Artigo editado em: 27/12/2025
Vem aí um 2026 enigmático, complexo, cheio de mudanças na economia; imprevisível. Como se comportará o povo brasileiro, radicalmente dividido entre lulismo e bolsonarismo? Como enfrentaremos os novos sistemas da Reforma Tributária, que coloca imposto em tudo e onde até o pintor de parede ou o vendedor de doces terão que emitir notas fiscais?
Ou seja, a partir deste janeiro de 2026, profissionais autônomos (pedreiros, diaristas, empregadas domésticas, prestadores de pequenos serviços e vendedores autônomos) que prestam serviços no Brasil deverão emitir Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) por meio do sistema nacional. A medida integra o processo de padronização tributária e a implementação das mudanças previstas na reforma do sistema de arrecadação.
E os programas de destruição de propriedades de pequenos e médios produtores rurais; de balsas e dragas de pequenos garimpos, continuarão sendo executados por policiais fortemente armados, para atender as exigências das ONGs internacionais sobre nosso meio ambiente? Teremos que continuar vivendo sob o tacão de ameaças à destruição do Planeta que baseadas em estudos falsos e mentiras e que jamais se concretizam, para manter o discurso globalista?
Como se comportará o Congresso Nacional, fragilizado pela covardia de muitos dos seus líderes, que permitiram ingerências absurdas do Poder Judiciário – claro que especificamente do STF – que, com isso, passou a governar o País? O medo da abertura de processos pelas sacanagens cometidas por muitos parlamentares, continuará sendo o muro de blindagem para que os exageros dos ministros da nossa mais alta corte continuem atuando livremente?
Como ficará este país que hoje tem mais gente recebendo Bolsa Família e vários outros benefícios do Governo do que empregados com carteira assinada? Num ano eleitoral, há alguma chance de que mude esta política socialista e eleitoreira? Os que produzem, os que geram riqueza, os que suam no campo produzindo alimentos continuarão trabalhando cada vez mais para bancarem este tipo de assistencialismo, sem porta de saída?
Como funcionará o país, que só volta ao sério depois do Carnaval mas que, em seguida, para com a Copa do Mundo e, logo depois, paralisa com uma campanha eleitoral que, aliás, se prevê de baixíssimo nível, à altura da qualidade do eleitor brasileiro?
Com oito trilhões de dívida pública, temos saída? O que será do nosso país em 2026 e nos próximos anos? Para quem acha que rezar resolve as coisas, é bom triplicar as orações. O que vem por aí pode ser tenebroso e nos levar muito próximo ao inferno. Será que o Brasil sobreviverá incólume e democrático? São muitas perguntas, cujas respostas, no geral, assustam muito mais do que nos dão esperança!


E EM RONDÔNIA, O QUE SE ESPERAR PARA ESTE ANO DE ELEIÇÕES E MUITAS DÚVIDAS?
O ano político de 2026 será também bastante complexo para Rondônia. A começar pela disputa ao Governo, onde os caminhos indicam uma polarização na disputa ao Governo, pelo menos no que o quadro indica até o momento. Dos três nomes mais fortes (Marcos Rogério, Fernando Máximo e Adailton Fúria) apenas dois tendem a entrar na disputa final. Mesmo que possam surgir outras possíveis candidaturas (como a do Coronel Braguin, comandante da PM) e de nomes da esquerda, como o advogado e jornalista Samuel Costa, ninguém duvida que é entre Rogério e Fúria que as urnas tenderiam, caso a disputa fosse hoje.

Marcos Rogério, mesmo da raiz política de Marcos Rocha (o conservadorismo e a direita) será claramente o candidato da oposição. Já Adailton Fúria virá com o aval do governador Marcos Rocha e toda a estrutura de apoio que o poder pode oferecer. Marcos Rogério perdeu a última eleição para Rocha. Agora terá que enfrentar um nome que vem com o carimbo do atual Governador. Como será?
O deputado federal Fernando Máximo vive um dos seus melhores momentos no Estado, em termos de popularidade. Quase onipresente, ele anda por cada canto deste Estado, levando sua mensagem; dando palestras para jovens, entregando resultados de suas emendas. Aparece sempre ou em primeiro ou em segundo, empatado, nas pesquisas. Tem um acordo com Marcos Rogério de que o que estiver melhor nas pesquisas no ano que vem, vai ao Governo e outro ao Senado. Mas Marcos Rogério já oficializou sua candidatura ao Palácio Rio Madeira/CPA.
Caso não surja um nome que possa surpreender, este será o quadro para a disputa ao Governo. O que pode mudar é Fernando Máximo conseguir o apoio de um partido forte e decidir, lá na frente, entrar na corrida pelo Governo. Não é o que o quadro de hoje mostra, mas ainda pode acontecer.


SÉRGIO GONÇALVES MANTÉM SUA CANDIDATURA MESMO SEM ASSUMIR O GOVERNO? ELE AINDA NÃO ANUNCIOU A DECISÃO

O atual vice-governador Sérgio Gonçalves merece um capítulo à parte. Mesmo com o rompimento com Marcos Rocha, ele tratou, nos últimos meses, em andar pelo Estado, buscando tornar-se mais conhecido e mais popular. Os resultados práticos começaram a aparecer. No início da jornada, ele tinha em torno de 3 por cento nas pesquisas. Mais recentemente, mais que duplicou este percentual. Ora, no Governo, que assumiria em 4 de abril, Gonçalves teria nove meses para gestar o filho que lhe poderia dar o caminho para uma reeleição.
O anúncio, na semana passada, de que Rocha não pretende disputar o Senado e permanecer no comando do Estado até 31 de dezembro do 2026 que está chegando, mudou tudo. Sem estar no poder, sem ter a estrutura do Governo nas mãos; sem montar sua própria equipe e direcionar o Estado para sua forma de administrar; sem o poder, enfim, as chances de Sérgio Gonçalves de ser o futuro Governador de Rondônia caem radicalmente.
Ele tem competência e conhecimento. Mas não tem ainda voto para enfrentar nomes poderosos como os de Marcos Rogério e Adailton Fúria, os que estão muito à frente nas pesquisas. Desde que Rocha avisou que não sairá para disputar a eleição, Sérgio Gonçalves não se pronunciou publicamente sobre seus planos. Disputará o Governo? Tentará algum outro caminho? As respostas só serão dadas pelo próprio vice-governador em breve.


SEM ROCHA, CORRIDA PELO SENADO TEM NOMES FORTES. CONFÚCIO DEPENDE DA UNIÃO DA ESQUERDA PARA SE REELEGER
Se a corrida ao Governo tem poucos pretendentes com chances reais, na disputa pelas duas cadeiras do Senado, aí o buraco é mais embaixo! O governador Marcos Rocha avisou que fica até o fim do seu governo, embora há quem diga que esta decisão pode mudar, lá na frente, nos cerca de 100 dias que faltam para o 4 de abril. Como ele no jogo, o quadro é um; sem ele, outro, muito diferente.

Sem Rocha, estariam no páreo ainda nomes poderosos: Silvia Cristina, o próprio Fernando Máximo, caso mantenha seus planos atuais; Acir Gurgacz, ex-senador; Confúcio Moura, que terá chances de reeleição caso nele sejam concentrados os votos da minoria esquerdista do Estado. Tem crescido bastante o nome do bolsonarista, indicado pelo próprio ex-presidente, o empresário do agronegócio Bruno Scheid, de Ji-Paraná. E tem, ainda, o deputado estadual Delegado Rodrigo Camargo, que já anda aparecendo nas pesquisas.
Destes nomes, excluindo-se o de Marcos Rocha, o atual Governador dificilmente apoiaria alguém, embora poderia haver uma mínima chance de acordo futuro com Sílvia Cristina. Com todos os demais, sempre levando-se em conta a situação de hoje (já que a arte da política é especialista em mudanças inesperadas) não há possibilidade de acordo para o apoio do ocupante da principal cadeira do Palácio Rio Madeira/CPA.


CELULAR AO VOLANTE PASSA A SER TRATADO DA MESMA FORMA COMO SE O MOTORISTA DIRIGISSE EMBRIAGADO
Muitas mudanças na legislação de trânsito, como a perigosíssima decisão de que motoristas não precisam mais fazer curso em autoescolas e a perspectiva de que os Detrans do país percam até 40 por cento das suas receitas são nocivas, certamente. O número de acidentes e mortes pode dar um salto, com motoristas sem preparo, mas habilitados, dominando as ruas e rodovias. Mas há outras que merecem elogios. Uma delas é a decisão de que o uso do celular ao volante será comparado a dirigir embriagado. Isso mesmo! É o que a nova lei, que já vale a partir de 1º de janeiro.

Dirigir, a partir de agora, usando o celular, seja ouvindo mensagens, as enviando ou falando, será tratado como infração gravíssima, equivalente não só a dirigir embriagado, como a não socorrer vítima de atropelamento; dirigir sem Carteira de Habilitação e participar de rachas, apenas como alguns exemplos. A nova lei estabelece tolerância zero para qualquer manuseio do aparelho com o veículo em movimento, já que esta é, atualmente, a principal causa de colisões e atropelamentos no trânsito brasileiro.
A mudança transforma a olhada no celular, vendo mensagem no WhatsApp e a ligações, como condutas de violação grave ao dever de atenção. A nova lei prevê multa de infração gravíssima em cerca de 294 reais, além da perda de sete pontos na Habilitação. Os poucos segundos em que o motorista desvia o olhar para ver o celular, pode representar a morte ou ferimentos graves em algum pedestre ou danos em veículos que nada têm a ver com a irresponsabilidade. Tomara que esta lei “pegue



CONGRESSO CRIA LEIS QUE PROÍBEM A “SAIDINHA” DE PRESOS. OUTRA VEZ A DECISÃO É IGNORADA E ELES ESTÃO À SOLTA!

Eles estão à solta! No país inteiro, cerca de 33 mil presidiários terão a famigerada “saidinha de Natal”, mesmo depois de duas leis aprovadas pelo Congresso Nacional, que já não apita mais nada, já que a Constituição é ignorada. Em Rondônia, pelo menos 160 detentos terão este direito, todos de presídios do interior, já que na Capital não foi divulgada nenhuma relação dos que podem sair das cadeias para passar o Natal em casa.
O benefício beneficia inclusive indivíduos que cometeram crimes graves, desde que preencham os requisitos jurídicos. No Estado, há pelo menos um caso destes: de um presidiário que assassinou a esposa e mesmo com pesada condenação, preenche os requisitos para a liberdade provisória. A “saidinha” gera preocupação nas forças de segurança, mas muito mais na população, já que todos os anos se registram foragidos e beneficiados que cometem crimes, enquanto soltos provisoriamente.
O Congresso Nacional decidiu, pela segunda vez, acabar com a possibilidade de saídas temporárias de presos para visitar a família e para participar de atividades que contribuem para o convívio social. As possibilidades de saída temporária de presos em feriados e datas comemorativas haviam sido restauradas na Lei de Execução Penal (de 1984) por um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi derrubado em sessão com senadores e deputados federais. A derrubada do veto se deu por 314 votos a 126 na Câmara, com 2 abstenções; e por 52 votos a 11 no Senado, com 1 abstenção. Até agora, as decisões de deputados e senadores foram ignoradas.


FÁTIMA CLEIDE VOLTA ÀS ELEIÇÕES E É O PRINCIPAL NOME PARA UNIR A ESQUERDA EM RONDÔNIA

Enfim, o Partido dos Trabalhadores tomou uma decisão das mais corretas. Vai trazer de volta para a política rondoniense um dos seus grandes nomes. A ex-senadora Fátima Cleide, que atualmente é o grande nome popular do partido, deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa no ano que vem. Vai recomeçar sua carreira pelo parlamento estadual, onde tem chances reais de chegar lá. E de formar, depois de muito tempo, uma dobradinha petista na ALE, já que a ji-paranaense Cláudia de Jesus tem possibilidades claras de reeleição.
Na última disputa eleitoral, por muito pouco Fátima não se elegeu para a Câmara Federal. Mesmo sendo a quinta mais votada, ficou fora por questões de legenda. No meio da esquerda de Rondônia, afora Confúcio Moura, que é do MDB lulista, Fátima é a que realmente tem voto e consegue unir os votos do seu grupo ideológico. Amiga pessoal do presidente Lula, ela estava cotada para concorrer a qualquer função, inclusive o Governo, caso quisesse. Optou pela ALE onde, com grandes possibilidades de conseguir uma das 24 cadeiras.
Obviamente que o PT terá uma nominata completa tanto para a Assembleia quanto à Câmara Federal, com nomes viáveis, mas certamente nenhum deles nem perto do potencial eleitoral de Fátima Cleide. Em 2002, ela foi eleita senadora por Rondônia com a maior votação, à época, da história do Estado. A esquerda está tentando voltar a ter peso em Rondônia, mesmo com apenas 30 por cento do eleitorado. Se há alguém que pode unir a esquerda no seu entorno e atingir a meta petista, este alguém é Fátima Cleide. Neste momento, só ela!


UMA DÉCADA E MEIA DEPOIS, IDEIA DE CASSOL DE ABATER BÚFALOS AGORA É EXIGÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Nada como um dia mais de 15 anos depois do outro. Quando Governador, Ivo Cassol tentou resolver o problema das então centenas e centenas de búfalos que começavam a destruir a região da Fazenda Pau D´Óleo, no Vale do Guaporé. A ideia era simples: autorizar a caça esportiva, atraindo caçadores de todo o país. Eles abateriam parte dos búfalos, doariam a carne para escolas e entidades filantrópicas e o problema ficaria sob controle. Pra que?

Cassol foi tratado quase como criminoso pelo Ministério Público Federal e órgãos ambientalistas. Como um Governador poderia fazer uma proposta absurda como aquele, de matar os pobres animais? Pois agora o mesmo MPF está ameaçando o Estado e o CMBio de multa de até 20 milhões de reais se não resolveram a destruição praticada pelos agora muito mais que muitas centenas de búfalos, que se reproduzem porque não tem inimigos naturais. Os teria, se alguma mente brilhante decidisse trazer leões para cá.
A pesquisa envolve três frentes: o ICMBio coordena a logística e monitoramento; a Universidade Federal de Rondônia analisa a sanidade dos animais; e uma empresa especializada executa o abate técnico. Amostras de água são coletadas antes e depois da operação, e câmeras acompanham a interação da fauna com as carcaças deixadas no local. Não se fala na destinação da carne dos animais abatidos. A exigência chega com cerca de uma década e meia de atraso. Se tivessem ouvido o Cassol…


MORAES NEGA INGERÊNCIA NO CASO MASTER E DIZ QUE SUA ESPOSA, COM CONTRATO MILIONÁRIO, NÃO ATUOU COM ADVOGADA
O ministro Alexandre de Moraes, envolvido em denúncias de que teria tentado junto ao Banco Central e também a Polícia Federal, amenizar a situação do Banco Master e seus diretores (a esposa dele é advogada contratada por 3 milhões e 600 mil reais/mês, pelo banco) nega que o tenha feito. Ele se defende, como poucas vezes deu direito de defesa aos que prendeu, acusou e condenou.

Nota oficial assinada por Moraes, afirma não ter telefonado para o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para pressionar pela aquisição do Banco Master pelo BRB, o Banco de Brasília. Segundo ele, a primeira reunião com Galípolo aconteceu em 14 de agosto, após ser sancionado pelo governo dos Estados Unidos com a aplicação da lei Magnitsky, em 30 de julho. A segunda aconteceu em 30 de setembro, após a medida ter sido aplicada contra sua esposa, em 22 de setembro. Nas denúncias do jornal O Globo, Moraes teria tratado do assunto com Galípolo desde julho e não agosto.
Na nota, o ministro mais poderoso do País escreveu ainda que o escritório de sua esposa, Viviane Barci Moraes, “jamais atuou na operação de aquisição do Banco Master pelo BRB perante o BC”, embora ela tenha tido, com o Banco que quebrou, um contrato de advocacia de 129 milhões de reais. Nesta semana, para surpresa de ninguém, o ministro Gilmar Mendes saiu em defesa de Moraes.


PERGUNTINHA

Na sua opinião, na eleição presidencial deste ano que está chegando, o vencedor será o presidente Lula e a esquerda ou algum nome forte vindo do conservadorismo ou do bolsonarismo, como o filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro?

