fora do processo, dando atenção especial ao seu mandato como deputado estadual, um dos mais destacados no Parlamento, como representante da região central do Estado. Glaucione e Fúria vão repetir uma eleição muito disputada, numa das cidades mais importantes do Estado.
VOZES DO PSD PROTESTAM POR MUDANÇA DE PLANOS
Não foi tão pacífica como pareceu, da porta para fora, a decisão do PSD de abrir mão de candidatura própria – tinha escolhido Thiago Tezzari, que renunciou à disputa para apoiar Hildon Chaves – na quarta. O deputado federal Expedito Netto acabou sendo alvo de duras críticas de membros do partido. Um deles, em nota à essa coluna, disse que o partido “foi traído”, pela negociação em que ficou sem um nome de peso na corrida à Prefeitura, “prejudicando os 32 candidatos à Câmara de Vereadores”, que acreditaram que Thiago Tezzari era um nome viável na corrida pelo Palácio Tancredo Neves. Houve mesmo muito debate e até bate boca, mas, no final, prevaleceu o bom senso, dedução lógica para quem conhece um pouco dos meandros da política. Tezzari, que saiu do anonimato para uma função pública de relevância (o comando da Emdur), pelas mãos de Hildon, só iria mesmo concorrer caso seu parceiro e chefe não fosse. Como o Prefeito voltou atrás e decidiu ir à reeleição, Thiago decidiu recolher os flaps. Com o aval de Expedito Netto, presidente do seu partido e do ex senador Expedito Júnior, que foi importante nas negociações políticas. Pode estar tudo certo, mas que os que querem chegar à Câmara, pelo PSD, ficaram pendurados no pincel, ficaram sim!
NEM O VÍRUS E A ELEIÇÃO DIMINUEM A BRUTALIDADE
Enquanto só se fala em coronavírus e as eleições que se aproximam, a brutalidade continua tomando conta do Estado. Casos cada vez mais escabrosos, violentos, cruéis, tem mobilizado o mundo policial. Muitos crimes com extrema violência têm sido registrados, em praticamente todas as regiões rondonienses, mas principalmente na Capital e na zona rural que a cerca. Dias atrás, um sobrinho matou o tio, o enterrou e depois fez um churrasco para amigos em cima do local onde o corpo tinha sido enterrado. Uma família inteira foi morta. Um ancião de 81 anos foi brutalizado e encontro com o corpo todo queimado. Mulheres foram atacadas e mortas por seus companheiros. Em frente a um motel, próximo a BR 364, um homem foi morto com seis tiros disparados à queima roupa. O tráfico de drogas aumenta cada vez mais. Crianças são estupradas, na maioria das vezes por parentes. O mundo cão toma conta das cidades brasileiras e as de Rondônia não são diferentes. A (in)segurança pública está cada vez pior. E ainda com leis que só defendem bandidos…
RONDÔNIA TEM MENOR NÚMERO DOS QUE PASSAM FOME
Há cada vez mais pobres e famintos no Brasil. Cada vez mais miseráveis. Já são mais de 10 milhões e 300 mil brasileiros estão passando fome, embora os tecnocratas e os politicamente corretos prefiram dizer que eles vivem na “insegurança alimentar”, como se dar um nome pomposo à tragédia, resolvesse o problema dessas milhões de barrigas vazias. Pois os famintos, segundo dados oficiais do IBGE, aumentaram muito nos últimos cinco anos, embora o ex presidente Lula e a ex presidente Dilma tenham dito que tiraram 30 milhões da miséria. Claro que mentiram, como mentiram em quase tudo, porque a verdade é que, ano a ano, cada vez mais pessoas são excluídas no Brasil. Entre 2014 e 2019, o número de pessoas que não têm uma alimentação mínima no dia a dia, cresceu em 3 milhões. A única notícia positiva na pesquisa do IBGE vem de Rondônia. Exatamente: da nossa terra. Nosso Estado é o que tem o menor número, no país, de pessoas que vivem na fome. Mas são mais de 48 mil irmãos rondonienses, que já estão nessa situação. Temos que socorrê-los.
SANTA CRUZ, MAIS UM PETISTA NA MIRA DO MPF
Petista de carteirinha, o presidente nacional da OAB, Felipe Santa Cruz, levou para dentro da mais importante entidade da advocacia brasileira, o aparelhamento comum que a esquerda impõe por onde passa. Usando de suas funções, Santa Cruz tem se mostrado um militante igual a muitos outros. A tal ponto que, a pedido do Ministério Público Federal, ele está sendo investigado por suspeita de ter praticado um crime. Ele teria falsificado documentos para conseguir uma aposentadoria de 17 mil reais mensais de um advogado que não teria esse direito. Um grupo de 150 advogados do Instituto Nacional de Advocacia, com profissionais que querem ver Santa Cruz defenestrado do seu posto, entrou com uma ação, acatada agora pelo MPF. A OAB, entidade entre as mais respeitadas e sérias instituições do país, perdeu espaço na credibilidade do brasileiro, desde que Santa Cruz levou sua ideologia para dentro dela. Lamentável!
CORONA MATA MAIS 20 RONDONIENSES EM DOIS DIAS
Mais 12 mortes (das quais sete em Porto Velho), mostram, pelo Boletim 183 da Secretaria de Saúde, desta quinta-feira, que a pandemia ainda ataca com força e está longe de terminar. Nos últimos dois dias, foram 20 novos óbitos, elevando para 1.289 o total de mortes registradas desde a primeira semana de maio, quando se registrou o primeiro caso fatal em Rondônia. Foram, no total, uma média de 286 vidas perdidas por mês, nos últimos quatro meses e meio; nesses cerca der 135 dias. Nesse período, até a noite da quinta, 62.158 contaminações registrados, com 53.476 ( ou seja, 86 por cento) estão recuperados. Há ainda 7.393 casos sendo acompanhados, positivados e o numero de internações caiu para 250, cerca de 120 a menos do que há três semanas atrás. Caminha para 189 mil o número de testes realizados, num percentual, proporcionalmente {a população, exemplar para o país. A pandemia pede um pouco a força, mas entre o grupo de risco ela continua espalhando medo e terror. São principalmente os idosos suas maiores vítimas.
PERGUNTINHA
Você acha que a escolha do vice prefeito é importante para decidir uma eleição a favor ou contra algum candidato ou que isso em nada modifica o voto do eleitor?