Artigo editado em: 22 de março de 2022
O que estava se desenhando, acabou acontecendo. Na sexta-feira, depois de uma longa reunião em Rolim de Moura, o deputado federal Léo Moraes, agora candidato posto ao governo do Estado, fechou uma parceria com a deputada Jaqueline Cassol, que disputará o Senado na nova aliança informal, fechada entre ambos. Moraes ganha um nome de peso para suas pretensões, mas não se pode dizer, ao menos por enquanto, que terá o aval do cassolismo todo. O ex-governador e ex-senador Ivo Cassol não participou do evento. A este blog, ele afirmou: “quem tem o mandato é a Jaqueline. Portanto, as decisões sobre acordos, alianças, federações, têm que ser dela. Por enquanto, eu estou apenas decidido a cuidar das minhas empresas”. Cassol, contudo, não disse adeus à política. Num vídeo divulgado por ele depois que o STF ignorou a votação de mudanças da legislação, que poderia autorizá-lo a ser candidato, ele finalizou sua fala com um “até breve!” e não com um adeus. Com relação à Jaqueline, a parlamentar estava tentando uma aproximação com o grupo do governador Marcos Rocha, em busca do apoio do Palácio Rio Madeira/CPA à sua pretensão à cadeira senatorial. A conversa estava sendo bastante positiva, até que Rocha fechou uma parceria com o prefeito Hildon Chaves e lançou o nome de Mariana Carvalho, como a preferida do seu grupo, para disputar a cadeira. A partir daí, obviamente que Jaqueline foi procurar outras parcerias, na medida em que está convicta da sua postulação ao Senado e com suas chances reais de eleição. Nesse contexto de formação de candidaturas, tanto ao Governo quanto às nominatas para Câmara Federal e Assembleia, a aproximação de Léo Moraes com a poderosa representante do clã Cassol, lhe dá um apoio importante, em sua busca pelo Governo.
Está tudo 100 por cento definido? Claro que não. Muitos acordos regionais dependerão de futuras federações nacionais. Se o partido de Léo, o Podemos, decidir firmar parcerias com outros partidos que não o PP, o acordo daqui pode ser afetado. Não o seria, por exemplo, se Léo fosse candidato pelo MDB ou caso decida ingressar no PP, quando a janela partidária for aberta. No caso do grupo governista, ao menos até agora, não há dificuldades com a decisão de Rocha de apoiar Jair Bolsonaro, seja qual for o acordo em nível nacional. O governador, na busca da reeleição, diz ter o aval do comando nacional do União Brasil, para manter sua decisão pró Bolsonaro. E os demais candidatos? Marcos Rogério se articula, junto com Expedito Júnior, para caminharem juntos, o senador ao governo, o ex-senador ao Senado. Já o petista Anselmo de Jesus não tem se movimentado fora do seu grupo, até agora. Vinicius Miguel continua batalhando e conversando em várias frentes, tentando viabilizar seu nome. Daniel Pereira, que seria aquele candidato a unir as esquerdas, ainda não bateu o martelo sobre uma eventual disputa pelo Governo. Até agora, mantém-se como candidato ao Senado. Esse o quadro hoje. Amanhã, tudo pode mudar…
LUIZ CLÁUDIO, MAURÃO E JOÃOZINHO GONÇALVES: NOMES QUE PODERÃO DISPUTAR A VICE GOVERNADORIA
Quem serão os vices? Até agora, claro, com longa distância ainda das convenções e de fechamento oficial, só se pode fazer elucubrações. No caso de Léo Moraes, há apenas uma análise inicial, porque tudo pode mudar rapidamente, ouve-se falar na possibilidade de que o ex-deputado federal Luiz Cláudio, bom de voto no interior, principalmente na região de Rolim e que foi secretário da agricultura em Porto Velho, poderia ser o companheiro de chapa. Luiz Cláudio é um dos políticos mais próximos a Ivo Cassol e também tem uma excelente relação com Jaqueline. Como ele está com dificuldade para entrar numa nominata viável para a Câmara Federal, seu projeto inicial, a parceria com Léo seria um caminho natural. Já Marcos Rogério, ao menos por enquanto, anda conversando muito com o PTB de Maurão de Carvalho. O ex-presidente da Assembleia Legislativa, que voltou ao partido dirigido no Estado por Nilton Capixaba, estaria pronto para a missão, caso convocado. Ambos formariam uma dobradinha das mais fortes, na corrida ao Governo. E Marcos Rocha? O atual governador tem vários nomes em vista, até porque seu atual vice, Zé Jodan, já decidiu que disputará uma vaga à Câmara Federal. Quem poderia ser o escolhido? Não há nenhum sinal concreto ainda, mas que ninguém se surpreenda se, na hora H, o candidato a vice de Rocha seja João Gonçalves Filho, o prefeito de Jaru, atualmente licenciado do cargo. Rocha e Gonçalves estão muito próximos e há sim, essa possibilidade real. O futuro vai contar se isso é apenas um exercício de futurologia ou se o quadro vai se fechar com esta dobradinha.
MARCOS ROGÉRIO QUER ANÁLISE PROFUNDA DA DECISÃO DE MORAES SOBRE O BLOQUEIO DO TELEGRAM
Por falar em Marcos Rogério, o senador rondoniense foi às redes sociais, anunciar que manteve contato com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre o caso do bloqueio do Telegram, por ordem do ministro Alexandre de Moraes. Segundo Marcos Rogério, “é muito grave a informação de que não tenha havido nenhum pedido da Polícia Federal e que isso tenha sido a base da decisão do ministro. Solicitei ao Presidente, que determine à Advocacia do Senado, a análise de todas as peças processuais disponíveis, já tornadas públicas, neste caso, O Senado precisa conhecer detalhes do que ocorreu”. O rondoniense disse que quer, pessoalmente, analisar todo o caso e ler todo o processo, para obter as informações neessárias. Marcos Rogério destacou que não quer fazer pré-julgamento, mas considera que a questão merece profunda análise, “até para se ter certeza de que a decisão está dentro dos limites da legalidade”, porque, sublinhou, “ninguém está acima da lei”. Pontuou que a gravidade dos fatos determina uma análise profunda e que há que se saber até que ponto “esta decisão está dentro dos limites ou se não passa apenas de uma perseguição eleitoral. O senador rondoniense destacou ainda que “todo o cidadão tem direito à livre manifestação do pensamento”. Outra crítica dura contra a decisão, veio de onde menos se espera: de um jornalista da TV Globo. Jorge Pontual criticou a medida imposta por Alexandre de Moraes e reclamou que colegas jornalistas estejam comemorando um ato de pura censura. O ministro, afirmando que o Telegram cumpriu suas ordens, desbloqueou a rede social, nesta segunda-feira. Mas a polêmica continua!
ENFIM, O PRIMEIRO PASSO CONCRETO PARA QUE O HEURO COMECE A SE TORNAR REALIDADE
Mesmo num horário inusitado (meio da tarde de um sábado), o entusiasmo das autoridades e do público foram o destaque no lançamento da pedra fundamental do novo Hospital de Urgência e Emergência de Porto Velho, que o povo já apelidou de Heuro, mas cuja sigla já não é mais adotada pelo governo. Foi um momento marcante, de discursos entusiasmados, de grande alegria para o governador Marcos Rocha e para a primeira dama, Luana Rocha; para o secretário de saúde, Fernando Máximo; para o prefeito interino da Capital, Maurício Carvalho e, por fim, para todo o grande público que prestigiou o evento. Claro que o lançamento de uma pedra fundamental de alguma obra, é sempre apenas um ato simbólico. Mas no caso do novo hospital de Pronto Socorro de Porto Velho, representou bem mais do que isso. Primeiro, que as promessas de mais de 30 anos saíram do papel. Segundo, porque a Capital, finalmente, vai ganhar um hospital decente, bem equipado, moderno e com toda a estrutura para atender bem a população e salvar muitas vidas. Terceiro, porque, finalmente, há uma possibilidade real de que o pior hospital da região norte, senão do Brasil, o João Paulo II, não seja mais o único local para abrigar doentes, muitos deles espalhados pelo chão, num prédio pequeno e sempre superlotado. Por fim, merece destaque a ação do atual governo rondoniense, que, depois de tanto tempo, começa a preparar a futura entrega de um hospital digno ao seu povo. Tem é que se aplaudir e torcer para que todos os prazos sejam cumpridos.
MESMO COM TORCIDA CONTRA, PRIMEIRA ETAPA DEVE ESTAR CONCLUÍDA ATÉ JANEIRO DO ANO QUE VEM
O Heuro terá 399 leitos (quem sabe mais um, um puxadinho, para fechar os 400?); 10 salas de cirurgia, uma infraestrutura de primeiro mundo, equipamentos modernos (parte dos recursos para a compra deles já está disponível, através de doação de 50 milhões de reais do Tribunal de Contas do Estado). Apesar de alguns narizes torcidos (daqueles que jamais estão satisfeitos com nada, mas vivem no mundo ilusório de que, apenas com críticas, se constrói alguma coisa), a obra tem tudo para dar certo. Sem um centavo de dinheiro público, nem para a compra da área onde ele será instalado, o gigantesco hospital será erguido em etapas. A primeira delas, se o cronograma for cumprido à risca, estará pronta dentro de aproximadamente dez meses, ou seja, em meados de janeiro do ano que vem. Até o outro janeiro (2024), é provável que tudo esteja concluído e que toda a estrutura já esteja a disposição dos rondonienses. Vai custar caro ao Estado? Nos primeiros tempos, provavelmente. Mas custaria muito, mas muito, muito mais, caso a obra fosse feita com recursos públicos e tivesse que seguir a pornográfica e antipatriótica série de burocracias, que qualquer obra deste porte é vítima neste país do descontrole. Por fim, há que se dizer: mesmo com os mesmos de sempre torcendo contra; mesmo com as línguas afiadas querendo que não dê certo, ainda mais em ano eleitoral, o Heuro vai ser construído. Quem bom para Rondônia!
A VIOLÊNCIA IMPOSTA POR QUEM TEM A PROTEÇÃO DA LEI E MANDA MAIS QUE AUTORIDADES DE TODOS OS PODERES
As cenas e os registros de violência não param. Na Capital, neste final de semana, três mortes. Uma delas, ainda sem explicações, continua sendo investigada pela polícia. No outro caso, um policial militar aposentado reagiu a um assalto e matou dois bandidos. Ambos usavam tornozeleira eletrônica. Não é possível que a sociedade rondoniense e a brasileira, em geral, continuem vivendo sob o domínio do medo. As facões criminosas tomam conta das ruas, dos bairros, de conjuntos habitacionais inteiros e, ainda, de dentro dos presídios, onde os que de lá saem, são muitas vezes obrigados a cumprir ordens desses facínoras, para que não sejam mortos ou suas famílias sofram punições. Munidos de celulares, muitas baterias, um sem fim de chips que não podem ser detectados, os criminosos, das cadeias, mandam muito mais que o Presidente da República, as autoridades da segurança pública, os representantes do Ministério Público e do Judiciário juntos. Ele é quem tem o poder. Inclusive sobre a vida e sobre a morte. E quem deu este poder todo a eles? Claro que ninguém menos que o Parlamento brasileiro, que em nome dos direitos humanos destes facínoras, colocou a sociedade como refém deles. Em outubro tem eleição. E a população do bem só vai se livrar desta tragédia imposta a ela, elegendo pessoas que não aceitam o domínio do país pelo crime. Tem que votar naqueles que querem criar leis duras, para acabar com tudo isso. A chance é agora. Do contrário, serão mais vários anos de impunidade e sofrimento.
MINISTRO BRAGA NETO, QUE ELOGIA ATUAÇÃO DAS FORÇAS ARMADAS NA AMAZÔNIA, SERÁ O CANDIDATO A VICE NA CHAPA DE BOLSONARO
Numa entrevista na manhã desta segunda-feira, dia do seu aniversário, ao jornalismo da Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro praticamente deixou claro que o general Braga Neto será seu companheiro de chapa, na disputa pela reeleição. Embora não tenha dado o nome diretamente, Bolsonaro deu todas as dicas. “É um mineiro, que fez o colégio militar”. Mais adiante, afirmou que precisa de um parceiro de chapa que ajude a governar e que não fique torcendo contra o Presidente. Seria um recado ao atual vice, o general Mourão? Claro que não houve qualquer citação a Mourão, mas que pareceu um recado, pareceu! Braga Neto é um dos militares mais próximos do Presidente da República. Foi seu chefe de da Casa Civil, deixando o cargo depois dos acordos de Bolsonaro com o Centrão e outros partidos, mas foi, logo em seguida, nomeado ministro da Defesa. Walter Braga Neto nasceu em 11 de março de 1957 e recém completou 65 anos. Nos mil dias do atual governo, o futuro vice falou sobre nossa região. Seu destaque foi para a atuação das Forças Armadas na Amazônia, feita “com dedicação e profissionalismo”, na proteção do bioma brasileiro, afirmou. Na entrevista desta segunda-feira, a uma das únicas emissoras de rádio e TV que lhe dão espaço, o Presidente aproveitou para tratar de assuntos polêmicos, como a questão dos preços dos combustíveis e o bloqueio do Telegram (acusou o ministro Alexandre de Moraes de persegui-lo) a aproveitou para falar do que realizou de positivo no seu governo.
SERÁ QUE DESTA VEZ VAI? DOCUMENTÁRIO BRASILEIRO MUITO PERTO DO OSCAR NESTE ANO
Para quem gosta de cinema, vai aí uma dica: pela primeira vez na história, o Brasil tem chances reais de ganhar um Oscar. Bateu na trave algumas vezes (como no caso de Central do Brasil, com a brilhante atuação de Fernanda Montenegro). Em 2012, perdemos por pouco com uma música de Carlinhos Brown e Sergio Mendes, que perderam para “Man or Muppet”, tema de “Os Muppets”. Bret McKenzie, do duo Flight of the Conchords, levou o primeiro Oscar da Nova Zelândia. Mas, desta vez, é um documentário de Curta Metragem que está com pelo menos uma mão na estatueta, segundo especialistas. Com o título de “Onde Eu Moro”, o documentário não é sobre os pobres e miseráveis do Brasil, mas sobre os dos Estados Unidos. É dirigido pelo cineasta brasileiro Pedro Kos, ao lado do americano Jon Shenk. Ambos estão concorrendo ao Oscar, assim como o documentário. A história retrata, em 40 minutos, três anos das vidas de pessoas que moram nas ruas, os sem teto (homeless, para os americanos) em cidades como Los Angeles e San Francisco. “Onde Eu Moro” concorre com “Audible”, “The queen of basketball”, “Três canções para Benazir” e “When we were bullies”. Portanto, todos os cinéfilos de olho na transmissão da grande noite do cinema, neste próximo domingo à noite. O Brasil pode sair premiado, pela primeira vez na história do Oscar, da noitada festiva em Hollywood.
PERGUNTINHA
Você concordou com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, em bloquear temporariamente a rede social Telegram, que tem quase 70 milhões de participantes no Brasil ou acha que ele extrapolou dos seus poderes e impôs censura ilegal, como alegam membros do governo brasileiro e seus apoiadores?