Artigo editado em: 14 de junho de 2021
Claro que há grupos de maior risco de ser atingido e somar muito mais mortos pelo Coronavírus. Os idosos e os trabalhadores na saúde, que atuam diretamente no atendimento aos doentes vitimados pela pandemia são os melhores exemplos. A prioridade da vacinação a eles é incontestável. Ocorre que, a partir daí, começou uma espécie de Festival Nacional de Prioridades, onde categorias profissionais juram, sob todos os santos, que precisam ser priorizadas, porque seus membros correm mais riscos que os outros. E assim começaram a entrar neste rol os componentes das forças de segurança e professores. Mas, em algumas cidades, como em Porto Velho e Cacoal, os jornalistas também são considerados grupo de risco. Os bancários exigem que os trabalhadores no setor sejam vacinados antes que os outros. Os advogados também. Os coveiros (e eles com muita razão!) querem estar entre a turma da frente na imunização. Há ainda os índios, os quilombolas e, afora tudo isso, porque merece um capítulo especial, o caso das pessoas com qualquer comorbidade. A grande maioria, claro, as tem realmente. Mas milhares e milhares conseguiram atestados falsos, para passar na frente dos demais. E há ainda os otários, que, merecidamente, sofreram um golpe. Pagaram muito caro por uma vacina que era falsa. Apenas placebo. Bem feito!
No final da fila, milhões de brasileiros continuam sem acesso à imunização. Em Rondônia, por exemplo, no grupo dos mais velhos, só os acima de 60 anos já foram vacinados, com exceção de uma ou outra cidade, como Jaru, que nesta terça já vacina pessoas com mais de 50 anos. Ou seja, quem tem 59 anos ou menos, está há meses esperando a sua vez, enquanto pessoas muito mais jovens, dos grupos de risco ou que se impuseram como grupos de risco, passaram facilmente na frente deles. Ora, o bom senso indica que do total de vacinas disponíveis, que se coloque a maioria para grupos de risco e pessoas com comorbidades. Mas que, ao menos um percentual das doses sejam destinadas às pessoas comuns, abaixo dos 60 anos, por exemplo. Embora sejamos campeões mundiais em burlar a legislação e passar por cima das leis, por falta de educação e de respeito ao próximo, ao menos o Ministério da Saúde poderia tentar corrigir essa injustiça, lembrando que os brasileiros com menos de 60 anos também adoecem e também morrem. E que eles fazem parte da mesma Nação onde milhares de brasileiros, nessa faixa etária, já perderam suas vidas. Ainda dá tempo de corrigir essa deficiência!
SIC NEWS FAZ HISTÓRIA COM ENTREVISTA EXCLUSIVA COM BOLSONARO
A terça-feira marcará mais um momento histórico do jornalismo de Rondônia. Pela terceira vez, um Presidente da República vai conceder uma entrevista exclusiva a uma emissora do nosso Estado. O marco será registrado pelo programa SICNews, da SICTV/Record, um dos mais importantes programas de notícias entre toda a mídia rondoniense. Depois de entrevistas feitas com a ex- presidente Dilma Rousseff e com o ex-presidente Lula, será a vez de Jair Bolsonaro. Ele vai falar ao programa jornalístico que é um sucesso em todo o Estado. Tendo como âncoras o apresentador Everton Leoni, um dos mais respeitados nomes do jornalismo rondoniense e a jornalista Meiry Santos, o SICNews vai ao ar a partir das 20 horas. O presidente da República já havia sido convidado para participar de outros programas da emissora, incluindo o famoso Papo de Redação, com os Dinossauros do rádio e da TV. Mas a agenda compreensivelmente lotada, impediu a presença dele. Com o apoio do senador Marcos Rogério, hoje um dos personagens mais próximos do Presidente, ele aceitou o convite para a participação especial no telejornal desta terça. Bolsonaro vai conversar com Everton Leoni sobre questões importantes para o Estado e o país. Sem dúvida, o mais importante assunto da semana, para Rondônia. Imperdível!
CIRURGIAS ELETIVAS ESTÃO AUTORIZADAS A PARTIR DESTA SEMANA
As cirurgias eletivas estão de volta! A semana começa com uma boa notícia para milhares de rondonienses que estão na fila de cirurgias há mais de um ano. Mais de 6.400 pessoas aguardavam, ansiosas, que um ano depois do ápice da pandemia, o governo rondoniense voltasse a autorizar essas operações. Não estão incluídos nesse número, milhares de pacientes de cirurgias oftalmológicas, que também passam a ser feitas, mas apenas aqueles com anestesia local e em clínica. O secretário Fernando Máximo já assinou o decreto no domingo à noite e o governador Marcos Rocha deve fazê-lo logo. Máximo, aliás, explicou que há boatos de que apenas Rondônia não tinha cirurgias eletivas, o que não é real. Usou apenas dois exemplos (há outros), onde esteve pessoalmente, na semana passada: Goiás e a Bahia também estão fechados para atendimentos da saúde pública, sem urgência, que não sejam ligados à pandemia. As cirurgias bariátricas, em atendimento particular, também estão autorizadas. Muita gente aguarda cirurgias como de joelho, de vários tipos de hérnia e muitas outras. Elas recomeçam ainda no decorrer desta semana.
FESTAS CLANDESTINAS DOMINAM, NO MEIO DA PANDEMIA QUE NÃO DIMINUI
Virou a casa da Mãe Joana! Mesmo com os pedidos desesperados das autoridades governamentais, do parlamento, da saúde pública, dos comerciantes sérios, da mídia, milhares de rondonienses continuam tratando a questão da pandemia como brincadeira, ignorando as quase seis mil mortes que já tivemos a lotação dos hospitais. O último final de semana foi trágico, neste sentido. Milhares de pessoas participaram de festas, principalmente em Porto Velho, mas também em várias cidades do interior, ignorando os cuidados, o distanciamento, sem uso de máscaras e enchendo a cara, em dezenas de festas. Numa delas, pelo menos 500 pessoas estavam bebendo, fazendo a maior farra e aí se incluía menores e até crianças na faixa dos 10 a 12 anos. Muitos dos presentes também consumiam drogas, segundo constatação de um representante do governo, presença na ação que encerrou a festa ilegal.
DESABAFO: “ELES NOS IGNORAM. SÓ PODEMOS ENXUGAR GELO”!
Uma que autoridade conhecida, com função pública reconhecida e nome que merece crédito, enviou à coluna um desabafo, depois de participar desta ação em que se acabou com uma festa com mais de 500 pessoas, na Capital. “Como se trata de uma festa clandestina, nossa orientação é que a gente faça a evacuação e evite o confronto, porque tem drogados, alcoolizados, etc. Não há algo mais forte a fazer. O que fazemos? A gente só dispersa mesmo, porque há pouco mais a fazer, ainda mais num plantão inteiro, onde você tem 20, 30 denúncias de locais a serem fiscalizados. O que se faz, então? Só podemos mesmo enxugar gelo, porque não se identifica ninguém, ninguém se apresenta, não tem documento, é tudo clandestino. E depois tem que se sentar com os órgãos parceiros, Conselho Tutelar, Promotoria, Polícia Ambiental e daí criar uma força tarefa para tentar fechar essas festas clandestinas”. Não há muito mais a fazer, desabafa. Mas o que mais impressiona é o relato a seguir: “Tem menor demais, droga. E a polícia fica impotente, porque é muito mimimi, é muita coisa, não pode nem conduzir os suspeitos”.
“SEQUER SE DESFIZERAM DAS DROGAS QUE ESTAVAM PORTANDO”
O depoimento, em forma de lamento, prossegue, com a constatação: “pior de tudo: “o errado virou certo”. Mais adiante, outro comentário sobre o que ocorreu na ação contra a festa clandestina: “o que assusta a gente é que nenhum dos jovens se incomodou com a presença das autoridades do governo, dos bombeiros, da PM e da imprensa. Vários deles usando droga na frente de todo o mundo e ignorando a presença da polícia e das autoridades, sabendo que nada lhes aconteceria. Tudo numa boa. Lembro que quando éramos jovens, a gente tinha medo da polícia. Hoje, como até a abordagem foi proibida, nesta festa, por exemplo, eles sequer se desfizeram das drogas, ficaram onde estavam, ignorando as ordens. O que será do nosso país?”, questiona, depois do desabafo! É um verdadeiro desafio. Muitas outras aglomerações ocorreram em vários pontos da cidade e em todo o Estado, a tal ponto que a polícia, bombeiros e fiscalização atenderam apenas uma pequena parte das denúncias. Uma vergonha!
PROGRAMA TCHAU POEIRA CHEGA A ARIQUEMES COM PESADOS INVESTIMENTOS
O domingo foi de festa para Ariquemes. O governador Marcos Rocha, com sua equipe de assessores e do pessoal da área de obras lançou o Projeto Tchau Poeira, que deve chegar a todos os municípios do Estado, com investimentos de mais de 300 milhões de reais. Rocha foi recebido pela prefeita Carla Redano e o presidente da Assembleia, o deputado Alex Redano, principal nome que representa a cidade no Parlamento, além de vereadores e várias autoridades. Lá, lançou a obras na avenida Juscelino Kubitscheck, com mais de seis quilômetros de extensão e investimentos de 1 milhão e 740 mil reais. Rocha anunciou ainda, para a cidade, outros 15 milhões de reais, para a recuperação e reestruturação do Espaço Alternativo da cidade. No total, serão 20 quilômetros de recapeamento e 18 quilômetros de asfalto novo, em várias vias da cidade. Todas as obras serão realizadas com recursos próprios e com as equipes do DER, como já está acontecendo em várias outras comunidades de Rondônia. O Tchau Poeira é um dos maiores programas de melhoria urbana que o Estado já assistiu em décadas.
DIAS DE VIOLÊNCIA: A BRUTALIDADE TOMOU CONTA DA CIDADE E DO CAMPO
Dias sangrentos, de extrema violência, tanto na Capital e distritos como em cidades do interior. Apenas citando dois casos brutais, porque são muitos, três assassinatos assustaram Porto Velho. Num deles, um grupo invadiu uma fazenda, sequestrou, torturou e matou, com requintes de crueldade, um pobre caseiro. Foi na região de Jacy Paraná, onde as questões de terra estão se tornando insuportáveis. É ali que já deveria estar atuando (assim como no Cone Sul do Estado), a Força Nacional de Segurança, que viria ao Estado para combater o terrorismo que tomou conta de várias áreas de Rondônia. O outro caso foi também terrível: um jovem matou um amigo numa discussão de bebedeira e outras pessoas mataram o criminoso a pancadas. Houve ainda vários assassinatos na semana, contra jovens, mas também o caso de uma mulher morta com vários tiros ao abrir o portão da própria casa. O que está havendo com nossa terra, onde a brutalidade continua atacando com toda a força?
AVENIDA TIRADENTES TERÁ NOVA DRENAGEM E NOVAS ÁRVORES
Durante muito tempo – às vezes até hoje – muita gente, sem ter acesso a todas as informações sobre o assunto, mostrava-se revoltada com o corte de todas as árvores da avenida Tiradentes, uma das mais belas de Porto Velho, por sua arborização. No governo de Mauro Nazif, a retirada das árvores gigantes começou e o trabalho continuou no governo Hildon Chaves. A questão básica era que as raízes das árvores estavam destruindo todo o sistema de canalização da avenida, causando inclusive alagações nas proximidades. Não havia outra solução a não ser retirá-las, realizar novamente todo o serviços de drenagem, começar então o plantio de novas árvores, que não causam danos à estrutura de canalização e, por fim, criar, através de um novo projeto, uma estrutura no canteiro central, que se torne um local aprazível para uso da comunidade. Não é uma obra fácil e é cara, mas não há outra solução. O prefeito Hildon Chaves, ao comentar o assunto nas redes sociais, lembrou que geralmente os gestores públicos não gostam de fazer obras deste tipo, porque elas não aparecem. Mas lembrou que está fazendo serviços semelhantes em vários bairros da Capital. Disse ainda, sobre a Tiradentes, que ali será criada uma ciclofaixa, além de ampla e nova arborização, “devolvendo à avenida a natureza, a sombra e as belezas naturais!”.
PERGUNTINHA
A Seleção Brasileira que começou com duas vitórias na Copa América está empolgando ou você acha que ainda estamos longe de ter um grande time para, por exemplo, almejar uma nova Copa do Mundo?