Artigo editado em: 25 de março de 2023
A economia no país está com problemas, mas não os há, ao menos por enquanto, num setor específico: o do agronegócio. Em Rondônia, então, a produção do campo, mesmo com toda a torcida contra, que todos sabemos de onde vem; mesmo com as restrições ambientais cada vez maiores, como no caso da criação de onze áreas de reserva, mesmo algumas delas ocupadas há décadas, ocorrida no final do segundo governo de Confúcio Moura, o campo explode em bons resultados. O agronegócio já representa praticamente 23 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) rondoniense. Caminhamos para ter o quinto maior rebanho bovino do país, com mais de 17 milhões e 800 mil cabeças, andando céleres para os 18 milhões. Ficamos atrás apenas do Mato Grosso, de Goiás, do Pará e de Minas Gerais. Estamos, proporcionalmente, entre os maiores exportadores de carnes, mas em primeiro lugar na qualidade do produto exportado, já que nosso gado é alimentado naturalmente e a carne que vendemos não tem os produtos químicos que a alimentação comum agrega. No ano passado, por exemplo, nossas exportações para nosso maior comprador, a China e vários outros países, nos deram algo muito perto de 812 milhões de dólares, equivalente, hoje, a cerca de 4 bilhões e 400 mil reais. Só para se ter ideia, algo que poucos rondonienses sabem, apenas a Capital, Porto Velho, tem o quarto maior rebanho entre cidades brasileiras, com mais de 1 milhão de cabeças. Você sabia? Na comercialização da carne para o exterior, tivemos, nas últimas semanas, alguns prejuízos, porque apenas um caso de suspeita da doença da vaca louca no rebanho do Pará, cancelou todas as vendas ao exterior. Agora, nossas exportações foram novamente liberadas, colocando novamente, como viáveis, todas as nossas metas de aumento do comércio para outros países.
Mas o agronegócio não é apenas a pecuária e a produção de carne. Temos uma série de produtos da pequena e média agricultura e, mais que tudo, Rondônia tem um crescimento espantoso na produção de soja, sem aumentar a área de plantio, mas crescendo muito na produtividade. Produzimos, no ano passado, nada menos do que 1 milhão e 700 mil toneladas, numa área de 491 hectares. Cinco cidades foram as maiores produtoras, nos últimos dois anos: Corumbiara, Pimenteiras do Oeste, Vilhena, Cerejeiras e Chupinguaia. Todos estes municípios com pequenas populações, mas grande parte delas dedicadas ao plantio da soja. Se as políticas governamentais não atrapalharem; se o discurso de minorias, tentando criminalizar a produção rural, em nome de crenças nefastas, for ignorado; se houver paz no campo, com o fim das tenebrosas invasões de grupos de sem-terra, a tendência é que o agronegócio dê um novo salto em Rondônia e tenha participação percentual cada vez maior no nosso PIB, que já chegou a 45 bilhões de reais, em 2021.
PREFEITO FALA EM OBRA HISTÓRICA E DETALHA O ANDAMENTO DO PROJETO DO SANEAMENTO NA CAPITAL, COM INVESTIMENTOS DE 3 BILHÕES DE REAIS
Mesmo com todo o esforço que está sendo feito, no sentido de colocar em prática a parceria público-privada para a universalização da água e do esgoto em Porto Velho, não há como imaginar que tudo esteja concluído em menos de uma década. O que se tem que fazer é começar agora. E, neste sentido, tudo está andando bem, com a perspectiva de que, quem sabe no ano que vem, comecem as obras, com investimentos privados de mais de 3 bilhões de reais. Este é o resumo do que disse, sobre o assunto, o prefeito Hildon Chaves, nesta semana, ao foi ao programa Papo de Redação (Rádio Parecis FM, de segunda e sexta, do meio -dia ás 14 horas, em rede estadual) para ampliar as informações que já havia dado dias atrás, sobre o tema. Hildon lembrou que já existem pelo menos quatro grandes grupos, nacionais e internacionais, interessados no investimento. Criticou o fato de apenas 26 por cento dos porto-velhenses receberem água em suas casas (e assim mesmo de má qualidade, sublinhou); lembrou que o lençol freático da cidade está totalmente comprometido e que existam sistemas de tratamento de esgoto apenas em alguns condomínios da Capital. “Essa será a maior obra da história de Porto Velho!”, garantiu o Prefeito. Ele disse ainda que os moradores da sua cidade não devem se preocupar, porque quando da universalização da água, o preço a ser cobrado dos consumidores, será dentro dos parâmetros do que cobra a Caerd. Hildon, é claro, se mostrou muito entusiasmado com a perspectiva de tirar Porto Velho dos piores índices do saneamento básico do país, como nos encontramos hoje.
POLÍCIA NAS RUAS E VÍDEO MONITORAMENTO EM BREVE: A SEGURANÇA PÚBLICA ESTÁ MELHORANDO EM RONDÔNIA
Há sim, avanços concretos na segurança pública do Estado. Desde a posse do coronel Felipe Vital, uma série de ações foram tomadas. Uma das melhorias, notórias, é a presença da PM nas ruas. Imagens de policiais revistando pessoas em locais suspeitos, coisa que não se via há longo tempo, voltaram a aparecer na mídia e nas redes sociais. Outra ação importante ocorreu esta semana. O governador Marcos Rocha e seu secretário de segurança estiveram na cidade paranaense de Pinhais, para conhecer algumas ações que estão sendo executadas pelo governo do Paraná.
Uma delas é o sistema de monitoramento chamado de “Muralha Digital”, um serviço de inteligência que integra diversas câmeras espalhadas pela cidade e monitoradas por um Centro de Controle Operacional.
“É impressionante a eficiência desse sistema. Para se ter uma ideia, ele registra todos os carros que entram no município, identificando se existe alerta de roubo ou outras ocorrências, faz a detecção facial por meio de Inteligência Artificial, o que facilita a ação dos órgãos de segurança, que então podem agir com rapidez e eficiência. Em breve estaremos implantando esse sistema, a princípio em Porto Velho. Algumas câmeras já foram instaladas em pontos estratégicos da cidade, vamos sentir na prática a eficiência em breve”, contou Rocha. Em Rondônia, o sistema de vídeo monitoramento de segurança está em fase de implantação. “Policiamento aliado à tecnologia vão proporcionar em tempo real e com agilidade, mais segurança aos porto-velhenses, e em futuro bem próximo poderemos implantar esse sistema em todo o Estado”, comemorou o secretário Felipe Vital.
PERDA DE RECEITA DOS MUNICÍPIOS: DEPUTADO PEDE SOCORRO E NOVOS LEVANTAMENTOS DO IBGE, NAS CIDADES QUE VÃO PERDER MUITA RECEITA
Mais da metade dos municípios rondonienses vivem um grave momento, com riscos de perda de receita, em função dos resultados do Censo do IBGE deste ano, que apontou a diminuição populacional na grande maioria das nossas cidades do nosso Estado. A preocupação foi trazida à Assembleia Legislativa pelo deputado Pedro Fernandes (PTB)Ele afirmou que em função dos levantamentos feitos pelo IBGE, vários municípios estão nesta situação. “Como os Prefeitos vão manter seus planos e projetos, com a preocupante diminuição de verbas federais, como por exemplo o Fundo de Participação dos Municípios, o FPM?”, questionou o parlamentar. Informou ainda que esteve reunido com o superintendente regional do IBGE, Luiz Cleiton, que lhe apresentou toda a metodologia de trabalho do instituto de pesquisa e se colocou à disposição para o Censo. O deputado pediu que fossem refeitos levantamentos em várias cidades, citando que naquelas em que o levantamento foi feito novamente, os números da população aumentaram bastante. Alguns municípios receberam suporte maior, com força tarefa e já deu diferença substancial, para maior, no número de habitantes. Fernandes pediu apoio dos seus colegas deputados, para que se mobilizem em favor dos municípios. O assunto teve aval de todos os 24 parlamentares, a partir de proposta dele, apoiada pelo deputado Cirone Deiró, que presidia a sessão. Um documento com as assinaturas de todos será encaminhado ao IBGE, pedindo informações e apoiando novos levantamentos nas cidades.
POLITICAGEM? DECRETOS FATIADOS MUDAM ASSINATURAS, MAS TRANSPÕE OS MESMOS 450 QUE HAVIAM PERDIDO O BENEFÍCIO
Pode até não ser, mas que parece, parece! A decisão do atual governo em publicar um decreto transpondo para a folha de pagamento da União nada menos do que 450 servidores do ex-Território e, um dia depois, cancelar o decreto, deixou no ar uma decisão envolvendo o pior da politicalha. Houve denúncias de que parlamentares ligados ao novo comando nacional, haviam se insurgido contra a publicação, para impedir que os representantes do governo anterior (ou seja, a turma bolsonarista) ficasse com o mérito da decisão que beneficiou tanta gente em Rondônia e outros três mil em dois outros Estados do norte (Roraima e Amapá). Claro que todos os envolvidos negaram, alegando que havia irregularidades legais no que foi publicado. Para surpresa geral, o que se ouvia nos bastidores, de que o decreto seria fatiado em vários, nomeando as mesmas pessoas para serem transpostas, mas daí com as assinaturas dos novos representantes do setor, acabou acontecendo. Sem uma vírgula de mudança (ou seja, a conversa de irregularidades no decreto original não colou) saiu um novo decreto, com 105 nomeações. Dias depois, outro, com mais 200. Esta semana, há possibilidade de sair o terceiro, com mais 145 beneficiados. Todos são os mesmos 450 que já haviam sido transpostos e que, de um dia para o outro, perderam aquilo que esperavam há anos. Agora, aos poucos, os mesmos nomes aparecem nas relações que estão sendo agora publicadas. Pode não ser, mas que parece maldade política, parece sim!
MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL NÃO ACEITA AÇÃO DE LUIZ CLÁUDIO DA AGRICULTURA E MANTÉM MANDATO DE EURÍPEDES LEBRÃO
O mandato do deputado federal Eurípedes Lebrão, eleito com pouco mais de 12 mil votos, está garantido. Primeiro, o STF tirou da pauta a discussão sobre o assunto, que poderia mexer na composição da bancada rondoniense e bancadas de outros Estados. Depois, uma ação do ex-deputado e suplente Luiz Cláudio da Agricultura, não foi acatada pelo TSE. Esta última, uma causa patrocinada pelo advogado Nelson Canedo, em defesa de Lebrão, recebeu a negativa inclusive do Ministério Público Eleitoral. Na ação, Luiz Claúdio e seus advogados alegavam que Lebrão deveria ser considerado inelegível, “em razão de uma condenação criminal colegiada, pela prática de crime com lastro ambiental”. Contudo, o Ministério Público Federal, que atua no TSE, decidiu que a pretensão do suplente deveria ser afastada, porque a condenação do deputado é anterior ao registro da candidatura, e neste não foi arguido. “Logo, por ser infraconstitucional, a referida inelegibilidade esbarra no óbice da Súmula 47 do TSE”, informou Canedo.
Na última eleição, o deputado Luiz Cláudio, do PL, fez 19.157 votos, seis a mil a mais do que Lebrão, mas o deputado de São Francisco do Guaporé, do União Brasil, foi eleito no contexto da complexa legislação eleitoral, com as chamadas sobras dos votos, dentro da sua federação de partidos. Luiz Cláudio ficou na 13 posição entre os parlamentares mais votados no seu grupo político, mas não teve o mesmo benefício legal que Lebrão.
RIO MADEIRA PODE TRANSBORDAR E O ACRE VOLTA A FICAR ISOLADO, COM MILHARES DE PESSOAS ATINGIDAS PELA ENCHENTE DOS IGARAPÉS E RIOS
O Rio Madeira já ultrapassou a cota de 14 metros, a de risco de transbordamento, no final deste março. A meteorologia prevê ainda chuvas fortes em toda a região, pelo menos até perto do final de abril. Por isso a Defesa Civil rondoniense já está mobilizada também na Capital, depois das enchentes em Jaru e no transbordamento do rio Machado, em Ji-Paraná, entre outras áreas do Estado já afetadas pelas cheias. Em Rondônia, ao menos até o sábado, não havia ainda risco iminente do Madeira sair do leito, mas há sim muita preocupação. Situação muito pior, contudo, está vivendo o Acre, novamente isolado, agora por rompimento de bueiros na BR 364, dentro da área territorial dos nossos vizinhos. As águas violentas levaram pelo menos dois trechos da BR e até o sábado, a ligação com Rondônia não havia sido refeita. Em Rio Branco, mais de 22 mil moradores, até o final da sexta-feira, foram atingidos em pela enchente em suas casas, depois do transbordamento de vários igarapés que cortam a cidade e, ainda, do Rio Acre. Cerca de cinco mil famílias de 27 bairros de Rio Branco corriam o risco de se tornarem flagelados, assim como pelo menos 15 comunidades rurais da Capital foram afetadas. A última grande enchente em Rondônia aconteceu em 2014, quando parte da Capital e dos distritos desde o Acre, assim como todas as regiões ribeirinhas, ficaram embaixo d´água. Algumas áreas até hoje não se recuperaram totalmente.
CONFÚCIO MOURA VAI MESMO CONCORRER NOVAMENTE EM 2026? SE A RESPOSTA FOSSE HOJE, ELA SERIA POSITIVA
Vai parar ou concorrerá à reeleição ao Senado, em 2026, quando terá 78 anos, a serem completados em 16 de maio daquele ano? Confúcio Moura, no seu discurso de encerramento no encontro regional do MDB em Ji-Paraná, nesta semana, deixou a dúvida no ar. Disse que vai esperar a hora certa para decidir. O encontro, comandado pelo presidente regional, o deputado federal Lúcio Mosquini e que contou com a presença de várias lideranças, como o presidente do partido em Porto Velho, o deputado estadual Jean de Oliveira, serviu para começar a tratar os planos do partido para as eleições municipais do ano que vem. No seu discurso, Confúcio fez questão de defender, como programas do seu partido, teses importantes para a esquerda brasileira, agora novamente no comando do país. Defendeu, por exemplo, “o apoio e a participação na formulação da reforma tributária, que promova justiça social. O enfrentamento da fome é um dos nossos compromissos. Não é razoável sermos o maior exportador de grãos do mundo e termos 33 milhões de brasileiros passando fome”. Confúcio ainda pediu que todos os diretórios do partido, no Estado, mas também nos demais Estados, tenham pelo menos 30 por cento de candidatas. No seu discurso misturando bom humor com temas quentes, Confúcio, entusiasmado, deixou antever nas entrelinhas que, se a decisão de concorrer novamente fosse hoje, a resposta seria sim!
PERGUNTINHA
Você concorda com o Presidente Lula ou considera uma irresponsabilidade lamentável, ele ter dito que toda a operação, comprovada pela PF e Judiciário, do preparo do PCC para matar Sérgio Moro, tenha sido uma “armação” do próprio ex-juiz e hoje senador?